Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais
Após um primeiro tempo pavoroso, o time melhorou na segunda etapa após a entrada de Memphis Depay, que acabou mudando o cenário do jogo favoravelmente ao OL
Ainda assim, do outro lado, havia o Angers de Stáphane Moulin. O treinador vem fazendo um bom trabalho até aqui, apesar de também esbarrar na questão da irregularidade na qualidade do seu time. De todo modo, uma 10ª colocação é algo dentro dos padrões – para não dizer mais do que do esperado – para um elenco tão enxuto e com qualidade técnica limitada como o elenco alvinegro. Para o jogo de hoje, a novidade era o meia Tait, que retornava. Contudo, Aït Nouri, Cissé, Pajot e Manzala eram ausências sentidas. Veja como ficou o time:
Já Bruno Génésio tinha desfalques ainda mais importantes e determinantes. Dubois, Fekir, Cornet e Gouiri não estavam presentes. E mudando um pouco a formação dos 11 iniciais, houve surpresas para o jogo de hoje. No 4-3-3, ele optou por começar o duelo com três volantes, dando oportunidade para Jordan Ferri como titular. Nessa disputa, Memphis Depay acabou sendo preterido e começava o confronto no banco de reservas. A boa notícia para Génésio era o retorno de Rafael, que está 100% recuperado de uma lesão no ombro. Abaixo, a escalação inicial dos Gones para o jogo:
Exercendo seu fator casa, o Angers começou fulminante. E se Génésio tinha problemas para esquematizar seu sistema defensivo, os primeiros minutos foram um pesadelo. O time da casa teve três chances incríveis de marcar antes dos primeiros 15’ de jogo. O primeiro, Lopes salvou com os pés quando Capelle entrou sozinho na pequena área. Quase um milagre. Depois foi uma cabeçada de Bahoken no pé da trave. Por fim, Tait aproveitou falha de Marcelo e só não concluiu em gol porque Tousart apareceu e ajeitou a casa no último segundo.
Perdido defensivamente e sem criatividade alguma no meio de campo, o setor ofensivo do OL praticamente assistia ao time tentando tocar a bola e não conseguindo abrir espaços após a linha do meio de campo. Um jogo com muita intensidade física em que os dois times esperavam falhas defensivas do outro lado para buscar conseguir criar oportunidades reais de gol. E, ao menos no começo do jogo, o Angers era mais competente nisso.
A primeira grande oportunidade de gol criada pelo Lyon só veio a acontecer com 25’ de bola rolando. Uma boa troca de passes que começou com Traoré e terminou com o mesmo jogador. Ele inverteu o jogo. A bola passou pelos pés de Ndombele, Aouar, Dembélé e quando Traoré recebeu novamente, em ótimas condições de marcar e sozinho na marca do pênalti, ele furou. Desperdiçou a única oportunidade criada até então.
Aos 33’ aconteceu algo que o Lyon precisava para melhorar no jogo. Em uma tabela com Aouar, Dembélé acabou sendo derrubado na entrada da área. Além da marcação da falta, a arbitragem expulsou – justamente diga-se – o zagueiro Ismaël Traoré, que entrou de sola no tornozelo do centroavante do OL. Para se recompor, Moulin colocou Pavlovic e tirou Tait, que era um jogador que tava dando trabalho a defesa do Lyon.
Por incrível que pareça, mesmo jogando com um a mais em campo, o Lyon continuava inferior ao Angers dentro de campo. O time da casa já não tinha aquela mesma intensidade do comecinho do jogo, mas continuava ditando o jogo. O OL errava muito no meio de campo e errava ainda mais atrás. Um festival de passes errados. As únicas tentativas de chegada eram pelos lados do campo e sem qualquer efetividade.
Além de errar muito, o time seguia bastante afobado e ansioso. Quando retinha a posse de bola, não conseguia valoriza-la. Sempre ficava tocando de lado até achar um espaço. Sem este espaço, alguém acabava forçando um passe mais longo e isso, consequentemente, limava a oportunidade de criação, já que o lance era desperdiçado. Jogando com três volantes, isso se intensificava e o OL foi um time horrendo na primeira etapa. Foi pra esquecer essa péssima atuação.
A etapa final começou com o mesmo panorama desenhado. O OL não reagia. Tinha imensas dificuldades para criar e chegar com perigo lá no ataque. Não à toa, Bruno Génésio mexeu rapidamente. Logo aos oito minutos, colocou Memphis Depay e tirou o volante Jordan Ferri. Ainda mais tendo um jogador de vantagem em relação ao adversário, era a coisa mais certa a se fazer.
Mesmo com os inúmeros problemas escancarados dentro de campo, o Lyon ainda assim era melhor. Ao menos tinha mais qualidade técnica em seu plantel. Por isso, acabou sendo presenteado com um gol que foi mais um achado do que um mérito. Tudo surgiu em bola cruzada para a área. Butelle rebateu para o segundo pau e Memphis Depay cruzou de novo. Sem goleiro, Aouar só completou de cabeça. Um prêmio para aquele que estava sendo o único lúcido em campo: 1 a 0!
Depois do gol, segunda troca no clube alvinegro. Fulgini entrou no lugar de Capelle e o Lyon era quem quase chegava ao segundo. Dembélé aproveitou bola enfiada e saiu frente a frente com Butelle. O goleirão salvou com os pés a boa finalização do centroavante. Baita intervenção. Pouco depois, Memphis acharia Dembélé sozinho novamente. E agora ele marcou. Mas o lance acabou sendo certamente anulado pelo VAR. Mas, definitivamente, o OL melhorou bastante após a saída de Ferri e a entrada do holandês.
Aos 32’, depois do Lyon criar mais uma boa oportunidade de gols, Stéphane Moulin mexeu pela última vez, trocando seu último homem lá na frente. Entrou o espanhol Cristian Lopez e saiu Bahoken. Pouco tempo depois, foi a vez de Bruno Génésio fazer uma trocar. A sua segunda mexida. Saiu Bertrand Traoré, que não foi bem no jogo de hoje, para a entrada de Martin Terrier.
No finzinho do jogo, o time da casa tentava uma reação a qualquer custo. Na base do abafa, chutões e avançando toda sua linha de marcação, mas foi em contra-golpe que o Lyon buscou o segundo gol. Dembélé pegou bola em muita velocidade desde o meio de campo e avançou até a área. Quando o goleiro Butelle saiu nele, a assistência foi feita para Memphis Depay só concluir em gol: 2 a 0!
Tudo resolvido, certo? Nada disso! Na saída de bola, o Angers diminuiu. N’Doye, o capitão, ergueu bola na área em passe pela direita. A bola chegou até a cabeça de Cristian Lopez, que subiu sozinho e concluiu em gol! 2 a 1! Nos últimos minutos, chances claras para os dois lados, mas acabou ficando nisso mesmo. Lyon venceu no sufoco e deu sorte de ter um a mais em campo.
O OL agora segue focado em Ligue 1. O próximo adversário será o Bordeaux. Partida marcada para sábado que vem (03/11), às 13h do horário de Brasília. O duelo é válido pela 12ª rodada do Campeonato Francês e será disputado no Groupama Stadium, casa do Lyon. Fique ligado e até lá!
FOTOS: Eurosport / ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe
OS GOLS DA PARTIDA: