@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Time de Rémi Garde até começou melhor a partida, mas, sem peças no banco, não conseguiu segurar o bom time rival, principalmente no segundo tempo
O tradicional clássico do Rio Róldano, um dos mais famosos da França, Europa e do mundo inteiro, tinha mais um capítulo na tarde deste domingo. Em campo, o Lyon recebia o Saint-Étienne no Stade Gerland com torcida única. O Lyon até queria abrir espaços para a torcida adversária, mas por determinação política, a proibição foi instaurada e somente torcedores da casa assistiriam ao jogo desta 31ª rodada do Campeonato Francês. Além de ser um jogo com contornos diferentes, pelo clima derbyano, os dois times também travam uma intensa disputa por posições na tabela. O Lyon é o atual 5º colocado, com 48 pontos. O Saint-Étinne vem logo acima, na 4ª colocação, com 51 pontos. Mesmo em caso de vitória do OL, a chance de ultrapassar o ASSE seria bem pequena. Os heptacampeões teriam que ganhar por cinco gols de diferença. De toda forma, uma vitória sobre o rival, na reta final da competição, podendo alcança-lo na tabela, é sempre muito bom.
Contudo, o Lyon ia a campo com um time bastante remendado. Com o departamento médico lotado de jogadores do time titular, Rémi Garde não abandonou no 4-4-2, mas entrou em campo com um elenco que, costumeiramente, não joga junto. O maior problema estava no setor defensivo. Dentre os sete desfalques, quatro são defensores e três titulares: Miguel Lopes, Umtiti e Bisevac. Completam a lista: Dabo (mais um defensor), Fofana, Grenier e Benzia. Dessa forma, Gonalons acabou sendo improvisado na zaga e Corentin Tolisso ganhava mais uma chance, uma das primeiras jogando em sua posição de origem – a lateral direita. Abaixo, confira como ficou o time do Lyon para encarar o seu maior rival:
O time visitante também vinha com desfalques importantes, mas não tinha um peso tão grande quanto aos de seu adversário da rodada. Florentin Pogba, Benjamin Corgnet e Romain Hamouma eram as peças que Christopher Galtier não poderia utilizar neste domingo. De toda forma, o time que entrou em campo não era, nem de longe, um time remendado. De todo modo, o treinador do ASSE optou por uma formação não muito usual no Campeonato Francês, o 5-3-2. Utilizando-se de três zagueiros e com o intuito de liberar seus dois laterais mais pro jogo, Galtier depositava muitas esperanças no talento de François Clerc e Benoît Trémoulinas. No meio campo, dois homens de marcação também davam mais sustância a parte defensiva: Lemoin e Guilavogui. Dessa forma, Cohade teria mais liberdade para criar e Brandão e Erding quase não precisariam se recompor na marcação. Veja abaixo a formação do ASSE para enfrentar o Lyon:
Nos minutos iniciais, o Lyon fazia valer sua posse de bola e começou a partida bem melhor do que o Saint-Étienne, que com sua postura bastante ofensiva, dava muito espaço aos donos da casa chegarem com facilidade. O OL tinha opções abertas pelo meio e principalmente pelo lado esquerdo, onde Clerc e Zouma pareciam bastante frouxos na marcação e acabavam dando muito espaços para o Lyon penetrar por ali.
A primeira boa oportunidade da partida surgiu justamente dali. Em uma jogada construída através de um passe longo de Bedimo, Zouma cochilou e deixou Lacazette passar pelas costas. O atacante do Lyon dominou com categoria e avançou. Bayal Sall apareceu para fazer a cobertura e aliviar o perigo. No lance seguinte, Zouma daria mais uma bobeada, mas não o suficiente para o OL criar uma chance de gol.
A segunda boa chance do Lyon foi construída em jogada de bola parada. Sall parou Gourcuff pelo lado direito do ataque do OL e recebeu um cartão amarelo. Na cobrança, o mesmo Gourcuff colocou na cabeça de Lacazette, que direcionou mal a finalização e acabou mandando por cima do gol. Este era o último lance que ocasionava perigo para a meta de Ruffier na primeira metade da etapa inicial.
Após o bom momento do Lyon, era a vez do Saint-Étienne incomodar a virar tomar as rédeas do jogo. Isso tudo começou quando Trémoulinas ganhou mais liberdade dentro de campo e começou a armar as jogadas pelo lado esquerdo. O primeiro lance de perigo, o lateral cruzou, Gonalons furou e Clerc parou em ótima defesa de Anthony Lopes, que saiu aos pés do ex-lataral do Lyon e salvou aquele que seria o primeiro gol da partida.
Outra boa oportunidade do ASSE surgiu quase que no lance seguinte. Erding recebeu bola na área e passou para Brandão. O brasileiro bateu prensando e Anthony Lopes espalmou. No rebote, o mesmo Erding completou e o goleiro português apareceu novamente, agora, para defender firme. Era a segunda oportunidade dos Verts na partida, e com muito mais perigo do que todas aquelas que o OL já havia criado.
O golpe certeiro viria aos 28’. Depois de um cruzamento fantástico de Trémoulinas, a dupla Erding e Brandão voltaria a ser acionada. O brasileiro recebeu o passe e escorou para o turco chegar finalizando. Anthony Lopes, dessa vez, saiu nos pés do atacante, mas não conseguiu apartar o chute do artilheiro do Saint-Étienne. Placar aberto no Gerland, e com muita justiça, ASSE sairia na frente.
Após sofrer o gol, o Lyon deu uma acordada no jogo, apesar do domínio ainda ser do Saint-Étienne. O time conseguiu buscar uma reação dez minutos após sofrer o primeiro tento do jogo. Bafé Gomis fez uma jogada espetacular pelo lado direito e passou por três marcadores. Ao chegar perto da área, fez uma assistência milimetricamente fantástica para Lacazette receber e bater de primeira. Um belíssimo gol no Stade Gerland para decretar o empate no clássico.
Com o empate no placar, o jogo se equilibrou. O Saint-Étienne continuava acionando Trémoulinas pelo lado esquerdo do campo, enquanto Gourcuff erguia a batuta pelo lado do Lyon. Contudo, até o fim da primeira etapa os dois times não foram mais tão perigosos igual outrora e o panorama da partida se estagnou naqueles últimos dez minutos que faltavam para o apito do intervalo.
Para o segundo tempo, o Lyon entrou logo com uma alteração. Gourcuff sentiu uma pancada, ainda na primeira etapa, e deu lugar a Jimmy Briand. A ausência do meia de criação provocou uma estagnação no setor de criação dos Gones, que quase não ocasionava mais lances de perigo na última etapa, muito em função de perder esse homem que fazia a ligação do meio ao ataque. O novo 4-3-3 do Lyon quebrou essa articulação.
Por outro lado, o Saint-Étienne também encontrava dificuldades para se encontrar dentro de campo. Malbranque agora ajudava Tolisso na marcação de Trémoulinas, que já não tinha o mesmo espaço de antes para realizar os seus (ótimos) cruzamentos. A falta de mobilidade dos homens de frente, assim como o sumiço de Cohade, não permitia o ASSE a pressionar o OL da forma como fez no primeiro tempo.
Com as duas equipes estagnadas, o jogo perdia em movimentação e já não mais parecia um clássico. A partida travava-se no meio de campo e muitos erros de passes erma cometidos pelas duas equipes. Galtier percebeu esse panorama e fez sua primeira alteração, colocando Gradel no lugar de Erding, na esperança de dar mais mobilidade, velocidade e movimentação ao ataque.
O Saint-Étienne conseguiu o seu segundo gol... E com Gradel! Mas o gol não apareceu por causa da mobilidade pretendida por Galtier. Na verdade, um apagão da defesa do OL foi o responsável pelo tento dos Verts. Cohade avançou pela direita e fez um cruzamento rasteiro. Anthony Lopes cortou mal o lance e espalmou pro meio da área. Por lá, Max Gradel, sem qualquer marcação, somente empurrou para as redes. 2 a 1!
Após sofrer o segundo gol, imediatamente Rémi Garde mexeu no time. Tirou Malbranque, que estava mais marcando do que distribuindo, e colocou outro jogador veterano: Gaël Danic. A alteração não surtiu muito efeito. O Lyon pressionava, sim, mas não pela alteração. Com o resultado adverso, o time avançou suas linhas de marcação e tentava buscar, ao menos, o empate antes do apito final. No finzinho do jogo, Diomandé entrou no lugar de Cohade – Galtier já segurando o jogo. E Garde, reoxigenando o ataque, colocou N’Jie no lugar de Lacazette.
Por fim, o Lyon não conseguiu o esperado segundo gol e o Saint-Étienne acabou levando a melhor no derby. Agora o OL concentra todas as suas forças nas quartas de final da Liga Europa. O adversário será a Juventus, da Itália. O primeiro jogo é no Gerland, quinta-feira 03/Abril, às 16h. Até lá!
Contudo, o Lyon ia a campo com um time bastante remendado. Com o departamento médico lotado de jogadores do time titular, Rémi Garde não abandonou no 4-4-2, mas entrou em campo com um elenco que, costumeiramente, não joga junto. O maior problema estava no setor defensivo. Dentre os sete desfalques, quatro são defensores e três titulares: Miguel Lopes, Umtiti e Bisevac. Completam a lista: Dabo (mais um defensor), Fofana, Grenier e Benzia. Dessa forma, Gonalons acabou sendo improvisado na zaga e Corentin Tolisso ganhava mais uma chance, uma das primeiras jogando em sua posição de origem – a lateral direita. Abaixo, confira como ficou o time do Lyon para encarar o seu maior rival:
O time visitante também vinha com desfalques importantes, mas não tinha um peso tão grande quanto aos de seu adversário da rodada. Florentin Pogba, Benjamin Corgnet e Romain Hamouma eram as peças que Christopher Galtier não poderia utilizar neste domingo. De toda forma, o time que entrou em campo não era, nem de longe, um time remendado. De todo modo, o treinador do ASSE optou por uma formação não muito usual no Campeonato Francês, o 5-3-2. Utilizando-se de três zagueiros e com o intuito de liberar seus dois laterais mais pro jogo, Galtier depositava muitas esperanças no talento de François Clerc e Benoît Trémoulinas. No meio campo, dois homens de marcação também davam mais sustância a parte defensiva: Lemoin e Guilavogui. Dessa forma, Cohade teria mais liberdade para criar e Brandão e Erding quase não precisariam se recompor na marcação. Veja abaixo a formação do ASSE para enfrentar o Lyon:
Nos minutos iniciais, o Lyon fazia valer sua posse de bola e começou a partida bem melhor do que o Saint-Étienne, que com sua postura bastante ofensiva, dava muito espaço aos donos da casa chegarem com facilidade. O OL tinha opções abertas pelo meio e principalmente pelo lado esquerdo, onde Clerc e Zouma pareciam bastante frouxos na marcação e acabavam dando muito espaços para o Lyon penetrar por ali.
A primeira boa oportunidade da partida surgiu justamente dali. Em uma jogada construída através de um passe longo de Bedimo, Zouma cochilou e deixou Lacazette passar pelas costas. O atacante do Lyon dominou com categoria e avançou. Bayal Sall apareceu para fazer a cobertura e aliviar o perigo. No lance seguinte, Zouma daria mais uma bobeada, mas não o suficiente para o OL criar uma chance de gol.
A segunda boa chance do Lyon foi construída em jogada de bola parada. Sall parou Gourcuff pelo lado direito do ataque do OL e recebeu um cartão amarelo. Na cobrança, o mesmo Gourcuff colocou na cabeça de Lacazette, que direcionou mal a finalização e acabou mandando por cima do gol. Este era o último lance que ocasionava perigo para a meta de Ruffier na primeira metade da etapa inicial.
Após o bom momento do Lyon, era a vez do Saint-Étienne incomodar a virar tomar as rédeas do jogo. Isso tudo começou quando Trémoulinas ganhou mais liberdade dentro de campo e começou a armar as jogadas pelo lado esquerdo. O primeiro lance de perigo, o lateral cruzou, Gonalons furou e Clerc parou em ótima defesa de Anthony Lopes, que saiu aos pés do ex-lataral do Lyon e salvou aquele que seria o primeiro gol da partida.
Outra boa oportunidade do ASSE surgiu quase que no lance seguinte. Erding recebeu bola na área e passou para Brandão. O brasileiro bateu prensando e Anthony Lopes espalmou. No rebote, o mesmo Erding completou e o goleiro português apareceu novamente, agora, para defender firme. Era a segunda oportunidade dos Verts na partida, e com muito mais perigo do que todas aquelas que o OL já havia criado.
O golpe certeiro viria aos 28’. Depois de um cruzamento fantástico de Trémoulinas, a dupla Erding e Brandão voltaria a ser acionada. O brasileiro recebeu o passe e escorou para o turco chegar finalizando. Anthony Lopes, dessa vez, saiu nos pés do atacante, mas não conseguiu apartar o chute do artilheiro do Saint-Étienne. Placar aberto no Gerland, e com muita justiça, ASSE sairia na frente.
Após sofrer o gol, o Lyon deu uma acordada no jogo, apesar do domínio ainda ser do Saint-Étienne. O time conseguiu buscar uma reação dez minutos após sofrer o primeiro tento do jogo. Bafé Gomis fez uma jogada espetacular pelo lado direito e passou por três marcadores. Ao chegar perto da área, fez uma assistência milimetricamente fantástica para Lacazette receber e bater de primeira. Um belíssimo gol no Stade Gerland para decretar o empate no clássico.
Com o empate no placar, o jogo se equilibrou. O Saint-Étienne continuava acionando Trémoulinas pelo lado esquerdo do campo, enquanto Gourcuff erguia a batuta pelo lado do Lyon. Contudo, até o fim da primeira etapa os dois times não foram mais tão perigosos igual outrora e o panorama da partida se estagnou naqueles últimos dez minutos que faltavam para o apito do intervalo.
Para o segundo tempo, o Lyon entrou logo com uma alteração. Gourcuff sentiu uma pancada, ainda na primeira etapa, e deu lugar a Jimmy Briand. A ausência do meia de criação provocou uma estagnação no setor de criação dos Gones, que quase não ocasionava mais lances de perigo na última etapa, muito em função de perder esse homem que fazia a ligação do meio ao ataque. O novo 4-3-3 do Lyon quebrou essa articulação.
Por outro lado, o Saint-Étienne também encontrava dificuldades para se encontrar dentro de campo. Malbranque agora ajudava Tolisso na marcação de Trémoulinas, que já não tinha o mesmo espaço de antes para realizar os seus (ótimos) cruzamentos. A falta de mobilidade dos homens de frente, assim como o sumiço de Cohade, não permitia o ASSE a pressionar o OL da forma como fez no primeiro tempo.
Com as duas equipes estagnadas, o jogo perdia em movimentação e já não mais parecia um clássico. A partida travava-se no meio de campo e muitos erros de passes erma cometidos pelas duas equipes. Galtier percebeu esse panorama e fez sua primeira alteração, colocando Gradel no lugar de Erding, na esperança de dar mais mobilidade, velocidade e movimentação ao ataque.
O Saint-Étienne conseguiu o seu segundo gol... E com Gradel! Mas o gol não apareceu por causa da mobilidade pretendida por Galtier. Na verdade, um apagão da defesa do OL foi o responsável pelo tento dos Verts. Cohade avançou pela direita e fez um cruzamento rasteiro. Anthony Lopes cortou mal o lance e espalmou pro meio da área. Por lá, Max Gradel, sem qualquer marcação, somente empurrou para as redes. 2 a 1!
Após sofrer o segundo gol, imediatamente Rémi Garde mexeu no time. Tirou Malbranque, que estava mais marcando do que distribuindo, e colocou outro jogador veterano: Gaël Danic. A alteração não surtiu muito efeito. O Lyon pressionava, sim, mas não pela alteração. Com o resultado adverso, o time avançou suas linhas de marcação e tentava buscar, ao menos, o empate antes do apito final. No finzinho do jogo, Diomandé entrou no lugar de Cohade – Galtier já segurando o jogo. E Garde, reoxigenando o ataque, colocou N’Jie no lugar de Lacazette.
Por fim, o Lyon não conseguiu o esperado segundo gol e o Saint-Étienne acabou levando a melhor no derby. Agora o OL concentra todas as suas forças nas quartas de final da Liga Europa. O adversário será a Juventus, da Itália. O primeiro jogo é no Gerland, quinta-feira 03/Abril, às 16h. Até lá!
FOTOS: olweb.fr
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