domingo, 30 de outubro de 2022

Com gol de Lacazette, Lyon bate o Lille em casa e vence a segunda seguida!

Filipe Frossard Papini
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Time chegou a sofrer muito com o rápido ataque do Lille, mas a estratégia funcionou e a vitória na raça devolve a 8ª colocação aos Gones!




O Lyon e o Lille encerraram a 13ª rodada do Campeonato Francês neste domingo. Enquanto as urnas fechavam no Brasil, os dois times faziam um dos jogos mais interessantes do final de semana no futebol europeu. De um lado, o OL, um time que entrava em campo como 9º lugar, com 17 pontos e que vinha de uma vitória da rodada anterior, tentando retomar a confiança. Do outro, um LOSC que chegava em 7º, com 22 pontos, e querendo vencer para saltar para 5º com apenas essa vitória. Um duelo entre dois times que além de querer, precisavam muito vencer.

Laurent Blanc não ousou em suas escolhas. Optou por escalar o Lyon na mesma formação que vem usando recentemente, com uma linha de cinco defensores. Mesmo não tendo o jovem Diomandé à sua disposição pela expulsão na partida anterior, ele decidiu escalar Da Silva em sua posição, embora soubesse que isso deixaria sua defesa mais lenta. Sem surpresas, manteve exatamente os outros jogadores em suas posições já esperadas. De desfalques, além de Diomandé, tinha o goleiro reserva Pollersbeck e Tolisso. Veja a escalação:


Pelo Lille, Paulo Fonseca, por outro lado, teve problemas um pouco mais complicados para se resolver. Durante toda a semana, ele tinha dúvidas sobre a presença de três de seus principais jogadores: Ounas, Bamba e Ángel Gomes. Esse terceiro era sobre gastrite e havia confiança na sua presença. Dito e feito. Porém, Ounas e Bamba tinham problemas musculares e sequer treinaram na sexta-feira. Contudo, viajaram, embora começassem no banco. Desfalque mesmo, somente o lateral Gudmundsson, com pubalgia. Assim ficou o time:


Com bola rolando, dava pra ver muita movimentação no meio de campo. Dois times que povoavam muito o setor. A primeira chance real de perigo aconteceu perto dos dez minutos de jogo, com Tim Weah chegando com perigo na entrada da área e batendo procurando o ângulo de Lopes. Achou, mas mandou a centímetros do ângulo. O OL demorou alguns minutos para reagir, e foi pressionando a defesa adversária.

O Lille realmente parecia não saber sair jogando com muita destreza através do seu campo defensivo. O OL começou a perceber isso e foi pressionando essa bola que o time conseguiu chegar pela primeira vez. A jogada teve ações de Tagliafico e Lacazette. Mas a finalização foi de Thiago Mendes nas mãos de André Gomes e na frente do árbitro, que ignorou totalmente e sequer foi revisitar o lance no VAR. Pareceu bem claro o toque dentro da área.


Aos 30’ de jogo, o Lille teve a melhor chance do jogo até então. A defesa do Lille espanou uma bola sem perigo e Thiago Mendes, ao tentar recuar para Gusto, acabou armando um contra-ataque para Cabella puxar pela esquerda. O meia do Lille conseguiu achar Jonathan David em excelentes condições. Era ele e o goleiro. O canadense optou pela cavadinha e acabou acertando o travessão em lance incrível!

E o jogo era basicamente pautado nisso. Um time esperando o erro do outro e decidindo criar a partir daí. E uma segunda dependência que eram de seus homens de criação. O Lille com Weah e Cabella e o Lyon com Aouar. Não tinham outro escape. As laterais não funcionavam de lado a lado e isso forçava um jogo por aquele meio-campo tumultuado. O jogo amarrado propiciava a vigília pelo erro.


O curioso a se notar do caso do Lyon nesse jogo eram as quantidades de bolas cruzadas que o time conseguiu criar ao longo da primeira etapa e nenhuma delas obteve êxito em termos de altura. Ou ela vinha muito baixa, ou ela vinha muito alta. Dembélé e Lacazette chegaram a demonstrar descontentamento em vários momentos do time. O que isso significa? Que falta paciência do time com a bola aos pés.

Enquanto isso, o Lille continuava chegando. Perto já do fim da primeira etapa, novamente apareceu a figura de Tim Weah. O norte-americano recebeu um passe nas costas da defesa, mas sem ângulo, decidiu aparar a bola com um toque de cabeça que acharia Jonathan David entrando na área. Novamente, Anthony Lopes apareceu como uma flecha e surpreendeu uma defesa elástica, rasteira e que evitou o perigo.


Para o segundo tempo, os dois técnicos resolveram mudar logo de cara. Não dá para saber o motivo aparente disso, mas foi uma troca de cada lado. No Lille, Alexsandro foi pro lugar de Ismaily. E no Lyon, teve mexida posicional, com a saída de Da Silva para Lepenant. O time voltava no 4-4-2 e parecia povoar um pouco mais o campo ofensivo. Morder o Lille no campo de defesa? Não seria uma má ideia.

Mas se por um lado o OL tinha mais gente no campo de ataque, certamente deixaria mais espaços lá atrás. Foi assim que o Lille quase abriu o placar aos 15’ da etapa final, quando Cabella acelerou o jogo com Diakité na esquerda. O lateral foi até o fundo e cruzou rasteiro para Ángel Gomes receber em condições brilhantes. Não tinha nem marcador perto. Não à toa ele teve tempo de dominar e parar a bola antes de chutar. Lopes brilhou no puro reflexo!


Não demorou para Blanc mexer de novo. Apareceu com duas novas mexidas, colocando Reine-Adélaïde e Toko Ekambi nos lugares de Aouar e Dembélé. Paulo Fonseca, minutos depois, apareceu com Ounas e Bamba – os dois que eram dúvidas para o jogo – e tirou Ángel Gomes e Tim Weah. A quarta mexida do OL apareceria pouco tempo depois, com Caqueret dando lugar a Romain Faivre.

Mas o momento do jogo era todo do Lille. Jonathan David perdeu três ótimas oportunidades nesse meio tempo em que os times mexiam. Lopes seguia brilhando e a defesa do OL comendo mosca e dando muitos espaços. Mas precisou de um lance para Reine-Adélaïde mudar esse cenário. Ele recebeu bola no meio e achou, de trivela, Tagliafico passando pela esquerda. O lateral cruzou rasteiro e Lacazette só completou. Sem dificuldades: 1-0!


Depois do jogo, o cenário do jogo mudou drasticamente. O Lille não se deixava levar pelo resultado e começou a atacar em bloco. Consequentemente o Lyon recuou o time todo e ficou ali sofrendo uma baita pressão durante bons minutos. Depois dos 40’, todas as últimas mexidas foram queimadas. Paulo Fonseca abriu mão de Djaló e André Gomes para colocar Zedadka e Bayo. No Lyon foi Cherki no lugar do autor do gol, Lacazette.

No finzinho, claro que o LOSC tentou de tudo para conseguir igualar o marcador, mas o OL se defendeu de maneira muito competente, mas do jeito que dava também. Ainda teve até uma chance de liquidar o jogo, quando Toko Ekambi apareceu em contra-ataque, frente a frente com o goleiro e acabou tentando uma cavadinha para cima de Chavalier. Mas o goleiro do Lille evitou o 2-0. Foi uma vitória mais da garra e da vontade do que do trabalho tático ou técnico. O OL venceu na vontade. E isso é o maior gás de confiança que o time poderia ter!


O foco do Lyon agora se volta para exatamente daqui uma semana. No mesmo dia, no mesmo horário. Novamente os Gones encerrarão a rodada, dessa vez a 14ª. O adversário será o Olympique de Marseille, no Vélodrome, às 16h45 do domingo (6). Não custa lembrar que esse é considerado um dos maiores clássicos do futebol francês. Até lá!

FOTOS: ol.fr | Getty Images | losc.fr
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sábado, 29 de outubro de 2022

Lyon x Lille | Ligue 1 22/23 :: Rodada 13

Filipe Frossard Papini
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Lyon e Lille têm um compromisso interessante no final da tarde deste domingo. O confronto acontece enquanto o Brasil volta suas atenções para as eleições, mas por lá será o encerramento da 13ª rodada com dois times que só querem vencer. O LOSC fez isso na rodada passada e bateu o Monaco por 4-3 naquele que talvez tenha sido o melhor jogo da semana anterior. O OL, por sua vez, quebrou o jejum de derrotas e venceu o Montpellier fora de casa. Lille em 6º, Lyon em 8º. Cinco pontos de distância e interesses similares.

O time do novo técnico Laurent Blanc chega para esse jogo com uma pequena pulga atrás da orelha. Diomandé, expulso no jogo passado, fica de fora. Na zaga reserva, somente o experiente Damien da Silva, que deixaria a zaga com Boateng mais lenta do que o normal, mesmo tendo Lukeba no trio. Thiago Mendes voltaria ao miolo? Pode acontecer. Os demais desfalques ficam por conta do goleiro reserva Pollersbeck, que fez cirurgia no joelho e de Corentin Tolisso, que tem esperanças de retornar na próxima rodada.

No Lille, a dor de cabeça do técnico Paulo Fonseca foi ao longo da semana. Ele já sabia que teria a ausência do lateral esquerdo sueco Gabriel Gudmundsson, com pubalgia, que deverá ser operado em breve. Contudo, o treinador português tinha outros problemas, Bamba, Ounas e Ángel Gomes eram dúvidas e desfalques praticamente certos. Na verdade, Gomes teve um problema gastrointestinal e até viajaria, mas Bamba e Ounas são problemas musculares e seriam carta fora do baralho. Embora haja a preocupação, os dois acabaram sendo relacionados e vão pra partida.

O confronto entre Lyon e Lille acontece neste domingo de eleições brasileiras (30/10), às 16h45 do horário de Brasília. No Brasil, o Grupo Disney é o detentor dos direitos do Campeonato Francês, e essa partida será transmitida pelo streaming do Star+ e pelo canal francês TV5 Monde. Abaixo, confira os relacionados e as prováveis escalações dos dois times.



LYON

GOLEIROS: Rémy RIOU, Kayne BONNEVIE e Anthony LOPES;
LATERAIS: Nicolás TAGLIAFICO, HENRIQUE, Malo GUSTO e Saël KUMBEDI;
ZAGUEIROS: Damien DA SILVA, Jérôme BOATENG e Castello LUKEBA;
VOLANTES: Johann LEPENANT, Maxence CAQUERET e THIAGO MENDES;
MEIAS: TETÊ, Jeff REINE-ADÉLAÏDE, Houssem AOUAR e Romain FAIVRE;
ATACANTES: Karl TOKO EKAMBI, Rayan CHERKI, Alexandre LACAZETTE e Moussa DEMBÉLÉ;
TÉCNICO: Laurent BLANC;
DESFALQUESJulian POLLERSBECK, Sinaly DIOMANDÉ e Corentin TOLISSO 

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Lopes | Gusto, Da Silva, Boateng, Lukeba e Tagliafico | Thiago Mendes, Caqueret e Aouar | Lacazette e Dembélé


LILLE

GOLEIROS: Léo JARDIM, Lucas CHEVALIER e Adam JAKUBECH;
LATERAIS: Akim ZEDADKA e ISMAILY;
ZAGUEIROS: Tiago DJALÓ, ALEXSANDRO, José FONTE, Leny YORO e Bafodé DIAKITÉ;
VOLANTES: Jonas MARTIN, Benjamin ANDRÉ, André GOMES e Carlos BALEBA;
MEIAS: Jonathan BAMBA, Rémy CABELLA, Adam OUNAS, Ángel GOMES e Edon ZHEGROVA;
ATACANTES: Jonathan DAVID, Timothy WEAH e Mohamed BAYO;
TÉCNICO: Paulo FONSECA;
DESFALQUES: Gabriel GUDMUNDSSON

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Chevalier | Diakité, Djaló, Fonte e Ismaily | Benjamin André e André Gomes | Ounas, Cabella e Bamba | David


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sábado, 22 de outubro de 2022

Sai zica! Lyon bate o Montpellier fora de casa no sufoco e volta a vencer depois de seis jogos!

Filipe Frossard Papini
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O duelo colocava frente a frente dois times em situações bem parecidas. Lacazette decidiu para o OL no apagar das luzes




Um encontro entre o 10º e o 11º, que são praticamente vizinhos geograficamente, que vêm de uma série de cinco jogos sem vencer e que recentemente demitiram os seus respectivos treinadores. Basicamente era todo esse tempero que fazia o jogo entre Montpellier e Lyon ser bastante curioso nessa 2ª partida da 12ª rodada da Ligue 1. Basicamente dois times que precisavam urgentemente voltarem a vencer, não somente para somar pontos, mas também para retomar a confiança de maneira imediata.

Para esse confronto, o MHSC, que demitiu Olivier Dall’Oglio, decidiu manter no cargo o seu então assistente Romain Pitau, que será o técnico interino até o fim da Copa do Mundo, pelo menos. E ele já começava com uma ligeira dor de cabeça para resolver principalmente o seu setor defensivo. Ele tinha como lesionados somente jogadores desse setor, como o goleiro Bertaud, o lateral Sainte-Luce e os zagueiros Pedro Mendes e Sakho. Mas retornava o volante Ferri, que cumpriu suspensão, e poderia rever seu antigo clube. Assim ficou:


Pelo lado do Lyon, Laurent Blanc, o novo técnico do time, chegava para o seu segundo jogo oficial pelo clube. Ao perder para o Rennes na semana passada, o treinador decidiu manter a mesma pegada tática, mas recuando um pouco mais os seus laterais e saindo de um 3-5-2 para um 5-3-2, dizendo que a tomada de decisão do seu setor defensivo o preocupava. Ele tinha como desfalque o goleiro reserva Pollersbeck e o volante Tolisso, por isso, começou com Thiago Mendes de titular de volante dessa vez – ele que era improvisado na zaga com o antigo técnico. Veja como ficou escalado o OL:


Por serem dois times relativamente precavidos pelos placares em resultados recentes, rapidamente a gente percebia com bola rolando o quão conservador ambos se comportavam taticamente. O jogo era tumultuado no meio de campo e também nas laterais. Extremamente compacto e com as duas equipes querendo a bola a todo momento. Tecnicamente, o OL era melhor e assim tentava mostrar essa ligeira vantagem com o passar dos minutos.

As duas primeiras grandes chances do jogo vieram do Lyon e depois de algum tempo estudando o jogo e entendendo os espaços que o time adversário dava. Primeiramente, foi com Gusto pelo lado direito. Ele foi até o fundo e cruzou, achou facilmente Caqueret, que aparecia praticamente como um centroavante na área, mas sem qualquer marcação. No lance rápido, ele bateu de primeira, mas meio torto. Ainda assim, com perigo. Omlin salvou com os pés.


No lance seguinte, outro cruzamento, mas agora de escanteio. A bola novamente passou por todo mundo na defesa do Montpellier, mas quem apareceu dessa vez foi realmente um atacante. Lacazette dominou com os pés, tentou uma vez e a bola rebateu na zaga. Na segunda, ele foi parado pelo goleiro Omlin. Mas foram duas oportunidades gigantescas para o OL saiu na frente do placar antes mesmo dos 15’ de jogo.

No lance seguinte, o Montpellier até tentou, roubando a bola do Lyon em saída esquisita, Maouassa tentou de fora da área e levou perigo. Mas era o Lyon quem dominava o terreno. Tinha a bola, mas tinha dificuldades de tomar a decisão final, seja no último ou no penúltimo passe. A falta de confiança atrapalhava justamente nesse ponto. O time precisava de calma para trabalhar a posse, mas encontrava barreiras.


O OL conseguiu fazer o certo aos 33’ de jogo, quando Lukeba foi lá na frente roubar a bola na saída do adversário. Conseguiu, prendeu e esperou Tagliafico chegar. O argentino cruzou rasteiro para a área e conseguiu fazer a bola chegar em Lacazette, que limpou o lance magistralmente, eliminando dois adversários e fazendo a assistência para Aouar concluir em gol de forma relativamente fácil. Lyon 1-0!

No finalzinho do 1º tempo, o Montpellier ainda tentou, conseguiu começar a achar espaços na defesa do Lyon, mas faltava qualidade ofensiva para tentar alguma coisa com real perigo. Lopes, ligado no jogo, salvou duas vezes seguidas e evitou o empate. Maouassa era o homem que levava mais perigo. Como revés, o time da casa ainda precisou trocar o seu goleiro Omlin, que deixou o campo com o tornozelo inchado, dando lugar ao goleiro reserva Kamara.


Na volta do segundo tempo, o Montpellier ensaiou o mesmo movimento em que tinha terminado a etapa inicial, pressionando bastante, atacando pelas laterais e colocando a zaga do Lyon para correr contra o próprio gol. Pareciam focados e determinados a acharem o gol de empate. Cozza era uma válvula interessante e ele mesmo quase empatou. Em escanteio, Jullien desviou e ele surgiu na segunda trave, colado nela, mas mandou pra fora, ao 5’ do 2º tempo.

O OL também teve sua chance de ampliar. Estève saiu jogando errado pela esquerda e Lacazette recuperou e já agiu em contra-ataque. Na jogada só tinha ele e Dembélé. Na hora de tocar, a bola foi curta e Dembélé também esperou no pé. Deu tempo de o adversário chegar e cortar o passe. Foi uma chance inacreditável desperdiçada. Depois disso, o MHSC trocou duas vezes, tirando o lateral Tchato, machucado e Maouassa. Entraram Souquet e Nordin. Depois foi Boateng que deixou o campo no OL para dar lugar a Da Silva.


Minutos depois, mais mexidas de Blanc, que lançou Reine-Adélaïde e Toko Ekambi para o jogo, tirando Dembélé e Aouar. Aquela pressão do MHSC já se dissipava aos poucos, mas o resultado seguia bastante perigoso. E foi num lance fortuito que o empate apareceu. O Lyon tentava dissipar o perigo da zaga e acabou dando um chutão. Ferri recuperou a bola e meteu um chuveirinho na área para Wahi finalizar de meia bicicleta, meio voleio e marcou um golaço aos 25’ do 2º tempo: 1-1!

Aos 29’, um lance polêmico tirou dois jogadores do jogo. Wahi partiria em contra-ataque pela esquerda e foi interrompido com falta por Diomandé. O juiz já estava com o cartão amarelo nas mãos, mas o próprio Wahi e Mavididi foram para cima do jogador do Lyon para tirar satisfação. Virou um empurra-empurra e o árbitro agiu com rigidez. Expulsou sem demorar muito o zagueiro do Lyon e também o atacante Mavididi do MHSC, além de um amarelo para Wahi.


Pitau mexeria pela última vez aos 37’ do segundo tempo, colocando em campo Chotard e Germain para as saídas de Ferri e Wahi. Mas foi o OL quem quase conseguiu fazer o seu segundo gol. O próprio Chotard, que acabara de entrar, perdeu bola na entrada da área e Tagliafico recuperou para limpar o jogo e achar Reine-Adélaïde ainda na área. Ele finalizou muito bem, mas Kamara foi melhor. Defesaça!

No apagar das luzes, quando tudo parecia perdido, o Lyon não desistiu. E tudo começou com o talento de Caqueret. O volante carregou a bola, conseguiu fazer uma triangulação com Toko Ekambi, que centralizado fez o pivô. Caqueret recebeu a triangulação de volta e abriu para Lacazette na esquerda já chegar fuzilando para as redes. Dessa vez, sem chance para Kamara. Era o OL na frente de novo aos 45’ do 2º tempo: 2-1!


O próximo compromisso do OL é mais uma pedreira difícil de lidar. O time vai abrir as portas do Groupama Stadium para receber o Lille, em jogo válido pela 13ª rodada da competição. A partida será no domingo de eleição aqui no Brasil, dia 30 de outubro, às 16h45 do horário de Brasília. Até lá!


FOTOS: ol.fr | mhscfoot.com
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Montpellier x Lyon | Ligue 1 22/23 :: Rodada 12

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O Lyon terá mais um desafio importante em sua jornada em busca de retornar às vitórias no Campeonato Francês. Neste sábado, visita o vizinho Montpellier num duelo onde colocam frente a frente dois times que vivem momentos semelhantes na competição, jogando muito abaixo daquilo que se espera e que recém demitiram seus respectivos treinadores. O OL já não tem mais Peter Bosz e trabalhará com Laurent Blanc em seu segundo compromisso com o boné dos Gones. Ele (e seu auxiliar Franck Passi) que são, inclusives, crias de Montpellier. Já o MHSC demitiu recentemente Olivier Dall'Oglio e dará espaço ao interino Romain Pitau nesse jogo daqueles que têm sede pela vitória.

Pitau, inclusive, vem com alguns problemas importantes em seu setor defensivo. Tem a ausência de nomes relevantes, que poderiam ajudar ali na zona de defesa, todos machucados. O goleiro Bertaud, o lateral Sainte-Luce e os zagueiros Pedro Mendes e Sakho são os desfalques confirmados do recém promovido professor do time Paillade. A boa notícia é o retorno do volante Jordan Ferri, que volta de suspensão e está disponível para seu novo técnico. Ele que, inclusive, é uma cria do OL e está apto a cometer uma eventual "Lei do Ex", já que provavelmente será titular.

No Lyon, o elenco que jogou e perdeu na rodada anterior diante do Rennes estava praticamente completo, exceto a ausência do goleiro reserva Pollersbeck que ainda se recupera de uma cirurgia no joelho. Mas para esse duelo, acabou ficando sem outra peça, essa de maior importância. Embora Henrique e Boateng fossem dúvidas, acabaram sendo relacionados para a viagem, mas o volante Corentin Tolisso sofreu com uma lesão na coxa e deve desfalcar o time nos próximos jogos. Blanc deve seguir a linha de cinco, mas agora com foco na defesa e provavelmente armará o time no 5-3-2, com Thiago Mendes no lugar de Tolisso, retornando ao meio de campo e não mais como zagueiro improvisado, embora Lepenant também surja como uma opção bastante viável.

O confronto entre Montpellier e Lyon acontece neste sábado (22/10), às 12h do horário de Brasília. No Brasil, o Grupo Disney é o detentor dos direitos do Campeonato Francês, e essa partida será transmitida pela ESPN 2 e pelo streaming do Star+. Abaixo, confira os relacionados e as prováveis escalações dos dois times.



LYON

GOLEIROS: Rémy RIOU, Kayne BONNEVIE e Anthony LOPES;
LATERAIS: Nicolás TAGLIAFICO, HENRIQUE, Malo GUSTO e Saël KUMBEDI;
ZAGUEIROS: Damien DA SILVA, Sinaly DIOMANDÉ, Jérôme BOATENG e Castello LUKEBA;
VOLANTES: Johann LEPENANT, Maxence CAQUERET e THIAGO MENDES;
MEIAS: TETÊ, Jeff REINE-ADÉLAÏDE, Houssem AOUAR e Romain FAIVRE;
ATACANTES: Karl TOKO EKAMBI, Rayan CHERKI, Alexandre LACAZETTE e Moussa DEMBÉLÉ;
TÉCNICO: Laurent BLANC;
DESFALQUESJulian POLLERSBECK e Corentin TOLISSO 

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Lopes | Gusto, Diomandé, Boateng, Lukeba e Tagliafico | Thiago Mendes, Caqueret e Aouar | Lacazette e Dembélé
    


MONTPELLIER

GOLEIROS: Jonas OMLIN e Bingourou KAMARA;
LATERAIS: Arnaud SOUQUET, Faitout MAOUASSA, Nicolas COZZA e Falaye SACKO;
ZAGUEIROS: Maxime ESTÈVE, Christoper JULLIEN e Enzo TCHATO;
VOLANTES: Joris CHOTARD, Jordan FERRI e Sacha DELAYE;
MEIAS: Téji SAVANIER, Khalil FAYAD e Léo LEROY;
ATACANTES: Stephy MAVIDIDI, Arnaud NORDIN, Valère GERMAIN, Wahbi KHAZRI e Elye WAHI;
TÉCNICO: Romain PITAU;
DESFALQUES: Dimitry BERTAUD, Théo SAINTE-LUCE, PEDRO MENDES e Mamadou SAKHO

PROVÁVEL ESCALAÇÃO: Omlin | Tchato, Julien, Estève e Cozza | Ferri, Chotard e Fayad | Savanier | Khazri e Wahi


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domingo, 16 de outubro de 2022

Na estreia do técnico Blanc, Lyon de Lacazette faz dois, mas sofre três gols da “Lei do Ex” e perde mais uma

Filipe Frossard Papini
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Gouiri e Terrier marcaram os gols do Rennes no time da casa. OL melhorou, mas não foi o suficiente para retomar às vitórias. Já são seis jogos sem vencer!




De cara nova? O Lyon entrava em campo na manhã deste domingo com uma grande novidade para essa 11ª rodada da Ligue 1: um novo técnico, Laurent Blanc. E para um duelo onde a própria torcida conhecia muito bem o treinador do outro lado do campo: Bruno Génésio, que jogou no clube e se formou como treinador no Lyon, com uma passagem recente pelos Gones. Numa situação onde os dois times queriam escalar a tabela – o Lyon querendo sair de 9º e o Rennes querendo saltar de 7º pra cima – o Roazhon Park era palco do duelo.

Nas prévias, o time do Rennes aparecia exatamente como Bruno Génésio mandou a campo. Especialmente montado num simples 4-4-2, o time da casa vinha, de certa forma, com alguma consistência na temporada, chegando invicto para essa partida com seis jogos de sequência. Um de seus pontos fortes era uma frente formada por Terrier e Gouri, também dois ex-OL. Para esse confronto, Génésio não teve os suspensos Traoré e Rodon, forçando o time a começar com Assignon e Wooh. Omari, Santamaría e Doku fechavam a lista como machucados. Assim ficou:




No Lyon, mudanças importantes. O novo técnico Laurent Blanc já chegou mudando até a formação tática do time e optou pelo 3-5-2. Thiago Mendes, Lepenant, Tetê e Toko Ekambi foram sacados do time, com Boateng, Diomandé e Aouar ganhando chances para começar jogando. Na frente, preferiu manter Lacazette e Dembélé como dupla. De desfalques, o OL não tinha praticamente ninguém, somente o caso cirúrgico do goleiro reserva Pollersbeck. Na imagem abaixo é possível ver como começou o OL:




Nos primeiros minutos de bola rolando, já era possível notar que o Lyon realmente entrava para o jogo com postura diferente. Dava pra ver o time querendo retomar a bola com mais agilidade e isso, claro, já era uma premissa do novo treinador. A vontade de ter a posse já era um bom indicativo de que houve um trabalho diferente ao longo da semana, mas que ainda tinha um longo caminho pela frente.

Não à toa, o Rennes foi quem tomou o controle do jogo de forma até rápida. Os primeiros dois lances de real perigo no jogo surgiram pelos donos da casa. O primeiro foi com cruzamento da direita e Gouiri aproveitando uma meia-bicicleta que quase surpreendeu o goleiro Lopes. Mas foi o zagueiro Wooh quem realmente quase marcou em bola que veio de escanteio. Ele subiu completamente sozinho, mas errou o alvo na hora da cabeçada, mesmo na pequena área.


Quando o Lyon finalizou pela primeira vez, conseguiu concluir em gol. A bola chegou com Lacazette recebendo de costas. Com um toquinho ele conseguiu avançar a posse de bola para Dembélé, que recebeu, prendeu esperou a passagem de Tagliafico pela esquerda e fez o passe para o argentino passar em velocidade para fazer o cruzamento e consequentemente a assistência para Lacazette concluir em gol aos 23’ de jogo: 1-0!

Na sequência do gol, o Rennes tentou reagir e quase Terrier marcou o empate no lance seguinte. Conseguiu se dar bem pra cima de Diomandé em jogada individual e mandou uma bomba na rede pelo lado de fora em chute quase sem ângulo. Mas também sem ângulo, e também na rede do lado de fora, Tagliafico quase ampliou minutos depois, ao receber um ótimo passe em chuveirinho feito por Tolisso.


Quando parecia que o jogo iria se equilibrar, com o Lyon conseguindo ter o controle do meio de campo, o Rennes apareceu para surpreender e colocar o placar igual novamente. A jogada surgiu dos pés do bom volante Bourigeaud, que colocou na área em busca de Terrier, fazendo um passe milimetricamente perfeito, entre os três zagueiros do OL, para o próprio Terrier se infiltrar e conseguir dar uma casquinha de cabeça e empatar aos 38: 1-1!

No finzinho do 1º tempo ainda aconteceu outro momento importante da partida. Tolisso tinha a bola em posse no meio de campo, dividiu a bola com Xeka e acabou sentindo a parte posterior da coxa, pedindo substituição imediatamente e foi para o vestiário diretamente. Foi substituído por Jeff Reine-Adélaïde que acabou ficando menos de um minuto em campo, no momento em que foi apitado o intervalo da partida.


Na volta do segundo tempo, o Lyon sentiu um duro golpe logo no comecinho. Novamente uma boa jogada de Bourigeaud, que achou o jovem lateral Assignon passando no corredor pela direita. Ele fez o cruzamento rasteiro e Gouiri, em meio a uma dividida, precisou de dois momentos para, enfim, empurrar para as redes e virar o jogo para o Rennes com dois minutos do 2º tempo: 2-1!

Pouco tempo depois de virar o jogo, Bruno Génésio sacou Kalimuendo do time para colocar o bom meia croata Majer. E foi ele quem quase entregou o gol de empate para o OL cinco minutos depois de entrar. Em bate-rebate na área, ele afastou mal e entregou nos pés de Caqueret, na entrada da área. O volante do Lyon decidiu bater dali mesmo e Mandanda precisou defender em dois tempos.


Aos 25’, Génésio colocou Meling e Désiré Doué nos lugares do machucado Bourigeaud e de Gouiri. Naquele momento do jogo, o Rennes parecia muito mais perto de um eventual terceiro gol do que o Lyon para reagir em busca do empate. Mas com Blanc, o Lyon parece mais fluido quando tem a posse de bola. E foi tocando, tocando, que a bola chegou a Tagliafico que cruzou para a área em passe rasteiro. Mandanda soltou e Lacazette aproveitou: 2-2 aos 27’ do 2º tempo!

Quando Blanc mexeu, tirando aqueles jogadores que não vinham jogando na temporada, Boateng e Aouar, para colocar Da Silva e Faivre, só que o tiro saiu pela culatra. Segundos depois, mais um duro golpe. Jogada pela esquerda do Rennes com Meling e Truffert. A bola foi cruzada na área e Da Silva, que acabara de entrar, falhou. Terrier, não. Ele cabeceou no contra pé de Lopes para colocar o time da casa de novo na frente: 3 a 2 aos 32’ do 2º tempo!


Depois do gol, Génésio queimou sua última mexida com Abline no lugar de Terrier, autor de dois gols do Rennes. Depois, foi Blanc quem fez suas últimas trocas, abrindo mão dos laterais para colocar dois pontas. Tirou Gusto e Tagliafico para colocar Tetê e Toko Ekambi. Ele tinha um pouco mais de cinco minutos para conseguir reagir e arrancar ao menos um ponto dessa partida fora de casa. Mas foi o Rennes quem quase ampliou com Abline de cabeça, passou a centímetros.

Nos minutos finais, o Lyon foi aguerrido, tentou de alguma forma, mas faltou qualidade técnica e, de certa forma tática também. O time com o Blanc melhorou consideravelmente, é mais bravo em campo, tem vontade de jogar bola e pareceu ofensivamente mais estável, apesar dos problemas defensivos que são bastante evidentes. O placar foi negativo mais uma vez, mas aos olhos do torcedor, o time melhorou.


Agora o Lyon volta suas atenções para a próxima rodada do Campeonato Francês, já na semana que vem. Será a 12ª e o adversário será o Montpellier em mais uma partida fora de casa, no Stade de La Mosson. O duelo será no sábado (22), ao meio dia do horário de Brasília. Até lá!

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