Ligue1 definida, o PSG abriu os trabalhos na França neste domingo com uma goleada por 9 a 0 e acabou conquistando mais um título nacional, com show de Ibrahimovic, que marcou quatro, restava aos demais participantes da competição uma briga pela segunda colocação na tabela, que dá uma vaga direta a fase de grupos da UEFA Champions League. A terceira colocação também é uma vaga importante, mas o clube precisa enfrentar dois clubes na fase preliminar. Sendo assim, a vice-liderança era uma briga plausível, e o Lyon tem este como seu foco na competição no momento. E o Rennes estava no caminho para que os objetivos fossem ficando cada vez mais próximos.
O time da casa tinha alguns problemas que poderia dar dor de cabeça ao técnico Rolland Courbis, mas o professor do Rennes estava tranquilo. Os desfalques eram cinco: Cavaré, Mexer, Sylla, Sio e N'Tep. Os dois últimos com maior peso. Mas o desempenho do clube vem surpreendendo a todos e um jogador em especial tem despertado a atenção do mundo inteiro. Trata-se de Ousamane Dembélé, o atacante de 18 anos que já desperta interesse de grandes clubes e já marcou nove gols na temporada. Ele era, definitivamente, o nome que os jogadores do OL tinham que ficar de olho. Abaixo, a posição de Dembélé na partida e como ficou escalado do time:
Pelo lado do Lyon, os desfalques importantes também existiam, e eram quatro: Yanga-M'Biwa, Fekir, Valbuena e Kalulu. O primeiro, suspenso, dava lugar a Bakary Koné, que hoje começava entre os titulares. Os outros três já se recuperam de lesão e podem integrar o elenco nas próximas semanas. Ainda assim, Bruno Génésio contava com os retornos de Ferri e Tolisso para o duelo de hoje, mas somente o primeiro começava jogando hoje. Rafael e Darder ganhavam mais uma oportunidade entre os titulares, deixando Jallet e Grenier no banco. Abaixo, é possível ver como ficou escalado o OL:
A partida tinha um aditivo a mais. Os dois ex-jogadores do Lyon que agora vestiam a camisa do Rennes. Yoann Gourcuff, que teve uma passagem bem ruim pelo OL em função de suas lesões, começava jogando. Na lateral esquerda, também tinha o destro Mehdi Zeffane, que já havia encontrado o OL no primeiro turno e inclusive marcou um gol. Os dois jogadores, certamente mordidos, iriam querer fazer a diferença no jogo de hoje e se tornarem protagonistas.
Gourcuff, inclusive quase abriu o placar nos primeiros minutos de jogo. Ele recebeu cruzamento na área, a zaga do OL cochilou e na hora do arremate, Bakary Koné apareceu para fazer a interferência. Rapidamente, o Lyon respondeu com ainda mais perigo. Cornet recebeu na esquerda, gingou facilmente pra cima do capitão Danzé e foi ao fundo. No cruzamento, colocou na cabeça de Ferri que entrava na área. A bola passou a esquerda de Costil.
O Lyon continuava ditando o jogo, e antes mesmo do relógio apontar 10’ de bola rolando, outras duas boas chances foram criadas. A primeira foi com Lacazette. Ele recebeu na entrada da área e, com muita velocidade, passou por Armand e, depois, sem ângulo finalizou na trave. Pouco tempo depois, Cornet apareceria mais uma vez pela esquerda e foi derrubado por Pedro Mendes na entrada da área. Por centímetros o lance não terminaria em pênalti. Na cobrança do tiro livre, não houve perigo.
Com muito mais volume de jogo, o Lyon era muito mais participativo no campo de ataque, e o Rennes começava a abusar das faltas. O jogo pesava um pouco, com algumas faltas, outros cartões, e foi assim que Ghezzal quase abriu o placar aos 17’. Da intermediária, ele tinha uma oportunidade em falta. Cobrou com uma quase perfeição e, ainda assim, Benoît Costil buscou e do ângulo tirou a oportunidade e a mandou para escanteio.
O Rennes deu o troco com uma jogada em que o brasileiro Pedro Henrique saiu nas costas da defesa do Lyon, driblou Lopes e acabou empurrando para as redes. Mas a bandeira já havia sido erguida e, de fato, ele estava em posição irregular. O Lyon apareceria um minuto depois em duas cobranças de escanteio. Na primeira, Darder colocou na cabeça de Koné e Costil espalmou pra fora. Na segunda, foi Umtiti cabeceando para Dembélé tirar na linha e, no rebote, Ferri, de cabeça, forçar outra ótima intervenção de Costil, que já era o melhor em campo no primeiro tempo.
Com a primeira etapa bem intensa, qualquer time poderia abrir o placar. O Rennes assustou com uma falta em que Dembélé cobrou forte e Lopes salvou. Mas o Lyon era melhor e foi ele quem fez o primeiro. Enquanto o Rennes atacava, Darder roubou e rapidamente puxou com Cornet na esquerda. Ele fez uma jogada maravilhosa e muito rápida, limpando tudo para Ghezzal só completar para as redes. 1 a 0, aos 33’. O Lyon ainda quase ampliou no minuto seguinte, mas Lacazette, além de ter errado na pequena área, também estava impedido.
Para a segunda etapa, o Courbois já apareceu com duas trocas no seu time. Tirou Pedro Mendes e Yoann Gourcuff para colocar Fallou Diagne e Jeremie Boga. Duas trocas sem alterações táticas. Pelo que se entende, os jogadores devem ter sentido alguma lesão ou não estavam 100% em condições físicas para o jogo. Se tratando de Gourcuff, a gente sabe que pode ser uma constatação real.
No primeiro tempo, apesar da grande dificuldade do Rennes na partida, as únicas jogadas de perigo surgiram dos pés de Gourcuff ou Dembélé. No segundo tempo, com a ausência do primeiro, o segundo se sobrecarregou e com 18 anos ficava difícil. O jogo era cada vez mais do Lyon, que se comportava perfeitamente no seu campo defensivo e o meio de campo era extremamente criativo.
O segundo gol era questão detalhe ou de tempo. E ele veio a acontecer aos 10’ do segundo tempo. Rafael colocou bola na área, a zaga rebateu. No lado do campo e quase despretensiosamente, Ferri cruzou de primeira e colocou na área de novo. Subindo muito alto e antecipando o goleiro Costil, Lacazette desviou de cabeça e acabou marcando o segundo gol. A primeira falha do goleiro que vinha fazendo uma exibição quase perfeita. 2 a 0!
O Lyon continuava tentando. E era, realmente, bem melhor na partida. O toque de bola envolvente praticamente dava as credenciais para Bruno Génésio colocar o pé no freio de fazer o jogo ser cozinhado. Enquanto isso, os homens de frente quase brincavam de perder gols nas inúmeras oportunidades que vinham aparecendo. E como já diz o ditado: quem não faz, leva. O Rennes diminuiria o placar aos 25’ da etapa final, em cobrança de escanteio de Dembélé, Diagne apareceu no segundo pau e completou para o gol. 2 a 1!
Poucos minutos depois do gol sofrido, Génésio fez trocas. Ele precisava, principalmente, reoxigenar o meio de campo que já não era tão eficiente como antes, pelo desgaste físico e pelo aumento da vontade do Rennes na partida. Sergi Darder e Jordan Ferri deixaram o campo para dar lugares a Clément Grenier e Corentin Tolisso. Courbis mexia, colocando Erasmus no lugar de Pedro Henrique e iria pra cima. Faltava um pouco mais de 10’ para o fim do jogo e o OL precisava manter a vantagem no placar.
E não conseguiu! Aos 37’ do segundo tempo, o Rennes aprontou pelo lado direito. Dembélé recebeu em ótima condição, saiu sozinho contra Lopes que cresceu pra cima do atacante e evitou o gol. Mas, no rebote, Boga acabou empatando a partida e dando contornos dramáticos ao fim do jogo. 2 a 2! No desenrolar da partida, até o apito final, foi uma pressão imensa do time da casa e a defesa do OL se comportou bem para evitar a virada. Um resultado ruim pelas circunstâncias do jogo, mas bom pelo cenário da tabela.
Agora, depois de uma longa sequência jogando nos finais de domingo, o Lyon volta a campo no sábado, dia 19/03, às 17h. O adversário será o Nantes, em jogo válido pela 31ª rodada da Ligue1. Até lá!
FOTOS: L'Equipe / Le Progrès / SoFoot / Football365.fr