Time de Rudi Garcia praticamente não chutou ao gol e perdeu por 1 a 0 para o LOSC. Gol de Rémy foi mais um momento “lei do ex” na temporada
Após vencer bem a Juventus pela Liga dos Campeões na partida de ida das oitavas de final e logo em seguida passar fácil pelos rivais do Saint-Étienne pela Ligue 1, o Lyon teve uma queda com o choque diante do PSG pela semifinal da Copa da França. Engoliu cinco gols pra dentro e acabou sendo eliminado da competição de forma melancólica. O momento poderia afetar negativamente a continuidade da retomada do time na Ligue 1 e, pela frente, havia um Lille sedento por continuar brigando pela parte de cima da tabela e querendo fazer o resultado dentro de casa. Quem venceria essa?
Fazendo valer seu fator campo, o LOSC apareceu com uma formação extremamente ofensiva, montada pelo técnico Christophe Galtier. Praticamente ele usou todos os seus homens ofensivos aos quais tinha possibilidade de jogo, ficando, inclusive, apenas dois meias como opção no banco, uma vez que os demais estavam em campo. O 4-4-2 com Andre, Sanches, Ikoné, Bamba, Rémy e Osimhen na frente era um front de impor medo em qualquer defesa. Sem Yazici e Weah, machucados, assim ficou escalado o Lille:
Para tentar segurar o batalhão ofensivo do Lille, o Lyon foi a campo com o 3-5-2 que deu certo contra o Metz, Juventus e Saint-Étienne. O retorno de Cornet possibilitou Rudi Garcia a voltar com essa formação, que trazia Andersen na zaga, formando o trio com Marcelo e Denayer. Essa função, antes, era ocupada por Marçal, que não jogava hoje por suspensão. Memphis Depay e Reine-Adélaïde eram os desfalques físicos do time. Bruno Guimarães, mais uma vez, começava como titular. Na imagem abaixo, é possível ver como ficou o OL para este jogo:
A invasão ofensiva do Lille não era coisa só do papel. De fato, os Dogues entraram em campo para buscar o resultado. E pareciam querer fazer isso com muita rapidez. Nos primeiros minutos de jogo, impressionava a intensidade que o time da casa aplicava e colocava o Lyon realmente na roda. Era quase um ataque contra defesa. E o time de Rudi Garcia, mesmo montado com três zagueiros, volta e meia deixava muitos espaços.
A primeira real chance de perigo do jogo aconteceu logo aos 8’. Ikoné decidiu arriscar de fora da área. O chute forte tinha o destino do cantinho da rede. Quase alcançou. Passou bem perto e Lopes já parecia vendido no lance. O OL respondeu aos 16’, quando Dembélé interceptou um passe na saída de bola do Lille e decidiu avançar sozinho. Pressionado por um defensor, conseguiu um chute com perigo, mesmo sem ângulo.
Mas era realmente o Lille quem dominava as ações da partida. Chegavam pelos lados, pelo centro e com bolas paradas. Numa dessas, Ikoné quase abriu o placar. Bruno Guimarães tentou dar o bote, escorregou e fez falta perto da ponta da área. A cobrança, que deveria ser mais um cruzamento, acabou sendo um chute direto que, por muito pouco, não engana Lopes. Mas o goleiro português evitou bem aquele que poderia ser o primeiro gol do jogo.
A pressão dos Dogues, colocando o Lyon na roda, se converteria em vantagem prática aos 33’ de jogo. Em cobrança de escanteio, o Lille saiu jogando curto. Fez dois ou três passes na área lateral do campo até achar espaço para um cruzamento rasteiro e certeiro. No meio da área estava Loïc Rémy. Sozinho. O atacante do LOSC não teve trabalho. Só recebeu e bateu de primeira no cantinho. 1 a 0!
Durante toda a primeira etapa, o OL teve uma enorme dificuldade de chegar com a bola após o meio de campo. Foram pouquíssimas chances de criadas e nenhum chute ao gol. O goleiro Maignan não teve trabalho durante os primeiros 45’ de jogo. De fato, oportunidades foram criadas. Duas ou três. Mas no momento exato do chute, os atacantes falharam demais e pecaram muito na forma de finalizar.
Já no finzinho do primeiro tempo, o Lyon deu um susto no goleiro Maignan, mas que não surpreendeu tanto, uma vez que ele estava atento ao lance. Em mais um lance de bola parada, Aouar tentou cruzar na área. Mas ele estava muito longe da intermediária e acabou colocando muita força e muita curva para tentar o cruzamento. A bola, por muito pouco, não entra no ângulo do goleiro do LOSC, que acabou mandando para escanteio no último lance da primeira etapa.
Para o segundo tempo, o cenário não se alterou nada nada. O Lille, mesmo na frente do placar, era quem buscava e dominava o jogo. Logo aos 5’, Osimhen quase ampliou, depois de uma linda e rápida triangulação e troca de passes ne entrada da área. Ele recebeu a bola em ótimas condições e acabou finalizando na rede pelo lado de fora. E não demorou nem um minuto para Ikoné levar perigo de novo. Novamente em chute de fora da área e, agora, batendo no pé da trave.
O Lyon tentava de algumas formas chegar ao ataque, mas tinha enormes dificuldades para realizar o feito. O primeiro lance de perigo dos Gones aconteceu aos 11’ da etapa final, quando em cobrança de falta – e só assim o OL conseguia levar perigo – a bola foi rebatida pela defesa. Bruno Guimarães aproveitou o espaço e chutou de fora da área. Passou com muito perigo ao gol de Maignan, mas que novamente não incomodou o goleiro dos Dogues.
Imediatamente após o lance, Rudi Garcia mexeu pela primeira vez. Tirou um dos melhores jogadores do time, Houssem Aouar, para colocar Martin Terrier. Pouco tempo depois, tirou o zagueiro Denayer para colocar Bertrand Traoré. Neste momento, ele abdicava do 3-5-2 ao qual entrou em campo para ajeitar um 4-4-2, com Terrier de um lado e Traoré do outro. Cornet de lateral esquerdo mais uma vez.
Faltando um pouco mais de dez minutos para o término do jogo, Rudi queimou sua última alteração colocando Caqueret no lugar do amarelado Tousart. No mesmo instante, Galtier também mexia e fazia sua primeira troca, com Gaitán substituindo o autor do gol, Loïc Rémy. Minutos depois, era Soumaré quem entrava no lugar de Ikoné. Enquanto isso, o Lyon não conseguia simplesmente atacar.
Era impressionante a falta de ambição do Lyon dentro de campo. Não conseguia simplesmente fazer a transição do meio para o ataque. Faltando pouco menos de cinco minutos para o fim do jogo e, sequer, faziam esforço para conduzir a bola para a frente, mesmo em bolas esticadas ou algo do tipo. Terrier e Traoré, que entraram, em tese, para mudar o jogo, já deixou tudo ainda mais morno.
Antes do Lille fazer sua última troca, com Reinildo no lugar de Bamba, o Lyon teve a chance de empatar o jogo. Foi uma jogada individual construída por Traoré (finalmente). Ele conseguiu driblar dois defensores, entrou na pequena área, mas na hora de finalizar, acabou se atrapalhando e mandou um chute muito longe do alvo. Era a última tentativa possível no jogo e assim terminou a derrota.
O Lyon joga agora na sexta-feira (13), às 16h45 do horário de Brasília. O time recebe o Reims, no Groupama Stadium, em partida que abrirá a rodada de número 29 do Campeonato Francês. Este será o último confronto dos Gones antes de enfrentar a Juventus pela partida de volta da Liga dos Campeões. Até lá!