@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
O Lyon dependia apenas dele para angariar essa tão almejada vaga. O adversário, como já foi citado, era o já rebaixado Le Mans. Jogando fora de casa, o time vermelho, a princípio seria um adversário fraco de ser batido, certo? Errado. Veja abaixo como foi a última partida do Lyon na temporada 09/10.
Mais uma vez, deixando o brasileiro Michel Bastos no banco, o treinador Claude Puel também preferiu deixar Toulalan na zaga e montar seu meio campo com Källström e Makoun de volantes, com Pjanic no centro armando as jogadas. Lisandro e Govou, esse último, que por sua vez realizava sua última partida pelo Lyon, eram os responsáveis pelas jogadas ao lado do campo. Gomis era o centro-avante da vez. Veja como ficou o time inicial do OL:
Por outro lado, Cormier tinha um time limitado em mãos e uma série de jogadores indisponíveis. Isso sem citar a provável desanimação de um time que já não enxerga mais nada como objetivo na temporada e ainda já está confirmado o seu rebaixamento. Veja a escalação do Le Mans:
A partida começou com certo equilíbrio. Nos primeiros dez minutos o Lyon pressionou. Chegou a bombardear a meta de Ovono, mas o Le Mans não era um adversário tão fraco como se imaginava e estava disposto a jogar bola.
A defesa do time visitante era firme e não permitia uma penetração mais firme, principalmente de Gomis e Lisandro, que eram os dois jogadores que mais deram trabalho no primeiro tempo.
Aos 30’, o OL já era disparado o melhor em campo, mas ainda sim esbarrava em alguns problemas táticos. Jogando com apenas um atacante de área, as dificuldades para arrumar um espaço na hora da finalização estava cada vez mais presente, o que acabava facilitando a vida do bom goleiro Ovono.
Pressionando de forma persistente, o primeiro gol do Lyon só saiu nos acréscimos do primeiro tempo. Bafé Gomis recebeu um passe em condição duvidosa e colocou no canto do goleiro adversário. Depois de algumas reclamações da defesa do Le Mans, cartões amarelos e alguns xingamentos, a TV enfim mostrou o replay e, de fato, o gol era válido.
No segundo tempo, os times voltaram com a mesma formação, mas ditando um jogo um pouco mais lento. Notando que essa lentidão poderia culminar em um resultado não muito grato, Puel tratou logo de colocar Bastos e Ederson, nos lugares de Gomis e Källström.
O resultado da troca foi quase imediato. Cinco minutos depois, aos 68’, Lisandro faz ótima jogada pela direta, chama a marcação pra si e vê Pjanic entrando na área livre de marcação. O argentino conseguiu tocar com maestria e o bósnio finalizou com tranquilidade. Belíssima jogada do ataque do Lyon.
Enquanto o OL ganhava por 2x0. Seus adversários na briga pela sonhada vaga iriam tropeçando. O Lorient ganhava de 2x1 do Lille e o Auxerre empatava com o Sochaux. Apenas o Montpéllier ganhava bem, de 3x0, fora de casa, contra o PSG. Mas a princípio esse resultado não incomodava o Lyon.
Aquela vontade, que estampava a face dos jogadores do Le Mans sumiu. O que víamos era o time que realmente merecia o rebaixamento e não conseguia mais sequer atrapalhar o toque de bola do Lyon no meio campo.
O jogo perdurou até o fim com o Lyon esmagando a adversário, mas não o suficiente para golear. O Le Mans foi forte, tentou evitar a derrota, mas tinha um elenco bem inferior. E terminou assim. Lyon vencendo por 2x0 e terminando a L1 em segundo lugar.
Govou ainda foi homenageado pela torcida. Nos acréscimos ele foi substituído por Bodmer e foi ovacionado pelos “Bad Gones”, com direito a faixa de agradecimento (Mercy Sidney) e ser carregado por Rémy Vercoutre, goleiro reserva do OL.
O restante da L1 ficou assim: O Montpéllier ganhou de 3x1 do PSG, mas não foi o suficiente para conquistar a vaga. No entanto, o Lille perdeu por 2x1 pro Lorient e permitiu que o Auxerre roubasse sua vaga. O AJA, que por sua vez não decepcionou, venceu o Sochaux fora de casa por 2x1.
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