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Nice de Claude Puel surpreende e elimina o Lyon com três gols marcados nos quinze primeiros minutos de jogo
Após ter o final de semana sem jogar, devido ao adiamento do jogo contra o Marseille, o Lyon voltou aos campos nessa quarta-feira. Foi até o Stade du Ray enfrentar o Nice. Um confronto entre três jogadores que reveram seus ex-times. Pelo Nice, Pied e Kolodziejczak faziam sua primeira partida jogando contra o OL. Pelo Lyon, Fabián Monzón, atuava contra o seu ex-time. No banco de reservas, Claude Puel, polêmico ex-técnico do OL, também revia seu antigo clube, de onde saiu brigado.
Em campo, Puel armou seu time no seu esquema preferido, o 4-2-3-1. Pied e Díaz eram as válvulas de escape do treinador do OGCN, que tinha o jovem jogador Eysseric, emprestado do Mônaco, como referência no meio-campo. Na frente, Maupay era o único homem de frente na formação tática do Nice. Abaixo você pode conferir como o time da casa começou jogando na partida:
Rémi Garde colocou o Lyon em um esquema pouco usado, o 4-1-2-1-2. Como já havia soltado durante a semana, Gonalons e Réveillère ganharam folga. Anthony Lopes, o goleiro português, tinha a sua primeira chance nos titulares em partidas oficiais. Mas a grande novidade mesmo era a volta de Yoann Gourcuff aos campos. Depois de ficar 3 meses de fora, o meia voltava ao time e já integrando os titulares. Na imagem abaixo você pode conferir como ficou o time titular do Lyon:
Logo no comecinho da partida, aos 4’, a partida já teria o seu primeiro lance de intensidade. Ao tentar cortar uma bola dentro da grande área, o volante Gueïda Fofana colocou a mão na bola e o árbitro Nicolas Rainville não titubeou. Marcou pênalti. Na cobrança, o meia Eysseric deslocou Anthony Lopes e abria o placar no Stade Municipal du Ray. Esse era apenas o primeiro dos vários gols da partida.
Sem dar tempo do Nice comemorar o seu gol, o OL buscou a reação quase que de forma instantânea. Fofana acionou Malbranque, que trocou passes com Gourcuff e Gomis. No último passe, Yoann deu uma bela assistência de peito para o centroavante Gomis que, com categoria, tocou na saída de Ospina. Era o empate, aos 7’ de jogo. 1 a 1.
Mas a alegria dos Gones duraram pouco. O Nice, ainda bem cedo, conseguiu ficar novamente na frente no placar. Aos 9’, após cobrança de escanteio rasteira, a bola passou por todo o setor defensivo do OL e chegou aos pés de Traoré, que sem marcação, só empurrou pro gol. Festa novamente no Stade du Ray. Nice, de novo, na vantagem.
E tinha caixa pra mais. E novamente cedo. Aos 14’, o Nice ampliava o marcador. Em cobrança de falta ensaiada, o Nice levantou bola na área, por trás da barreira do Lyon. Na marcação, Bakary Koné falhou e deu espaços para Renato Civelli ampliar. Com menos de 15min de partida o Nice já tinha três gols no placar contra um do OL.
Mas isso não significava que o Lyon estava morto no jogo. Muito pelo contrário. Com a desvantagem de dois gols no placar, o Lyon buscou jogo e começava a pressionar o Nice dentro do seu próprio estádio. O segundo gol quase saiu ainda antes dos 20 minutos, quando Gomis disparou pela direita e achou Gourcuff entrando na área sozinho. Mas Ospina, o goleiro do Nice, saiu bem e evitou o gol.
A superioridade do OL em campo persistia, mas a intensidade da partida já não era a mesma, obviamente. O estrategista Puel conseguiu armar o Nice com uma postura defensiva sadia, que sabia jogar sem a bola e tinha bom toque de bola com ele em posse. Evitava lances de perigo do Lyon e não era bobo quando tinha a vantagem. A responsabilidade de o jogo tomar um rumo interessante novamente era inteiramente do OL, e eles buscavam isso.
Nos últimos minutos do primeiro tempo, o Lyon tentou, por duas vezes, diminuir a vantagem dos adversários. Primeiro com Gomis, depois de bom passe de Malbranque. Ospina novamente apareceu para salvar a guarda da sua equipe. Em seguida foi a vez de Mvuemba arriscar de fora da área e impor perigo à meta do Nice.
Logo no começo da segunda etapa, percebia-se que o Lyon não estava satisfeito com o resultado e iria para cima para tentar ser recuperar na partida. Aos 5’ do segundo tempo, Malbranque – sempre ele – achou Gomis entrando na área sem marcação alguma. O centroavante do Lyon chegou a colocar nas redes de Ospina, mas a arbitragem já havia marcado um impedimento no lance.
Aos 21’ da segunda etapa, mais um gol anulado. Dessa vez, pelo Nice. Em cobrança de escanteio feita por Fabrice Abriel, Bakary já iria falhando novamente, deixando Renato Civelli mais uma vez sem marcação e marcando um gol. Entretanto, o assistente marcou que a bola fez uma curva por fora do campo ao ser alçada na área, no momento da cobrança do escanteio de Abriel.
Sentindo que o Lyon já não pressionava mais e tinha dificuldades em chegar no campo de defesa do Nice, Rémi Garde aplicou duas trocas no time. Saíram Arnold Mvuemba e Yoann Gourcuff para as entradas de Jimmy Briand e Rachid Ghezzal. Com isso, o OL ganhava mais um homem na frente e poderia jogar no 4-2-3-1. Poucos minutos depois, foi a vez de Claude Puel fazer as trocas no Nice. Tirou Kévin Diaz e Jérémy Pied para colocar Camel Meriem e Eric Bautheac.
As trocas não alteraram o panorama do jogo. O Lyon se sentia na pressão de buscar o resultado, mas o Nice, taticamente, era superior. Não deixava o adversário tocar bola no seu campo de defesa. Afoito, o OL querendo fazer tudo muito rápido errava passes bobos quando tinha a bola ao seu pé, e fazia faltas desnecessárias quando tentava recuperar o lance.
Faltando dez minutos para o término do jogo, Garde perdia sua última alteração de maneira forçada. Após sofrer falta pesada de Civelli, Bakary Koné precisou deixar o campo lesionado. Dejan Lovren entrou em seu lugar. Aos 41’, a mesma coisa aconteceu com o Nice. Genevois sentiu câimbras e pediu pra sair. Claude Puel colocou o jovem Albert Rafetraniaina, de 16 anos, em campo.
Quase nos acréscimos, todas as esperanças do Lyon se reduziram a quase zero. Depois de uma troca de passes, Maupay sairia livre contra Anthony Lopes, mas Bisevac o parou e, mesmo já tendo um amarelo, foi expulso direto pelo senhor Rainville. Com dois gols de desvantagem no placar, e com um jogador a menos, o Lyon se via eliminado da Copa da Liga Francesa.
Mesmo com quatro minutos de descontos, o OL não conseguiu esboçar qualquer tipo de reação. Muito pelo contrário. Se viu absolutamente pressionado pelo Nice que quase marcou o quarto gol se não fosse uma intervenção milagrosa de Anthony Lopes, quase no último lance da partida.
Fim de jogo, Lyon eliminado e realizando uma de suas piores partidas na temporada. É complicado assumir isso, mas Claude Puel deu um nó tático em Rémi Garde. Bola pra frente...
Próximo adversário: Lyon recebe o Bastia, no Gerland, pela 11ª rodada da Ligue1. O jogo será no domingo, dia 04/11, às 14h de Brasília. Até lá.
FOTOS: FranceFootball / L'Equipe / olweb.fr
GOLS DA PARTIDA:
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