domingo, 6 de maio de 2018

Lyon vence a oitava seguida na Ligue 1 e se consolida na segunda colocação

Filipe Frossard Papini
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Troyes praticamente não deu trabalho no Groupama Stadium, em manhã inspirada de Bertrand Traoré




Desde a sua eliminação na Liga Europa, o Lyon conseguiu superar os seus demônios internos e, desde então, venceu todas na Ligue 1. Entrava em campo com sete vitórias consecutivas e, na bagagem, uma vice colocação na competição, já tendo Monaco e Olympique de Marseille ultrapassados. Ainda assim, a situação não era das mais cômodas. Se quisesse continuar naquela posição, teria que continuar vencendo e, provavelmente, fazer isso até o fim da temporada. Diante do Troyes, continuava sendo obrigação. E o time visitante também queria isso, já que precisava sair da zona de play-offs do rebaixamento da Ligue 1.

Nesta missão de buscar vitórias até o fim, o OL perdeu um grande aliado, que não joga mais nesta temporada: o goleiro e vice-capitão, Anthony Lopes. Suspenso pelos próximos três jogos, contra o Troyes ele cumpria sua primeira. Dessa forma, quem acabou aproveitando a oportunidade foi o goleiro reserva, Mathieu Gorgelin. Além dele, o OL decidiu dar oportunidade para o 5º goleiro do elenco para ficar no banco. O jovem suíço Anthony Racioppi foi preferido na frente de Dorian Grange e Lucas Mocio na sequência e acabou sendo relacionado. Além do problema no gol, o OL também não contava, hoje, com Maolida. Veja como ficou:




Pelo lado do Troyes, o treinador Jean-Louis Garcia tinha apenas um desfalque: Stéphane Darbion. O volante, com um problema de tendinite no tendão de Aquiles, não teve condições de viajar para Lyon e se manteve em tratamento. A boa notícia para o treinador é que ele tinha de volta o lateral Mathieu Deplagne, mas que não começou jogando entre os titulares. Outros dois que vem se destacando no time e que não começaram entre os onze iniciais foram o experiente meia Benjamin Nivet e o bom atacante sul-coreano Hyun-Jun Suk, ambos eram opções no banco de reservas. Na imagem abaixo você pode conferir como ficou escalado o time do Troyes:




Com muito sol no gramado e nas arquibancadas do Groupama Stadium, a torcida não preenchia 100% do estádio e era nítido ver lacunas nas cadeiras, ainda assim, o torcedor empurrava o time na missão de vencer todos os jogos até o fim. Mas o OL não correspondia a altura. Na primeira metade da etapa inicial, o OL não conseguiu criar qualquer oportunidade real de gol e isso deixou o jogo muito morno.

Em contrapartida, o ESTAC também estava acuado, pensando prioritariamente em defender e tinha poucas alternativas para se lançar ao ataque. Nem mesmo conseguia criar lances de contra-golpe, o que acabava também contribuindo para a má qualidade do espetáculo. A sensação que dava a quem assistia é que o jogo não saia do meio de campo. Os goleiros, praticamente, não tiveram trabalho.

Ainda assim, se fosse para apontar quem era melhor no jogo, definitivamente, era o Lyon. Memphis Depay estava inspirado e parecia que precisava apenas de uma pequena oportunidade para querer incomodar. Ele era a válvula de escape do OL na busca pelos lances ofensivos. Por azar dele, Fekir e Traoré, seus companheiros de ataque, não pareciam estar em um dia inspirado e isso era o grande dificultador da estratégia do grupo em ser ofensivo e incomodar o adversário.

Depois da parada técnica para hidratação, tudo mudou. O Lyon tomou uma chacoalhada de Bruno Génésio ali mesmo na lateral do campo e voltou com outra postura, principalmente Bertrand Traoré. O jogador, inclusive, abriria o placar logo em seguida, quando em cruzamento de escanteio, Aouar completou em chute mascado e o burkinabé desviou de calcanhar já dentro da pequena área: 1 a 0!

Apenas sete minutos depois, o mesmo Traoré seria o responsável por colocar mais um tento no placar. Ele completou cruzamento de Mendy, com bola, desta vez, vindo da esquerda. Ele não teve qualquer dificuldade entre os zagueiros na área e, de cabeça, empurrou para as redes. 2 a 0! O que estava difícil de acontecer nos primeiros 25’, agora, tinha ar de algo bem mais simples. OL era o dono do jogo.

Com a boa vantagem no placar, o Lyon, a partir dali até o fim do primeiro tempo, praticamente só teve o trabalho de controlar o jogo. Ainda assim, em dois momentos, o Troyes conseguiu chegar com perigo. Primeiro em cobrança de falta de bola cruzada que Gorgelin afastou bem para escanteio. Depois, em jogada de Grandsir pela direita e um peixinho de Azamoum que passou ao lado do gol e com muito perigo. Fora isso, o ESTAC não fez mais nada na primeira parte.

Na volta do segundo tempo, o Troyes apareceu com sua primeira troca. Entrou Benjamin Nivet e saiu Bellugou. A alteração mudou sutilmente a forma como o time visitante jogava. No meio de campo, acabou ganhando mais mobilidade e chegada. Já era um Troyes melhor do que aquele que se mostrou no primeiro tempo. Pouco tempo depois, uma outra alteração aconteceu, mas sem mudar a formação tática: Ben Saada no lugar de Bryan Pelé.

Enquanto o Troyes melhorou na segunda etapa, o Lyon só se preocupava em “viver”. Praticamente só rodava a bola no campo de ataque e não macetava. E tinha um agravante da individualidade. Todo mundo que recebia a bola em boas condições, perto da entrada da área, acabava querendo arriscar dali mesmo e o resultado, quase sempre, era desastroso. Se trabalhasse um pouco mais a bola, poderia ser goleada.

Memphis Depay, aquele que melhor começou a partida, seguia o restante dela bem apagado. Ele era um daqueles que praticamente queria fazer tudo sozinho, ao ver que o jogo se encaminhava para o fim e ele não tinha marcado ainda. Antes mesmo dos 30’ de etapa final, nessa de querer arriscar de fora da área, acabou acertando uma boa finalização, com ótima intervenção do goleiro Zelazny, antes do ESTAC mexer pela última vez, entrando Suk no lugar de Niane.

A melhor chance do time visitante foi aos 31’, quando Azamoum cobrou falta e acertou o ângulo. Mas lá estava Mathieu Gorgelin, provando que pode, sim, substituir Anthony Lopes, para fazer uma defesaça de mão trocada. Um belo lance! Após isso, o OL trocou duas vezes. Entrou Mariano Díaz e Maxwel Cornet para as saídas de Memphis Depay e Nabil Fekir, respectivamente. Sem Lopes em campo, a faixa de capitão de Fekir ficou com Tousart, 21 anos.

Apenas poucos minutos depois de fazer suas primeiras trocas no jogo, o OL já mexia pela última vez. Quem entrava era Jordan Ferri e saia Houssem Aouar, que ficou apagado neste jogo, apesar de participar ativamente da jogada do primeiro gol. Enquanto isso, o Troyes era melhor no jogo e chegava, principalmente, em lances de bolas paradas mas, ainda assim, faltava muita qualidade.

Antes ainda do fim do jogo, o Lyon conseguiu ampliar o placar, apesar de não merecer isso. Aos 43’ do segundo tempo, enquanto o Lyon tentava trocar passes no ataque, Cornet se deslocou nas costas da defesa, pelo lado esquerdo, e recebeu em ótimas condições de marcar. Mas na saída de Zelazny, ele acabou perdendo ângulo, mas finalizou mesmo assim e acertou. 3 a 0! O OL só teve a missão, dali em diante, e manter o controle do jogo até o fim.

Agora o Lyon se prepara para o seu penúltimo jogo na temporada, o último fora de casa. Vai encarar o Strasbourg, fora de casa, no Stade de la Meinau. A partida será no próximo sábado (12), às 15h do horário de Brasília. O confronto é válido pela 37ª rodada do Campeonato Francês. Até lá!

FOTOS: olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:

Lyon 1-0 (Traoré):

Lyon 2-0 (Traoré):

Lyon 3-0 (Cornet):


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