sábado, 19 de maio de 2018

Lyon vence o Nice no sufoco e na virada e está de volta à Liga dos Campeões

Filipe Frossard Papini
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Hat-trick de Memphis Depay foi de fundamental importância para o Lyon terminar a Ligue 1 em 3º lugar




A última rodada da Ligue 1 reuniu todos os jogos de forma simultânea. O título já estava definido e nas mãos do PSG. Mas muitas outras coisas ainda estavam em jogo, como a zona de rebaixamento e também a parte de cima da tabela – esta última, inclusive, era a que interessava ao OL. O time começava a rodada na terceira colocação, posição limite para garantir vaga na próxima edição da Liga dos Campeões. No entanto, das duas vagas ainda em aberto, o Lyon disputava elas com Monaco e Marseille. Isso significava que só a vitória interessava, mas o OL tinha um adversário duríssimo pela frente: o Nice de Balotelli e Lucien Favre.

Para tentar segurar a pressão do time visitante, o Lyon propôs um jogo na mesma formação que vem utilizando recentemente, o 4-4-2. Mesmo com o retorno do atacante Mariano Díaz, Bruno Génésio optou por deixar ele escalado no banco de reservas, com o ataque ficando formado por Bertrand Traoré e Memphis Depay, com Fekir encostando um pouco mais por trás. Outra novidade no time do OL era o retorno do brasileiro Marcelo. O zagueiro estava suspenso na derrota para o Strasbourg e agora retorna a sua posição. Veja na imagem abaixo o Lyon escalado:




Já Lucien Favre optou pelo 4-4-3. O treinador suíço também tinha desfalques importantes. Dois, para ser mais preciso. Não jogava o experiente lateral, ex-Lyon, Christophe Jallet, assim com o jovem meia Lees Melou, que vinha em ótima temporada no novo clube, depois de ser destaque no Dijon até a temporada passada. Com isso, as forças do Nice ficavam, definitivamente, no seu meio de campo supercompacto, com Temèze, Cyrprien e Seri. E seu ataque veloz, com Pléa e Saint-Maximin, além de Super Mário Balotelli no comando da área. Confira abaixo como ficou escalado o time:




Com bola rolando, o Lyon parecia encarar o jogo como uma final, como já dissera Bruno Génésio na coletiva de ontem. Fekir e Memphis Depay muito bem no início, com o capitão, inclusive, criando uma ótima oportunidade logo aos dez minutos de jogo, quando quase acertou o gol de Benítez. Poucos minutos depois, Tousart também tentou arriscar no meio da rua e também passou perto.

O Nice parecia acuado. Via o Lyon jogar e quase não tinha ações ofensivas. Mas o time de Lucien Favre precisou de apenas uma única oportunidade para incendiar o jogo e abrir o placar, aos 18. A lei do ex aconteceu quando Alassane Pléa se deslocou em alta velocidade e recebeu uma esplendorosa assistência de Mario Balotelli. O italiano achou o ex-atacante do Lyon, que avançou sem sequer sentir Morel na sua cola e tocou na saída de Gorgelin. Marcou sem comemorar. 1 a 0!

Sem se abater com o gol sofrido, o Lyon continuava se lançando ao ataque. Era quase um jogo de defesa Vs. Ataque, com o único e grave problema do Nice ter dois jogadores extremamente velozes, Pléa e St-Maximin, que estavam sempre na espreita para puxarem contra-golpes. Em uma dessas tentativas de empate, o Lyon acertou uma boa finalização com Aouar, cabeceando no cantinho e Benítez fazendo boa intervenção, aos 22’.

Aos 31’ de jogo, o Lyon conseguiu mais uma boa finalização e só não virou chute ao gol por detalhe. Tudo começou com uma ótima jogada de Ferland Mendy pela esquerda. Ele achou Traoré na ára – que até então estava muito apagado no jogo. O burkinabé até conseguiu se antecipar ao defensor, mas a finalização saiu de qualquer jeito, meio aos trancos e barrancos e não assustou Benítez.

As tentativas do Lyon para mudar o cenário começavam a parecer insuficientes. Ainda mais que do outro lado do país, Monaco vencia, assim como o Marseille. Isso significa que o OL dependia apenas dele mesmo para mudar o próprio cenário de classificação, e isso não parecia nem perto de ocorrer. Perto do fim do primeiro tempo, o Nice já equilibrava um pouco mais o jogo e isso deixava o Lyon muito nervoso em campo.

Ao menos nessa primeira metade do jogo, havia um nome que queria e encarava o jogo com uma verdadeira decisão: Nabil Fekir. Ele fazia uma de suas melhores partidas e, do meio pra frente, sempre aparecia com perigo, seja pelo centro ou pelos lados. Mas ele parecia isolado, com poucas opções, e acabava jogando um pouco de forma individual, demonstrando até o nítido nervosíssimo do jovem time do OL.

No segundo tempo, o Lyon veio com uma mudança logo de cara. Entrava Mariano Díaz no lugar de Tanguy Ndombélé. E o resultado disso já era uma pressão do OL nos primeiros minutos. Primeiro, Aouar bateu de fora da área e forçou excelente intervenção de Benítez, que mandou para escanteio. Na cobrança, Mariano Díaz apareceu no segundo pau sozinho, mas cabeceou pra fora.

No lance seguinte, portanto, o Lyon não perdoou. Em ótima jogada de Fekir, ele dominou na área, prendeu, segurou até abrir espeço e foi para o fundo fazer o cruzamento. Na assistência rasteira, ele acabou encontrando Memphis Depay para apenas colocar o pé e empurrar para as redes, colocando a igualdade no placar. O placar, no entanto, ainda era insuficiente para a vaga. Precisava de mais! 1 a 1!

Aos 16’ de jogo, o Nice poderia ter acabado com o sonho do Lyon. Tudo isso por causa de um chute que Pléa aarriscou de fora da área e rebateu na defesa. Neste rebote, a bola acabou sobrando para Balotelli, sozinho, dentro da área. Em uma oportunidade melhor que um pênalti, ele foi bastante afobado e mandou na lua. O próprio jogador ficou lamentando a chance inacreditavelmente perdida.

Se a lei do ex é um a entidade máxima do futebol, “quem não faz, leva” também é outra. E foi exatamente isso que aconteceu. O OL teve uma ótima oportunidade de falta e Memphis Depay se colocou a disposição para cobrar. Ao melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, ele bateu por debaixo da barreira, forte e rasteiro, e virou o jogo no Groupama Stadium. Agora, o Lyon estava na frente e se classificando: 2 a 1!

Após sofrer o revés, Favre mexeu duas vezes. Primeiro, colocou Le Bihan, tirando o volante Tamèze. Minutos depois, o jovem Srarfi era quem substituía Saint-Maximin. O Lyon aproveitou para mexer pela segunda vez também. Com Rafael mancando, Fernando Marçal entrou improvisado na direita. Enquanto isso, o Nice ia voltando a gostar do jogo e, a cada minuto, parecia perto do gol de empate, empurrando o OL pro seu campo de defesa.

Antes mesmo dos 40’ da etapa final, o Lyon queimou sua última alteração, com Ferri no lugar de Fekir. O capitão deixou o campo exausto e aplaudido de pé por toda a torcida do estádio (seria uma despedida?). E tudo ainda iria acontecer nos minutos finais. Memphis Depay marcou seu hat-trick, de cavadinha no goleiro após ótima assistência de Traoré. Quando parecia tudo consolidado, Pléa ainda diminuiu a vantagem e o Nice pressionou até o fim, mas não conseguiu o empate, nem com quatro minutos de acréscimos.

Enfim acaba a temporada para o Lyon. Agora, descanso para os jogadores que não devem atuar na Copa do Mundo, enquanto começam os bombardeios de especulações no mercado de transferências. OL com vaga assegurada na Liga dos Campeões deve, naturalmente, segurar algumas peças e contratar outras. A tendência é que o time fique ligeiramente melhor do que este atual. É o que veremos? Fique de olho no nosso blog e, principalmente, no nosso Twitter. Até lá!

Qui ne saute pas n'est pas Lyonnais!!!...

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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