Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Remendo de Rémi Garde não suporta pressão do Montpellier e cai diante do vice-líder
O Lyon entrou em campo pela quarta vez no ano de 2012. Depois de vencer um amistoso contra o Bastia, passar fácil pelo Lyon-Duchère, e ganhar bem do Lille, os Gones não conseguiram suportar a força do Montpellier fora de casa.
Rémi Garde tinha 10 desfalques no seu time. Dentre os machucados: Vercoutre, Réveillère, Cissokho, Cris e Gomis. Suspensos estavam Lovren e Dabo. Convocados para a Copa Africana de Nações a dupla de Konés e Mensah também estavam inaptos para o jogo. E por último, Gourcuff teve um problema de lesão nos últimos instantes e não ficou nem no banco de reservas. Dessa forma, o treinador do Lyon tinha diversos problemas para montar seu time. Veja abaixo a formação totalmente diferente que o OL precisou adotar
Pelo lado do MHSC, o técnico René Girard tinha “apenas” três problemas. Nada se comparado aos empecilhos do rival da noite, mas não podia contar com Camara, Saihi e o principal nome do time no meio-campo: Younès Belhanda. Por outro lado, depois de 10 meses no estaleiro, o outro meia Karim Aït-Fana voltava de lesão e integrava o banco de reservas. Segue o time adotado pelo técnico Girard, jogando na mesma formação que o OL (4-2-3-1):
No primeiro tempo inteiro, o Montpellier mostrou quem mandava dentro de seu estádio. Colocou o Lyon na roda de maneira justa e correta. Não tinha muita cerimônia para avançar no seu campo de ataque e chegava bem, principalmente pelos lados do campo. Pelo lado esquerdo, Bedimo e Utaka tentavam a todo instante surpreender o improvisado Fofana, que até não decepcionou jogando fora da sua posição de origem.
O Lyon praticamente não assustava o goleiro Jourdren. Tinha raras oportunidades para serem criadas e forçava muito as jogadas oriundas de passes longos. Briand se revezava com Lisandro na função de centroavante e mesmo quando um buscava o jogo, o time não conseguia emplacar sequer uma jogada perigosa. Com uma péssima saída de bola, o time não conseguia fazer a ligação do campo de defesa até o meia de origem, que teoricamente seria Ederson.
Dessa forma, Gonalons (volante improvisado na zaga) carregava a bola até onde dava e dali arriscava um passe longo. Isso quando Michel Bastos não carregava a bola em jogada individual.
Ao menos no primeiro tempo, Grenier e Källström permaneciam apagados ofensivamente. Defensivamente não comprometiam, mas era nítido a dificuldade do Lyon em conseguir fazer um jogo decente, utilizando as peças que tinha a sua disposição.
Enquanto isso o Montpellier abusava das jogadas aéreas, sempre buscando Giroud, o centroavante da Seleção Francesa que estava na espreita para aproveitar a primeira boa oportunidade que aparecesse na sua frente. As jogadas de bola parada sempre eram comandadas por Dernis, que foi o melhor em campo ao lado do zagueiro Yanga-M’Biwa.
Na segunda etapa, o Lyon parecia que estava conformado com o placar em branco e um empate parecia ter um gosto especial devido as circunstâncias (time remendado e pressão dos donos da casa).
Teoricamente Rémi Garde não mudou sua postura. Voltou sem alterações no time e parece não ter orientado nenhum tipo de mudança tática. Os mesmos problemas do primeiro tempo apareciam. Com Lisandro isolado, a tarefa de Yanga-M’Biwa era simples: segurar apenas esse único homem de frente. O defensor do MHSC fez isso com maestria até o fim do jogo e saiu com méritos da partida.
O Montpellier percebeu que não poderia forçar a jogada apenas pelo lado esquerdo. Fofana fazia bem o papel por ali e Grenier também estava bem na marcação, mesmo não sendo o seu forte. Dessa forma, os donos da casa ainda permaneceram utilizando a mesma estratégia, de atacar pelos lados, mas agora também explorava o seu lado direito. Por ali, o Lyon deixava Kolodziejczak plantado. Nesse time todo bagunçado, por incrível que pareça, tinha alguém jogando em sua posição de origem. O jovem lateral é bom de bola. Integrou a Seleção Francesa sub20 no mundial da Colômbia como titular e precisava de uma chance para se firmar. Mas não conseguiu. Bocaly tentava todas as jogadas individuais pra cima dele e conseguia sempre alguma coisa.
Visualizando que poderia também explorar com certa facilidade esse lado direito, o Montpellier forçava mais o jogo e conseguiu abrir o placar aos 17’ do segundo tempo. A jogada começou em uma cobrança de falta lá no setor defensivo do MHSC. Na troca de passes, a bola chegou até Dernis que parou e pensou o jogo. Percebendo um buraco na defesa do Lyon, justamente naquele lado esquerdo, ele forçou o passe e achou Giroud. O atacante, que esperava essa boa oportunidade desde o primeiro tempo, conseguiu finalizar e contou também com a falha de Lloris. Montpellier na frente. 1 a 0.
Rémi Garde olhava para o seu banco e não via muitas opções. Com exceção do goleiro Valverde, todos os atletas que integravam os reservas eram atletas que vieram da base. Com a presença de três jogadores que jamais atuaram entre os profissionais (Youga, Zéffane e Ferri). Ele até tinha nomes como Pied e Lacazette e os utilizou, mas não são jogadores que ainda possuem o cacife para fazer diferença em uma partida como essa. Tampouco mudar o panorama que já estava apocalíptico.
O Montpellier já com a presença de Aït-Fana no time ainda ganhou mais consistência. Ao contrário de Utaka, esse sim, conseguia ganhar todos os lances em cima de Fofana. Portanto, o que antes era preocupação apenas em um lado, virou nos dois. Dessa forma, o Lyon não via outro jeito a não ser se recuar por inteiro e esperar uma oportunidade para sair em velocidade, sempre com Michel Bastos ou Lacazette.
O fato que foi crucial para o Lyon não conseguir um resultado satisfatório nessa partida foi não ter criado chances de gol. Contra o Lille, mesmo com um a menos, o OL conseguiu chegar pouco e foi certeiro. Ontem, contra o MHSC não houve sequer uma chance para tentar surpreender os torcedores presentes no La Mosson.
Vendo os concorrentes disparados na tabela, agora o Lyon precisa se preocupar com a turma que chega de baixo. Enquanto esses problemas no time principal persistirem, o Lyon precisa urgentemente buscar reforços.
Próxima partida: Domingo, dia 22, contra o Luçon. Partida válida pela Copa da França. O Lyon joga fora de casa, às 13h de Brasília.
Rémi Garde tinha 10 desfalques no seu time. Dentre os machucados: Vercoutre, Réveillère, Cissokho, Cris e Gomis. Suspensos estavam Lovren e Dabo. Convocados para a Copa Africana de Nações a dupla de Konés e Mensah também estavam inaptos para o jogo. E por último, Gourcuff teve um problema de lesão nos últimos instantes e não ficou nem no banco de reservas. Dessa forma, o treinador do Lyon tinha diversos problemas para montar seu time. Veja abaixo a formação totalmente diferente que o OL precisou adotar
Pelo lado do MHSC, o técnico René Girard tinha “apenas” três problemas. Nada se comparado aos empecilhos do rival da noite, mas não podia contar com Camara, Saihi e o principal nome do time no meio-campo: Younès Belhanda. Por outro lado, depois de 10 meses no estaleiro, o outro meia Karim Aït-Fana voltava de lesão e integrava o banco de reservas. Segue o time adotado pelo técnico Girard, jogando na mesma formação que o OL (4-2-3-1):
No primeiro tempo inteiro, o Montpellier mostrou quem mandava dentro de seu estádio. Colocou o Lyon na roda de maneira justa e correta. Não tinha muita cerimônia para avançar no seu campo de ataque e chegava bem, principalmente pelos lados do campo. Pelo lado esquerdo, Bedimo e Utaka tentavam a todo instante surpreender o improvisado Fofana, que até não decepcionou jogando fora da sua posição de origem.
O Lyon praticamente não assustava o goleiro Jourdren. Tinha raras oportunidades para serem criadas e forçava muito as jogadas oriundas de passes longos. Briand se revezava com Lisandro na função de centroavante e mesmo quando um buscava o jogo, o time não conseguia emplacar sequer uma jogada perigosa. Com uma péssima saída de bola, o time não conseguia fazer a ligação do campo de defesa até o meia de origem, que teoricamente seria Ederson.
Dessa forma, Gonalons (volante improvisado na zaga) carregava a bola até onde dava e dali arriscava um passe longo. Isso quando Michel Bastos não carregava a bola em jogada individual.
Ao menos no primeiro tempo, Grenier e Källström permaneciam apagados ofensivamente. Defensivamente não comprometiam, mas era nítido a dificuldade do Lyon em conseguir fazer um jogo decente, utilizando as peças que tinha a sua disposição.
Enquanto isso o Montpellier abusava das jogadas aéreas, sempre buscando Giroud, o centroavante da Seleção Francesa que estava na espreita para aproveitar a primeira boa oportunidade que aparecesse na sua frente. As jogadas de bola parada sempre eram comandadas por Dernis, que foi o melhor em campo ao lado do zagueiro Yanga-M’Biwa.
Na segunda etapa, o Lyon parecia que estava conformado com o placar em branco e um empate parecia ter um gosto especial devido as circunstâncias (time remendado e pressão dos donos da casa).
Teoricamente Rémi Garde não mudou sua postura. Voltou sem alterações no time e parece não ter orientado nenhum tipo de mudança tática. Os mesmos problemas do primeiro tempo apareciam. Com Lisandro isolado, a tarefa de Yanga-M’Biwa era simples: segurar apenas esse único homem de frente. O defensor do MHSC fez isso com maestria até o fim do jogo e saiu com méritos da partida.
O Montpellier percebeu que não poderia forçar a jogada apenas pelo lado esquerdo. Fofana fazia bem o papel por ali e Grenier também estava bem na marcação, mesmo não sendo o seu forte. Dessa forma, os donos da casa ainda permaneceram utilizando a mesma estratégia, de atacar pelos lados, mas agora também explorava o seu lado direito. Por ali, o Lyon deixava Kolodziejczak plantado. Nesse time todo bagunçado, por incrível que pareça, tinha alguém jogando em sua posição de origem. O jovem lateral é bom de bola. Integrou a Seleção Francesa sub20 no mundial da Colômbia como titular e precisava de uma chance para se firmar. Mas não conseguiu. Bocaly tentava todas as jogadas individuais pra cima dele e conseguia sempre alguma coisa.
Visualizando que poderia também explorar com certa facilidade esse lado direito, o Montpellier forçava mais o jogo e conseguiu abrir o placar aos 17’ do segundo tempo. A jogada começou em uma cobrança de falta lá no setor defensivo do MHSC. Na troca de passes, a bola chegou até Dernis que parou e pensou o jogo. Percebendo um buraco na defesa do Lyon, justamente naquele lado esquerdo, ele forçou o passe e achou Giroud. O atacante, que esperava essa boa oportunidade desde o primeiro tempo, conseguiu finalizar e contou também com a falha de Lloris. Montpellier na frente. 1 a 0.
Rémi Garde olhava para o seu banco e não via muitas opções. Com exceção do goleiro Valverde, todos os atletas que integravam os reservas eram atletas que vieram da base. Com a presença de três jogadores que jamais atuaram entre os profissionais (Youga, Zéffane e Ferri). Ele até tinha nomes como Pied e Lacazette e os utilizou, mas não são jogadores que ainda possuem o cacife para fazer diferença em uma partida como essa. Tampouco mudar o panorama que já estava apocalíptico.
O Montpellier já com a presença de Aït-Fana no time ainda ganhou mais consistência. Ao contrário de Utaka, esse sim, conseguia ganhar todos os lances em cima de Fofana. Portanto, o que antes era preocupação apenas em um lado, virou nos dois. Dessa forma, o Lyon não via outro jeito a não ser se recuar por inteiro e esperar uma oportunidade para sair em velocidade, sempre com Michel Bastos ou Lacazette.
O fato que foi crucial para o Lyon não conseguir um resultado satisfatório nessa partida foi não ter criado chances de gol. Contra o Lille, mesmo com um a menos, o OL conseguiu chegar pouco e foi certeiro. Ontem, contra o MHSC não houve sequer uma chance para tentar surpreender os torcedores presentes no La Mosson.
Vendo os concorrentes disparados na tabela, agora o Lyon precisa se preocupar com a turma que chega de baixo. Enquanto esses problemas no time principal persistirem, o Lyon precisa urgentemente buscar reforços.
Próxima partida: Domingo, dia 22, contra o Luçon. Partida válida pela Copa da França. O Lyon joga fora de casa, às 13h de Brasília.
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe
GOL DA PARTIDA:
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