sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Com hat-trick de Memphis Depay, Lyon estreia de forma tranquila no Francês

Filipe Frossard Papini
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Além dos três tentos marcados pelo holandês, ele ainda foi o responsável direto pelo outro gol, que foi creditado contra para o zagueiro do Dijon




A temporada começou para o Lyon. Depois de finalizar uma árdua sequência, de muita pressão física e psicológica para os jogadores, finalmente o OL entrava em campo com um pouco mais de paz na cabeça e também como favorito. Desde quando retornou aos gramados após a paralisação pela pandemia, o time encarou todos os seus duelos (PSG, Juventus, Man City e Bayern de Munique) como azarão e agora tinha a chance de fazer valer sua força diante de um adversário tecnicamente inferior. Apesar de ser um confronto pela 2ª rodada da Ligue 1, o clube fazia sua estreia na competição, já que o confronto da semana anterior sofreu adiamento.

Para esse retorno, o Lyon teve uma baixa de última hora das mais importantes. Houssem Aouar testou positivo para COVID-19 e imediatamente foi afastado da delegação. Também deverá ser cortado do grupo que recentemente foi convocado pela Seleção Francesa, onde ele acabou sendo chamado pela primeira vez. Além disso, o OL já tinha catalogado o desfalque do lesionado Rafael e de Kadewere, por luto familiar. Mas por causa da ausência do Aouar, Rudi Garcia mexeu ligeiramente na formação da equipe. E se antes existia a dúvida entre Toko Ekambi e Dembélé, hoje, os dois foram pro jogo. Veja como ficou:




O Dijon chegava para este duelo como franco atirador, assim como o próprio Lyon apareceu nos jogos da Liga dos Campeões. A expectativa e projeções de favoritismo não estavam muito favoráveis, ainda mais com os desfalques que tinha o técnico Stéphane Jobart. Começando por Pape Cheikh Diop. O volante recém contratado do Lyon ficava de fora justamente por cláusula contratual. Além disso, o treinador tinha outros seis desfalques por questões médicas e/ou físicas: Ngonda, Coulibaly, Younoussa, Baldé, Benzia e Tavarès. Mas o bom lateral Chafik voltava ao time, recuperado. Duas novas contratações começavam no banco: Chalé e Panzo. Assim foi escalado o Dijon:




Na coletiva pré-jogo, Rudi Garcia havia insistido em um ponto em especial: jogar a Ligue 1 como jogaram a reta final da Liga dos Campeões. Ele queria o time com o mesmo vigor e a mesma gana. E foi exatamente isso que o elenco demonstrava nos primeiros minutos de bola rolando. Antes mesmo dos 15’ iniciais, o OL já tinha criado cinco grandes chances de gol, a maior parte delas, orquestrada pela dupla Toko Ekambi e Dembélé.

Mas a lógica do “quem não faz, leva” acabou abatendo sobre o OL. Enquanto o time continuava tentando apertar o Dijon, o time só dependia de uma bola. Lembra quando citei que jogariam tipo o próprio Lyon na UCL. Foi isso que aconteceu. Em um contra-ataque não muito organizado, o Dijon conseguiu abrir o placar imediatamente depois que o Lyon apertava. Scheidler precisou de duas tentativas para vencer Lopes, mas conseguiu por no cantinho: 1 a 0!


O gol não abateu em nada a o Lyon, que continuou fazendo aquilo que se propunha a fazer: pressão. Não deixava o Dijon respirar. Muitas bolas alçadas na área e momentos oportunos para conseguir o empate. Mas faltava um elemento em especial: a finalização. Bruno Guimarães apareceu em um momento, recebendo passe em profundidade e parou no goleiro Gomis, mas era evidente que um empate estava cada vez mais perto, pelo nível de jogo que os Gones colocavam no setor ofensivo.

Esse volume parecia ter uma concentração específica do lado esquerdo do ataque do Lyon. Cornet, como ala, aparecia sempre sozinho e sem muito esforço para fazer suas incursões. Mas ele tentou várias e várias vezes a mesma jogada, de bola área, tentando achar um dos atacantes e errava praticamente todas as chances. Numa dessas, no rebote, Dubois conseguiu pegar o rebote, mas o chute fraco facilitou para o goleiro Gomis, perto dos 30’ de jogo.


De toda forma, o mesmo Cornet iria retribuir todos os lances meio atabalhoados que ele mesmo criou na primeira etapa. Aos 37’, recebeu um passe incrível de Toko Ekambi após linda jogada pela direita. Ao entrar na área, o marfinense acabou sendo derrubado em jogada de corpo. A arbitragem marcou sem precisar consultar o VAR. Na bola, Memphis Depay não teve problemas para decretar o empate, deslocando o goleiro e cobrando com categoria: 1 a 1 

Não demorou muito para o Lyon mostrar quem realmente mandava no jogo. Aos 45’, ainda na primeira etapa, Memphis Depay recebeu a bola no lado esquerdo do ataque, já dento da área. Ele sambou pra cima do defensor e, ao realizar o cruzamento, acabou forçando Lautoa a fazer gol contra: 2 a 1! E só foi sair a bola para o Lyon recuperar a ainda no mesmo minuto aumentar o marcador. Toko Ekambi avançou pela direita, cruzou, a zaga se atrapalhou toda e Memphis Depay, de novo ele, colocou para as redes: 3 a 1!


Na volta para o segundo tempo, o ritmo não diminuiu para o lado dos Gones. Intensidade, pressão, ritmo de jogo e uma vontade tremenda de querer vencer o jogo pelo placar mais elástico possível. Jobart via seu time sendo encurralado e logo mexeu duas vezes, colocando Panzo e Sammaritano nos lugares de Ngouyamsa e Chouiar. Mas era o OL quem pressionava. Em jogada de Bruno Guimarães, Toko Ekambi quase ampliou aos 13’.

O acaso apareceu aos 20’ para ajudar o OL. Na verdade, o acaso, não. O VAR. Sem precisar consultar a cabine, o árbitro, só pela comunicação do rádio, marcou um pênalti muito duvidoso em Dubois. Novamente, Memphis Depay foi para a cobrança. Mas, dessa vez, o capitão acabou mudando a cobrança e decidiu bater forte no meio. A bola bateu no travessão e entrou: 4 a 1 e hat-trick do holandês. 


Depois do quarto gol, Rudi Garcia resolveu começar a poupar algumas peças. Logo tirou Toko Ekambi para colocar Reine-Adélaïde. Pouco tempo depois, uma dupla mexida com Cherki e Tete nos lugares de Memphis Depay e Dubois. Do outro lado, Jobart mexia com Dobre e Chalá para as saídas de Amalfitano e Marié. Pouco tempo depois, Cherki dava as cartas deixando Cornet sozinho no segundo pau, mas o marfinense, em um dia não muito inspirado, mandou longe.

Aos 34’ do segundo tempo, os dois treinadores queimaram suas últimas mexidas com Jobart colocando Philippe para retirar o autor do seu único gol, Scheidler. No OL, mais uma dupla troca, com Cornet e Marçal dando lugares a Bard e Andersen, respectivamente. Depois das mexidas, de novo aparecia a estrela individual de Cherki, agora em drible para cima do defensor e forçando defesa de Gomis.


Com todos os times já feito as cinco mexidas, o jogo deu uma diminuída no ritmo. O Lyon, na verdade, não precisava de mais esforços e bastava segurar o resultado, tocar a bola um pouco mais e, obviamente, diminuir a intensidade. Para o Dijon, o resultado era irreversível. Não havia como reverter o placar com poucos minutos restantes e quase nenhuma finalização no segundo tempo. O jogo tomava contornos finais.

Nem mesmo os quatro minutos apontados pelo árbitro Benoît Millot colocou mais emoção no finalzinho, que acabou culminando no apito final sem demais chances para ambos os lados. Assim, apesar de ter tomado um susto no começo do jogo e sofrendo o primeiro gol, o OL começa a temporada da Ligue 1 com o pé direito e sobrando bastante em relação ao primeiro adversário. Será que seguirá assim até o fim?


O Lyon agora, finalmente, dá uma pausa. Será a primeira que o time terá desde que retornou aos gramados pelo Final 8 da Liga dos Campeões. A Liga das Nações entra como data FIFA e o time só retorna no próximo dia 11. Novamente, em uma sexta-feira, para abrir a rodada três da Ligue 1. Visita o Bordeaux, às 16h do horário de Brasília. Até lá!

FOTOS: France Football | DFCO.fr | Le Progrès
CAMPINHOS: L'Équipe


OS GOLS DA PARTIDA:
(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

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