sábado, 11 de fevereiro de 2017

Apático, Lyon sofre virada e perde pro Guingamp

Filipe Frossard Papini
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O resultado negativo abafa a goleada do meio de semana e faz com que a crise volte a assombrar o vestiário do OL




Após golear o Nancy por 4 a 0 no último final de semana, o Lyon tinha em mãos a oportunidade de afastar de vez a crise que se criou no clube após a derrota apagadíssima frente ao Saint-Étienne no último final de semana. Os ingredientes estavam em mãos: um adversário mediano, uma vitória fora de casa e um time cambaleado com tropeços sequenciais. O grupo do OL tinha uma ótima oportunidade para mostrar que estava vivo na Ligue1 e também provar que está pronto para enfrentar o AZ Alkmaar, na Holanda, na próxima quinta-feira, pela Liga Europa. Definitivamente, essa era a mentalidade dos Gones.

Para tentar evitar o trunfo do OL, o time da casa, comandado pelo técnico Antoine Kombouaré, apostava em um ex-atleta do próprio Lyon. Na ausência de Sloan Privat, um dos desfalques do Guingamp, Jimmy Briand era o homem de área e referência do ataque do EAG para a partida deste sábado. Mathieu Bodmer, outro ex-OL ficava no banco. Dentre os titulares, Kombouaré também podia contar com a volta do brasileiro Marçal, que ocupava a lateral esquerda. Ele voltava de suspensão. Veja como ficou o time:




Pelo OL, a grande dor de cabeça de Gérald Baticle era a ausência de Valbuena, que sentiu dores contra o Nancy e ficará de fora por cerca de dez dias. E, sim, você leu certo. Baticle, o assistente de Génésio comandava o time hoje. E o motivo era uma forte gripe que atacou o treinador que acabou o forçando a não ficar na beirada do gramado para o duelo deste sábado. Além de Valbuena, Rafael, Mammana e Tolisso – os primeiros lesionados e o segundo suspenso – também ficavam de fora. De retorno, o jovem Diakhaby, que voltou ao time e como titular. Abaixo, a escalação:




Logo no comecinho do jogo, o Lyon mostrava que queria ditar o ritmo. Sempre quando joga com essa formação (principalmente com Tousart e Gonalons de volantes), o time fica bem arrumado e os jogadores da frente fazem o que precisa ser feito. Dá uma segurança. E foi rápido para o OL se achar no jogo. Nos primeiros minutos, inclusive, pouco se via o EAG tentando algo no ataque. Parecia estudar o jogo.


E enquanto estudava, o brilho de qualidade do ataque dos Gones falou mais alto. Em uma troca de passes pelo lado esquerdo, Morel achou Lacazette que tentou tabelar com Fekir, que fez um corta-luz e o próprio Lacazette saiu com o gol aberto. Mesmo da entrada da área, ele bateu dali mesmo e com a qualidade máxima do centroavante, só teve o trabalho de tirar do goleiro e abrir o placar aos dez minutos de jogo. 1 a 0!


Mesmo atrás no placar, o time do Guingamp não conseguia reagir após o gol. A má qualidade do elenco não permitia que uma maior penetração do campo de defesa do Lyon. Não à toa, a primeira oportunidade de chute a gol do time da casa só ocorreu aos 20’ de jogo, quando Yannis Salibur cobrou uma falta do meio da rua e tentou arriscar direito. A bola passou fraquinha, ao lado de gol do Lopes e sem qualquer perigo.


Ainda assim, o maior erro do Lyon nesse primeiro tempo foi sentar-se em cima da vantagem. Ganhava, mas não dominava o adversário completamente. E, mesmo sem o time da casa chega, havia como ser assertivo. E assim aconteceu em um contra-ataque puxado pela esquerda. Marçal chegou perto da área e cruzou. Salibur deixou para quem vinha de trás e Diallo completou para as redes, empatando o jogo! 1 a 1!


Se o Guingamp empatou na primeira jogada de perigo criada, o Lyon jamais imaginaria que a virada viria logo em seguida. E aconteceu! Morel tentou sair jogando e perdeu a bola para Salibur. O meia-atacante avançou, sambou pra cima de Yanga-M’Biwa e quando a marcação dobrou para cima, ele cruzou a bola na área para Benezet aparecer sozinho e cabecear tirando de Lopes. Era o 2 a 1, virada e explosão de euforia no Roudourou!


Antes mesmo do intervalo, o Guingamp precisou mexer uma peça. O brasileiro Fernando Marçal, que era uma das apostas para o jogo de hoje, sentiu dores e precisou deixar o campo. Antoine Kombouaré mexeu, colocando Jordan Ikoko ainda aos 41’ de jogo. Mesmo com a troca, o EAG permaneceu melhor após a virada e administrou bem a vantagem até o término da primeira etapa.


Na volta do segundo tempo, a sensação é que os vestiários não mudou nada para ninguém. O OL voltava desorganizado e o Guingamp, dentro de suas limitações, tentava ao máximo explorar principalmente o buraco que se abria pelos lados da defesa adversária. A tática do Lyon era simples: deixar os homens de frente resolver na individualidade. E no bumba-meu-boi quase conseguiram empatar, após boa jogada de Ghezzal. Gonalons cabeceou por cima, aos 8’ da etapa final.

Com uma apatia, tanto defensiva quanto ofensiva, Baticle resolveu trocar aos 21’ do segundo tempo. Colocou Memphis no lugar de Ghezzal para tentar romper a defesa adversária. Cornet acabou indo para a direita e o holandês caiu para a esquerda. Na primeira oportunidade que teve com a bola nos pés, conseguiu criar a melhor chance do OL na etapa final até aquele momento. Recebeu na esquerda, cortou pro meio e mandou a bomba, passando perto do ângulo de Johnsson.

Mas era preciso mais. A individualidade dos homens de frente do OL parecia não ser o suficiente para resolver o jogo e, quiçá buscar uma virada. Perdido em campo e também fora dele, sem o professor Génésio, o Lyon via o desanimo tomando conta do jogo e também dos jogadores. Faltava qualidade em tudo, desde a saída de bola até o último passo. Parecia improvável uma reação.

Já faltando dez minutos para o término da partida, tanto Koumbouaré quanto Baticle mexeram pela segunda vez em seus respectivos clubes. Pelo EAG, Ludovic Blas entrou para dar mais marcação ao meio de campo. O meia Benezet foi quem deixou o campo. Pelo OL, o espanhol Sergi Darder foi o escolhido para substituir Maxwel Cornet, que não fez uma boa exibição nessa partida.

Aos 40’ do segundo tempo, Gérald Baticle queimou sua última alteração e sem o menor sentido trocou um volante pelo outro. Tousart deu lugar a Ferri, sendo que a lógica seria o garoto Aouar, meia-atacante destaque do Lyon B, que estava no banco. De toda forma, a ideia do OL era tentar buscar, nos últimos poucos minutos de partida, uma bola que lhe desse pelo menos o empate.

Já perto do fim, Kombouaré mexeu pela última vez, colocando mais um volante em campo, Mathieu Bodmer, e tirou Yannis Salibur. Com o dever de casa sendo feito, o treinador do time da casa quebrou a péssima sequência de derrotas do Guingamp e conseguiu uma heroica vitória sobre o Lyon que, por sua vez, apático, volta a ter a crise atrapalhando o ambiente de trabalho do clube.

Agora o OL tira um pouco o foco da Ligue1 e volta suas atenções a Europa. Não mais a Liga dos Campeões mas, sim, a Liga Europa. O adversário será o AZ Alkmaar, na Holanda, na próxima quinta-feira (16/02), às 16h do horário de verão de Brasília. Até lá!

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr / OLPlus (Reprodução-Twitter) / Canal+ (Reprodução) / eaguingamp.com


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