domingo, 29 de outubro de 2017

Fekir faz dois e Lyon assume a 3ª colocação

Filipe Frossard Papini
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Vitória diante do Metz foi boa, mas faltou mais garra para o OL conseguir emplacar uma goleada que era totalmente possível




O Lyon entrou em campo neste domingo somando três vitórias consecutivas. Venceu Monaco (3 a 2), Everton (2 a 1) e Troyes (5 a 0). Somar mais uma conquista e fechar o mês de outubro invicto seria uma missão das mais interessantes não só para o clube como também para o treinador Bruno Génésio, que vive uma pressão por bons resultados e boas atuações desde o final da última temporada. Por outro lado, o Metz vive uma situação complicadíssima. Tem apenas uma vitória em dez jogos e precisa reverter esse quadro com muita urgência.

Para tentar bater o Metz, Génésio tinha uma vantagem interessante: somente duas ausências por lesões. E eram ausências que comumente não vinham sendo relacionadas. Yanga-M’Biwa e Grenier estão sendo preteridos por outros atletas nessa começo da temporada e por isso não são considerados desfalques importantes. Fekir, que era dúvida frente ao Troyes e sentiu dores nas costas, não só estava relacionado como também começava jogando. Abaixo é possível ver como ficou escalado o OL:




O caos instaurado no Metz se mostrava não só dentro de campo. Hoje, quem estava a frente do comando do time era José Pinot, treinador que até então estava o time B. Ele comanda de forma interina, já que Philippe Hinschberger foi demitido após péssimas exibições e seu substituto já foi definido. Frédéric Hantz já está no clube, mas não comandava a equipe neste primeiro momento. No elenco para hoje, apesar das ausências importantes de Bisevac, Diagne e Rivière, podia contar com o retorno de Nolan Roux. Veja como ficou:




A proposta de jogo de Pinot era bem simples: se portar de forma recuada e “colocar um ônibus” na frente do gol de Kawashima. Por isso a escalação tão recuada e tão composta por jogadores defensivos. Era claro que os lanternas não tinham capacidade para bater de frente com o OL num estádio com 55 mil pessoas presentes. Mas será que essa proposta defensiva era realmente a mais sábia?

Não parecia ser tão inteligente, já que o OL conseguiu abrir o placar logo aos 6’ de jogo. A jogada do gol foi construída toda pelo lado esquerdo, envolvendo Marçal, Memphis e, por fim, Fekir. O capitão do Lyon recebeu, invadiu a área e, praticamente sem ângulo, conseguiu finalizar rasteiro e com muita força. A defesa do Metz não conseguiu acompanhar e o goleiro nem viu. 1 a 0!

A primeira chegada do Metz foi através de um contra-ataque, justamente nas costas de Fernando Marçal, que apoiava bastante e acabava deixando alguns espaços. Foi ali que Dossevi conseguiu um espaço para evoluir em velocidade, prender, passar novamente por Marçal e buscar a finalização aos 14’ de jogo. O chute não conseguiu pegar força e acabou chegando com facilidade para o goleiro Anthony Lopes.

A resposta do Lyon apareceu aos 20’ de jogo. Aquela mesma jogada do primeiro gol novamente funcionava. Mas, desta vez, aconteceu do lado direito. Protagonizado por Tousart, Traoré e, principalmente, Kenny Tete, o lateral avançou pelo fundo, entrou na área, cruzou pra trás e rasteiro. Quem estava lá para concluir? Ele mesmo: Nabil Fekir, fazendo o 2 a 0 no placar. Já era o segundo dele na partida.

Com a desvantagem numérica do placar, o Metz não tinha alternativa a não ser se projetar mais para o ataque. Se jogando defensivo, estava tomando de 2 a 0, certamente provava que a formação tática não funcionava. José Pinot não chegou a alterar com substituições, mas quando não tinha a bola, fazia seus jogadores se projetarem mais, principalmente com a liberação dos laterais. Isso equilibrou um pouquinho mais o jogo no fim do primeiro tempo.

Antes do apito para o intervalo, o Lyon quase conseguiu, novamente, ampliar o placar. O Metz tentava uma saída de bola pelo lado direito e Rivierez tentou avançar com a bola, quando foi interceptado por Fekir, que já acionou Memphis Depay em velocidade. Pressionado pela defesa, o holandês tentou bater dali mesmo e, mesmo no rebote, Mariano Díaz não soube aproveitar.

No retorno do intervalo, o Lyon criou sua primeira oportunidade com 5’ dessa etapa final. Mariano Díaz recebeu bola longa e – mesmo dominando com o braço – conseguiu dar sequência ao lance. Entrou na área com muita velocidade. O goleiro Kawashima não saiu e Maiano bateu cruzado, chute forte e rasteiro. A bola acabou batendo na trave e saindo pelo outro lado.

Aos 18’ do segundo tempo, o técnico interino José Pinot fez duas alterações. Colocou Thill e Fernandéz e tirou Cafú e Roux. O resultado foi praticamente imediato. Logo na sequência, o Metz fez sua melhor subida em todo o jogo. Cohade dominou pelo lado direito, alçou na área e Dossevi conseguiu o domínio. No chute, ele conseguiu evitar a defesa de Lopes, mas Morel acabou tirando em cima da linha.

Depois do susto, foi a vez de Bruno Génésio também mexer duas vezes de uma vez. Colocou N’Dombélé e Cornet para as saídas dos dois atacantes que jogavam abertos: Memphis e Traoré, que não tiveram boas atuações. A troca liberava um pouco mais Aouar, que poderia jogar pela esquerda. N’Dombélé faria a dupla de volantes com Tousart, enquanto Cornet atuava normalmente na direita.

Depois das trocas, Cornet logo deu as cartas. Em cobrança de falta, arriscou direto, buscando o ângulo, e acabou fazendo a bola chegar bem perto da meta de Kawashiama. Após isso, a experiência de Aouar mais avançado limitou-se a apenas um chute de fora da área. Rapidamente, Génésio também o tirou de campo, dando lugar a Myiziane Maolida, que entrou para atuar pelo lado do campo.

Faltando um pouco menos de dez minutos para o fim do jogo, Pinto queimou sua última alteração e, só então quebrou sua formação do 3-5-2. O amarelado Jonathan Rivierez deixou o campo para dar lugar a Opa N’Guette. O aspecto modorrento da partida acabou não se alterando com as trocas. Esperava-se um Lyon mais agressivo e menos passivo, e isso pouco mudou. O Metz, satisfeito por não ser goleado, também não fazia força.

Definitivamente, ficou aquela sensação de água na boca. O Lyon tinha qualidade tática, técnica e individual para poder ter feito um placar similar ao que conquistou diante do Troyes na semana passada. O Metz era uma equipe que já entrou abatida no jogo de hoje e viu que não tinha forças e se contentou com uma derrota por um placar menor. Faltou ousadia do OL para aplicar uma sonora goleada, que não aconteceu. Mas o 3º lugar ficou garantido!

A atenção do Lyon agora se volta novamente para a Liga Europa. O adversário é o mesmo da última vez: o Everton-ING. No entanto, dessa vez, a partida será em casa, no Groupama Stadium, às 16h (horário de Brasília) do dia 02/11 (quinta-feira). Até lá!

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr


OS GOLS DA PARTIDA:

Fekir (1-0):

Fekir (2-0):

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