domingo, 14 de abril de 2013

Lyon vence, respira, e recupera a terceira colocação

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Em campo, os comandados de Rémi Garde se superaram e conseguiram derrubar o Toulouse com um bom futebol e apoio irrestrito dos torcedores que lotaram o Gerland




Pressionado como nunca esteve e vivendo uma sequência de derrotas que só havia acontecido em 1993, o Lyon entrar no Stade Gerland hoje precisando, mais do que nunca, de uma vitória, para reverter essa situação nada agradável. Entrava em campo na iminência de perder a vaga para qualquer competição europeia. Há poucas rodadas, parecia garantir sua colocação na próxima Champions League, porém, com a série de jogos sem vencer, acabou perdendo posições e, antes do início dessa 32ª rodada, já havia perdido sua vaga até mesmo para a Liga Europa, pois o Nice já tinha vencido o Sochaux e ultrapassado o OL na tabela, colocando-o na 5ª colocação.

Em campo, Rémi Garde não desistiu de apostar no 4-1-4-1, tática que comumente vem utilizando na suas últimas partidas, com algumas variações táticas. Hoje, bem ofensivamente, somente Gonalons tinha poderio de marcação na volância. Dali pra frente, Grenier, Gourcuff, Briand, Lacazette e Lisandro, todos eles eram homens de criação, velocidade ou finalização. Com as ausências de Bisevac e Lovren, o treinador do OL não tinha opção a não ser utilizar Umtiti formando a dupla de zaga ao lado de Bakary Koné. Dabo faria a lateral esquerda, enquanto Réveillère, voltando de lesão, compunha normalmente o lado direito. Gomis, nessa partida, começava no banco. Malbranque, lesionado, sequer foi relacionado para o jogo. Confira a formação oficial para o início da partida contra o Toulouse:




Pelo TFC, Alain Casanova, treinador do time, também optou por uma formação similar a do Lyon, o 4-1-4-1. Contudo, os jogadores em campo pelo time visitante já não tinham a essência de marcação como tinha o Lyon. Tabanou, Rabiot, Didot, além de Capoue, que já era o volante fixo, todos eles possuem noções de marcação e poderiam se juntar de maneira voluntariosa a destruir a blitz ofensiva dos donos da casa. Casanova tinha algumas ausências importantes no seu elenco. Ali Ahamada, goleiro titular, assim como Cheik M’Bengue, zagueiro, e os atacantes Eden Ben Basat e Yannic Aguemon, não estavam disponíveis para o jogo. E nem por isso o TFC perdia qualidade. O time em campo era muito bom, principalmente no meio-campo, como já foi passado. Abaixo, você pode conferir como ficaram os onze iniciais da formação tática do Toulouse:




Com a bola em jogo, o Lyon parecia determinado a espantar a fase terrível. Logo no primeiro lance, Lacazette fez boa jogada individual, tirou um jogador da marcação e bateu forte e com categoria. A bola, por muito pouco, passou por cima do ângulo esquerdo de Blondel e foi por cima do gol. Primeira boa chance do OL na partida e já para intimidar os adversários logo cedo no Gerland.


Antes dos dez minutos inicials, os Gones conseguiriam abrir o placar. Lacazette, mais uma vez, construiu a jogada pelo lado esquerdo. Girou bem sobre o marcador, avançou e entrou na área. Na sequência, o jovem atacante do Lyon foi até o fundo e cruzou rasteiro na área. Ninguém chegou para aliviar o perigo, Blondel passou batido no lance, e Grenier chegou na segunda trave para completar o passe e empurrar para as redes. Logo cedo, Lyon 1 a 0 para explosão da torcida presente em bom número no Gerland.

Depois que o OL abriu o placar, naturalmente o panorama do jogo se inverteu. O Toulouse já construía um toque de bola mais apurado em busca da reação e isso, consequentemente, lhe deu uma posse de bola maior do que o Lyon ali naquele começo de partida. Casanova avançou suas linhas de marcação e não permitia mais avanços dos donos da casa. Enquanto isso apertava o OL no seu campo de defesa em busca do empate, mas tudo sem muita qualidade ou objetividade.


De tanto martelar, o Toulouse conseguiu o empate aos 28’. Em jogada pela esquerda, construída por Daniel Braaten, o jogador norueguês passou como quis por Réveillère, entrou na área, chegou ao lado da trave e tocou para o centro da área. Por lá, Ben Yedder, sem qualquer marcação, só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes e colocar o placar igual novamente. 1 a 1!

Após o gol do Toulouse, Alexandre Lacazette, que vinha sendo o melhor jogador do Lyon em campo, sentiu uma lesão e precisou abandonar o campo. Para o seu lugar, Rémi Garde chamou Bafétimbi Gomis. Dessa forma, Lisandro saia da posição de centroavante, faria o lado esquerdo, onde Lacazette caia, e Bafé Gomis se tornava a referência do ataque dos Gones na partida.


Com o placar igualado novamente, o Lyon voltava a ter certo domínio da partida, não deixava o Toulouse avançar muito, como havia feito quando o placar ainda estava 1 a 0, mas ainda assim, o OL tinha dificuldades para se impor como favorito ao jogo. Não conseguia criar. Briand, Lisandro e Gourcuff terminaram a primeira etapa, absolutamente, apagados dentro de campo. Os jogadores parecem ter perdido a qualidade que lhes cabiam no primeiro turno. Uma situação inexplicável.

Para a etapa final, Rémi Garde já fez uma alteração logo de cara. Tirou Réveillère, que fez um primeiro tempo lamentável, e colocou Gueïda Fofana, que entrou jogando ali pelo lado direito mesmo. Além da alteração, o OL entrou com uma postura diferente. Buscava o gol a todo instante e conseguiu criar até uma sequência de escanteios perigosos e em um deles, o gol da virada sairia.


Grenier, pelo lado direito do campo, cobrou o tiro de canto. A zaga do Toulouse rebateu a bola que voltou aos pés de Grenier. Ele, novamente, olhou pra área e levantou a bola de novo. Bakary Koné subiu mais alto que todo mundo e completou para as redes. Lyon na frente mais uma vez, para a alegria da grande massa de torcedores do Lyon que comparecia em peso no Stade Gerland. Lyon 2 a 1!

Após o gol do Lyon, a situação do primeiro tempo parecia acontecer novamente. O Toulouse pressionava os donos da casa em busca do empate. E chegava até o gol de Vercoutre. Antes dos 20’ da etapa final, o TFC quase igualou o placar novamente. Didot subiu pelo lado esquerdo e cruzou pra área. Tabanou, quase sem marcação, pegou um sem pulo e finalizou bem perto da meta de Vercoutre, que já estava batido no lance. Foi por pouco.


A resposta dos Gones apareceu no lance seguinte. Fofana recuperou a bola e começou a construir uma bela jogada. Avançou com a bola, tabelou com Lisandro e, em seguida, achou Gomis dentro da área, que só teve o trabalho de finalizar. Era o terceiro gol do Lyon após uma maravilhosa troca de passes que os torcedores já não estavam mais acostumados em ver! 3 a 1 e um detalhe importante! Gomis não comemorou o gol, mas todos os seus companheiros vieram abraça-lo após o gol.

Posteriormente ao gol dos Gones, Casanova fez sua primeira alteração: Adrien Regattin entrou no lugar de Wissam Ben Yedder. Logo depois, Étienne Didot deu lugar ao basco Pantxi Sirieix. Contudo, as trocas foram tarde demais e não surtiram muito efeito. O panorama se mantinha. O Toulouse até tinha mais posse de bola, mas não conseguia construir jogadas de perigo. Enquanto isso, o OL explorava os erros do adversário e aproveitava as oportunidades para avançar.


Faltando pouco para o término da peleja, os dois times fizeram duas últimas trocas. Casanova foi pro tudo ou nada e colocou mais um atacante: Yannick Djaló. Retirou o bom Franck Tabanou. No Lyon, Jimmy Briand deu lugar ao jovem Yassine Benzia. Entretanto, já não tinha mais tempo para mudar a situação do jogo. Placar final: Lyon 3 a 1. Um jogo em que o OL cochilou no primeiro tempo, mas conseguiu se impor no segundo, relembrando a boa fase em que vivia recentemente. Méritos também para a torcida, que se comportou de maneira irretocável e apoiou o tempo inteiro, mesmo com o time vivendo uma fase não muito boa.




Próximo adversário: Montpellier, no Stade de La Mosson, dia 21/04, domingo próximo, às 15h de Brasília. Jogo válido pela 33ª rodada da Ligue1. Até lá.

FOTOS: olweb.fr /L'Equipe / LFP.fr


GOLS DA PARTIDA:



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