domingo, 11 de fevereiro de 2018

Lyon peca muito, de novo, e perde a terceira seguida na Ligue 1

Filipe Frossard Papini
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Time sofreu um gol logo cedo e não conseguiu empatar ao longo de todo o jogo, sofrendo mais um gol no finalzinho. Líderes agora se distanciam!




Acabou a gordurinha para o Lyon. Depois de ser o segundo time a arrancar pontos do Paris Saint-Germain e também eliminar o Monaco da Copa da França, o time desandou. Perdeu para o Bordeaux e para o próprio Monaco na Ligue 1, e toda vantagem que tinha construído sobre os monegascos e também diante do Marseille foi por água abaixo. Pelo menos, um alívio na Copa da França. Eliminou o Montpellier e segue na briga, tendo o Caen nas quartas de final. Independentemente disso, a Ligue 1 continua como alvo e vencer era a única forma de não comer mais poeira, já que Marseille empatou e o Monaco venceu, continuando, ambos na frente do OL.

Para buscar o resultado, Bruno Génésio mexeu no time. Tendo apenas o lateral Rafael como desfalque, o treinador podia fazer o que quisesse com os demais disponíveis. Por isso, decidiu iniciar com Aouar e Memphis Depay no banco de reservas. Tousart acompanhava Ndombélé no meio de campo e, na linha de três do ataque, decidiu começar com Cornet (na direita), Fekir (no meio) e Traoré (na esquerda). Pela primeira vez, o burkinabé com começava jogando por este lado no OL. A outra dúvida era na lateral esquerda e Mendy acabou sendo o escolhido. Veja como ficou:




Do lado do Rennes, os desfalques já eram muito mais complicados para o técnico Sabri Lamouchi do que eram para Génésio. Ele não poderia a contar com o jovem lateral esquerdo Nakamoro Diallo – e esta era a única ausência não muito sentida. Por outro lado, também não jogavam Baal, Benjamin André e Gourcuff, os três com gabarito de serem titulares no elenco rennais. O lateral Baal e Gourcuff estão machucados, já o bom meia André, cumpre suspensão. Com isso, os onze iniciais do Rennes dependiam muito de dois nomes que acabariam por serem obrigados a chamarem a responsabilidade dentro de campo: Ismaila Sarr, hoje jogando pela esquerda e Wahbi Khazri, que fazia dupla de ataque com Diafra Sakho. Abaixo, a escalação:




No começo do jogo, o Lyon tinha até o controle do jogo, mas parecia muito sonolento. Tentava sempre puxar as jogadas pelo lado esquerdo, envolvendo Cornet e Mendy, e também Fekir e Ndombélé, que caiam por ali para tentar algo. Mas foi uma falha que fez o Lyon tomar um nocaute. O goleiro Koubek deu um chutão de tiro de meta, Marcelo não conseguiu afastar e Khazri apareceu sozinho diante de Lopes para decretar o placar aberto. 1 a 0!

Com o gol logo cedo, aos cinco minutos, o OL se viu obrigado a se lançar com tudo na frente. A vitória precisava vir, sob qualquer circunstância. Mas conseguiu construir sua primeira boa jogada de perigo apenas com 15’ de jogo. Pelo lado esquerdo, Mendy foi até o fundo e cruzou para a área. No segundo pau, Traoré alcançou e tocou pra trás. Mariano Díaz, pressionado, não conseguiu aproveitar a assistência e a zaga cortou logo o perigo.

O OL sabia de sua obrigação e tentava fazer mais do que podia. Existe uma limitação no elenco e ela acontece principalmente quando o time está em desvantagem no placar, domina as ações, mas peca na hora do último passe. Era justamente essa a maior dificuldade do time em grande parte do primeiro tempo: ficava zoneando a área adversária, mas com quase nenhum perigo ao gol do goleiro Koubek.

Depois de ter marcado seu gol logo cedo, o Rennes, obviamente, sabia muito bem o que fazer com a vantagem: se recuou totalmente e depositou esperanças em seu setor defensivo, que é muito sólido, principalmente com Gélin, Gnagnon e Bensebaini. Dessa forma, praticamente aguardava o Lyon a perder sua bola – já que não causava perigo algum – e rapidamente ligava o contra-golpe, que também não era muito eficiente, mas incomodava.

Antes da aproximação do intervalo, o Lyon conseguiu criar mais duas finalizações, mas que na real nem levaram tanto perigo a Koubek, assim. As duas foram bastante parecidas, com chutes da entrada da área. A primeira finalização foi com Traoré e depois outra, quase igual, feita pelo Fekir. Em nenhuma delas, o goleiro do Rennes precisou de muito trabalho para evitar. Aquilo parecia ser o máximo que o OL conseguia produzir.

A falta de criatividade no Lyon era devolvida do outro lado com uma belíssima atuação de Wahbi Khazri que, praticamente sozinho, orquestrava o ataque do seu time e conseguia fazer tudo muito bem quando conseguia ter a bola a seus pés. Ele era exatamente a personificação do jogador que faltava a o OL não só no jogo como também em boa parte dos jogos do campeonato. E, por ele, o Rennes foi o melhor na primeira parte.

Para iniciar o segundo tempo, Bruno Génésio não ficou apenas no papo no vestiário. Mexeu e mexeu com audácia. Trocou logo seu volante e seu centroavante. Portanto, saíram Lucas Tousart e Mariano Díaz para as entradas de Aouar e também de Memphis Depay. Traoré faria o centroavante agora, com Ndombélé sendo o primeiro volante. Uma troca bastante ofensiva e que poderia mudar algo, na prática.

Aos 12’ do segundo tempo, o Lyon teve a sua melhor oportunidade até então no jogo. Fekir entrou na área, conseguiu tabelar e, quando ia finalizar, acabou sendo derrubado por Gélin. A arbitragem, bisonhamente errou ao não dar o pênalti e deixou os homens do Lyon furiosos, com Fekir e Traoré recebendo amarelo. Na sequência, mais duas ótimas chances. Na primeira, Aouar achou Traoré na entrada da área, com Koubek evitando no cantinho. Na sequência do lance, em escanteio de Memphis Depay, ele quase marcou olímpico. A bola tocou na trave antes de sair.

Antes dos 20’ da etapa final, o Lyon criaria mais uma oportunidade. Desta vez, com Cornet pela direita. Ele avançou até o fundo e fez o cruzamento no primeiro pau. Por ali, Traoré só desviou de cabeça para trás e a bola chegou até Memphis Depay que, com o peito, tentou desviar em direção ao gol. Por muito pouco não seria uma finalização, mas passou ao lado do gol de Koubek.

Definitivamente, o Lyon era melhor do que foi no primeiro tempo., mas ainda faltava a bola na casinha para consolidar uma atuação mais eficiente. Em mais uma oportunidade pela direita, desta vez com Fekir, o capitão cruzou pra área e lá estava Memphis Depay, sozinho. Ele cabeceou pra baixo, bizarramente, e mandou por cima. Era a chance do empate. Minutos depois, foi a vez de Traoré e Cornet criarem uma ótima oportunidade – com toques de calcanhar – para Fekir aparecer finalizando. Ele mandou pra fora em uma jogadaça.

Aos 37’ do segundo tempo, o Lyon queimava sua última alteração. Gouiri entrava no lugar de Ndombélé. E o OL jogava o restante da partida sem qualquer volante. Enquanto isso, Lamouchi não havia mexido e guardava suas alterações para queimar tempo nos momentos finais da partida. E isso não aconteceu. Apenas Mexer quem entrou no lugar de Diafra Sakho: a troca do centroavante pelo zagueiro, já prevendo o que viria por aí.

No finzinho da partida, o Lyon fez o que todo mundo faria: bolas na área, chutes de qualquer lugar. O famoso abafa. Era um desespero só nos últimos minutos, com até os zagueiros depois da linha do meio de campo. Isso tudo não adiantou e a soberania da zaga do Rennes foi superior do início ao fim. No último minuto, time visitante arranco um contra-ataque e Léa-Siliki precisou de duas finalizações para fechar o caixão. Pareceu fácil! Lyon abatido. Fim de jogo: 0-2!

Sem entrar em campo pela Liga Europa desde dezembro do ano passado, o Lyon agora terá uma prova de fogo na competição. Junta forças para na quinta-feira (15), receber no mesmo Groupama Stadium de hoje o Villarreal, em jogo como ida do pelo primeiro duelo dos 16 avos de final da competição. Até lá!

FOTOS: France Football / olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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