domingo, 10 de março de 2013

OL e OM não saem do zero e PSG comemora

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Marcação forte e muita raça foram as temáticas do jogo, que acabou sem gols. Resultado perfeito para o Paris-Saint Germain, que dispara na liderança




Para encerrar a 28ª rodada, o Stade Gerland abriu as portas para mais um “Choc des Olympiques”, como é conhecido o duelo entre Olympique de Lyon e Olympique de Marseille. A partida, além de ser um evento de grande rivalidade entre os dois clubes, colocava em frente equipes que disputam colocações na parte de cima da tabela do Campeonato Francês e que vivem a iminência de encostar no Paris-Saint Germain. O OL é o segundo colocado da Ligue1 e soma 52 pontos na tabela. Em caso de vitória, chegaria aos 55 e ficaria apenas a dois pontos de distância do líder. Já o Marseille, além de se preocupar em somar pontos, também se vê perseguido pela turma de baixo. Em caso de vitória, o OM encostaria no Lyon em número de pontos, mas não o ultrapassaria, pois os Gones possuem mais saldo de gols. Entretanto, se perdesse, o Marseille poderia, inclusive, ficar fora do G4 já na próxima rodada, caso tropeçasse novamente e Saint-Étienne e Nice vencessem.

O Lyon foi a campo com algumas novidades. A começar pela ausência de Anthony Réveillère.  O lateral sentiu dores na panturrilha na sexta-feira e precisou deixar o treino. Somado a isso, ontem, ele sofreu uma gastroenterite e já logo foi descartado para o clássico. Para o seu lugar, Mouhamadou Dabo volta a equipe titular. De volta ao time, outras quatro novidades: Gonalons, Fofana, Gourcuff e Ghezzal. Ambos estavam ausentes na última partida, mas somente os dois primeiros começaram entre os titulares. Gourcuff, inclusive, volta de lesão depois de ficar cerca de um mês no estaleiro. Abaixo, você confere como ficou escalado o time titular do OL:




Pelo Olympique de Marseille, o técnico Élie Baup tinha quase que o seu elenco inteiro a disposição. Só não contava com o meia Morgan Amalfitano. No seu time titular, o OM entrou com a mesma formação que o OL: 4-2-3-1. De novidade, a presença de Modou Sougou entre os titulares, deixando o jovem Jordan Ayew no banco de reservas. Romao era outro que desbancava um titular no Marseille. Colocou Benoît Cheyrou no banco. Além disso, a recente contratação, Foued Kadir, ex-Valenciennes, também ficava entre os reservas, como opção para o segundo tempo. Na imagem abaixo dá para perceber o esquema tático montado pelo treinador marselhês para o início do clássico:




Com a bola rolando, o jogo já dava indícios de ser bem agitado logo nos primeiros minutos. A primeira jogada de perigo foi com o Lyon. Em disparada, pela direita, Lacazette conseguiu achar Gomis entrando na área. O centroavante do OL disputou bola com a defesa e acabou cometendo falta em N’Koulou. Seria uma ótima oportunidade, logo no começo da partida. Gomis já estava dentro da área.


A resposta do Marseille veio com Sougou, minutos depois. O meia marfinense avançou pela direita, se desvencilhou de alguns defensores do Lyon, penetrou na área e arrematou com muita força. Dejan Lovren apareceu rapidamente para desviar o chute a mandar para escanteio. Sougou tinha a opção de passar a bola para Gignac, que estava em ótimas condições para abrir o placar.

E essa era a temática do jogo. Uma chance aqui e outra lá. Quem sempre aparecia pelo lado do Lyon, ao menos no primeiro tempo, era Gomis. Inclusive teve ótima chance perto dos 20’ iniciais e desperdiçou. Parou em boa defesa de Mandada mesmo estando em posição de impedimento e o árbitro já tendo parado o jogo. Posteriormente, a resposta do OM veio com Gignac, que recebeu ótimo passe de Sougou, aproveitou o posicionamento ruim de Lovren e emendou uma bicicleta. Mas a bola passou pelo lado direito de Vercoutre.


Contudo, as oportunidades criadas pelos dois times só apareceram mesmo no começo do jogo. Posteriormente, o campo do Gerland havia se transformado quase em um campo de batalha. O jogo tornava-se muito pegado na marcação. Diversas paralisações da arbitragens em disputas de bolas e várias faltas marcadas. Nada muito na maldade. Era exagero de raça dentro de campo mesmo. Ambos os times percebendo que a partida era bastante importante para os clubes seguirem firmes até o restante da temporada.


E a primeira etapa terminou assim. Com as duas equipes criando muito pouco e marcando em demasia. Davam prioridade ao poder de defesa do que ousar um pouco no ataque. Os dois times se precaviam demais e isso prejudicou o bom espetáculo na etapa inicial. Certamente os torcedores que enchiam o Stade Gerland não gostaram do que viram no primeiro tempo e esperavam uma postura diferente na etapa final.

Para o segundo tempo, o Lyon, ao menos, voltou com uma postura diferente. Ao contrário do seu adversário, buscava bem mais o jogo, apertava a saída de bola do Marseille e tentava, mesmo que com pouca objetividade, tentar martelar a defesa adversária. O maior problema do OL era a parte de criação. Malbranque se preocupava demais com a parte de marcação – já que revezava sem bola com Fofana – e acabava pecando na hora de armar as jogadas pelo time. Lisandro López era outro que não fazia uma boa partida. No primeiro tempo, por exemplo, só havia encostado seis vezes na bola somente. No segundo ele mantinha o mesmo ritmo apagado.


Percebendo essa defasagem no seu setor de criação, Rémi Garde aprontou a sua primeira mudança logo aos 17’ do segundo tempo. Ele, que é um treinador bastante cauteloso, surpreendeu ao mudar “tão cedo”. Clément Grenier entrou no lugar de Gueïda Fofana. Agora, definitivamente, Malbranque jogava ao lado de Gonalons e Grenier tinha mais liberdade ofensiva para tentar fazer com que a bola chegasse a Lisandro, Lacazette e Gomis. Nesse momento, o OL já era ligeiramente superior ao OM na partida.


A entrada de Grenier favoreceu demais o estilo de jogo do Lyon. Na altura dos 25’ do segundo tempo, o Lyon já pressionava o Marseille de forma absurda. Com 59% da posse de bola, o OL não deixava o adversário jogar. O time de Élie Baup praticamente ficava esperando a oportunidade para sair em contra-ataque. E quando ela surgia, o próprio OM esbarrava na má qualidade da sua saída de bola e quase sempre não conseguia emplacar uma boa jogada de ataque.

A principal chance do ataque marselhês aconteceu aos 28’ do segundo tempo. Valbuena cobrou escanteio e colocou a bola na cabeça de Andre Ayew. O ganês alcançou a bola, que passou raspando a trave esquerda de Vercoutre, que já estava batido no lance. Após o lance de perigo, o OM cresceu um pouco na partida e Élie Baup aproveitou o momento para colocar Jordan Ayew no lugar de Modou Sougou.


Para encarar os últimos 10’ de jogo, Rémi Garde tirou – acertadamente, diga-se de passagem – Lisandro Lopéz, e colocou Rachid Ghezzal. Em termos táticos, nenhuma mudança na formação. Apenas um gás novo pelo lado esquerdo do ataque dos Gones, que praticamente não existiu durante a partida inteira. Enquanto isso, no OM entrava Foued Kadir no lugar de Mathieu Valbuena, que saiu xingando Deus e o mundo, sabe-se lá o motivo.

No finalzinho da partida, os dois times pouco criaram. Voltava-se aquela situação do primeiro tempo, onde as duas equipes marcavam forte e praticamente se esqueciam de atacar. Com o resultado, o PSG comemorou. Continuou na liderança e agora com quatro pontos de distância do vice, Lyon.




Próximo adversário: Bastia, fora de casa. Jogo válido pela 29ª rodada da Ligue1, às 13h de Brasília, sábado próximo, dia 16/03.

FOTOS: om.net / ligue1.com


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Um comentário:

  1. era um classico as equipes ficaram devendo foi um jogo de muita marcação e pouco jogadas ofensivas empatam merecido para ambas equipes

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