domingo, 27 de setembro de 2020

Em visita ao Lorient, Lyon empata de novo e já soma quatro jogos seguidos sem vencer

Filipe Frossard Papini
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Time esbarra nos mesmos problemas de não saber jogar com a bola: pressiona muito e não finaliza. Merlus saíram na frente com Wissa, mas Dubois deixou tudo igual em seguida




Depois de mais de uma semana sem entrar em campo, o Lyon voltava aos gramados na tarde deste domingo. Visitava o Lorient no Stade du Moustoir, que especialmente hoje tinha capacidade máxima de 3 mil espectadores, em função da restrição do COVID-19. A missão do OL não era das mais fáceis, apesar de duelar contra uma equipe que, em tese, era inferir tecnicamente. O time precisava vencer para afastar a sina de entrar em campo tendo já três jogos seguidos sem vencer na Ligue 1 e já amargando posições do meio de tabela. O Lorient, por sua vez, já começa sua briga contra o rebaixamento e também visava somar pontos em casa.

Em campo, o time comandado pelo técnico Christophe Pelissier, tinha uma formação híbrida bem definida nos movimentos com ou sem a bola. Sem a bola, o time se comportava num 5-4-1 bem fechadinho. Com a bola, o time já tinha um pouco mais de ousadia, liberando mais os jogadores Laporte e Abergel. O técnico dos Merlus ainda não pode contar com a recém contratação Gravillon, que chega de empréstimo da Inter de Milão. Além dele, não jogavam hoje Saunier, Chalobah, Boisgard e Laurienté. Mas dentre os titulares, dois ex-Lyon: Fontaine e Morel. Veja como ficou o time titular:




Pelo lado do Lyon, após sofrer uma debandada enorme de jogadores, o elenco ficou bastante reduzido para Rudi Garcia trabalhar. E o técnico ainda tenta achar o time inicial e a formação mais indicada para conseguir definir um padrão. Hoje, especialmente ele ainda não teria Caqueret, Reine-Adélaïde e Toko Ekambi, machucados. Por isso, resolveu mandar o time num curioso 3-4-3, com os jovens Diomandé e Cherki começando como titulares, além de Jean Lucas, que quase não tem oportunidades para começar jogando. O técnico, inclusive, escalou Aouar, que fez seu jogo 100 com a camisa do Lyon, mas deixou Memphis Depay no banco. Veja:




Logo quando a bola começou a rolar, já dava para entender quais eram as propostas de cada um dos dois times. Enquanto o Lyon propunha o jogo e atacava o campo de defesa do Lorient. O time da casa claramente não queria a bola e isso permitia acontecer aquela velha sina que atormente o time dos Gones: ter a bola e não saber o que fazer com ela. Criar pouco. Rodear a área adversária, mas não conseguir finalizar.

Durante boa parte do começo do jogo, o OL conseguiu apenas uma finalização. E ela surgiu de bola parada. Em falta no bico da grande área, Cherki parecia que ia cobrar de pé direito, mas Cornet apareceu rapidamente e efetuou o chute, quase pegando o goleiro Nardi de surpresa. Bem posicionado, o ex-arqueiro da Seleção Francesa sub-21 conseguiu defender sem demais perigos.


Tendo dificuldades para chegar pelo meio, o Lyon começava a explorar muito o lado esquerdo do campo, principalmente acionado Cornet. O problema dessa situação é que tinha que começar a fazer a saída de bola com o jovem zagueiro Diomandé, que as vezes tinha dificuldades técnicas nesse fundamento, e quase se complicava em momentos derradeiros. E em meio ao momento em que o OL tentava se organizar em campo, o Lorient perdia seu atacante Grbic com dores, dando lugar a Hamel. Era a primeira mexida, ainda no começo do jogo.

Aos 26’ de jogo, o Lorient conseguiu chegar pela primeira vez. Wissa prendeu a bola na altura da intermediária e esperou alguém se mexer. Le Goff passou por trás da defesa dos Gones e conseguiu sair sozinho diante de Lopes, em passe em profundidade. A posição de impedimento já havia sido marcada, mas ainda assim, o goleiro do Lyon fez uma saída de bola impressionante, com os pés.


A resposta do Lyon veio da forma mais improvável de todas, dois minutos depois. O zagueiro Diomandé apareceu como um líbero e conseguiu uma finalização de fora da área. Fraquinha? Sim. Mas a bola foi saindo das mãos do goleiro e quase surpreendeu Nardi. Nesse momento, tudo que parecia era que o Lyon só precisava de um pouco mais de calma para conseguir chegar com mais detalhismo a meta adversária. Mas calma com a bola aos pés não existia.

Já no finzinho da primeira etapa, quando o Lyon ainda tentava achar espaços para finalizar, o Lorient conseguiu uma bola na esquerda e quase abriu o placar. Hamel achou Le Goff passando como um foguete pela esquerda. Pensando de forma muito rápida, o lateral viu que não tinha ninguém na área e resolveu bater cruzado. Boa defesa de Lopes! E ainda antes do intervalo, os Merlus perdiam Le Fée – mais um jogador por lesão. Mas o técnico preferiu ir pro vestiário sem mexidas.


No retorno para a etapa final, Pélissier mexeu, colocando Monconduit no lugar do machucado Le Fée. Enquanto Rudi Garcia vinha com Memphis Depay para tirar Diomandé e inclusive mexer na formação tática, voltando para o 4-2-3-1. Mas era o Lorient quem se portava melhor no retorno, com Le Goff muito melhor que Dubois nas ações pela lateral e criando oportunidades reais para o time da casa.

Aos 18’ do segundo tempo, o Lorient conseguiu abrir o placar em um lance bem polêmico. Wissa, do meio de campo, achou Hamel entre os zagueiros do Lyon. Todo mundo pediu impedimento e o lance seguiu. Hamel prendeu e esperou o mesmo Wissa passar como uma flecha. O atacante passou como quis por Denayer e mandou um foguete, que bateu na trave antes de entrar. A arbitragem anulou o gol de imediato. Mas o VAR acabou confirmando em seguida: 1 a 0!


Se antes o Lyon já tinha pressa com a bola antes, depois do gol ficou bem mais evidente. Mas, por sorte, numa dessas jogadas de pressas – envolvidas em lances individuais – o gol de empate acabou saindo. Dubois recebeu na direita e resolveu carregar a bola pro meio. Passou por um defensor e viu o espaço aberto para chutar. Resolveu arriscar de canhota e acabou marcando um belíssimo gol: 1 a 1!

Logo após o gol, três mexidas. No Lyon, entravam Thiago Mendes e Kadewere para as saídas de Jean Lucas e Cherki. O Lorient também vinha com mexida, com Delaplace substituindo o capitão Lemoine. Em resumo, depois das trocas, os Gones tinham um pouco mais de dez minutos para conseguir tentar virar o jogo. De forma um pouco desorganizada, o time tentava, principalmente acionando agora o lado direito do ataque.


Já caminhando para o fim, antes de ser substituído por Melvin Bard, Cornet ainda conseguiu um lance de perigo, onde a bola tocou no travessão em tentativa de corte de cruzamento. E se antes o Lorient tinha um 5-4-1 sem a bola, agora era um 10-0-0. Praticamente todo mundo defendia com o intuito dos Merlus não tomarem a virada. Por mais que jogassem em casa, o placar de 1 a 1 diante do Lyon era dos mais interessantes para um time recém promovido.

No finzinho, Pélissier ainda fez uma mexida para recuar ainda mais, tirando Hamel – que já havia entrado no primeiro tempo – para colocar Wadja, um volante. Mas nem mesmo os cinco minutos de acréscimos colocados pelo árbitro Clément Turpin foram suficientes para o Lyon conseguir a virada, muito pelo contrário. Foi o próprio Lorient quem quase fez no finalzinho em contra-ataques bem rápidos, que pegaram a defesa dos Gones desprevenida.


Agora o Lyon vai concentrar todas as suas forças e seus esforços para se preparar para um dos maiores clássicos do futebol francês: o Choc des Olympiques, ou simplesmente Olympico. É o duelo contra o Olympique de Marseille. O duelo está marcado para o domingo que vem (4), na partida que encerra a rodada do final de semana, às 16h do horário de Brasília. Não existe margem para erro! Até lá.

FOTOS: ol.fr
CAMPINHOS: Canal +


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sábado, 26 de setembro de 2020

Ligue 1 20/21 | 5ª Rodada - Lorient x Lyon

Filipe Frossard Papini
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Depois de chegar até as semifinais da Liga dos Campeões, o Lyon não vive um retorno bom, nesse recomeço de temporada europeia. Entra em campo nesse domingo sendo apenas o 12º colocado na tabela do Francês e já emplaca três jogos sem vencer, de quatro que realizou pela competição. Além disso, o time vem sofrendo uma enorme debandada de jogadores e ainda não apresentou reforços para suprir as carênicas. Ficar de fora de qualquer competição internacional, somado ao prejuízo da pandemia, mexeu com os cofres dos Gones, e o Lorient, adversário dessa 5ª rodada, não tem nada a ver com isso e quer aproveitar o momento.

Os Merlus também vivem uma situação delicada e parece ser um time que vai lutar contra a volta para a Ligue 2, mesmo tendo feito uma campanha excelente para retonar na temporada passada. A diretoria, inclusive, se mexeu na e trouxe emprestado da Inter de Milão o zagueiro Gravillon, que ainda não tem autorização de jogo. Fora ele, não jogam também o zagueiro Saunier e os meio-campistas Chalobah, Boisgard e Laurienté. Em seu elenco, o Lorient ainda possui dois jogadores que já vestiram a camisa do OL: Thomas Fontaine, que atuou mais pela equipe de transição e Jérémy Morel, com passagens recentes pelo clube.

O Lyon, por sua vez, visita o Lorient com vontade de fazer diferente do que vem sendo feito nos últimos jogos. De novidade, apenas a presença do goleiro alemão Pollersbeck como nova opção no bnaco para Rudi Garcia. Sem poder contar com Caqueret e Toko Ekambi, ambos sentindo desconforto físico, o técnico do OL também ainda não tem Reine-Adélaïde a disposição, sentindo ainda o problema na panturrilha, além de entraves internos e burburinhos na imprensa que podem afastá-lo da equipe quando retornar do departamento médico. Aouar, em meio a ventilações que o colocam no Arsenal, foi relacionado e deve fazer seu jogo 100 pelos Gones.

O confronto entre Lorient e Lyon acontece neste domingo (27/09), às 12h do horário de Brasília. No Brasil, por enquanto nenhuma emissora fechou com o Campeonato Francês, portanto, não haverá transmissão. Abaixo, confira os relacionados e as prováveis escalações dos dois times.



LYON

GOLEIROS: Anthony LOPES e Julian POLLERSBECK;
LATERAIS: Léo DUBOIS e Melvin BARD;
ZAGUEIROS: MARCELO, Jason DENAYER, Joachim ANDERSEN e Sinaly DIOMANDÉ;
VOLANTES: JEAN LUCAS. BRUNO GUIMARÃES e THIAGO MENDES;
MEIAS: Houssem AOUAR;
ATACANTES: Maxwel CORNET, Moussa DEMBÉLÉ, Rayan CHERKI, Memphis DEPAY e Tino KADEWERE;
TÉCNICO: Rudi GARCIA;
DESFALQUESMaxence CAQUERET, Jeff REINE-ADÉLAÏDE e Karl TOKO EKAMBI

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Lopes | Dubois, Marcelo, Denayer e Bard | Bruno Guimarães, Thiago Mendes e Aouar | Memphis Depay, Cornet e Dembélé



LORIENT

GOLEIROS: Matthieu DREYER e Paul NARDI;
LATERAIS: Houboulang MENDES, Vincent LE GOFF e Jérôme HERGAULT;
ZAGUEIROS: Jérémy MOREL, Julien LAPORTE e Thomas FONTAINE;
VOLANTES: Jonathan DELAPLACE, Fabien LEMOINE, Franklin WADJA, Laurent ABERGEL e Thomas MONCONDUIT;
MEIAS: Stéphane DIARRA, Enzo LE FÉE e Sylvain MARVEAUX;
ATACANTES: Pierre-Yves HAMEL, Umut BOZOK, Yoane WISSA e Adrian GRBIC;
TÉCNICO: Christophe PÉLISSIER;
DESFALQUES: Andreaw GRAVILLON, Matthieu SAUNIER, Trevoh CHALOBAH, Quentin BOISGARD e Armand LAURIENTÉ

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Nardi | Mendes, Fontaine, Morel e Le Goff | Lemoine e Abergel | Boisgard, Le Fée e Wissa | Grbic


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domingo, 20 de setembro de 2020

Le Podcast du Foot #131 - O time sensação da França

Filipe Frossard Papini
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Até onde pode ir o Rennes de Camavinga e companhia? (Arte: terradezizou.com.br)

Atual líder da Ligue 1, 3º colocado da temporada passada, com vaga inédita na fase de grupos da UEFA Champions League garantida, time da jóia Eduardo Camavinga e treinado por um dos mais promissores técnicos da França, Julien Stéphan. Não restam dúvidas: o Rennes é a equipe sensação do país. E engana-se quem pensa que o sucesso dos bretões é ocasional. Há dois anos, o time ergueu a Copa da França e teve o melhor desempenho europeu de sua história, apresentando ao continente alguns talentos como Ismaïla Sarr e Ramy Bensebaini, hoje brilhando em Inglaterra e Alemanha, respectivamente.

O time sensação da França foi dissecado durante a edição #131 de Le Podcast du FootEduardo Madeira conduziu o programa que contou com as análises de Eduardo RamosRenato Gomes, que destacaram as virtudes do Rennes, as possíveis mudanças pro elenco e falaram da expectativa para o debute rubro-negro na maior competição continental da Europa.
 

OUÇA O MATERIAL NO DISPLAY ABAIXO:
 Agora, o material também pode ser assinado via ITUNESSPOTIFY e no GOOGLE PODCASTS!!!

Comente também no site do Eduardo Madeira e na minha coluna do Globoesporte.com! Ahh... passe lá na fan page da Ligue 1 Brasil no Facebook também!

Passe aqui depois e me diga o que achou. Deixe seu pitaco, sua dica, sua reclamação e também a sua pergunta. Você pode ter seu nome lido no programa. Seja corneteiro. Faça parte do podcast!


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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Em mais uma atuação apagadíssima, Lyon não sai do zero em casa, diante do Nîmes

Filipe Frossard Papini
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O jogo marcou a estreia dos jovens Rayan Cherki e Malvin Bard começando na formação inicial do time, como titular. Diomandé, que entrou no segundo tempo, também debutou




A saga do Lyon continuava nessa sexta-feira. Mais uma vez, pela terceira semana consecutiva, o clube era o responsável por abrir a rodada do Campeonato Francês, sendo o protagonista da partida de sexta-feira. Carregando consigo outros três jogos na bagagem, venceu a primeira, empatou a segunda e perdeu a terceira. Diante do Nîmes, tinha a oportunidade de reencontrar as vitórias e fazer um agrado ao limitado público de no máximo cinco mil pessoas que estavam presentes no Groupama Stadium.

Para isso, o técnico Rudi Garcia mudou tudo. Abdicou daquele 3-5-2 que vinha utilizando desde a reta final da Liga dos Campeões e preparou um time mais apropriado ao elenco que tinha em mãos, principalmente com as ausências de Aouar e Reine-Adélaïde. O time voltava ao 4-4-2. Andersen acabou ficando de fora do miolo de zaga. Na esquerda, Melvin Bard começava jogando. Outro que jogava era o também jovem Cherki. Na frente, Dembélé também voltava aos titulares. Veja a formação:




Já o Nîmes tinha uma missão um pouco mais modesta. O time já entrava em campo sabendo da sua inferioridade técnica, mas ao mesmo tempo se portava como franco atirador. Sair de Lyon com ao menos um pontinho já poderia ser considerado um feito e tanto. Ainda mais pelo fato do técnico Arpinon ter muito desfalques importantes para o confronto, como o lateral Meling, o zagueiro Martinez, o volante Deaux, o meia Philippoteaux e o centroavante Koné. Isso forçou, inclusive uma possível estreia do atacante Marco Majounga, que começava no banco. Assim ficou escalado os Crocodilos:




Após o apito inicial do árbitro Amaury Delerue, o jogo provava que poderia ter potencial de ser intenso. Boas chances criadas de lado a lado. Cornet e Dembélé criando boas finalizações para o OL e Fomba e Ripart fazendo o mesmo pelos times visitantes. Inclusive, o chute de Ripart chegou a tocar o travessão ainda antes dos primeiros dez minutos de bola rolando. Lopes já estava batido no lance, que não entrou por capricho.

Passado o momento de euforia, o jogo diminuiu o ritmo e acabou pisando um pouco no freio. O Lyon, no comecinho, parecia muito exposto com essa formação tática que tinha um zagueiro a menos do time que vinha jogando no habitual. Demorou um pouco para conseguir encaixar e achar um modelo de jogo, principalmente sem a bola, que não o fizesse sofrer tanto. Enquanto isso, Cherki era uma lufada de talento e resolvia praticamente tudo na parte ofensiva.


Mesmo com o talento latente de Cherki, uma coisa que parecia latente antes do jogo iniciar, parecia cada vez mais clara: o Lyon sente bastante a falta de Houssem Aouar no meio de campo. A ligação técnica do meio de campo com o ataque praticamente some quando ele não está presente. A suspensão do atleta, expulso na última terça-feira, desequilibrava muito a qualidade no meio de campo do Lyon e não permitia uma ofensividade mais criativa do clube.

Esse papel criativo, inclusive, poderia ser feito pelo Bruno Guimarães, mas Rudi Garcia insiste em utilizar o brasileiro jogando fora da sua posição de origem, um pouco mais recuado, como se fosse o clássico camisa cinco, sendo que ele precisa ser o “camisa 8”, com liberdade de criação, pra carregar a bola e para avançar. E esse papel acabava ficando mais com Caqueret do que com ele, o que acaba sendo um desperdício.


Já perto do fim da primeira etapa, os dois times conseguiram chances quase um dois do outro. Primeiro, o Lyon conseguiu uma oportunidade depois de um escanteio. No rebote, a bola caiu nos pés de Memphis Depay, que descolou um passe para Bruno Guimarães. O brasileiro viu o clarão e resolveu bater da entrada da área. O chute acabou sendo desviado no meio do caminho e tomou a linha de fundo como destino.

A resposta acabou aparecendo de forma imediata, quase que no lance seguinte. O Nîmes arrancou um contra-ataque pelo lado direito do seu ataque e foi avançando com Zinedine Ferhat, que chegou também até a entrada da área. Quando viu que estava sozinho, decidiu bater dali mesmo. Foi definitivamente a melhor opção. A bola tinha o ângulo esquerdo de Lopes como destino, mas o goleiro dos Gones conseguiu salvar com a ponta dos dedos.


Para a volta do intervalo, os dois times apareceram com mexidas. O Nîmes trocou Duljevic por Roux. Um atacante por outro. No OL, a mexida também foi parecida. Cornet, que hoje atuou como ponta mais aberto, dava lugar a Toko Ekambi. Pouco tempo depois, outras trocas nas equipes. Pelo Lyon, Diomandé estreava improvisado, jogando na direita, no lugar de Dubois. No time visitante, Sarr deixava o campo para dar lugar a Ahlinvi.

O jogo morno não se sustentava. O Lyon tinha enormes dificuldades para finalizar. Não tinha paciência alguma para trabalhar a bola e, consequentemente, não criava oportunidades. A falta de pressa em Sarr ao deixar o campo na hora da substituição também mostrava que o Nîmes estava plenamente satisfeito com o 0 a 0 e também já nem causava perigos no ataque. Claro, jogando por uma bola e esperando o contra-ataque.


Rudi Garcia mexia de novo aos 17’ do segundo tempo. Era a terceira troca na partida. Colocava Jean Lucas no lugar de Caqueret. Mas obviamente não seria o suficiente para fazer o que precisava ser feito. Memphis Depay muito apagado, bem como Cherki – no segundo tempo, deixavam a sensação para o torcedor de que o gol teria muitas dificuldades em aparecer. Não parecia ser um dia com pacto com as redes.

Já perto do fim, começou aquele tradicional “futebol na base do abafa”. O time praticamente todo depois do meio de campo. O Nîmes todo recuado dentro da sua área assistindo o OL rodear a bola de lá pra cá para tentar criar ou furar algum espaço na defesa. Muitos cruzamentos e chuveirinhos na área para ninguém conseguir aproveitar. Era um festival de bolas sem rumo e desperdícios de jogadas.


Aos 41’ do segundo tempo, Rudi Garcia fez sua última mexida, colocando mais um atacante. Kadewere substituía Cherki. Se a pressão era grande, mas não tinha muita agressividade, agora o OL perdia seu último respiro técnico. Ainda assim, o OL quase conseguiu fazer o gol de honra aos 44’, quando o próprio Kadewere apareceu livre na área e cabeceou um bom cruzamento que Memphis Depay conseguiu de escanteio. Reynet defendeu e salvou o Nîmes.

O árbitro Delerue chegou a colocar cinco minutos de acréscimos – até pouco se for levar em conta o tanto de cera que jogadores do Nîmes fizeram durante toda a segunda etapa. Mas nem mesmo se ele desse 20 minutos iria mudar o cenário do jogo. O OL parecia um time “morto-vivo” em campo e sem qualquer poder de fogo para alterar o placar, que permaneceu em branco até o fim.


Finalmente agora o Lyon se abdica desses jogos na sexta-feira e parte para um novo dia na próxima rodada. Vai enfrentar o Lorient, fora de casa, no dia 27 de setembro, ao meio dia. A partida será válida pela 5ª rodada do Campeonato Francês. E até lá, o OL vai ter uma semana e alguns dias para corrigir erros mostrados no duelo de hoje. Horário marcado então? Até lá!

FOTOS: France Football | ol.fr | Getty Images
CAMPINHOS: DAZN Alemanha


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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Ligue 1 20/21 | 4ª Rodada - Lyon x Nîmes

Filipe Frossard Papini
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Três jogos realizados pelo Lyon na temporada: uma vitória, um empate e uma derrota, exatamente nessa ordem. Com uma janela bastante movimentada nos últimos dias, principalmente de jogadores deixando o clube - o momento do OL não é dos melhores. Nos dois últimos jogos, não saiu do zero contra o Bordeaux e ainda perdeu na última terça-feira para Montpellier, em partida adiada da 1ª rodada. A busca por resultados melhores já começa a aparecer e a oportunidade é de reverter o quadro já diante do Nîmes, principalmente por ser um jogo em casa.

Para a abertura dessa 4ª rodada, Rudi Garcia tem os desfalques de Jeff Reine-Adélaïde, ainda com dores na panturrilha desde a data Fifa, quando se contundiu pela França sub-21, além de Houssem Aouar, expulso ainda na primeira etapa da partida anterior. A saída do meia articulador da equipe abre um rombo no meio de campo, já que nenhum outro jogador faz o mesmo tipo de jogo, o que pode provocar uma mudança tática nas escolhas que Rudi vem fazendo recentemente. Sair da formação com três zagueiros? Jogar com uma segunda linha de quatro? Tudo é possível, mas o mistério segue no ar.

Já o Nîmes, depois de estrear na Ligue 1 batendo o Brest por 4 a 0, acabou sofrendo duas derrotas seguidas. Perdeu para o Nantes e Rennes. Para não entrar num parafuso e projeção de crise, o técnico Jérôme Arpinon quer ao menos arrancar um ponto desse confronto, mas não terá missão fácil, já que terá cinco desfalques para esse duelo, sendo a maioria deles titulares. Não viajaram o lateral Meling, o zagueiro Martinez, o volante Deaux, o meia Philippoteaux e o centroavante Koné. Isso forçou, inclusive uma possível estreia do atacante Marco Majounga.

O confronto entre Nîmes e Lyon acontece nesta sexta-feira (18/09), às 16h do horário de Brasília. No Brasil, por enquanto nenhuma emissora fechou com o Campeonato Francês, portanto, não haverá transmissão. Abaixo, confira os relacionados e as prováveis escalações dos dois times.



LYON

GOLEIROS: Anthony LOPES e Anthony RACIOPPI;
LATERAIS: Léo DUBOIS, Melvin BARD e Youssouf KONÉ;
ZAGUEIROS: MARCELO, Jason DENAYER, Joachim ANDERSEN e Sinaly DIOMANDÉ;
VOLANTES: Maxence CAQUERET, JEAN LUCAS. BRUNO GUIMARÃES e THIAGO MENDES;
MEIAS: -;
ATACANTES: Maxwel CORNET, Moussa DEMBÉLÉ, Rayan CHERKI, Karl TOKO EKAMBI, Memphis DEPAY e Tino KADEWERE;
TÉCNICO: Rudi GARCIA;
DESFALQUESHoussem AOUAR e Jeff REINE-ADÉLAÏDE

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Lopes | Andersen, Marcelo e Denayer | Dubois, Caqueret, Bruno Guimarães e Cornet | Memphis Depay, Toko Ekambi e Dembélé



NÎMES

GOLEIROS: Baptiste REYNET e Lucas DIAS;
LATERAIS: Gaëtan PAQUIEZ, Florian MIGUEL e Renaud RIPART;
ZAGUEIROS: Anthony BRIANÇON, Loïck LANDRE e Kelyan GUESSOUM;
VOLANTES: Sidy SARR, Andrés CUBAS, Lamine FOMBA e Mattéo AHLINVI;
MEIAS: Zinedine FERHAT, Lucas BUADES, Yassine BENRAHOU e Haris DULJEVIC;
ATACANTES: Nassim CHADLI, Marco MAJOUNGA, Nolan ROUX e Kévin DENKEY;
TÉCNICO: Jérôme ARPINON;
DESFALQUES: Birger MELING, Pablo MARTINEZ, Lucas DEAUX, Romain PHILIPPOTEAUX e Moussa KONÉ

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Reynet | Paquiez, Briançon, Landre e Miguel | Cubas e Fomba | Ferhat, Benrahou e Ripart | Denkey


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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Diante do Montpellier, em partida adiada da primeira rodada do Francês, Lyon perde a primeira na temporada

Filipe Frossard Papini
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Expulsão injusta do meia Houssem Aouar, ainda no primeiro tempo, contribuiu decisivamente para o resultado negativo




TEXTO ADAPTADO DE: Terra/Lance
O Lyon tropeçou pela segunda vez consecutiva no Campeonato Francês, mas desta vez perdeu fora de casa para o Montpellier por 2 a 1. O time mandante contou com uma ótima noite de Savanier, autor dos dois tentos da equipe, e com a expulsão de Aouar ainda no primeiro tempo para garantir os três pontos.

Na primeira etapa, o Montpellier aproveitou todos os erros do Lyon para começar a construir o placar da vitória da partida. Aos 38 minutos, Savanier sofreu pênalti em jogada de cruzamento na área e convertou com uma cavadinha. Já no final dos primeiros 45 minutos, Auoar fez falta muito perigosa e foi expulso direto.


Com um a mais em campo, o time mandante aproveitou para se lançar mais ao ataque e tentar ampliar o placar. Em noite iluminada, Savanier recebeu passe dentro da área e finalizou no canto sem chances para o goleiro Lopes logo aos 14 da segunda etapa.

PRESSÃO

Com resultado adverso, o Lyon tentou pressionar e teve boas oportunidades no segundo tempo em escanteios e cabeçadas dos zagueiros Marcelo e Andersen. Depay parou no goleiro Omlin após cobrança de falta, mas o holandês descontou de pênalti no fim da partida. No lance, o zagueiro Hilton recebeu cartão vermelho, mas os visitantes não conseguiram empatar, apesar das tentativas.


TEXTO ADAPTADO DE: Terra/Lance
FOTOS: mhscfoot.com | ol.fr

Montpellier (5-3-2): Omlin | Souquet, Pedro Mendes, Hilton, Congré e Ristic | Le Tallec, Ferri (Mollet, 63') e Savanier (Chotard, 75') | Delort (Mavididi, 63') e Laborde (Sambia, 86')

Lyon (3-4-3): Lopes | Andersen, Marcelo e Denayer (Bard, 68') | Dubois, Caqueret, Bruno Guimarães (Jean Lucas, 55') e Cornet (Dembélé, 75') | Toko Ekambi (Cherki, 68'), Aouar e Kadewere (Memphis Depay, 55')

Gols: Savanier (38' e 59') | Memphis Depay (82')

Cartão Vermelho: Aouar (44') e Hilton (81')


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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Ligue 1 20/21 | 1ª Rodada - Montpellier x Lyon

Filipe Frossard Papini
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A temporada começou confusa para o Lyon. Enquanto todos os times franceses se preparavam para começar os jogos da Ligue 1, o OL e o PSG ainda focavam suas forças na reta final da Liga dos Campeões. Por isso, para os Gones, a primeira rodada foi adiada e será realizada na tarde desta terça-feira, diante do Montpellier, no Stade de La Mosson. Depois de vencer o Dijon por 4 a 1, o amargo empate diante do Bordeaux colocou panos quentes na empogação do OL, que também vem diminuindo com as frequentes saídas de jogadores na atual janela.

O Montpellier, que nada tem a ver com isso, quer manter o embalo, depois de emplacar um surpreendente 3 a 1 diante do Nice, na rodada anterior. O técnico Michel Der Zakarian começou com o pé esquerdo, quando não conseguiu fazer seus comandados vencer o Rennes no primeiro embate da temporada, mas depois se recuperou e agora contará com o seu elenco completo, sem qualquer desfalque, para fazer valer seu poder no Stade de La Mosson, que deverá receber uma capacidade máxima de 5 mil espectadores em função do retorno gradual da pandemia.

Por sua vez, o Lyon vem com um desfalque um tanto quanto improvável. Thiago Mendes sofreu um leve acidente de carro e ficou de fora da viagem do time. Além dele, ainda com uma lesão na panturrilha, Jeff Reine-Adélaïde segue ausente. Bertrand Traoré, negociando sua ida para o Aston Villa também não está com o time, mas Memphis Depay, que também parece estar fechando com o Barcelona, segue confirmado e deve jogar. Aouar, que começou a última partida no banco, se recuperando do COVID-19, deve agora começar jogando.

O confronto entre Bordeaux e Lyon acontece nesta terça-feira (14/09), às 16h do horário de Brasília. No Brasil, por enquanto nenhuma emissora fechou com o Campeonato Francês, portanto, não haverá transmissão. Abaixo, confira os relacionados e as prováveis escalações dos dois times.



LYON:

GOLEIROS: Anthony LOPES e Anthony RACIOPPI;
LATERAIS: Léo DUBOIS, Melvin BARD e Youssouf KONÉ;
ZAGUEIROS: MARCELO, Jason DENAYER, Joachim ANDERSEN e Sinaly DIOMANDÉ;
VOLANTES: Maxence CAQUERET, JEAN LUCAS e BRUNO GUIMARÃES;
MEIAS: Houssem AOUAR;
ATACANTES: Maxwel CORNET, Moussa DEMBÉLÉ, Rayan CHERKI, Karl TOKO EKAMBI, Memphis DEPAY e Tino KADEWERE;
TÉCNICO: Rudi GARCIA;
DESFALQUESThiago MENDES e Jeff REINE-ADÉLAÏDE

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Lopes | Andersen, Marcelo e Denayer | Dubois, Caqueret, Bruno Guimarães, Aouar e Cornet | Memphis Depay e Dembélé



MONTPELLIER

GOLEIROS: Jonas OMLIN e Dimitry BERTAUD;
LATERAIS: Arnaud SOUQUET, Ambroise OYONGO e Mihailo RISTIC;
ZAGUEIROS: PEDRO MENDES, Daniel CONGRÉ, Nicolas COZZA e Vitorino HILTON;
VOLANTES: Jordan FERRI, Junior SAMBIA, Damien LE TALLEC e Joris CHOTARD;
MEIAS: Téji SAVANIER, Keagan DOLLY e Florent MOLLET;
ATACANTES: Il-Iok YUN, Andy DELORT, Gaëtan LABORDE e Stephy MAVIDIDI;
TÉCNICO: Michel DER ZAKARIAN;
DESFALQUES: P

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Omlin | Pedro Mendes, Hilton e Congré | Souquet, Ferri, Le Tallec, Savanier e Ristic | Delort e Laborde


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