sábado, 18 de maio de 2019

Na sua despedida da temporada jogando em casa, Lyon goleia o Caen e se garante na Liga dos Campeões

Filipe Frossard Papini
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OL foi melhor do início ao fim, mas só conseguiu marcar no segundo tempo. E foram quatro gols!



Despedida do Lyon na temporada jogando em seu recinto. O Groupama Stadium recebia seu último jogo do OL em 2019/20. A torcida, claro, compareceu em peso. Ainda mais depois das notícias das chegadas de Juninho e Sylvinho para fazer uma dupla na liderança técnica do clube na próxima temporada. Vencer o Caen hoje significava mais do que uma carimbada na próxima Liga dos Campeões, também era uma despedida simbólica do seu torcedor entregando, talvez, o mínimo do que se esperava para este ano. Mas do outro lado havia o Caen. Um time muito determinado e com fome de sair da zona de playoffs de rebaixamento.

O Lyon, com a força da sua torcida, se apresentava com um time ligeiramente diferente daquele que enfiou 3 a 0 no Marseille. Morel, novamente, ocupou a vaga herdada de Denayer – que deve fazer uma cirurgia no menisco. Mas a troca aconteceu no setor ofensivo. Memphis Depay não deixou o time, mas acabou ficando recuado, na posição em que Fekir – hoje ausente – jogava. Sendo assim, Dembélé acabou assumindo a posição de centroavante. Dos lados, Cornet e Terrier novamente jogavam. Veja só como ficou o time:




O Caen, sabendo que não tinha muitas chances contra o Lyon na parte técnica do jogo, ainda mais jogando fora de casa, decidiu apelar para a parte tática. Fabien Mercadal colocou seu time com uma postura bastante defensiva, contemplando o setor defensivo com cinco jogadores e outros quatro na segunda linha. Um movimento recuado que permitia seus homens de frente aparecerem praticamente em jogadas de contra-ataque ou mesmo de bola parada. Fayçal Fajr e Enzo Crivelli, inclusive, eram as principais armas ofensivas do Caen. Veja o time como ficou armado:




Em clima de festa e com a torcida apoiando bastante, o Lyon entrava em campo de forma bem organizada, mas errando muitos passes no setor defensivo. Na frente, o time incomodava, mas ainda faltavam detalhes para concluir em gol. O Caen, por sua vez, parecia um time também muito correto. Se postava de forma bem defensiva e quase não dava espaços no seu campo de defesa ao adversário. Contra-ataque era sua arma nesse embate.

O Lyon tinha muitas dificuldades para chegar. Memphis Depay, hoje responsável pelas armações da jogada, tinha pouca mobilidade, o que forçava Aouar a subir um pouco mais e tentar algo perto da área. Inspirados no duelo contra o Marseille, hoje Cornet e Terrier, os atacantes que jogavam abertos, tinham mais companhia na marcação e, com isso, tinham pouco espaço para poder fazer o que sabem.

As poucas vezes que o Lyon conseguiu chegar com perigo perto do gol de Samba, foi em jogadas que um homem no centro quebrava a linha de passe adversária e colocava Dembélé para sair frente a frente com o goleiro. Numa dessas, Depay calculou mal o tempo da bola, deixou o centroavante na cara do gol, mas ele estava em posição de impedimento. Bem marcado a anulação do tento, obviamente.

Na vez seguinte, Dembélé novamente saia em condições claras de abrir o placar, mas foi derrubado pelo jovem Zahary. O árbitro Amaury Delaune marcou pênalti com muita propriedade, mas foi chamado pelo VAR. No vídeo, confirmou a marcação da penalidade e deu a oportunidade para o mesmo Dembélé fazer a cobrança. O camisa 9 do OL até cobrou bem. No canto, forte, a meia altura, mas brilhou a estrela de Samba. O goleirão conseguiu fazer a defesa.

Depois de ter perdido essa cobrança de pênalti, o OL deu uma esmorecida. Não conseguiu mais chegar com perigo durante todo o restante da primeira etapa. Um gol desses seria importante para quebrar o paredão criado pela formação tática do técnico Fabien Mercadal, pois forçaria o Caen a sair para o jogo e permitiria mais espaços para o Lyon jogar seu jogo ofensivo. Em suma: o OL precisava de só um gol para poder fazer o que sabe.

Na parte final ainda do primeiro tempo, o Caen até conseguiu se aventurar um pouco mais no setor do campo defensivo do Lyon. Conseguiu dois lances de bola parada que não chegaram nem perto de serem aproveitados, mas também arrancaram um cartão amarelo do Marcelo, zagueiro dos Gones. O primeiro tempo se encerrava com o OL melhor, mas o Caen sabendo exatamente o que fazer para arrancar pontos fora de casa.

Na volta do segundo tempo, tudo mudou. O Lyon voltou o mesmo, mas conseguiu rapidamente fazer aquilo que queria durante toda a primeira etapa: marcar o seu gol. E ele aconteceu aos quatro minutos. Uma jogada criada por Dembélé no meio, ele abriu para Maxwel Cornet na direita. O marfinense conseguiu ir até a entrada da área pela direita, cruzar para Memphis Depay aproveitar a assistência e, no segundo pau, colocar o OL na frente do placar: 1 a 0!

E mal deu para comemorar o gol do holandês, o Lyon já logo marcou outro de cara. Lembra da teoria de que bastava um gol para a porteira abrir? Foi exatamente isso. Desta vez, em jogada pelo lado esquerdo do ataque. Terrier avançou com muita velocidade, entrou na área e bateu cruzado. A bola fez a curva pra fora e tocou sutilmente na trave. No rebote, Cornet apareceu para conferir e marcar o 2º do OL: 2 a 0!

Com os dois gols relâmpagos, o treinador do Caen, Fabien Mercadal, precisou mexer. E trocou logo no ataque, tirando Khaoui para a entrada do jovem Moussaki. Quando fazia sua segunda troca, com Oniangué no lugar de Déminguet, o OL deu a terceira martelada. Foi uma troca de passes completamente envolvente na boca da área do Caen. Até que no momento em que a bola caiu nos pés de Aouar, ele achou Dembélé entrando. O centroavante só teve o trabalho de colocar no cantinho de Samba: 3 a 0!

Faltando um pouco mais de 15’ para o fim do jogo, Mercadal queimava sua última alteração. Mas uma troca relativamente estranha. Tirou Crivelli, seu centroavante, e colocou o lateral Armougom. Mas por qual motivo tirar um atacante, perdendo de três? Tudo por causa da briga para fugir do rebaixamento e o saldo de gols. Não queria tomar mais. Mas tomou! Enquanto tentavam algo na frente, perderam a bola e o contra-ataque foi ligado com Cornet. Ele avançou o quanto pode e só esperou Memphis Depay aparecer para fazer a assistência. O holandês completou de primeira e cravou a goleada: 4 a 0!

Com o massacre instaurado, Bruno Génésio propôs duas trocas no seu time. Tirou o próprio Memphis Depay, além de Aouar. Colocou Bertrand Traoré no jogo, além de Lucas Tousart. Pouco tempo depois, foi a vez do brasileiro Rafael substituir Léo Dubois. Génésio praticamente queimava todas as suas trocas numa janela de cinco minutos, basicamente. Com o cenário praticamente definido, o OL pisava no freio no finzinho.

Estabelecida a goleada, o protagonismo do jogo mudou de figura. A torcida do Lyon roubava a cena, fazendo uma festa incrível no estádio, com direito a gritos e músicas para Juninho Pernambucano e muita cantoria e batuques nas organizadas. Em campo, o protocolar: o Caen estava morto, abatido e derrotado. O Lyon só fez girar a bola e fazer valer sua imensa superioridade neste jogo, garantido vaga na próxima Liga dos Campeões, na fase eliminatória.

O Lyon foca agora em sua última partida da temporada. Vai enfrentar o Nîmes, fora de casa, em jogo válido, claro, pela 38ª rodada da competição. A partida será na próxima sexta-feira (24), às 16h05 do horário de Brasília. É a despedida do OL já pensando na próxima temporada onde terá um espírito muito mais brasileiro. Fiquem ligados. Até lá!

FOTOS: ol.fr / Le Progrès
CAMPINHOS: L'Equipe


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