domingo, 5 de maio de 2019

Lyon e Lille ficam no empate em jogo eletrizante e embola a parte de cima

Filipe Frossard Papini
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O resultado poderia ser melhor, mas o alívio é não deixar o Saint-Étienne, maior rival, ultrapassar na tabela. Um ponto que deu uma tranquilidade momentânea.




Você conhece aquela expressão “jogo de seis pontos”? Era exatamente isso que estava em jogo neste encerramento da 35ª rodada da Ligue 1. De um lado, o Lyon abrindo as portas do Groupama Stadium para receber o Lille. OL entrou na rodada como terceiro colocado do campeonato, somando 62 pontos, seis a mesmo que o mesmo Lille, atual vice-líder da competição e que não pretende largar o posto. No entanto, no meio do fim de semana, o Saint-Étienne – maior rival do OL – venceu o Monaco e assumiu o lugar do Lyon com os mesmos 62 pontos, ficando na frente por causa de um gol de saldo. Definitivamente, o OL entrava pressionado não só para colar no LOSC, como também para manter a distância dos rivais e ainda tentar essa segunda colocação que dá vaga direta na próxima Liga dos Campeões.

Armado no 4-2-3-1, o OL foi a campo com aquilo que Bruno Génésio certamente entende como força máxima. Com os desfalques apenas de Rafael e Marçal, as laterais foram ocupadas por Dubois na direita e Mendy na esquerda. Outra posição que sempre gera dúvidas no treinador é no setor ofensivo, mais especificamente na posição de centroavante. Hoje, ele novamente decidiu entrar com Memphis Depay centralizado e Martin Terrier acabou ficando com o lado esquerdo, onde vem ganhando relativo destaque. Com essa opção, Dembélé acaba tendo que ficar no banco. Veja só como ficou:




Os visitantes, que vem fazendo uma tremenda temporada sobre o comando do sempre consistente Christophe Galtier, tinha como força máxima o seu setor de ataque, especificamente o seu quarteto ofensivo do 4-2-3-1. Nicolas Pépé, o grande destaque do Campeonato Francês ao lado de Mbappé, começava jogando pelo lado direito. Acompanhado dele estava o ex-PSG Ikoné pelo centro, o antigo principal jogador do Saint-Étienne, Jonathan Bamba pela esquerda e Loïc Rémy, prontinho para cometer a lei do ex, centralizado como centroavante. Para o confronto deste domingo, o treinador dos Dogues não tinha a sua disposição os seguintes três nomes de desfalques: Soumaoro, Zeka e Thiago Mendes. Abaixo, a escalação:




Jogo com climinha de decisão. O Lyon entrava focado e era bem perceptível isso no começo do jogo. Um nível de concentração que a gente só vê em clássicos e em dia de Liga dos Campeões. Em contrapartida, o Lille também. Não à toa, foram os visitantes quem deram o primeiro susto nos torcedores. Uma jogada de Nicolas Pépé onde ele cortou pro meio e tentou bater com efeito. Lopes, bem posicionado, buscou sem rebote.

Com esse espírito bem focado, o Lyon conseguiu reagir e muito rapidamente acabou também finalizando. E foi nessa primeira finalização que o gol saiu. Ikoné tentou sair jogando no meio e teve o passe cortado por Ndombele que, instantaneamente, acabou acionando Memphis Depay no ataque. Ele carregou até o limite e quando chegou na área, prendeu. Esperou a passagem de Terrier que apareceu já recebendo e finalizando: 1 a 0!

O gol anotado colocou fogo no jogo. O Lyon queria mais, mas o Lille também precisava do resultado para praticamente carimbar o vice-campeonato. Enquanto o OL quase marcou o segundo com um chutaço de Fekir de fora da área, o LOSC respondia pela esquerda em bola de Bamba cruzada para Pépé tentar pegar de primeira e surpreender Lopes. Por azar dele, o chute foi fraquinho e facilitou para o goleiro dos Gones.

Percebendo a igualdade de talento e qualidade técnica dos dois times, o Lyon continuava tentando seu gol, mas agora com mais calma com a bola no pé. Tocava mais e arriscava menos. Isso pode ser entendido como “dar uma recuada” também. Ndombele e Aouar praticamente não subiam mais, o que dava um pouco mais de campo para o Lille poder jogar, automaticamente também dava menos espaço para Pépé e Bamba correrem.

As oportunidades que o Lyon criou na segunda metade do primeiro tempo foram mais em jogadas de contra-ataque. Ainda assim, nenhum daqueles bem encaixado ou com muito espaço para correr. O único que deu essa possibilidade – mesmo que pequena – foi no lance do gol. Fora isso, o OL tentava em jogadas de fora da área, quando abria o clarão. No Lille o único que conseguia isso, era Pépé, mas sem calibragem no pé.

Para o segundo tempo, toda aquela supremacia que o OL havia conseguido construir no primeiro tempo, foi por terra. O Lille voltou muito melhor para a segunda etapa e marcou o gol de empate logo aos 5’ da segunda metade. E tudo aconteceu devido a uma falha dupla do lado esquerdo. Primeiro Denayer furou uma cortada. Na sequência, a bola rebateu em Mendy e deixou tudo claro para Rémy decretar o empate: 1 a 1!

O empate não caiu nada bem no colo do OL. Como já foi informado, somente a vitória era um bom resultado para os Gones e, por isso, a pressão chegou. O time precisava de mais um gol e começou a ficar nervoso dentro de campo. Muitas faltas. Muitos encontrões e poucas oportunidades. O time de Génésio começava a ficar desorganizado enquanto o LOSC gostava cada vez mais do jogo.

Em uma dessas faltas que o Lyon cometeu no meio do jogo, os Dogues colocaram a bola na área. Em lance de chuveirinho de bola parada, ela passou por todo mundo e, em mais uma falha da zaga, o Lille fez o segundo. Dubois não conseguiu chegar e Soumaré recebeu no segundo pau para mandar um chutaço e colocar a virada no placar. A bola bateu no travessão antes de entrar: 2 a 1 para os visitantes.

A torcida já ensaiava uma vaia. Enquanto Loïc Rémy saia no Lille para a entrada de Rafael Leão, o Lyon mexia duas vezes, com Dembélé e Cornet nos lugares de Terrier e Traoré, respectivamente. O OL melhorou e melhorou muito. Conseguiu emplacar uma pressão danada no adversário e chegou ao gol de empate com muito custo. Em um lance onde a bola custou a entrar. Depois de cerca de três tentativas em bate-rebate, Dubois colocou tudo igual novamente: 2 a 2!

O OL voltava com tudo pra cima e queria virar o jogo novamente. Pressão muito forte. Tentativas, finalizações e melhor em campo novamente. Galtier mexia de novo, colocando Rui Fonte no lugar de Ikoné. O contra-ataque era uma realidade e os Dogues contavam com isso para poder tentar um último golzinho no fim. Enquanto isso, o Lyon macetava. Pelo centro, pelos lados, em bola cruzada... De todos os modos.

Aos 41’ da etapa final, o OL teve uma clara oportunidade em bola parada na entrada da área. Memphis Depay se preparava para cobrar, mas foi Fekir quem finalizou. A bola passou por cima da barreira, mas parou nas mãos de Maignan. No rebote, o OL não conseguiu concluir a jogada. O Lille, já satisfeito com o empate, fazia de tudo para segurar o jogo e começou o tradicional cai-cai, algo que não é muito comum na França, inclusive.

O cronometro era vilão. O Lyon parecia perto do gol, mas não conseguia chegar. Galtier colocava Reinildo no lugar de Thiago Maia para segurar o relógio e os quatro minutos de acréscimos tinha que valer como se fosse dez para o OL. Mas não foi o suficiente. O time de Bruno Génésio tentou, mas não conseguiu furar Mike Maignan pela 3ª vez. No final das contas, o empate era um resultado ruim, mas pelo menos não deixava o rival St-Étienne passar.

O Lyon agora encara outra pedreira pela frente. Vai enfrentar o Olympique de Marseille, no Vèlodrome, às 16h do dia 12, próximo domingo. O jogo será válido pelo mesmo Campeonato Francês, fechando a 36ª rodada. A busca pela vaga na Liga dos Campeões continua vivíssima. Até lá!

FOTOS: ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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