@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Sochaux ganha e complica a vida do OL, que fecha mês de março sem vitória, deixa o Marseille ultrapassar e coloca o PSG com oito pontos de diferença na tabela
Devido às datas FIFAs, uma semana se passou sem Ligue1. Em campo, o Lyon precisava responder, frente a sua torcida, depois de ficar três rodadas sem vencer. Nos últimos nove jogos, apenas três vitórias do OL e mesmo assim, continua na cola do PSG na tabela. Portanto, só a vitória interessava ao Lyon e também ao Sochaux. O time visitante vive incomoda situação na zona de rebaixamento e tinha a difícil tarefa de bater os vice-líderes, fora de casa, sob intensa pressão em busca da vitória.
Em seus domínios, Rémi Garde não teve problemas em colocar muitos homens na frente. O time foi armado no 4-1-4-1 com dois meias armadores e somente Gonalons na marcação do meio campo. Na frente, Grenier, Malbranque, Lacazette, Lisandro e Gomis tinham a responsabilidade de fazer a diferença no setor. Sem poder contar com Bisevac (suspenso) e Réveillère (machucado), os substitutos naturais entraram em campo: Bakary Koné na zaga e Mouhamadou Dabo na lateral. Abaixo você pode conferir como o Lyon entrou para a partida deste domingo:
Éric Hély, treinador do Sochaux, tinha a disposição quase que o seu elenco inteiro. Carlão e Roudet voltaram e já reassumiam o posto de titular no time visitante. Roussilon e Lopy, desfalques, sequer viajaram até Lyon. Em campo, o treinador do Sochaux adotou uma formação tática não muito usual na Europa, o 4-4-2 tradicional, muito famosa no Brasil nos anos 1990. As principais armas do time eram o meia Boudebouz, aberto pela direita, e Cédric Bakambu, centroavante que caia também pelo lado direito. Na imagem abaixo você pode conferir como ficou a armação tática do time do Sochaux para a partida que encerrou a 30ª rodada da Ligue1:
Nos primeiros 10’ de partida, notava-se o Lyon mais disposto a atacar. Chegou a frente do goleiro Pouplin por algumas vezes, mas em todas elas sem nenhum perigo real de gol. Lisandro Lopéz e Lacazette eram os jogadores com mais motivação nos instantes iniciais da partida. Enquanto isso, o Sochaux se segurava lá atrás, mas não sofrendo uma pressão intensa. Quando tinha a bola aos pés, tentava sair jogando sem afobação e medo da forte pressão adversária e também da torcida, que apoiava bem.
A primeira grande oportunidade do Lyon na partida apareceu aos 19’, quando Lisandro Lopéz saiu em disparada pela direita após recuperação de bola no meio-campo do OL. Ele avançou até a ponta da área, quando achou Gomis entrando. O centroavante recebeu boa bola, bateu de primeira, mas foi pressionado pela defesa. A bola voltou para Licha que, ao tentar novo cruzamento, mandou do outro lado da área, pra ninguém.
A resposta do Sochaux veio quase cinco minutos depois. Bakambu pegou a bola em disparada, pelo lado direito do ataque, passou por Gonalons como quis e seguiu avançando. Quando chegou no fundo, cruzou pra área a achou Roudet na área. O jogador do FCSM teve tempo, cortou Koné, mas finalizou fraco. Vercoutre foi bem no lance. Em seguida, foi a vez de Corchia ir até o fundo e cruzar pra área. Sio subiu, cabeceou e mandou na trave. Dessa vez, Vercoutre já estava batido no lance.
Após sofrer as jogadas de perigo do Sochaux, o OL perdeu o ímpeto de ataque. Já não conseguia assustar mais, nem com Lisandro, nem com Lacazette. O jogo se equiparava no meio do primeiro tempo com muitos erros de passes e várias jogadas sendo paralisadas pela arbitragem por faltas. Antes dos 35’, Malbranque, Sio e Dabo já haviam sido advertidos com o cartão amarelo.
No final do primeiro tempo, o Lyon ainda teve uma oportunidade em bola parada. Clément Grenier, meio de longe, resolveu bater direto e chutou forte ao gol. Pouplin chegou a defender, mas espalmou pra frente o potente chute do meia do OL. Mesmo fazendo 62% de posse de bola na primeira etapa, os Gones não conseguiam reverter isso em oportunidades reais de gol. No finzinho, o mesmo Grenier ainda foi derrubado por Poujol na área e nada foi marcado pelo árbitro Benoît Millot, para desespero de Rémi Garde. Era pênalti claríssimo. Mas o primeiro tempo terminou bem equilibrado, inclusive. E com o placar em branco.
Com a chegada do segundo tempo, o panorama do jogo mudou logo cedo. Logo aos 5’ da etapa final o Sochaux abriria o placar. Giovanni Sio, após cobrança de escanteio, se antecipou a Samuel Umtiti e cabeceou, sem chances para Rémy Vercoutre. Placar aberto no Gerland, para as vaias dos torcedores presentes no estádio e desespero do time do Lyon, que encontrava-se completamente perdido dentro de campo.
Após sofrer o gol o Lyon se manteve passivo em campo. Inclusive, passivo também era o semblante do treinador Rémi Garde. Ele parecia sem saber o que fazer. O time estava armado de forma ofensiva e com as principais peças dentro de campo. Não havia mais como fazer nada? Não sei, mas certamente ficar parado, na frente do campo, sem esboçar qualquer reação não era a melhor resposta.
Quando Garde deciciu mexer, chamou o volante (?!) Arnold Mvuemba. Tirou Steed Malbranque, que realmente não fez uma boa partida. Meio incoerente colocar um jogador de marcação e tirar um armador para conseguir virar o placar dentro de casa. Mas assim aconteceu. Com Mvuemba em campo, incrivelmente o Lyon melhorou e ficou mais solto do meio pra frente.
Aos 22’, a reação do Lyon já aparecia. Lacazette, o melhor do time na partida, arrancou pela direita e da entrada da área soltou um tirambaço que Pouplin nem viu. A bola explodiu no travessão, bateu quase em cima da linha e saiu. Mas a pressão do OL já era mais evidente. O time se postava melhor em campo e ocupava espaços no setor ofensivo. Definitivamente já era outro em campo.
O gol de empate não demorou a aparecer. O mesmo Lacazette recebeu bola aérea na área aos 25’ da etapa final. Ele poderia bater de primeira, mas preferiu dominar. Na matada, ele tirou Sauget do lance, que quando tentou retomar o posicionamento, derrubou o atacante do OL dentro da área. Pênalti, e dessa vez marcado. Na cobrança, Gomis bateu no canto esquerdo de Pouplin. Ele até chegou a encostar nela, mas a bola entrou mesmo assim. 1 a 1 no placar e com o OL melhor em campo no momento.
Poucos minutos depois de marcar o gol de empate, o Lyon quase virou em jogada emocionante, digamos assim. Primeiro, Mvuemba sem ângulo, chutou forte. Um meio cruzamento, meio chute. A bola foi até o lado esquerdo do campo. Umtiti dominou e cruzou. Gomis, no segundo pau escorou de cabeça e Lisandro, sem qualquer marcação, conseguiu errar o gol sem goleiro. A bola bateu na trave e nas costa de Boudebouz antes da zaga afastar de vez. Incrível a oportunidade perdida.
Faltando pouco mais de dez minutos para o término do jogo, Garde fez sua segunda troca. Colocou o jovem Clinton N’Jie em campo e tirou Bafé Gomis. Lyon terminando a partida no 4-2-3-1, com Lacazette aberto pela esquerda, N’Jie na direita e Lisandro centralizado. Grenier no meio, sob o resguardo de Mvuemba e Gonalons.
No final da partida, quando parecia que o Lyon tinha de tudo para virar, pois realmente era melhor na partida, concedeu um contra-golpe fulminante para o adversário. Giovanni Sio avançou somente com Lovren na cola. O marfinense foi pra cima do zagueiro croata e levou a melhor. Esperou Bakambu chegar e só rolou para o centroavante colocar o Sochaux na frente do placar novamente! 2 a 1, para decepção geral no Stade Gerland. E não havia mais tempo para nada. Placar final e um mês de março tenebroso para o Lyon.
Próximo adversário: Stade de Reims, dia 07/04/13, próximo domingo, às 12h, horário de Brasília. Jogo válido pela 31ª rodada da Ligue1. Até lá.
GOLS DA PARTIDA:
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