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Lorient se aproveitou da superioridade numérica e fez o básico: venceu pelo placar mínimo. Lyon agora decide vaga na última rodada, fora de casa
Com a rodada da Ligue1 acontecendo inteiramente no mesmo dia e horário, o Lyon era um dos poucos clubes que tinha, ainda, alguma ambição na partida de hoje. O clube luta para assegurar a 5ª colocação na tabela (ou até para passar o Saint-Étienne e assumir o 4º lugar) para garantir uma vaga na próxima edição da Liga Europa. Normalmente, o 5º colocado não se classifica para nada, na França. Contudo, o PSG conquistou a Copa da Liga Francesa e a Ligue1, e acabou “doando” uma vaga para o próximo colocado no Campeonato Francês que, no caso, é o 5º. Para que OL fique com a vaga, bastava uma vitória hoje e um empate do Marseille.
Rémi Garde tinha importantes retornos para a partida de hoje. Na semana passada, Grenier já havia voltado de lesão e entrou no segundo tempo. Para o jogo de hoje, era Gourcuff quem estava disponível para o confronto contra o time de seu pai, Christian Gourcuff. Contudo, o treinador do OL preferiu começar com as duas estrelas no banco de reservas, dando a oportunidade para Malbranque, mais uma vez, integrar o time titular. Com a ausência de Bisevac, Koné assumia a vaga na defesa. Tolisso, suspenso, dava lugar a Mouhamadou Dabo. Abaixo, você pode ver como ficou o time titular:
Sem quaisquer pretensões nessa reta final da competição (como sempre), o Lorient entrou em campo tendo vários desfalques no time: Baca, Ecuele Manga, Lamine Koné, Jouffre, Diallo, Sunu e Aboubakar. Todos eles são titulares de maneira recorrente no elenco de Gourcuff pai, e hoje estavam indisponíveis para enfrentar o OL. Mas, ainda assim, o time do Lorient era perigoso. Principalmente se tratando de seus homens de frente. Alain Traoré é muito técnico e Aliadière foi um dos grandes destaques da última temporada na Ligue1, chegando, inclusive, a ser cogitado a ser contratado pelo próprio Lyon. Na formação abaixo, você pode ver como ficou escalado o Lorient para o jogo de hoje:
Com a bola rolando, o Lyon tentava imprimir um estilo de jogo que, habitualmente não está acostumado a fazer: valorizar a posse de bola em excesso. Algo que, costumeiramente, vimos em times como Barcelona e Bayern de Munique, o OL tentava apresentar nos primeiros minutos contra o FCL. Obviamente, dentro das devidas proporções. A posse de bola era o principal artifício que o Lyon tinha para fazer a bola avançar no campo de jogo.
A primeira grande oportunidade de gol saiu através de boa troca de passes. E foi Gomis quem arquitetou o momento derradeiro do lance. Ele recebeu, tabelou com Malbranque e recebeu em ótimas condições de marcar. No momento de finalizar, acabou mandando pra fora. Contudo, a arbitragem já havia marcado lance de impedimento do centroavante do OL.
Quando o Lorient já tinha entrado na rodinha armada pelos donos da casa, um lance mexeu com o panorama do jogo logo aos 13’. Pelé conseguiu se desvencilhar da defesa dos Gones e avançou com perigo. Dabo conseguiu alcança-lo e acabou derrubando o meia do Lorient. Não era nem para ser marcado falta. Mas Antony Galtier, o árbitro da partida, acabou marcando falta e expulsando precocemente o lateral do Lyon.
Com a defesa desfalcada e aberta, o Lyon acaba com aquele joguinho de valorizar a posse de bola e, consequentemente, dava mais espaços ao Lorient. Aliadière, o principal homem do setor ofensivo do time visitante, começava a encontrar espaços de maneira bem mais fácil e, antes mesmo dos 20’ de jogo, forçou boas defesas do goleiro português, Anthony Lopes.
Por ter mais jogadores dentro de campo, o Lorient até conseguia controlar a partida após a expulsão de Dabo. Sobretudo pelo lado esquerdo do campo, local onde estava o lateral e que virou o buraco a ser explorado. Mesmo tendo a batuta do jogo, o Lorient imprimia um ritmo um pouco lento. Chegava a incomodar a defesa do OL, mas não tinha uma superioridade tão impressionante. Jogando com uma postura correta, o time de Garde até conseguia se virar bem com 10 em campo.
Perto do fim do primeiro tempo, o Lyon conseguiria chegar ao ataque, de maneira correta e com qualidade. O lance de perigo surgiu após boa troca de passes dos jogadores de frente. A inversão de jogo de Gonalons achou Bedimo entrando sozinho pela esquerda. O lateral camaronês achou Lacazette na primeira trave, que completou de primeira e forçou uma grande defesa do goleiro Chaigneau.
No segundo tempo, o Lyon voltou com uma alteração. Malbranque, que havia sofrido uma forte entrada no primeiro minuto de jogo, decidiu deixar o campo e deu lugar a Clément Grenier. Uma mudança que não mudaria muito o padrão de jogo que o time de Rémi Garde vinha implementando. De todo modo, o Lyon sofreria um duro golpe, antes mesmo dos 10’ da etapa final.
Bryan Pelé – o mesmo que forçou a expulsão em cima de Dabo – recebeu bola em profundidade, sozinho. Ele avançou com muito espaço. Sem a marcação encostar, ele se aproximou da área e aguardou a chegada de um companheiro de equipe. Quando Doukouré se apresentou, ele recebeu o passe e finalizou. Dessa vez, Anto Lopes não tinha condições de salvar o Lyon. Placar aberto no Gerland!
Pouco tempo após o gol, o Lyon voltava a se lançar no ataque, na tentativa de, ao menos, buscar um empate. Rémi Garde fez sua segunda alteração, colocando Jimmy Briand no lugar de Bafé Gomis. O time perdeu a referência na frente, mas ganhou velocidade. Conseguia surpreender um pouco mais o Lorient e dar conta, depois, de voltar para marcar, acompanhando o contra-ataque adversário. Por fim, Garde ainda colocou Gourcuff no lugar de Mvuemba, se lançando ainda mais ao ataque.
O Lyon até tentou, no finalzinho, alguns lances de ataque. Mas com Lacazette pouco inspirado, Briand e sua má qualidade técnica e Gourcuff e Grenier voltando de lesão, o poder de fogo ficou baixo e Chaigneau quase não foi acionado no segundo tempo. Vontade não faltou. Talvez, sem a injusta expulsão de Dabo, o time teria um comportamento diferente e menos expansível na partida de hoje.
No finalzinho, o OL quase conseguiu o gol de empate após uma bela jogada de Gourcuff pela esquerda. Ele recebeu, dominou, passou do marcador e cruzou na área. A bola passou por Grenier, mas não por Briand. O atacante do Lyon conseguiu cabecear com força... Muita força. Mas a bola ficou nas mãos de Chaigneau, que pouco trabalhou na partida, mas foi bastante eficaz quando foi necessário.
Nos últimos minutos, o OL se lançou por completo ao ataque, ignorando a inferioridade numérica. Precisava de somar pontos e, perdendo de um, ou de dois, naquele momento, pouco importava. A estratégia era arriscar tudo em busca de, ao menos, um ponto em um empate hipoteticamente heroico. Contudo, nem mesmo os quatro minutos de acréscimos foram o suficiente para os comandados de Garde balançar as redes do adversário ao menos uma vez.
Quase no último lance do jogo, Ferri se envolveu em confusão com Monnet-Paquet e ambos foram para o chuveiro mais cedo. Nada que alterasse o panorama já definido do jogo. Agora, o Lyon se concentra na última partida da temporada. O adversário será o Nice, do ex-técnico do OL, Claude Puel. Para se classificar, o Lyon precisa manter a vantagem de um ponto sobre o Marseille (que empatou nessa rodada). Portanto, uma vitória já garante o time na próxima fase da Liga Europa sem depender o resultado do OM. O jogo contra o Nice – assim como todos os outros da 38ª rodada – será às 16h de Brasília do próximo sábado. Até lá!
FOTOS: olweb.fr
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