sábado, 26 de agosto de 2017

Mesmo criando chances, Lyon não saí do zero contra o Nantes em La Beaujoire

Filipe Frossard Papini
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Bertrand Traoré foi quem mais criou ocasiões, mas faltou mais criatividade e poder de finalização ao time de Génésio




Depois de um tropeço contra o Bordeaux, em um jogo que estava na mão – se não fosse a expulsão de Sergi Darder – o Lyon agora tentava reordenar suas peças em busca da invencibilidade que ainda mantinha. Para isso, precisava passar por um time que tem somente uma vitória na competição, esta que, inclusive, aconteceu na rodada passada em boa participação, fora de casa, diante do Troyes. O time de Claudio Ranieri tinha, também, as pretensões de fazer o seu dever de casa e apagar o começo ruim de campeonato.

Para o confronto contra o Lyon, o técnico italiano tinha novidades. Os laterais de hoje, Diego Carlos e Leo Dubois retornam de lesão. Voltando de suspensão, ele tinha disponíveis Pallois e Kacaniklic – mas só optou por relacionar o primeiro, e como titular. Outra novidade era a relação do jovem Kalifa Coulibaly, que não só foi chamado pela primeira vez, como também começou jogando. Armado no simples 4-4-2, e com o ex-Chape, Andrei Girotto de titular, confira como ficou o Nantes:




Já pelo lado do OL, as novidades eram menores, mas também havia mudanças em relação ao jogo de sábado passado. Na lateral esquerda, Ferland Mendy estreava em competições oficiais. Substituía o brasileiro Fernando Marçal, que se recupera de lesão. No meio, Ferri entrava no lugar de Sergi Darder, suspenso. No banco de reservas, duas outras novidades. Cristopher Martins-Pereira, recém-promovido da base, estava a disposição. E Mapou Yanga-M’Biwa, antes relegado ao time B, voltou a aparecer no principal. Memphis também começava no banco, preterido por Cornet – que pode ser vendido ainda esta semana. Diakhaby e Grenier foram cortados da relação. Abaixo, veja como ficou a escalação:




Com muita força ofensiva e impulsionado pela qualidade cerebral de Fekir, o Lyon começava o jogo de forma muito mais imponente. Criava mais oportunidades e ainda contava com Traoré e Mariano Díaz que buscavam movimentar bastante pelo lado direito do ataque do OL. A primeira grande oportunidade aconteceu aos 10’ de jogo, quando Fekir achou Traoré se infiltrando atrás do lateral. O burkinabé avançou até dentro da área e bateu cruzado. Tatarusanu fez uma defesa no limite e evitou a abertura do placar.

Até os 30’ de jogo, nenhuma outra grande oportunidade foi criada pelos dois times. O jogo se apertava demais no meio de campo e isso não permitia muitas trocas de passes. Chutes em “ligação direta” acabava sendo uma opção pelos dois lados. Depois do lance aos 10’, o OL só conseguiu impor um pouco de perigo aos 26’, quando Ferland Mendy dominou uma bola meio sem ângulo na esquerda e bateu em cima do gol de Tatarusanu.

O Lyon tentava, buscava jogo, e tinha um ataque bastante movimentado. Apesar de chegar pouco, o gol parecia querer amadurecer a cada tentativa. Diferentemente do time de Claudio Ranieri, que praticamente não conseguia chegar ao ataque e até mesmo tinha dificuldades de tocar a bola no meio de campo, errando passes infantis e perdendo oportunidades de reter a posse em busca de alguma tentativa de criação. Todas as poucas chegadas do Nantes foram ocasionadas por saídas de bola erradas do OL.

Percebendo a dificuldade de penetrar pelo meio de campo, Fekir comandou uma nova estratégia ao OL perto do fim do primeiro tempo. Concentrava mais as jogadas pelas pontas e com cruzamentos na área em busca de Mariano Díaz e quem mais aparecesse fechando. Bertrand Traoré começou a ser muito acionado pelo lado direito e, até certo ponto, funcionava. Só faltava a boa finalização em conclusão ao gol.

Com o relógio já quase estourando os 45’ do primeiro tempo, o Nantes parecia ter uma primeira grande oportunidade no jogo. Seria em bola parada em falta mal marcada por Tousart dentro da meia lua da área. Na bola, Leo Dubois até cobrou bem, mas a barreira do oL evitou o que poderia ser perigo. Fora esse lance, o time de Claudio Ranieri só se preocupou em defender (e errar passes) no primeiro tempo.

Analisando como foi o primeiro tempo, não seria uma alteração no intervalo que mudaria o panorama para o OL. A postura do time não era ruim, a defesa se portou de forma sólida, mas realmente o último passe é que estava em falta. Génésio corrigindo alguns poucos posicionamentos entre os homens da frente e liberando mais um pouco os dois laterais, poderia ajudar a transformar as pequenas oportunidades em chances reais de gol.

Na volta pro segundo tempo, quem mexeu foi Ranieri, pois este, sim, tinha que propor uma mudança geral no que aconteceu na primeira parte. Trocou duas vezes, colocando Najib Gandi e Samuel Moutoussamy nos lugares do estreante Kalifa Coulibaly e do brasileiro Andrei Girotto, que já havia recebido um cartão amarelo e só não foi expulso por bondade do árbitro no fim do primeiro tempo.

Com 10’ da etapa final, o Lyon já tinha chegado ao gol de Tatarusanu em duas oportunidades. Na primeira, Mariano Díaz recebeu de Ferri, sambou na frente de dois marcadores e, mesmo apertado, conseguiu uma bola finalização da entrada da área que passou à esquerda de Tatarusanu. Depois foi a vez de Cornet receber bom passe em profundidade de Tousart. Pressionado pela defesa, a finalização acabou não sendo das melhores.

Aos 28’ do segundo tempo, o Lyon teve suas duas melhores oportunidades seguidas. Bertrand Traoré recebeu na direita e sem dominar, bateu rasteiro em direção ao gol. Da ponta da área, acertou a trave do outro lado. Uma bela finalização. No rebote, Fekir dominou dentro da área, a poucos centímetros da pequena área e, no momento de finalizar, exagerou na força e mandou no travessão antes dela ir pra fora.

Pressionando cada vez mais, mas ainda batendo cabeça com a defesa adversária, o Lyon fez sua primeira alteração aos 23’ do segundo tempo. Mariano Díaz, que não fez uma partida ruim, deixou o campo para a entrada do jovem Myziane Maolida. Taticamente, o OL se mantinha o mesmo. E foi o mesmo Maolida que poucos minutos entrou na área e achou Mendy entrando sozinho para finalizar. Mas ele prendeu demais e acabou deixando a marcação encostar.

A segunda troca de Bruno Génésio aconteceu aos 33’ do segundo tempo, com Cornet – que não fez muita coisa hoje – saindo para dar lugar a Memphis Depay, que havia começado de titular em todos os demais jogos. Logo depois, Ranieri colocou El Ghanassy no lugar de Thomasson, e o belga quase fez a diferença de imediato. Achou Iloki sozinho na área que pecou na finalização e permitiu uma defesa de Lopes com os pés, aos 36’ da etapa final.

Mesmo no finzinho, quando Aouar entrou no lugar de Ferri, o Lyon, ao invés de se colocar como mais ofensivo, acabou dando campo para o Nantes fazer tudo que não tinha feito anteriormente. Buscou finalizações, conseguiu contra-golpes e nos últimos minutos se portou melhor que o OL. Definitivamente, na partida de hoje, ninguém mereceu os três pontos e, por isso, o placar ficou em branco.

O OL agora foca seus objetivos para enfrentar o Guingamp, pela 5ª rodada da Ligue 1. O jogo será às 15h do próximo dia 09/09, no Groupama Stadium. O time terá as Datas Fifa como período de descanso e treinamento.

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe


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