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Tática covarde de Bruno Génésio, treinador do Lyon, acabou recuando todo o time de forma desnecessária na segunda etapa e simplesmente deu todo o espaço para o rival crescer no jogo
Dentro de campo, o Lyon quase teve um desfalque de última hora. Lucas Tousart sentiu dores no vestiário minutos antes da partida começar, mas acabou não precisando da alteração. Mas Génésio já tinha dois desfalques para o duelo. Um deles, muito importante, inclusive. Além de Ferri, suspenso, ele não tinha a disposição o goleiro titular, Anthony Lopes. Com dores no tríceps, um dos líderes do time sequer foi relacionado, dando lugar para o reserva Gorgelin. No mais, nenhuma grande novidade no elenco, que manteve a rotação entre os laterais, com Rafael e Mendy hoje de titulares. Veja:
Pelo Saint-Étienne, o novo técnico do clube Jean-Louis Gasset tinha a sua disposição o elenco inteiro. Nenhum desfalque, seja por lesão ou suspensão. Por isso, ele armou seu time com as supostas melhores peças que o elenco poderia prover. Sendo assim, acabou relacionado, por exemplo, o brasileiro Hernani que acabou, sequer, ficando nem no banco. Entretanto, algumas peças que chegaram na janela de inverno já apareciam entre os titulares, como Subotic, Debuchy e M’Vila. Abaixo você pode ver como ficou escalado o time de Gasset, em uma formação bem parecida com a do rival:
Nos primeiros minutos de bola rolando, o clássico tinha cheiro, gosto e sensação de pelada. Começou mal jogado e com uma sensação de que seria truncado no meio de campo. Era só impressão mesmo. O próprio Saint-Étienne mostrou isso aos 15’ de jogo, quando conseguiu balançar as redes de Gorgelin, entretanto, o lance foi anulado pela arbitragem. Beric, que completou para o gol, estava em clara posição de impedimento e o árbitro Ruddy Buquet acertou.
Talvez, o lance anulado serviu como despertador para o OL e também para o jogo como um todo, já que os donos da casa era quem abriria o placar no clássico apenas quatro minutos após o lance de impedimento. Tudo começou nos pés do zagueiro brasileiro Marcelo. Ele fez um lançamento do meio de campo e achou Mariano Díaz na área. O espanhol/dominicano dominou no peito, já girando pra cima de Perrin, em um lance clássico de pivô, completando no cantinho. Um verdadeiro golaço! 1 a 0!
O gol foi o suficiente para o Lyon colocar o pé no freio. E isso era perceptível pelo movimento de seus laterais. Mendy e Rafael já não passavam mais da metade do campo de ataque e com isso o time segurava uma vantagem perigosa, mas tentava fazer isso com a posse de bola. Na temporada, o OL já sofreu com isso: criando vantagens pequenas e sofrendo gols no final da partida e, talvez, não fosse a melhor saída fazer isso ainda no primeiro tempo.
Ainda assim, o OL perderia um dos seus principais nomes do jogo até então, ainda no primeiro tempo. Rafael, que fazia uma função tática bem interessante no duelo, precisou sair mais cedo com dores. Aos 36’ de jogo ele deixou o gramado para ser substituído por Kenny Tete. Três minutos depois, pelo lado esquerdo, o Lyon quase ampliou em jogada individual de Memphis Depay. Ele cortou para o meio e mandou no ângulo, forçando boa defesa de Ruffier.
A grande verdade é que, na primeira etapa, o Saint-Étienne assistiu o Lyon a jogar. Claro que possibilitou apenas duas ou três oportunidades de gol para o seu rival – contando com o gol marcado – mas também não conseguiu fazer cócegas ao goleiro reserva Mathieu Gorgelin. A única finalização que conseguiram em todo primeiro tempo foi o gol anulado de Beric. Algo bem pouco se for analisar o time do ASSE que jogava de titular.
Ainda antes do intervalo, o Saint-Étienne tentou algum lance de perigo no ataque, novamente com bolas cruzadas na área e, ainda assim, não conseguiu movimentar o goleiro Marthieu Gorgelin. O goleiro – que tem 27 anos e completava apenas a sua 60ª partida como profissional – com fama de ser inseguro, sequer conseguiu ser testado na primeira etapa, o que mostrava uma fragilidade monstruosa do ataque dos Verts.
Para o segundo tempo, o Lyon voltou com mais uma troca por lesão. Lucas Tousart não continuava em campo, dando lugar a Houssem Aouar. Essa troca poderia ter acontecido minutos antes do jogo, mas só foi consumada no intervalo. Desta forma, Ndombélé seria recuado um pouco mais, fazendo a função de primeiro volante, com o próprio Aouar sendo o segundo volante, podendo até melhorar a saída de bola.
Diferentemente da primeira etapa, o ASSE vinha com uma mudança em sua postura. Mostrava-se mais ofensivo, até pressionava o OL no seu campo defesa. Para o Lyon, isso soava bom também, já que Memphis Depay, Fekir e Mariano Díaz varias vezes apareciam com bolas para correr. Antes dos 15’ do segundo tempo, inclusive. Memphis e Mariano tiveram duas boas oportunidades em contra-golpe para ampliar.
Jean-Louis Gasset conseguiu melhorar a postura do sei time, mas ainda precisava mais. A zaga do OL parecia intransponível. Portanto, ele mexeu pela primeira vez, colocando Hamouma no lugar de Monnet-Paquet. Depois, foi a vez de Ole Salnaes, já amarelado, deixar o campo para a entrada de Paul-Georges N’Tep. Enquanto o ASSE ia pra cima, o Lyon segurava o jogo. O time perdia Fekir – também por lesão (a terceira assim no jogo). Diakhaby, zagueiro, entrava em seu lugar.
Com as mudanças, o ASSE tomava conta do jogo. Era quase ataque contra defesa. O Lyon depositava em Memphis Depay e Traoré para agilizar as saídas em alta velocidade. Além deles, e de Mariano na frente, os demais jogadores todos se recuavam e só se preocupavam com a marcação. Isso, obviamente, fazia com que o Saint-Étienne criasse muito mais ocasiões do que fez na primeira etapa. Em uma delas, inclusive, Marcelo tirou em cima da linha uma finalização que Beric aproveitou de cruzamento. O OL flertava com o perigo.
Por falar em Beric, o centroavante do ASSE foi o rei das chances perdidas no jogo. Teve algumas boas oportunidades para fazer a diferença no clássico, mas faltou qualidade técnica para poder aproveitar isso da melhor maneira possível. Ouso dizer que se os Verts tivessem um “homem-gol” com mais qualidade, poderiam, inclusive, sair deste jogo com um resultado positivo, o que não aconteceu.
Se não tinha Beric, tinha Cabella. O meia do ASSE foi o melhor em campo pela sua equipe. E foi dos pés dele que o empate veio quase no apagar das luzes. Ele conseguiu avançar até a linha de fundo e dali fez o cruzamento para trás. Não apareceu ninguém dentro da área do Lyon para cortar e o lateral Debuchy foi o oportunista na área para decretar o empate no clássico mais mal jogado que assisti entre as duas equipes: 1 a 1, placar final.
Agora o foco é Copa da França. O Lyon joga as quartas de final da competição, em jogo único vai enfrentar o Caen, fora de casa. O duelo será na próxima quinta-feira (1), às 17h do horário de Brasília. Quem passar garante vaga nas semifinais da competição. Até lá!
FOTOS: olweb.fr /asse.fr
CAMPINHOS: L'Equipe
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OS GOLS DA PARTIDA:
Mariano Díaz: 1-0:
Debuchy: 1-1:
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