@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
No “Choq des Olympiques” o Lyon demonstra superioridade, não toma conhecimento do Marseille, e deixa time de Deschamps na lanterna
6ª Rodada do Campeonato Francês. Lyon entrava invicto. Marseille precisando se reencontrar na competição, ainda não tinha vencido no torneio. Duelo de opostos? Nada disso. Com certeza uma partida onde duas potências francesas se encontravam. O famoso “Choq des Olympiques”.
Nenhuma surpresa no time de Rémi Garde. Durante toda semana, havia um burburinho de que Gourcuff poderia voltar ao time, e seria relacionado para o jogo. No entanto, o treinador o barrou, pois acabara de retornar de lesão e não poderia entrar, de cara, em um duelo dos maiores de toda a França. Sendo assim, como ocorreu contra o Ajax, Grenier fazia o meio-de-campo, em uma espécie de 4-2-3-1. Veja abaixo:
Deschamps contava com o retorno de Valbuena e André Ayew. Por opção, decidiu deixar o segundo no banco de reservas. Gignac, ainda sem condições de jogo, não foi relacionado. O OM também jogava com uma formação tática similar aos Gones. Abaixo a escalação do Olympique de Marseille.
Com a bola rolando, nos primeiros 10’, víamos um confronto bastante igual. Muito toque de bola e pouca objetividade. Ambos pareciam querer esperar o erro do outro e isso não acontecia. O Lyon quase perdeu dois jogadores por lesão. Primeiro foi Källström, que ao tentar desmarcar Lucho, caiu de mal jeito e precisou ser atendido. Depois foi Gomis, que em jogada de ataque, sofreu falta não marcada pelo árbitro.
Na primeira grande chance da partida, o Lyon conseguiu abrir o placar, aos 17’. Em velocidade, Michel Bastos arrancou pela esquerda, avançou e antes de chegar ao fundo, cruzou de maneira certeira para Gomis. O centroavante, mesmo em posição irregular, empurrou para as redes e colocou o OL na frente. Méritos totais para o passe do brasileiro.
O Marseille não criava. Parecia acuado no seu campo de defesa. Valbuena e Lucho escondidos e Rémy isolado na frente. O ex-jogador do Lyon até tentava alguma coisa. Chegou a achar Lucho uma vez, mas o argentino finalizou mal. Foi a única chance do OM até os 35’ de jogo. Aproveitando a oportunidade, o Lyon viu a chance de ampliar. Aos 29’, Gonalons roubou bola no campo de defesa, avançou e viu a explosão de Michel Bastos pela esquerda, passando em alta velocidade. O brasileiro carregou e arrematou no canto esquerdo de Mandanda. Festa no Gerland. Lyon 2 a 0.
Deschamps via seu time não correspondendo em campo. Morel estava perdido, jogando de ala esquerda. Lucho e Valbuna escondidos e bem marcados pelos volantes do OL. Por fim, Rémy jogava muito isolado e não recebia bolas em condições. Já o setor defensivo dava muito espaço para os avanços, principalmente de Michel Bastos, que deitava e rolava em cima de Azpilicueta.
No segundo tempo, o treinador do Marseille voltou com duas trocas. Amalfitano no lugar de Diarra e André Ayew no lugar de Morel. A alternativa, a princípio, trouxe uma melhora na postura de seu time. Criava-se uma válvula de escape com o ganês, mas ainda assim, não era o suficiente para os visitantes esboçar uma reação.
Enquanto isso, no Lyon a postura tática era invejável. Tudo funcionava da maneira mais correta possível, com exceção de Briand. O ex-jogador do Rennes seguia perdido, assim como nas últimas partidas, e errava grande parte daquilo que tentava. Grenier também não fazia uma boa partida, mas, ao menos, era participativo.
Aos 22’ do segundo tempo, O Marseille teve uma boa oportunidade. Lucho recebeu na entrada da área e arriscou forte. A bola passou a direita de Lloris, com ligeiro perigo. Em seguida ao lance, Garde fez a primeira troca do seu time na partida. Saiu Källström – que comandou o meio-campo no primeiro tempo, junto com Gonalons – e entrou Gueïda Fofana, recém contratado junto ao Le Havre.
Aos 33’, o Marseille chegaria maus uma vez. Cobrança de escanteio, o baixinho Valbuena subiu mais do que todo mundo e acertou uma cabeçada. Na linha estava Réveillère para evitar o gol de honra do time marselhês.
Após o lance, Deschamps queimou sua última alteração. Jordan Ayew, entrou no lugar do próprio Valbuena. Enquanto isso, Rémi Garde colocava Jérémy Pied para a saída de Jimmy Briand, que mais uma vez passou longe de justificar sua titularidade e todo o valor desembolsado pelo clube para tirá-lo do Rennes.
Faltando três minutos para chegar aos 90’, Rémi Garde fez sua última alteração, colocando o estreante Mouhamadou Dabo, no lugar de Clément Grenier, que por sua vez, não fez uma boa partida também, mas ao contrário de Briand, foi ao menos solidário e aparecia para o jogo. Recebeu faltas e fazia o jogo circular o meio-campo.
Sem mais cartas na manga, Deschamps, nos minutos finais, apenas viu o seu time levando um passeio do Lyon. Em momento algum o OM foi superior na partida. O Lyon dominou do início ao fim. Manteve o ritmo e o controle do jogo. As bolas que chegavam ao gol de Lloris não assustavam e por fim, a torcida ainda conseguiu entoar um coro de “olé” com o ótimo futebol apresentado pelo combinado de Rémi Garde.
O time do Lyon vem mostrando que as ideias do seu novo treinador podem dar certo. Não contratou ninguém de nome na janela de transferências, deu uma atenção especial para os garotos da base e ainda perdeu nomes como Toulalan e Pjanic. A Koné e Lovren vem fazendo uma dupla muito interessante. De impressionar. O croata vem jogando de maneira correta. Já Koné, até hoje, não cometeu um erro sequer. Os laterais, com Garde, viraram quase zagueiros de apoio. Não sobem muito e ficam na marcação. Isso dá apoio pro Gonalons e Källström subirem quando quiserem. E vem dando certo. Källström vem jogando o fino da bola e Gonalons já fez esquecer Toulalan. No meio pra frente, Michel Bastos reencontrou seu futebol. Já fez várias assistências nesse início de temporada. Gomis, até correr está correndo. Hoje esbanjou raça. Briand não correspondeu e Grenier foi mal, mas ao menos tenta. A princípio, o time deixa os torcedores empolgados, mas ainda é cedo. A fase é boa, mas é preciso cautela.
Próximo adversário: Caen, fora de casa. Jogo válido pela 7ª rodada da Ligue1. A partida será na próxima quarta-feira (21), às 14h de Brasília.
Nenhuma surpresa no time de Rémi Garde. Durante toda semana, havia um burburinho de que Gourcuff poderia voltar ao time, e seria relacionado para o jogo. No entanto, o treinador o barrou, pois acabara de retornar de lesão e não poderia entrar, de cara, em um duelo dos maiores de toda a França. Sendo assim, como ocorreu contra o Ajax, Grenier fazia o meio-de-campo, em uma espécie de 4-2-3-1. Veja abaixo:
Deschamps contava com o retorno de Valbuena e André Ayew. Por opção, decidiu deixar o segundo no banco de reservas. Gignac, ainda sem condições de jogo, não foi relacionado. O OM também jogava com uma formação tática similar aos Gones. Abaixo a escalação do Olympique de Marseille.
Com a bola rolando, nos primeiros 10’, víamos um confronto bastante igual. Muito toque de bola e pouca objetividade. Ambos pareciam querer esperar o erro do outro e isso não acontecia. O Lyon quase perdeu dois jogadores por lesão. Primeiro foi Källström, que ao tentar desmarcar Lucho, caiu de mal jeito e precisou ser atendido. Depois foi Gomis, que em jogada de ataque, sofreu falta não marcada pelo árbitro.
Na primeira grande chance da partida, o Lyon conseguiu abrir o placar, aos 17’. Em velocidade, Michel Bastos arrancou pela esquerda, avançou e antes de chegar ao fundo, cruzou de maneira certeira para Gomis. O centroavante, mesmo em posição irregular, empurrou para as redes e colocou o OL na frente. Méritos totais para o passe do brasileiro.O Marseille não criava. Parecia acuado no seu campo de defesa. Valbuena e Lucho escondidos e Rémy isolado na frente. O ex-jogador do Lyon até tentava alguma coisa. Chegou a achar Lucho uma vez, mas o argentino finalizou mal. Foi a única chance do OM até os 35’ de jogo. Aproveitando a oportunidade, o Lyon viu a chance de ampliar. Aos 29’, Gonalons roubou bola no campo de defesa, avançou e viu a explosão de Michel Bastos pela esquerda, passando em alta velocidade. O brasileiro carregou e arrematou no canto esquerdo de Mandanda. Festa no Gerland. Lyon 2 a 0.
Deschamps via seu time não correspondendo em campo. Morel estava perdido, jogando de ala esquerda. Lucho e Valbuna escondidos e bem marcados pelos volantes do OL. Por fim, Rémy jogava muito isolado e não recebia bolas em condições. Já o setor defensivo dava muito espaço para os avanços, principalmente de Michel Bastos, que deitava e rolava em cima de Azpilicueta.No segundo tempo, o treinador do Marseille voltou com duas trocas. Amalfitano no lugar de Diarra e André Ayew no lugar de Morel. A alternativa, a princípio, trouxe uma melhora na postura de seu time. Criava-se uma válvula de escape com o ganês, mas ainda assim, não era o suficiente para os visitantes esboçar uma reação.
Enquanto isso, no Lyon a postura tática era invejável. Tudo funcionava da maneira mais correta possível, com exceção de Briand. O ex-jogador do Rennes seguia perdido, assim como nas últimas partidas, e errava grande parte daquilo que tentava. Grenier também não fazia uma boa partida, mas, ao menos, era participativo.
Aos 22’ do segundo tempo, O Marseille teve uma boa oportunidade. Lucho recebeu na entrada da área e arriscou forte. A bola passou a direita de Lloris, com ligeiro perigo. Em seguida ao lance, Garde fez a primeira troca do seu time na partida. Saiu Källström – que comandou o meio-campo no primeiro tempo, junto com Gonalons – e entrou Gueïda Fofana, recém contratado junto ao Le Havre.Aos 33’, o Marseille chegaria maus uma vez. Cobrança de escanteio, o baixinho Valbuena subiu mais do que todo mundo e acertou uma cabeçada. Na linha estava Réveillère para evitar o gol de honra do time marselhês.
Após o lance, Deschamps queimou sua última alteração. Jordan Ayew, entrou no lugar do próprio Valbuena. Enquanto isso, Rémi Garde colocava Jérémy Pied para a saída de Jimmy Briand, que mais uma vez passou longe de justificar sua titularidade e todo o valor desembolsado pelo clube para tirá-lo do Rennes.Faltando três minutos para chegar aos 90’, Rémi Garde fez sua última alteração, colocando o estreante Mouhamadou Dabo, no lugar de Clément Grenier, que por sua vez, não fez uma boa partida também, mas ao contrário de Briand, foi ao menos solidário e aparecia para o jogo. Recebeu faltas e fazia o jogo circular o meio-campo.
Sem mais cartas na manga, Deschamps, nos minutos finais, apenas viu o seu time levando um passeio do Lyon. Em momento algum o OM foi superior na partida. O Lyon dominou do início ao fim. Manteve o ritmo e o controle do jogo. As bolas que chegavam ao gol de Lloris não assustavam e por fim, a torcida ainda conseguiu entoar um coro de “olé” com o ótimo futebol apresentado pelo combinado de Rémi Garde.
O time do Lyon vem mostrando que as ideias do seu novo treinador podem dar certo. Não contratou ninguém de nome na janela de transferências, deu uma atenção especial para os garotos da base e ainda perdeu nomes como Toulalan e Pjanic. A Koné e Lovren vem fazendo uma dupla muito interessante. De impressionar. O croata vem jogando de maneira correta. Já Koné, até hoje, não cometeu um erro sequer. Os laterais, com Garde, viraram quase zagueiros de apoio. Não sobem muito e ficam na marcação. Isso dá apoio pro Gonalons e Källström subirem quando quiserem. E vem dando certo. Källström vem jogando o fino da bola e Gonalons já fez esquecer Toulalan. No meio pra frente, Michel Bastos reencontrou seu futebol. Já fez várias assistências nesse início de temporada. Gomis, até correr está correndo. Hoje esbanjou raça. Briand não correspondeu e Grenier foi mal, mas ao menos tenta. A princípio, o time deixa os torcedores empolgados, mas ainda é cedo. A fase é boa, mas é preciso cautela.
Próximo adversário: Caen, fora de casa. Jogo válido pela 7ª rodada da Ligue1. A partida será na próxima quarta-feira (21), às 14h de Brasília.
FOTOS: Le Progrès / L'Equipe / om.net / footmercato.net / Ligue1.com
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