sábado, 15 de agosto de 2020

O leão rugiu! Lyon faz resultado histórico e manda o Man City de Pep Guardiola pra casa após acachapante vitória por 3 a 1

Filipe Frossard Papini
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Predestinado, Moussa Dembélé entrou e fez os dois últimos jogos. OL agora enfrenta o pomposo Bayern de Munique




Depois de despachar a Juventus de maneira um tanto quanto heroica, vencendo na França por 1 a 0 e perdendo em Turim por 2 a 1, agora o adversário era o Manchester City. E nada de jogos de ida e volta. A partida única decidia tudo no José Alvalade, em Lisboa. O resultado, claro, credenciava o vencedor para a semifinal da Liga dos Campeões para enfrentar ninguém mais, ninguém menos, do que o poderoso Bayern de Munique, que espancou o Barcelona na sexta-feira por um esmagador e histórico 8 a 2. O ponto interessante dessa história toda é que na temporada 18/19, o Lyon venceu o mesmo City por 2 a 1 em Manchester. E Guardiola se lembra disso muito bem.

Exatamente pensando naquele duelo e sem querer dar margem para qualquer erro, o técnico catalão apresentou muitas alterações naquele time que se colocava com prévia. Decidiu, primeiro, não colocar Fernandinho na zaga e foi com o jovem Eric García, de 19 anos. Na esquerda, Cancelo foi escolhido para o lugar de Mendy. David Silva no banco, e a faixa ficou com Fernandinho. Além disso, o jovem Foden também ficava na reserva. Na imagem abaixo é possível ver como ficou o City para o começo deste jogo:




Pelo Lado do Lyon, muito pelo contrário do City, nenhuma novidade para essa partida. A escalação escolhida por Rudi Garcia era exatamente a mesma que optou ao enfrentar a Juventus. Inclusive com aquela mudança que naquela ocasião havia surpreendido todo mundo, com Toko Ekambi entre os titulares e Moussa Dembélé no banco. O jovem Maxence Caqueret, novamente, começava entre os 11. Jason Denayer e Maxwel Cornet, que eram dúvidas por dores, foram confirmados, nem como Kenny Tete, que ficava no banco. Veja a formação de Rudi: 




Mesmo com as informações da formação táticas confirmadas pelo site da UEFA, o que se via em campo era uma mudança promovida pelo Pep Guardiola. Sem a bola, o City jogava com três zagueiros, com Fernandinho recuado, praticamente espelhando a formação do OL. Com a bola, voltava ao 4-3-3. E foi dessa forma, tentando surpreender o OL taticamente, que o City chegou logo aos 4’ de jogo, com Sterling. Se não fosse Marçal, o placar seria aberto rapidamente.

Pouco tempo depois, os Gones conseguiram equilibrar um pouco mais as ações. Primeiramente, com uma bola alçada na área onde Walker tentou fazer o recuo e quase acabou surpreendendo o goleiro Ederson. Pouco tempo depois, foi Marçal quem apareceu novamente, agora batendo de fora da área após um rebote de cobrança de escanteio onde o goleiro brasileiro se saiu bem novamente.




O que ninguém esperava era que o Lyon conseguisse equilibrar as ações. O meio de campo embolado deixava os dois times equiparados e, obviamente, ambos queriam jogar por uma única bola. E foi assim que o OL saiu na frente no placar. Em lançamento de Marçal, Toko Ekambi saiu sozinho. Garcia conseguiu cortar na primeira, mas Cornet, em seguida, completou com um toque de categoria, no cantinho e de fora da área: 1 a 0!

Depois de sofrer o gol e deixar Pep Guardiola maluco no banco de reservas, o City ficou totalmente ofensivo. Começava a pressionar o Lyon em seu campo de defesa. E, como já é de praxe, começava a aparecer o brilho de Anthony Lopes. O goleiro do Lyon que cresce muito em jogos grandes começava a fazer intervenções importantes para manter o placar positivo para o OL no jogo.




Perto do intervalo, ainda na pressão fulminante do City, Sterling fez uma grande jogada pelo direito, conseguiu achar Rodri entrando na área e fez aquele passe para trás que engana toda a defesa. No entanto, a finalização que acabou saindo fraca facilitou demais a vida do goleiro Anthony Lopes que, de novo, salvava o time em um momento importante da partida. City crescia no jogo.

No finzinho da etapa final, ainda deu tempo do Man City aparecer de novo. Em uma jogada bem genial de Kevin De Bruyne, ele conseguiu achar Sterling passando pelas costas da defesa do Lyon. O jogador inglês conseguiu pegar a bola, mas quando fez o domínio, quem apareceu para evitar uma finalização com mais espaço? Ele mesmo, Anthony Lopes. O goleiro dos Gones de novo fez ótima intervenção, conseguindo levar o 1 a 0 para o intervalo.




Na volta da pausa, o Manchester City apareceu com a mesma formação. Sem nenhuma mexida, o time recomeçou jogando da mesma forma: dando liberdade ao OL jogar seu jogo, mesmo em postura defensiva. E, mesmo assim, não conseguia penetrar com muita qualidade. Por isso, logo aos 10’ de bola rolando para a etapa final, Pep Guardiola fez sua primeira mexida, colocando Mahrez para tirar Fernandinho, colocando seu time mais ofensivo.

O City tentava de tudo para penetrar na defesa do OL. Lopes aparecia com muita certidão e inclusive parando o adversário em momentos oportunos, como em uma cobrança de falta de De Bruyne da entrada da área, aos 15’ do segundo tempo. Pep aumentava sua ofensividade, avançando suas linhas e colocando cinco jogadores na frente. E o OL tentava segurar de todas as formas.




E água mole pedra dura, tanto bate até que fura. Aos 24’ do segundo tempo, o Manchester City conseguiu o seu tão buscado gol de empate. Em jogada de Sterling pela esquerda, ele conseguiu cortar Denayer da jogada e tocou pra trás. Por lá estava Kevin De Bruyne, que apenas bateu de chapa, colocando com força, no cantinho do goleiro Lopes que, dessa vez, não conseguiu chegar: 1 a 1!

Depois do gol, Rudi Garcia colocou Thiago Mendes no lugar de Bruno Guimarães. Pouco tempo depois, Tete e Dembélé foram para campo substituindo Dubois e Memphis Depay, respectivamente. E essa tacada de gênio do técnico do Lyon mudaria tudo. Poucos sabiam, mas Dembélé estava predestinado. Logo após o City empatar e ele mesmo entrar, Moussa colocou os Gones na frente de novo. Com a defesa desarrumada, o centroavante conseguiu sair em disparada após tropeço de Laporte e colocou o 2 a 1 no placar!




Desespero do City! Pep Guardiola inconformado no banco. VAR acionado, mas o gol foi cravado de forma acertada. O mundo incrédulo assistia ao que ninguém acreditava. Faltando pouco mais de dez minutos para o fim, o Lyon estava na frente novamente. E cabia mais? Cabia, sim! E veio de novo dele, o predestinado: Moussa Dembélé. Aouar primeiro tentou arriscar de fora da área. Ederson defendeu, mas bateu roupa. Na sobra, Dembélé completou para as redes aos 42’ do segundo tempo: 3 a 1!

Nem mesmo os cinco minutos de acréscimos foram o suficiente para tirar os espasmos de choque na feição dos jogadores ingleses. Com o apito final, explosão de euforia no José Alvalade. Jogadores do City caídos no chão e desolados, enquanto o OL fazia a festa não somente no campo, como também no vestiário. Desde 2010 o time não enfrentava uma semifinal da Liga dos Campeões e isso acontecia novamente.




E sabe quem o Lyon enfrentou naquela ocasião? O próprio Bayern de Munique, adversário que aparecerá pelo seu encalço novamente. E logo após de meter a goleada mais devastadora na história do Barcelona, 8 a 2. Será que o OL dará conta? Ou será que vem mais uma atuação heroica e histórica? O jogo está marcado para a próxima quarta-feira (19), às 16h, novamente no José Alvalade. Até lá!

FOTOS: ol.fr | Reprodução/Twitter
CAMPINHOS: UEFA.com


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