domingo, 15 de setembro de 2013

Lyon não sai do zero e já acumula resultados ruins

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Mesmo com a reestreia de Gomis, OL até foi melhor, mas pecou por não conseguir criar oportunidades




Depois de quatro jogos sem vencer, o Lyon tinha a missão de tentar quebrar esse jejum diante de seu torcedor, no Stade Gerland, fechando a 5ª rodada da Ligue1, na última partida deste domingo. O adversário da noite (na França) era o Stade Rennes, do técnico Philippe Montanier. A partida evidenciava um fator que colocava um ânimo a mais na torcida do OL: Jimmy Briand e Bafé Gomis estavam de volta entre os relacionados. E somente um deles começava entre os 11 iniciais.

O Lyon, armado num 4-2-3-1, apesar dos desfalques importantes de Miguel Lopes, Gourcuff, Ghezall e Danic, estava com uma equipe bem forte. Gomis faz sua estreia na temporada, jogando isolado, em sua posição natural: centroavante. Pelos lados, Fekir ganhava mais uma chance entre os titulares e Lacazette já não tinha que revezar mais – como fazia com Benzia – com o atacante de referência. Na lateral, Dabo, até de maneira natural, acabou sendo o substituto de Miguel Lopes. Confira como ficou os onze iniciais do Lyon:


Os visitantes vinham com a missão de arrancar os três pontos do OL. Sem medo de ser atacado, Montanier armou seu time também no 4-2-3-1. A válvula de escape era sempre o velocista Pitroipa, que se movimenta principalmente pelo lado direito do campo e tem uma rapidez descomunal. Kadir, ex-jogador do Marseille, também era um dos destaques do time, além, é claro, de Nelson Oliveira, o português que chegou para ser o homem-gol do clube na temporada. O grande desfalque do elenco Rennais era sem dúvidas o craque Romain Alessandrini. Boye, Moreira, Bakayoko e Doucouré também não estavam presentes no jogo. Confira a formação inicial de Phillipe Montanier:


Jogando em casa, e com um apoio maciço da torcida no Gerland, o Lyon começou a partida sofrendo. O Rennes, com Pitroipa, foi o primeiro a chegar com perigo. Pelo lado direito, Gonalons não conseguiu acompanhar a velocidade do burkinabé e deixou-o cruzar. Na área, a bola sobrou para Foued Kadir. Meio desajeitado, o meia conseguiu a finalização e forçou Anthony Lopes a fazer uma belíssima defesa, salvando o OL nos primeiros minutos.


Tentando dar uma resposta, o Lyon utilizava muito seus homens abertos pelos lados do campo: Lacazette e Nabil Fekir. Entretanto, o Rennes jogava com sua linha de quatro muito bem postada e não permitia muitos espaços aos jogadores ofensivos do OL. Gomis, ainda meio fora de forma, fazia o possível na sua função típica de jogo de costas e mesmo assim os donos da casa tinham dificuldades para achar espaço.

A partir do momento em que Grenier começou a ser acionado, o Lyon criou chances de mais perigo. A centralizações das jogadas fez com que o meia central do OL aparecesse mais, de forma até natural, para a partida. Em pouco menos de dez minutos ele criou três oportunidades através de jogadas individuais e não conseguiu concluir em real perigo ao gol de Costil por detalhe. Mas, na altura do fim da primeira etapa, o Lyon, definitivamente, era melhor em campo. Faltava mais capricho.


No finalzinho do primeiro tempo, o Lyon ainda conseguiu criar uma chance de gol. A troca de passes se intensificou na entrada da área do Rennes. Em determinado momento, Fofana recebeu em boas condições e conseguiu arrematar com força, de fora da área, em direção ao gol. Costil estava no lance e só acompanhou a bola saindo pela linha de fundo. E a resposta do Rennes foi imediata. Ligação de contra-ataque com Pitroipa. Ele achou Nelson Oliveira, que sambou na frente de Bisevac e conseguiu a finalização rasteira, forçando boa defesa de Anthony Lopes.

Apesar de ter dado espaços para contra-golpes, o Lyon foi ligeiramente melhor no primeiro tempo. Conseguiu chegar perto da área adversária a partir do momento em que concentrou suas jogadas pelo centro do campo e parou de forçar as jogadas em Fekir e Lacazette. O gol não saiu muito em função do bom posicionamento da defesa do Rennes. Entretanto, as bolas aéreas pareciam ser o ponto fraco do time visitante e o OL percebeu isso, só faltou explorar com mais cuidado esse tipo de jogada.


Na segunda etapa, mesmo sem realizar qualquer tipo de alteração no intervalo, o Lyon voltou bem melhor para a partida. Fekir entrou mais determinado e criava boas jogadas pela esquerda. Grenier seguia mais esperto do que no começo do jogo e Lacazette incomodava. Somente Gomis ainda não se encontrava na partida. Mas mesmo assim, o centroavante do OL incomodava muito a defesa adversária.

Aos 22’, a grande chance do Lyon na partida apareceu. Após Rémi Garde trocar Bisevac (machucado) por Koné, o OL criou uma ótima chance. A bola sobrou para Gomis entre dois defensores. Ele cortou o primeiro e avançou um pouco. Mesmo tendo muito espaço livre na sua frente, o atacante finalizou com muita força e fez a bola atingir o travessão com uma enorme potência. O Lyon, verdadeiramente, dominava a partida. Só faltava o principal: o gol no jogo.


Phillipe Montanier, em um curto período de tempo, mexeu três vezes. Tirou Kadir, Nelson Oliveira e Pitroipa para as entradas do brasileiro Emerson, o argentino Romero e o francês Hunou. No OL, saía Grenier para a entrada de Malbranque. Montanier já não tinha mais armas para aplicar em campo, e o Lyon só não fazia seu gol por detalhe. Perto dos 40’ do segundo tempo, Rémi Garde avançou um pouco sua linha de marcação. Colocou Ferri no lugar de Maxime Gonalons.

Mesmos com as alterações, o panorama da partida – principalmente do segundo tempo – não se alterou. O Lyon pressionava, mas não batia pro gol. Quase não houve jogadas criadas de maneira vertical. As chances, quase todas, foram construídas em lances de cruzamento, que já não surtiam mais efeito. Dessa forma, o Rennes somente esperava o apito final para comemorar o ponto conquistado.


Se a partida fosse com um time um pouco mais organizado ofensivamente, o Lyon poderia ter tido trabalhos. Romain Alessandrini seria uma peça fundamental para o Rennes reverter o jogo nessa partida e construir jogadas de perigo em prol de seu time. Entretanto, a fase, para ambos os times, não é das melhores. Precisam melhorar de maneira considerável para conseguir alcançar alguma coisa palpável nessa temporada da Ligue1.

No finzinho da partida o Lyon ainda tentou. Apertou. Mas não conseguiu criar a tão esperada chance clara de gol. E ficou por isso mesmo. OL acumulou sua quinta partida consecutiva sem vitória, enquanto o Rennes comemorou seu ponto conquistado fora de casa. Muitas coisas precisam ser corrigidas para o Lyon, principalmente, voltar as glórias e buscar algo maior nessa competição, até porque a Liga Europa já está aí.

Próximo jogo: Real Bétis, pela primeira rodada da Liga Europa. A partida será na próxima quinta-feira (19/09), às 16h.

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe

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