domingo, 2 de fevereiro de 2014

Com um a menos, Lyon sofre e perde fora de casa para o Rennes

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Expulsão de Samuel Umtiti, ainda no primeiro tempo, facilitou a vida dos donos da casa que não tiveram trabalho em impor seu ritmo de jogo




Vivendo uma fase extraordinária desde o último mês do ano passado, o Lyon entra em campo no segundo dia de fevereiro para tentar manter o ritmo alucinante e com um futebol bem apresentável que vem mostrando nos últimos jogos. Com o objetivo de encostar nas cabeças da tabela, o OL tinha em mãos a oportunidade de ultrapassar o Olympique de Marseille na tabela – que jogaria mais tarde – e assumir a 5ª colocação da Ligue1, encostando no rival Saint-Étienne e já fazendo sombra no Lille, o 3º colocado. O adversário do dia era o Rennes, clube bem estruturado mas que apresentou um futebol bem ruim desde o começo da temporada. Com as contratações do mercado de inverno, um novo espírito pode ter tomado conta do elenco e uma renovação poderia aparecer. O jogo de hoje poderia, até mesmo, ditar essa mudança.

Dentro de campo, o técnico Phillipe Montanier armou seu time no 4-3-3 sem medo de partir pra cima, até mesmo pra fazer valer o seu mando de campo. O Rennes, para esse jogo, apresentava duas novidades no time titular: os atacantes Ntep (jovem revelação vinda do Auxerre) e Ola Toivonen (ex-ídolo do PSV). Ainda no banco tinha mais um nome que dava as caras ao torcedor. O meia-atacante Kamil Grosicki, ex-Sivasspor e que constantemente é convocado para a Seleção Polonesa. Contratações à parte, em campo, o Rennes depositava muitas esperanças em seu meia Konradsen e na estrela do time: Romain Alessandrini. Abaixo, confira como ficou escalado o SRFC para a partida deste domingo:




O grande problema do Lyon para essa partida era a ausência de Yoann Gourcuff. O meia, que vinha fazendo belas exibições nas últimas partidas, sofreu uma fadiga na panturrilha na partida contra o Évian e acabou não tendo condições de jogo para o duelo de hoje. Mesmo com a ausência do meia, Rémi Garde não destruiu o  seu 4-4-2 que vinha funcionando muito bem e fez uma simples troca: optou por Steed Malbranque no lugar do camisa 8. Ainda sem poder contar com Dabo e Miguel Lopes, o jovem Mehdi Zeffane ganhava mais uma oportunidade na lateral direita. E cada dia mostrando mais personalidade. Na formação abaixo, você pode ver como o Lyon se armou para o duelo frente ao Rennes:




No começo da partida, os dois times pareciam se estudar. O Rennes, mesmo com uma postura teoricamente ofensiva, tinha dificuldades para ocupar o campo defensivo do Lyon, que se portava muito bem. O time de Rémi Garde jogava com paciência e apresentava um ótimo toque de bola, esperando o momento correto para agir e chegar ao gol defendido por Costil. O problema era o meio de campo ligeiramente tumultuado, que não permitia muitas jogadas de técnica e tempo de pensar a jogada com a bola no pé.


Se com a bola rolando a coisa tava ruim, os lances de bola parada eram aqueles que tavam a tônica para o jogo. Clément Grenier, em duas oportunidades, conseguiu assustar de leve a defesa adversária. Primeiro com um chute frontal e depois com um cruzado. Mas nenhum com perigo efetivo. O Rennes, por sua vez, quando teve sua primeira oportunidade em bola parada, marcou o primeiro gol do jogo. Aos 22’, Cédric Hountondji aproveitou o cruzamento de escanteio e, com um desvio sutil, desarmou a defesa do Lyon. 1 a 0 no placar do Stade de la Route de Lorient.

Após sofrer o gol, o Lyon tentava buscar mais o jogo. Mas por ter a desvantagem no placar, o time se mostrava afoito muitas vezes que subia para o ataque. A defesa do Rennes, fechadinha, também dificultava muito as subidas, principalmente dos laterais do Lyon, que pouco fizeram algo no primeiro tempo. Para buscar um pouco mais o jogo, Gomis saia demais da área, como um falso nove, para tentar abrir espaço da penetração dos colegas e, ainda assim, não funcionava muito bem.


Faltando um pouco mais de cinco minutos para o fim do primeiro tempo, Umtiti, ao dividir bola com Alessandrini, foi completamente imprudente na entrada e deixou a sola na coxa do atacante adversário. Sem pestanejar, o árbitro Philippe Kalt mandou o zagueiro do Lyon para o vestiário mais cedo. Com a expulsão, os ânimos ficaram exaltados. Muita discussão, reclamação e... Bisevac dando uma cotovelada em Ola Toivonen. Essa, a arbitragem não viu e somente o amarelo foi mostrado para o sérvio.

Para a segunda etapa, os dois times vieram com alterações. Montanier colocou Steven Moreira no lugar de Romain Danzé e Rémi Garde, para recompor seu setor defensivo, tirou Steed Malbranque e colocou o burquinabê Bakary Koné. O OL perdia criação no meio de campo e se recompunha defensivamente. O SRFC trocou “seis por meia dúzia”, mas reoxigenou o seu lado direito do campo.


Antes dos 20’ da etapa final, o Rennes mexia novamente. Saia Paul-Georges Ntep, que fez uma partida brilhante e o estreante Kamil Grosicki adentrava ao gramado. Era mais uma troca sem efeito tático, apenas para dar um novo ânimo ao setor, agora na parte ofensiva do time do Rennes, que com um jogador a mais dentro de campo, ditava o rumo da partida e parecia cada vez mais perto do segundo gol.

E isso aconteceu! Aos 21’ do segundo tempo, Grosicki recebeu bola após cobrança de lateral, avançou sem marcação e achou Doucouré pela direita. O volante teve tempo para ver o deslocamento do sueco Ola Toivonen, que recebeu na entrada da área e antes de Bisevac e Zeffane chegara para tentar apartar o chute, ele finalizou no canto esquerdo de Anthony Lopes, que não conseguiu evitar o segundo gol. Rennes 2 a 0.


Após o segundo gol sofrido, Rémi Garde fez a sua segunda alteração. Ele tirou Bafé Gomis, que não fez uma boa exibição, e colocou o Jimmy Briand. Definitivamente, jogar com um centroavante não tava dando certo. A correta postura do setor defensivo do Rennes simplesmente anulou a atuação do camisa 18 do OL, que até tentou, mas não teve eficiência alguma na partida de hoje.

Aos 28’, do segundo tempo, foi a vez do Rennes fazer sua última troca: Foued Kadir entrou no lugar de Romain Alessandrini. Depois, por fim, Lacazette saiu e entrou Gaël Danic, pelo OL.


Mesmo com todas as alterações efetuadas, o panorama da partida se manteve: o Lyon detinha mais posse de bola, conseguia até chegar, mas não tinha forças para passar da zaga fechada do time do Rennes, muito bem montada pelo treinador Philippe Montanier. Os donos da casa que, por sua vez, se soltaram mais depois da expulsão de Umtiti, que foi fundamental para desenrolar da partida e para a conquista da vitória no Stade de la Route de Lorient.

Próximo adversário: Lyon x Troyes pela semifinal da Copa da Liga, quarta-feira, 05/02, às 17h55, horário de Brasília. Até lá!

FOTOS: olweb.fr / FranceFootball

GOLS DA PARTIDA:


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