@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Com o resultado, time abre dois pontos de vantagem de Marseille e PSG
A 25ª rodada se construiu toda para o Lyon se dar bem. Começando pelos tropeços de Olympique de Marseille, que empatou por 2 a 2 com o Reims na sexta-feira e depois o PSG, que fez o mesmo placar diante do Caen no sábado. Dessa maneira, o OL tinha a tabela completamente favorável pra si: era líder mesmo em caso de derrota para o Lorient. Entrava em campo com 50 pontos contra 49 dos dois outros concorrentes mais próximos. A ligeira vantagem dava uma tranquilidade bem maior para os jogadores fazerem o dever de casa e abrir quatro pontos de vantagem dos vice-líderes. Sem poder contar com a estrela do time, Alexandre Lacazette, esse panorama era bastante favorável ao inexperiente time do OL.
O adversário do Lyon na noite deste domingo era o Lorient, que não vem fazendo uma boa campanha nesta temporada. Entrou em campo sendo o 17º colocado, mas com um incentivo de poder subir até quatro posições com uma vitória comum e cinco, em caso de uma hipotética goleada. De todo modo, o Lorient sofria com desfalques. E todos os cinco jogadores que estavam de fora são potenciais titulares do time do técnico Ripoll: Audard, Mostefa, Coutadeur, Jouffre e Quercia. Por outro lado, os Merlus contavam com o retorno de Jordan Ayew, que voltava da Seleção Ganesa na CAN e estava disponível no banco de reservas. Abaixo, você pode ver como ficou escalado o FCL:
O Lyon tinha mudanças em relação ao time que enfrentou o PSG. Lindsay Rose herdou a vaga do machucado Bisevac na zaga. No meio de campo, Mvuemba, que vem se destacando bastante nos treinamentos, “roubou” o lugar que era ocupado por Jordan Ferri. Importante dizer também que Mvuemba é ex-jogador do Lorient e agora ele tinha a oportunidade de enfrentar seu antigo clube. Na frente, Fekir foi recuado e voltou a atuar na sua posição de origem: meia articulador, central. Na frente, Cornet começou jogando e Gourcuff foi pro banco. N’Jie completava a dupla de ataque. As dúvidas de Fournier ficavam nas duas laterais. Tanto Bedimo quanto Jallet sentiram dores nos treinamentos mas, mesmo assim, foram pro jogo. Abaixo, a formação tática do OL:
Para enfrentar o inverno rigoroso da França, o Lorient decidiu aplicar grama sintética no Stade Le Moustoir, perdia o espetáculo, mas era a alternativa que o time da casa tinha para não perder jogos no seu mando. E foi justamente o time da casa quem começou melhor. O Lorient quase abriu o placar aos 2’ de jogo. O OL saiu jogando errado e Jeannot entrou dentro da área. Pressionado pela defesa e aos trancos e barrancos, ele conseguiu passar por Lopes, finalizou mas, em cima da linha, Umtiti cortou o perigo.
O Lyon demorou muito pra tentar se encontrar no jogo. Nos primeiros 25’ sofreu uma pressão desnecessária dos Merlus e ponto de quase sofrer gols em algumas oportunidades. O detalhe ficou apenas no momento do último passe. O Lorient pecava muito nesse momento. Parecia afobado ou desesperado para querer marcar logo um gol e isso dificultava os homens de frente a fazer o que tinha que ser feito. Enquanto isso, a bola queimava no pé dos jogadores do OL no meio de campo pra frente.
A primeira finalização ao gol do Lyon só foi acontecer aos 30’ de jogo. Fekir recebeu do lado direito do campo e bateu firme e rasteiro da entrada da área. O chute cruzado não foi perigoso para Lecomte cair e fazer a defesa sem demais problemas. Mas, no lance seguinte, o OL cochilou novamente e quase entregou de bandeja para o adversário marcar. Em cruzamento pra área, a bola percorreu todo o perímetro até Jallet quase marcar contra.
Os lapsos de bons momentos do Lyon eram criados quando a bola passava pelos pés de Nabil Fekir, o franco/argelino conseguiu quebrar a boa montagem da defesa dos Merlus e tentava, a princípio, em vão, lances de perigo. Aos 36’, ele recebeu na entrada da área e quando começaria a costurar os defensores, sofreu uma forte pancada no joelho e nada foi marcado pelo árbitro Stéphane Lannoy. Apesar do meia ter ficado estirado no chão com dores, ele prosseguiu no jogo.
Com o fim do primeiro tempo, os jogadores do Lyon voltavam pro vestiário, de certa forma, aliviados. O empate em branco no placar era praticamente um grande feito para os Gones, que sofreram bastante na etapa inicial. O time praticamente não criou nada e ficou a ver navios nas mãos de Guerreiro, Philippoteaux, Mesloub e Jeannot. Ripoll soube neutralizar perfeitamente o adversário e o gol só não saiu por detalhe.
Para o segundo tempo, o Lorient voltou com alteração do vestiário. Ripoll decidiu tirar um volante, Abdullah, e colocou o ganês Jordan Ayew. A mudança foi certeira! Com 6’ da etapa complementar, Philippoteaux recebeu na direita, teve tempo de olhar pra área e viu Ayew se deslocando. Sem marcação alguma, ele só teve o trabalho de empurrar para as redes de cabeça para abrir o placar! 1 a 0.
Alguns poucos minutos depois, no susto, o Lyon quase conseguiu o empate. Em lance de bola parada, Fekir levantou na área, a zaga desviou ligeiramente e Umtiti, no segundo pau, estava lá para conferir. Lecomte, em puro lance de reflexo, conseguiu defender em cima da linha. Posteriormente, foi vez de Fekir aparecer individualmente de novo. Ele recebeu na entrada da área, cortou o defensor e bateu rasteiro. A bola passou perto da trave esquerda do goleiro dos Merlus.
Perto dos 15’ do segundo tempo, o Lyon, precisando dar uma sacudida no time, fez sua primeira alteração. Gourcuff, que esperava-se ser titular na partida, entrou em campo no lugar de Cornet. Dessa forma, o OL voltava pra sua formação nos últimos dois jogos: Gourcuff construindo as jogadas e Fekir mais avançado, jogando como segundo atacante, agora fazendo dupla com o camaronês Clinton N’Jie, que pouco aparecia no jogo.
A segunda troca de Fournier foi a entrada de Jordan Ferri no lugar de Arnoldo Mvuemba, que não fez uma boa partida (assim como boa parte de todo o time). Neste momento, o Lyon tinha em campo a mesma equipe que começou jogando contra o PSG e o time que todos esperavam que começasse jogando hoje. Provavelmente o técnico do Lyon queria fazer alguns testes que, fatalmente, deram errado.
Faltando um pouco mais de 10’ para o fim de jogo, Ripoll, não muito satisfeito com o 1 a 0, colocou mais um homem de frente em campo. Tirou Guerreiro e colocou Lavigne. Philippoteaux foi pra esquerda e Lavigne caia pra direita. Erro de Ripoll, poucos minutos depois, o Lyon igualaria o placar. Gourcuff ganhou no meio, limpou a jogada e achou Bedimo se deslocando na lateral. O camaronês cruzou e achou N’Jie sozinho na área, que finalizou e empatou! 1 a 1.
Já perto do fim do jogo, Ripoll mexeu pela última vez e colocou Barthelme no lugar do exausto (e bom) Philippoteaux. Quase que a troca surtiu efeito negativo de novo, uma vez que o Lyon, por muito pouco, não virou o placar. Jallet recebeu um passe que atravessou toda a extensão da área adversária e bateu de primeira. A bola chegou a desviar na zaga e Lecomte fez uma mágica defesa no Le Moustoir, salvando sua equipe de uma derrota.
Por fim, o Lyon até melhorou bastante no jogo e chegou, no finzinho do jogo, a ser melhor que o Lorient na partida. Mas já era tarde demais. Na base do “abafa”, o time até tentou virar a partida. Os lapsos de Fekir se uniram com o de Gourcuff e o time ganhou em qualidade. Mas não houve tempo o suficiente para bater os Merlus. Melhor em campo pra gente? Samuel Umtiti! Não errou uma lá atrás, mesmo quando o time foi bombardeado no primeiro tempo.
Na próxima semana, o Lyon volta a jogar nos seus domínios para defender a liderança. Enfrenta o Nantes, pela 26ª rodada da Ligue1. O jogo será no próximo domingo, dia 22, às 13h do horário de Brasília (já fora do horário de verão). Até lá!
FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
GOLS DA PARTIDA:
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