domingo, 4 de maio de 2014

Lyon não suporta força do Marseille e sofre quatro gols

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Destaque da partida, André-Pierre Gignac, ainda marcou um golaço de placa



Com poucos jogos para o fim da temporada do futebol francês, Lyon e Marseille se defrontavam no Stade Vélodrome em mais uma edição do “Choc des Olympiques”. Em jogo, somente um objetivo: a última vaga para a Liga Europa. Com o PSG levando a Copa da Liga Francesa e a Ligue1, uma das vagas europeias vai acabar ficando para o 5º colocado, posição em que os dois times estão disputando ponto a ponto até o fim da competição. Para o OM, somente uma vitória importava. Para o OL, um empate seria saudável, mas com a vitória do Saint-Étienne na rodada, garantir os três pontos contra o Marseille seria bastante importante para o Lyon.

Quase já sem pretensões na temporada e precisando de um semi-milagre para conseguir essa vaga para a Liga Europa, o técnico interino José Anigo tinha em mãos um ótimo elenco para enfrentar o OL nesse domingo. Sem poder contar com o brasileiro Lucas Mendes, o volante Lemina e o atacante Khalifa, o Marseille, ainda assim, tinha um grande time para entrar em campo nessa 36ª rodada. Os destaques do elenco ficam, definitivamente, no setor ofensivo. O quarteto formado por Payet, Ayew, Thauvin e Gignac colocam medo em qualquer elenco do mundo e, contra o Lyon, não poderia ser diferente. E ainda tinha uma das estrelas da Seleção Francesa no banco de reservas: Mathieu Valbuena. Na imagem abaixo, você pode conferir como ficou armado o OM para o jogo de hoje:




Pelo lado do Lyon, a única grande novidade para a partida ficava no banco de reservas. Depois de quase dois meses ausentes, somando lesão, doença e suspensão, Clément Grenier estava novamente disponível para o treinador Rémi Garde. O meia ainda sonha com uma convocação para a Copa do Mundo e precisa mostrar trabalho nessas últimas rodadas. Enquanto isso, no time titular, o jovem Nabil Fekir ganhava mais uma oportunidade entre os titulares. O jovem de 20 anos vem ganhando chances ultimamente e vem mostrando um bom trabalho. As ausências do OL ficavam por conta de Koné (suspenso) e as lesões de Miguel Lopes, Fofana e o sempre machucado Yoann Gourcuff. Segue abaixo a imagem da formação dos 11 iniciais do OL para o confronto:




Com um Vélodrome cheio, mas não muito lotado, o Lyon tinha uma novidade para apresentar na partida de hoje: o seu 3º uniforme para a próxima temporada. Um azul escuro, quase tendendo ao verde, simples e básico. Uma belíssima camisa que iremos apresentar de maneira oficial no nosso blog ainda essa semana. Dentro de campo, nenhuma grande novidade. O time apresentando um jogo burocrático já querendo visar aquele empate que já estaria de bom tamanho.


Sempre quando o Lyon atua desta maneira, ele paga pelas consequências. E o castigo, desta vez, apareceu de maneira rápida. Aos 14’ do primeiro tempo, em lance de bola parada, Dimitri Payet, quase da marca do meio de campo, lançou pra área. A bola chegou a quicar uma vez antes de chegar na área. Por lá, Diawara, sem qualquer marcação, desviou de cabeça e empurrou pro fundos das redes, tirando do alcance de Anthony Lopes.

Poucos minutos depois, o Olympique de Marseille poderia ter a chance de dobrar o placar. Em jogada de ataque, enquanto o time trocava passes na entrada da área, Henri Bedimo derrubou Payet sem bola e fora do lance. A arbitragem não chegou a ver o lance, mas teria sido pênalti claríssimo. O lateral do Lyon deu uma trombada violenta no meia marselhês, que ficou sentindo dores nas costas por muito tempo no gramado.


Se o lance de pênalti não dado acabou não mostrando o segundo gol dos donos da casa, o time comandado por Anigo apareceria balançando as redes pouco tempo depois, aos 26’. Após bela troca de passes na região intermediária do campo, começando pelos pés de Thauvin, a bola chegou do lado esquerdo para Morel, que levantou na área e a acabou achando a cabeça do próprio Thauvin, que não teve dificuldades para subir e marcar o segundo: 2 a 0!

A resposta do Lyon apareceria poucos minutos depois. Seria a primeira aparição do OL no primeiro tempo. Em jogada construída pelo lado direito, Gomis recebeu bola alçada na área e, mesmo sob pressão do zagueiro, conseguiu subir bem e, com um toquinho, fez a bola acertar o travessão. Contudo, a arbitragem já havia paralisado o lance e marcado impedimento do centroavante do Lyon.


No final do primeiro tempo, o OL parecia querer buscar mais o jogo e, aos poucos, começava a chegar na defesa do OM. Incomodando aqui, apertando ali, o Lyon vinha encontrando seus espaços. Penetrar na defesa adversária tava difícil. Então, Mvuemba achou outra forma de balançar as redes. Pelo lado esquerdo do campo, ele tabelou com Henri Bedimo, recebeu de volta e avançou na intermediária. E, dali mesmo, ele mandou um chutaço, no ângulo. Mandanda até encostou nela, mas não alcançou. 2 a 1!

Ainda antes do intervalo, o Marseille quase ampliou o marcador. Se não fosse a defesa providencial de Anthony Lopes, o Lyon sofreria o seu terceiro gol. Em mais uma jogada de bola alçada na área, dessa vez foi Dimitri Payet quem aproveitou o lance. Ele viu a bola chegando e bateu de primeira. O goleiro português do OL só tinha uma alternativa: defender com os pés. E foi assim que fez, salvando o seu time de sofrer mais um tento.


Na volta do intervalo, o Marseille voltou a fazer valer a sua superioridade na partida. Logo aos 3’ da etapa final, André-Pierre Gignac recebeu em contra-ataque. Na hora de entrar na área, deixou Umtiti no chão, depois fez o mesmo com Bisevac e na hora de finalizar parou em Anthony Lopes. O goleiro deu rebote e, na sequência, ele não desperdiçou: 3 a 1. Um verdadeiro golaço no Vélodrome.

E não ia parar por aí. Poucos minutos depois de sofrer o terceiro gol, Gignac receberia em condições ótimas de marcar mais um. Estava frente a frente com o Lopes e demorou para finalizar. Gonalons chegou rápido e cortou o perigo. Mas o quarto gol apareceu logo logo. Ayew recebeu sozinho entrando na área, Lopes defendeu. No rebote, Thauvin chutou e Lopes apareceu novamente. Mas no segundo rebote, Gignac estava do lado da bola para empurrar pro fundo das redes, marcando pela segunda vez na partida: 4 a 1!


Após o quarto gol sofrido, Rémi Garde fez uma alteração. Colocou em campo Jimmy Briand no lugar de Nabil Fekir. Era a primeira troca da partida. Pouco tempo depois, tirou o zagueiro Bisevac e colocou Grenier. Gonalons ia pra zaga e o Lyon atuava no 4-2-3-1. Bisevac, nitidamente insatisfeito com a troca, ou com o resultado do jogo, pegou seu casaco e foi direto para o vestiário. Não quis saber de ficar no banco.

Já quase chegando nos últimos dez minutos de partida, o Marseille fez duas alteração. Primeiramente, saiu Thauvin para a entrada de Mathieu Valbuena. Posteriormente, foi a vez de Payet deixar o campo para a entrada de Rod Fanni. Neste momento, José Anigo reforçava ainda mais o seu setor defensivo, que agora tinha mais marcadores contra o ímpeto (in)ofensivo do Lyon.


Aos 37’ do segundo tempo, o Lyon ainda conseguiu marcar mais um. Em uma jogada criada por Jimmy Briand, ele achou Gomis de costas. O centroavante do Lyon girou sobre a marcação somente com um drible de corpo e, agora, de frente pro gol, bateu rasteiro e tirou todas as chances de Mandanda efetuar qualquer defesa. O Lyon diminuía a vantagem do Marseille na partida: 4 a 2!

No finalzinho, o Marseille ainda fez sua última alteração, colocando Imbula no lugar de Diawara, mas não havia mais tempo para mudanças no panorama do jogo. Fim de jogo e superioridade massiva do OM na partida. Agora o Lyon concentra suas forças para enfrentar o Lorient, no Gerland, no próximo sábado, pela 37ª rodada da Ligue1, às 16h. Até lá!

FOTOS: olweb.fr


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