sábado, 3 de outubro de 2015

Lacazette perde pênalti, mas garante vitória

Filipe Frossard Papini
Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais


Já é o segundo pênalti desperdiçado pelo artilheiro na temporada. Entretanto, dessa vez, o lance falho não contou negativamente para o resultado final. Ele mesmo foi lá e resolveu




O momento é de reflexão para o Lyon. As coisas caminham de um modo estranho. A irregularidade é a tônica do time que ainda não se encontrou na temporada. Obviamente, o departamento médico é fundamental para a esta situação. No momento são sete jogadores lesionados e que complica o esquema de Hubert Fournier, que já começa a se complicar na Liga dos Campeões, depois de perder para o Valência em casa e agora também precisa resolver sua situação quase estagnada na Ligue1. O jogo contra o Reims poderia ser encarado como peça chave para essa mudança, muito em função da boa fase do time visitante e uma vitória poderia fazer uma diferença no psicológico dos atletas, que também anda confuso.

Insistindo na formação tática que deu certo na temporada passada, Fournier continuou apostando no 4-3-1-2, que não vem dando muito certo desde a lesão de Nabil Fekir. Ainda assim, a novidade para o jogo de hoje era a continuidade de Sergi Darder. O volante espanhol precisou deixar o jogo do meio de semana sentindo uma lesão ainda no primeiro tempo. De todo modo, ele conseguiu se recuperar a tempo para iniciar o jogo como titular no jogo deste sábado. Outra novidade era, novamente, a aposta em Claudio Beauvue – que ainda não mostrou ao que veio – mas que voltou a ter oportunidade entre os 11. Abaixo, veja como ficou o OL:




Para o confronto de hoje, o Reims tinha um grande problema. O treinador do OL foi quem subiu com o time pra Ligue1 há algumas temporadas e conhece muito do elenco. Para tentar surpreender o ex-professor, o time – mesmo com cinco desfalques no setor defensivo – apostava muito no seu fator de marcação e no trio ofensivo formado por Bulot, Oniangué e N’Gog. Mesmo assim, individualmente, o Reims tinha poucos nomes que poderiam fazer diferença. Mas, no banco de reservas, duas peças que já foram carrascos do OL em outra oportunidade aguardam chances no segundo tempo: Odaïr Fortes e o brasileiro Diego Rigonato. Confira como ficou o time titular:




Já nos primeiros minutos de jogo, o Lyon nem esquentou dentro de campo e já precisou fazer uma alteração. O zagueiro Milan Bisevac sentiu dores físicas e pediu alteração. Como Fournier não tinha opções de zaga no banco de reservas, precisou lançar Jordan Ferri em campo e recuar Maxime Gonalons para o miolo defensivo. Minutos antes, o Lyon chegou quase a abrir o placar quando Lacazette foi surpreendido com um passe inesperado de Valbuena e quase encobriu o goleiro Placide.


Após a alteração, naturalmente o Lyon adotou uma postura mais ofensiva. A chuva forte não atrapalhava e, antes dos 20’, o OL já mostrava quem era dono do terreno molhado. A pressão era forte e o problema era só o último passe e a finalização. O lado direito do ataque era muito explorado e o Reims não conseguia se resguardar naquele setor. O gol parecia ser questão de tempo, e Johnny Placide já começava a aparecer com destaque.

O Lyon seguia sendo melhor na partida e continuava martelando durante todo o primeiro tempo. Perto dos 30’ da etapa inicial, os Gones tiveram mais uma ótima oportunidade de abrir o marcador e, mais uma vez, foi interpelado pelo goleirão adversário. Dessa vez, tabela entre Valbuena e Darder acabou achando Lacazette na entrada da área. Mesmo apertado, o artilheiro cortou pro meio e bateu firme e rasteiro para Placide mandar para escanteio.


Aos 38’ de jogo, Lacazette tentava mais uma jogada individual e, em uma tentativa de drible sobre o volante Kankava, a bola resvalou na mão do volante do time visitante e o árbitro Antony Gautier apontou para pênalti. O próprio Lacazette pegou a bola e se dirigiu para a cobrança. Na hora de efetuar o disparo, ele se precipitou e bateu com muita força no meio. A bola acertou o travessão e voltou tão forte que não deu espaço para rebote. Este era o segundo pênalti já errado pelo atacante na temporada.

Contudo, o lance desperdiçado não deixou o atacante abatido. Em um lance quase perdido, Darder recuperou lá atrás, deu um chutão. Lacazette tentou tabelar com Beauvue que perdeu a bola e o próprio Lacazette recuperou. Ele seguiu carregando até a entrada da área. Quando a marcação apertou, ele fingiu que ia finalizar, prendeu e bateu em seguida. No caminho, a bola desviou em Signorino e, desta vez, Placide foi batido. 1 a 0 e o OL foi pro vestiário com a vantagem no placar.


A projeção para o segundo tempo era de completa alteração do cenário do jogo. Quando no primeiro tempo o Lyon massou, bateu e insistiu até marcar, o Reims esperava o erro para partir em contra-golpe. E em duas vezes quase conseguiu. No vestiário, certamente a conversa era de alteração da estratégia. Com desvantagem no placar, era impossível manter a mesma postura e a agressividade ofensiva teria que vir de algum modo para a etapa final.

E foi exatamente assim que aconteceu. O Reims se saiu mais para o ataque no segundo tempo e começou a incomodar o Lyon de maneira mais assertiva. Obviamente, o jogo deixou de ser um ataque versus defesa e ficou mais equilibrado. Naturalmente, o Lyon não se deixou abater e também mantinha sua estabilidade. Digamos que o equilíbrio deixou o jogo mais “lá e cá”, mas o OL ainda dominava.


Visualizando que precisava de gás ofensivo, o técnico Olivier Guegan sacou David N’Gog e colocou a promessa Grejohn Kyei, de 20 anos. Mas quem surpreendeu mesmo foi o Lyon, que quase marcou o segundo após escanteio cobrado por Valbuena. O baixinho achou Claudio Beauvue no miolo da área e ele, na sua melhor arma, subiu mais do que todos e finalizou de cabeça no travessão. O OL parecia que queria mais!

Minutos depois, foi a vez do Lyon mexer. Fournier poupou o antes lesionado e agora cansado Sergi Darder e colocou Malbranque. O experiente meia já entrou querendo fazer diferença e quase foi responsável pelo segundo do OL. Ele aproveitou passe cruzado pra trás, vindo de lado de campo e bateu firme. A bola iria para a linha de fundo, mas Lacazette apareceu na área desviando. A arbitragem pegou impedimento, mas o lance era legal. Placar inalterado.


Encaminhando-se para o fim de jogo, Guegan fez duas trocas em um curto espaço de tempo. Entrava o brasileiro Diego Rigonato no lugar de De Préville e, pouco tempo depois Siebatcheu no lugar de Devaux. O OL também queimava sua última troca tirando Valbuena, que fez uma excepcional partida e colocando Rachid Ghezzal. Havia pouco menos de dez minutos para o fim de jogo para uma alteração no panorama do jogo.

Já no apagar das luzes, a vantagem mínima do placar colocava o OL em maus lençóis. De forma inesperada, o Reims começou a pressionar e surpreendeu o time da casa. Por duas vezes quase o gol de empate apareceu. Se durante o jogo, Placide apareceu bem pelo Reims, desta vez Anthony Lopes cumpriu sua tarefa do dia e evitou aquele que seria um desastroso empate em um jogo nas mãos.


Por fim, ficou por isso mesmo. O Reims até tentou, mas já era tarde para uma reação. O Lyon cozinhou perigosamente o jogo até o fim e conseguiu a vitória. Não foi uma apresentação impecável, mas foi o suficiente para ganhar e conseguir dar uma respirada agora. Tirar um pouco da pressão da Liga dos Campeões e conseguir tempo para reorganizar as peças fora do lugar.

Em função das datas FIFA, o Lyon agora só volta aos gramados no dia 16 de outubro, daqui a duas sextas-feiras. O adversário será o poderoso Monaco, no Principado, às 15h30 do horário de Brasília. O jogo é válido pela 10ª rodada da Ligue1! Até lá.

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr


MELHORES MOMENTOS:



Quer mais informações sobre o Lyon via BrasiLyonnais? Clique nos botões abaixo e siga-nos!


Nenhum comentário:

Postar um comentário