O Toulouse já não briga por mais nada. Quase impossível lugar pela ponta, e apesar dos poucos pontos acumulados, também é meio improvável ficar se debatendo contra a zona de rebaixamento, muito em função da quantidade de times que estão abaixo na tabela. O Lyon está numa briga incessante pela ponta. Tem chances de chegar a liderança e ao mesmo tempo briga pela terceira posição contra o PSG, que já havia vencido na rodada. Jogo bom no Estádio Muncipal de Toulouse.
O time de Casanova não contava com Pelé, Pentecôte e Perrier-Doumbé. Mas por outro lado, tinha o retorno de Tabanou, que cumpriu suspensão e já estava disponível para a partida de hoje. Com uma formação pouco ofensiva, o TFC entrava em campo com o objetivo de não perder. Veja a formação:
Já o Lyon tinha desfalques mais importantes. Sem Cris, Toulalan, Pjanic, Briand e o brasileiro Ederson, Puel precisou se desdobrar para montar seu time e até mesmo o banco de reservas. Delgado e Diakhaté ganhavam uma chance como titulares. Gourcuff voltava aos titulares e Lisandro fazia o clássico pivô, com Gomis começando no banco. Michel Bastos retornava ao time e ocupava uma das pontas. No banco, cinco jogadores oriundos da base: Kolodziejczak, Gassama, Grenier, Pied e Lacazette. Veja o time que Puel colocou em campo:
Os primeiros 20’ de jogo muito embolado no meio campo. As melhores chances, que não ameaçaram em nada as metas de ambos os times, foram construídas em jogadas de bola parada. Também não havia nenhum time superior ao outro. Pareciam se estudar, antes de mostrarem suas armas. Faltas também foram cometidas nesse tempo. Início bastante truncado.
Apesar de embolado, a partida era corrida. Ora era o Lyon quem estava no ataque, ora era o TFC. As jogadas de ataques se invertiam de maneira bem rápida. O time de Casanova parecia optar pelo jogo de contra-ataque, esperando o OL vir. Mas Puel era cauteloso e não agia com muita sede ao pote.
Aos 27’, primeiro cartão do jogo. Pape Diakhaté parou Braaten em jogada de velocidade, fazendo falta no atacante do Toulouse. Na cobrança de falta, levantamento de bola na área e Mauro Cetto apareceu sozinho, e com um toque sutil de cabeça, tirou a bola do alcance de Lloris. TéFéCé abria o placar. No lance seguinte ao gol, o time da casa chegaria novamente, em velocidade, com Braaten. Dessa vez Lloris apareceu bem e evitou o que seria o segundo gol.
Com a vantagem no placar, o time de Casanova parecia gostar mais do jogo. Após o gol tinha mais espaço pra jogar, muito em função do avanço que o OL fez em seu campo de jogo. Em duas oportunidades o Toulouse chegou em contra-ataque e quase complicou o setor defensivo dos visitantes. Enquanto isso, Gonalons recebia o segundo amarelo do jogo.
Aos 37’, primeiro lance de perigo do Lyon. Bola parada na ponta direita. Na bola Gourcuff e Michel Bastos. O meia francês rolou a bola, em lance ensaiado, e o brasileiro chegou arrematando com força. Ali Ahamada precisou fazer uma boa defesa. Em seguida, o Toulouse saiu em contra-golpe rápido, puxado por Sissoko. Entretanto, o meia demorou e deu tempo dá defesa dos Gones se reorganizar e não permitir uma finalização mais precisa.
Na volta do intervalo, Puel efetuou uma troca em seu time. Källström deu lugar a Bafé Gomis. Lyon com uma postura mais atacante, jogando com 2 atacantes, 2 pontas e um meia de armação. O OL precisava, mais do que nunca, da vitória.
Já com a vantagem no placar e fazendo aquilo que se propunha, o Toulouse adotava uma postura mais recuada. Não detinha mais um ímpeto de aparecer no ataque, como tinha na primeira etapa. Mas ainda assim, não perdia suas oportunidades de contra-ataque. Foi assim que quase marcou o segundo gol, quando Tabanou apareceu nas costas de Réveillère e penetrou na área, cara-a-cara com Lloris. O arqueiro do OL salvou na primeira oportunidade, na segunda, Diakhaté salvou em cima da linha. A bola ainda era do Toulouse, na ponta direita. Levantaram-a na área e lá estava Tabanou novamente, dessa vez desperdiçando um chutão de primeira, enviado a pelota para a torcida.
Aos 64’, quando Puel já tinha retirado Gourcuff para colocar Grenier, Michel Bastos protagoniza o famoso papelão. Primeiramente ele faz uma falta, no meio de campo, e atinge o adversário pelas costas. Recebeu o cartão amarelo. O Toulouse cobrou o livre e em seguida, Michel Bastos faz outra falta, bastante similar a anterior. Resultado? Mais um cartão amarelo e expulsão para o brasileiro, que foi bastante displicente nos lances.
Com um a mais em campo, o Toulouse, que já dominava o seu recinto, agora tinha mais espaço ainda. Chegou facilmente ao segundo gol, aos 68’. Didot achou Sissoko passando em velocidade e lançou o meia. Na corrida contra Cissokho, os quase xarás se embolaram e o próprio jogador do OL tocou na saída de Lloris, encobrindo sem querer o goleiro de seu time. 2 a 0!
Em seguida, o TFC novamente aparecia em velocidade. Dessa vez pela direita. Pintava a chance clara de marcar o terceiro. A bola chegou redondinha para Braaten finalizar, já dentro da pequena área. Mas o lance era mesmo de Lloris. Ele salvou de forma espetacular, se esticando todo e não permitindo o tento dos donos da casa.
O Lyon tentava respirar e buscava seus tímidos ataques. Em um deles, aos 72’, Fofana parou o avanço do OL e recebeu amarelo. Na cobrança de falta, como o Lyon já não tinha mais nenhum especialista em campo, Lisandro chamou a responsabilidade pra si e bateu com força e com veneno. Ahamada fez uma ótima defesa e espantou o perigo para escanteio.
Já no desespero, Puel queimou sua última alteração. Colocou Lacazette em campo e retirou Diakhaté. Nesse momento, o Lyon jogava sem qualquer volante em campo, uma vez que Gonalons se recuava para fazer a função que o zagueiro substituído fazia. Pelo Toulouse, que já tinha sua dupla de zaga amarelada, Mauro Cetto foi trocado por Paulo Machado. O autor do primeiro gol saiu bastante aplaudido.
Aos 85’, foi a vez de Cissokho perder a cabeça. Tinha a bola aos pés, perdeu limpo para Braaten e depois, na tentativa de recuperação, fez uma falta feia no atacante do Toulouse. Fredy Fautrel não pensou duas vezes ao mandar o lateral para o chuveiro, cinco minutos antes do previsto. Agora o time de Casanova tinha a bola aos pés com muita facilidade. Fazia rodar o jogo ao som de olé, ditado pela torcida. O Lyon caia frente aos Violentas, em uma atuação certeira do time de Casanova.
Agora, o time de Puel se complica na luta pelo título. Fica cada vez mais distante dos líderes – mesmo com o empate do Marseille – e começa a se preocupar com o retrovisor. Faltam 5 partidas para o término da competição e ainda não existe um veredito. Uma coisa é fato: quem vacilar menos nessa reta final, leva o caneco.
Próximo adversário: Confronto direto! O Lyon recebe o Marseille em casa, no próximo domingo (08/05), às 16h de Brasília. Jogo válido pela 34ª rodada da Ligue1.
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe