@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Sob a batuta do brasileiro Diego Rigonato, Reims vence e tira o OL da zona de classificação da Liga dos Campeões
Depois de um mês de março tenebroso, sem conquistar qualquer vitória, o OL tentava se recompor nesse começo de mês de abril. Jogando fora de casa, o time iria até Reims jogar contra a equipe da cidade. Sob muita pressão, o Lyon entrava em campo precisando, mais do que nunca, da vitória. Já na 31ª rodada, o Saint-Étienne já venceu e ultrapassou os Gones na tabela. Empatou em pontos, mas superou no saldo de gols. Dessa forma, o Lyon já iria perdendo a sua vaga para a Liga dos Campeões. Por outro lado, o Reims ainda vive a iminência de disputar posições contra a zona de rebaixamento. Em casa, teria a missão de bater o OL e ficar longe da incomoda situação.
Exatamente por isso, o time da casa foi pra campo em uma formação bastante ofensiva. Atuando no 4-3-3, o clube comandado por Hubert Fournier queria a vitória a qualquer custo e deixava isso por conta da velocidade do brasileiro Diego Rigonato, caindo pela esquerda do campo. Contando com quatro desfalques, o Reims, ainda assim, iria pra campo com muita força. As ausências de Ghisolfi, De Préville e Odaïr Fortes (todos lesionados), somado a suspensão de Ayité, os donos da casa assumiram uma postura bem avançada, como pode ser visto na imagem abaixo:
Jogando fora de casa, o Lyon também assumiu uma postura bem ofensiva na sua formação tática. Rémi Garde decidiu escalar, mais uma vez, o time no 4-1-4-1. A diferença para o último jogo era a presença de Fofana entre os titulares e Malbranque no banco de reservas. Na lateral, Réveillère, voltando de lesão, também começava entre os suplentes. Lovren sequer foi chamado por Rémi Garde, sendo assim, Bakary Koné ganhava mais uma oportunidade entre os titulares para tentar acabar com a péssima imagem que ele ficou depois da partida contra o Sochaux. Na figura abaixo, você pode ter uma ideia de como ficou a formação do OL para a partida:
Nos primeiros quinze minutos de bola rolando, o que se via no Stade Auguste Delaune foi uma intensa pressão dos mandantes. O Reims não tomou conta da superioridade do seu adversário e foi pra cima sem titubear. Em menos de quatro minutos de jogo, para se ter ideia, o time da casa já havia conseguido quatro lances de escanteio. Em uma dessas oportunidades, Glombard recebeu bom cruzamento, venceu no alto e cabeceou em direção ao chão. Vercoutre fez uma bela defesa para salvar o OL.
Poucos minutos depois, foi a vez de Diego Rigonato avançar pelo lado esquerdo, foi até o fundo e cruzou sem a pressão da marcação de Dabo. Na área, Courtet tinha de tudo para abrir o placar, mas na hora de finalizar, a bola pegou na canela e ele quase mandou-a para a bandeirinha de corner. Lance bisonho.
Mas a pressão do Reims continuava. Ainda nos primeiros minutos de jogo, a terceira oportunidade de gol apareceria para os donos da casa. Umtiti saiu jogando errado e a bola caiu nos pés de Glombard. O atacante do Reims avançou, entrou na área e bateu forte, no canto direito de Vercoutre, que mais uma vez fez uma ótima defesa, salvando o seu time de sofrer um gol logo cedo.
O primeiro chute ao gol do Lyon só aconteceu aos 28’ de jogo. Boa troca de passes entre Gomis, Lacazette e Lisandro Lopéz. O argentino recebeu da entrada da área, olhou, e bateu fraco em direção ao gol. Agassa não teve qualquer tipo de problema para fazer a defesa e evitar o perigo quase nulo da finalização.
A principal chance de gol do primeiro tempo apareceu aos 30’, quando Courtet recebeu cruzamento pela direita e, dentro da área, virou um lindo voleio, que pegou muita força e forçou uma espetacular defesa de Rémy Vercoutre. Foi grandioso no lance. Esbanjou reflexo e evitou, mais uma vez, que o placar fosse aberto no Stade Auguste Delaune. E a partida seguia no zero a zero.
Nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o Lyon até tentou reagir, trocando passes na entrada da área do adversário. Mas a dificuldade de realizar tal feito era enorme. Não só pela desmotivação do OL em jogar bola, mas também pela péssima qualidade do gramado, onde era impossível realizar um toque de bola rasteiro sem que ela tomasse outro rumo ou mudasse de velocidade. Realmente era terrível a qualidade do campo em Reims.
Para o segundo tempo, o Lyon já voltou com uma alteração. Jimmy Briand entrou no lugar de Lisandro Lopéz, que não fez um bom primeiro tempo, assim como todos os jogadores do time do Lyon, como um todo. Mas quem começava dando pressão era o Reims. Em jogada pela direita, Diego Rigonato recebeu boa bola, logo no comecinho da etapa final, cortou Gonalons e chutou forte em direção ao gol. A bola explodiu na trave esquerda de Vercoutre.
Diego Rigonato apareceria novamente no lance seguinte. Dessa vez, ele tentava passar em velocidade por Bisevac e o zagueiro sérvio do Lyon fez falta no brasileiro. Mesmo ela sendo fora da área o árbitro Olivier Thual marcou penalidade máxima. Os jogadores do Lyon reclamaram veementemente e, por consequência disso, Milan Bisevac recebeu o cartão vermelho. Com um a mais e com um pênalti para cobrar, o Reims tinha a vantagem no momento. Krychowiak cobrou rasteiro e no meio do gol e colocou o time da casa em vantagem: 1 a 0.
Com a desvantagem no placar, e sem um jogador em campo, o Lyon precisou se recompor defensivamente. O time jogava numa espécie de 3-5-1, com Dabo, Koné e Umtiti fazendo a zaga e Gonalons chegando muito para fechar principalmente os lados do campo. Depois o time entrou num 4-5-1, com Gonalons fazendo a composição da zaga e Fofana de primeiro volante. E com essa “nova formação”, o OL deu uma ligeira melhorada na partida. Conseguia, ao menos, não sofrer tanta pressão e tocava um pouco mais a bola. Mas só. Ofensivamente continuava nulo em campo.
A primeira boa chance do OL na etapa final apareceu com Clément Grenier, aos 23’. Ele cobrou falta do meio da rua. A bola fez muita curva antes de chegar até o gol, e Agassa precisou se esticar todo para evitar o gol de empate. Um belo chute do meia do Lyon, que pouco depois do lance foi substituído de maneira incoerente por Rémi Garde, que colocou Mvuemba em seu lugar. Enquanto isso, o Reims também mexia. Courtet dava lugar a Fauvergue.
A alteração fez com que o OL perdesse toda a criatividade que tinha no meio de campo. O Lyon não tinha mais saída de bola. Com três volantes em campo, o time não conseguia mais fazer a ligação entre o setor defensivo e os homens de frente. Péssima opção de Rémi Garde ao tirar Clément Grenier de campo. Tentando arrumar a besteira que fez, colocou Ghezzal no lugar de Gomis. Será que surtiu algum efeito? Claro que não.
Antes do término da partida, Fournier ainda fez duas trocas: colocou Ca no lugar de Ramare e, posteriormente, entrou Ghilas no lugar de Glombard. Nada muito substancial. Foi mais para ganhar tempo mesmo, enquanto o Lyon tentava gostar do jogo nos últimos minutos de partida. Ainda antes do fim, o Reims teve um pênalti não marcado em jogada entre Dabo e Diego Rigonato. E ficou por isso mesmo. Reims venceu em casa por 1 a 0 e complicou de vez a situação do Lyon na competição.
Próximo adversário: Toulouse, dia 14/04, domingo próximo, às 12h de Brasília. Partida válida pela 32ª rodada da Ligue1. Até lá!
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