@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Empate inócuo diante do Lille mostrou aos torcedores que eles terão que ter muita paciência como time durante essa temporada
O Lyon venceu bem o Nantes no último final de semana e parecia querer engrenar de vez na competição. No entanto, durante o meio da semana, o clube comandado por Rémi Garde não conseguiu se dar bem diante do Ajaccio, na Ilha da Córsega. Diante do time de Ochoa e companhia, o OL acabou perdendo por 2 a 1 e voltou a encontrar as derrotas pelo caminho. Diante do Lille, em casa, o Lyon precisava dar uma resposta positiva para seus torcedores que colocaram o Gerland muito cheio para acompanhar o duelo contra os Dogues. Além disso, um fator que poderia fazer a diferença era a quantidade de desfalques em cada um dos times. O OL tinha nove jogadores ausentes, enquanto o Lille, somente um.
Rémi Garde, com vários problemas para armar um time forte, devido aos desfalques, colocou um time no 4-2-3-1 com uma novidade entre os titulares: Mehdi Zeffane. O jovem lateral direito, vindo Lyon B, foi a única alternativa para o lado direito encontrada pelo treinador, uma vez que ele não poderia contar com Dabo, Miguel Lopes e Fofana, ambos lesionados. A outra novidade do OL ficava no banco de reservas. Corentin Tolisso, lateral direito ofensivo, também do Lyon B, foi relacionado pela primeira vez. No restante do time, a grande mudança foi Fekir no lugar do suspenso Lacazette e Mvuemba no lugar de Malbranque. Confira a formação dos onze iniciais do OL:
Pelo lado do Lille, o técnico René Girard já tinha quase que todo o seu elenco em mãos. O único desfalque era o cabo-verdiano Ryan Mendes. De resto, todo mundo estava disponível para o treinador utilizar. Mesmo tendo as forças em mãos, o treinador entrou com um time adotando uma postura um pouco mais defensiva, montada no 4-3-1-2. A linha de três volantes, muito combativa, dava todo o suporte para Marvin Martin fazer sua função sem qualquer tipo de preocupação e servir Kalou e Nolan Roux. Abaixo, a escalação inicial do Lille para a partida:
No começo da partida, muita intensidade e o Lyon querendo mostrar serviço logo cedo. Em um dos primeiros lances da partida, Briand avançou em velocidade, se jogou, e a arbitragem marcou falta na entrada da área. Cartão amarelo para Balmont e cobrança de falta que Grenier desperdiçou. Na sequência, Briand recebeu outra bola, conseguiu girar em direção ao gol, mas finalizou mascado, sem a direção certa.
A resposta do Lille não foi a altura, mas mostrava que os visitantes também estavam querendo jogo e não iria se intimidar. Em jogada levantada para área, em cobrança de escanteio, Marvin Martin cobrou em direção a área, a bola chegou a desviar em alguém e Henri Bedimo conseguiu retirá-la de cima da linha, afastando o perigo.
Passando os primeiros minutos de jogo e as duas opções de ataque para ambos os lados, a partida de uma esfriada em termos de ritmo de jogo e chances criadas. Mas por outro lado, as duas equipes marcavam mais firmes e, consequentemente, deixava o jogo mais faltoso e pegado, principalmente no meio de campo. O Lille era ligeiramente superior em campo, mas nada que desse uma tônica de favoritismo.
Com a intensidade reduzida, a partida tomou uma proporção modorrenta. Centenas de passes errados em um curto espaço de tempo. A bola praticamente não saia da área do meio de campo e quase nenhuma chance foi criada entre os 20’ de jogo até os 40’. Pra não dizer que o primeiro tempo foi sofrível, vale lembrar que a torcida fez um bom papel dentro do estádio. Gritou, vaiou e principalmente apoiou. Mas o resultado disso, dentro de campo, não era o retorno esperado.
Ainda no primeiro tempo, perto do fim da etapa, depois de quase 25min sem qualquer tipo de ações ofensivas dentro de campo, o Lille conseguiu criar, ao menos, uma jogada de perigo antes do intervalo. Idrissa Gueye recebeu bola na entrada da área, conseguiu arrumar um espaço entre os marcadores e arrematou com muita força. A bola foi forte, mas passou ao lado direito do goleiro Anthony Lopes.
Depois do intervalo, nenhuma mudança de substituição nos dois tims – fora o Lille que já havia trocado o Basa pelo Rozhenal, ainda no primeiro tempo, por causa de lesão – mas o Lyon armou uma troca entre seus pontas. Briand caia pela esquerda e Fekir pela direita. Antes mesmo dos 10’ da etapa fina, Rémi Garde viu que não surtiria efeito e colocou Ferri no lugar de Fekir para reoxigenar o meio de campo.
Pouco tempo depois, o Lyon mexeria mais uma vez. Aquele que estreava como titular no time, Mehdi Zeffane, que apesar de ter se afoitado durante a partida, não se omitiu em nenhum momento durante o jogo, deixou o campo para a entrada de Yassine Benzia. Dessa forma, Ferria assumia o lado direito do campo enquanto Benzia ajudava Gomis e Briand na parte ofensiva do grupo.
René Girard também fez alterações. Colocou o centroavante Ronny Rodelin no lugar de Marvin Martin. A ideia era aproveitar a inocuidade do Lyon para tentar avançar suas linhas de marcação e, talvez, levantar bolas na área para que o próprio Rodelin e Roux subisse junto aos zagueiros do Lyon e buscar um gol em bolas levantadas. O grande problema, nesse caso, era a ausência de criação sem Martin no time.
E foi o Lille quem criaria a grande chance da segunda etapa. Mvuemba tentou sair jogando sem tocar a bola no setor defensivo do campo do Lyon. Esperto, Salomon Kalou roubou a bola e avançou com muita velocidade até a área do OL. Nenhum dos zagueiros conseguiu acompanhar o atacante marfinense. Quem salvou os Gones na jogada foi o goleiro Anthony Lopes, que fez uma boa saída do gol e aliviou o perigo iminente.
Por fim, Rémi Garde ainda mexeu pela última vez no time na tentativa de melhorar um pouco aquilo que era nulo. Trocou Mvuemba por Steed Malbranque. O Lille também mexeu: Nolan Roux deu espaço para o jovem Origi. A entrada de Malbranque quase afetou o próprio OL. Ele errou um passe fácil e permitiu um avanço desordenado de Nolan Roux – antes ainda de ser substituído -, que carregou a bola até a entrada da área. Depois, ele efetuou um potente chute, forçando uma excelente defesa de Anthony Lopes.
Faltando cinco minutos para o término da partida, o Lyon conseguiu, enfim, criar uma boa chance de gol na partida. Briand fez boa jogada e a bola caiu nos pés de Gomis. Ele se movimentou, tirou um dos defensores da jogada, e buscou um bom ângulo para a batida. Por fim, ele finalizou bem e Enyeama trabalhou pela primeira vez no segundo tempo, fazendo uma boa defesa.
E a partida tomou seus contornos finais dessa maneira. O Lyon não conseguiu criar quase nada durante a partida e praticamente não finalizou durante o jogo. Por outro lado, o Lille também não foi muito eficiente, mas era um time que parecia estar bem contente com o placar conquistado. Afinal de contas, um empate fora de casa é sempre algo muito bem quisto em um campeonato de pontos corridos.
Uma cena, na hora do apito final, ainda chamou a atenção dos torcedores do Lyon. Instantaneamente após o Sr. Bartolomeu Valera sinalizar o fim de jogo, Rémi Garde, que sempre se retira em direção aos vestiários, não obteve qualquer reação. Ficou alguns três segundos olhando para o campo tentando buscar uma resposta para a atuação patética de sua equipe. Sinal de vacas magras...
Próximo adversário: Lyon x Vitória de Guimarães, Liga Europa, dia 03 de outubro, quinta-feira próxima, às 14h de Brasília. Até lá!
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe
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