@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Zebra Quevilly não deu trabalho e OL conquista a Copa da França 2011/2012 no Stade de France lotado!
Final da Copa da França. O Lyon entra praticamente com a obrigação para levar o título. Deixou escapar a Copa da Liga Francesa para o Marseille e foi eliminado pelo APOEL na Liga dos Campeões. A pressão era grande. O Quevilly, por sua vez, chegava ao jogo como franco atirador. Não tinha pudor em avançar. Estar ali, na final, já era uma vitória para o modesto time da 3ª divisão francesa. E não pense que o Quevilly joga a sua primeira decisão na história. Não mesmo. Em 1927 o time perdeu para o Marseille na decisão do mesmo campeonato.
Rémi Garde escalou um time diferente do que vinha utilizando recentemente. Além de estrear a camisa 3D, o time voltou a usar o 4-2-3-1. E Gourcuff conquistou a vaga entre os titulares. Na frente, Lisandro caindo pela esquerda e Lacazette pela direita, seria a válvula de escape rápida do OL. Na frente, Gomis era o homem de área. Réveillère e Cris, já 100% recuperados de lesões, também voltam ao time titular. Confira o time:
Pelo time do Quevilly, o técnico Régis Brouard foi até o Stade de France com força máxima. Colocou todas as suas armas em campo e sem desfalque algum, ao contrário do Lyon, que não contava com Mensah, Ederson e Michel Bastos. O Quevilly também vinha armado num 4-2-3-1 e com a referência do time sendo o centroavante de porte, o camisa 29, Joris Colinet, atacante de área do azarão da Copa da França. Abaixo, a escalação do Quevilly.
No começo da partida, o Lyon se mostrou superior e queria ir pra cima a todo custo, diferentemente do que aconteceu na Copa da Liga Francesa, onde Lyon e Marseille não agiam como finalistas e deixavam o jogo seguir um ritmo totalmente morno. Logo no começo, Lisandro teve três ótimas oportunidades para marcar. Uma delas, inclusive, foi um chute na trave em um belo domínio de bola que desarmou toda a defesa adversária. O primeiro chute de perigo do Quevilly foi aos 13’, quando Jouan arriscou do meio da rua e quase surpreendeu Lloris, que estava um pouco adiantado.

Mas a força do Lyon ainda permanecia. O time heptacampeão francês seguia melhor na partida e criando chances de gol. Aos 23’, Lacazette arrancou pela direita, passou do marcador, adentrou a área do Quevilly, se livrou do goleiro e na hora de finalizar, a defesa adversária cortou em cima da linha. Dando sequência ao lance, foi a vez de Gomis desperdiçar de cabeça, quase sem goleiro novamente.

Após sair na frente, o Lyon perdeu um pouco o ímpeto de atacar a todo custo. Deu uma recuada natural, e começava a dar espaços pro Quevilly tentar esboçar uma reação. Mas o time de Régis Brouard não tinha qualidades para penetrar na defesa dos Gones. Sendo assim, quando perdiam a bola lá na frente, o OL tentava esboçar contra-ataques explorando justamente aquela área mais frágil do Quevilly: os lados do campo. E foi assim que quase saiu o segundo gol. Mais uma vez Lisandro fez boa jogada pela esquerda, e achou Gourcuff entrando sozinho na área. O meia chutou mascado e perdeu o lance, a zaga rebateu e o rebote sobrou pra Gomis, que driblou o primeiro marcador, mas mandou pra fora.
No segundo tempo, quando parecia que o Quevilly iria pra cima, para tentar empatar a qualquer custo, foi o Lyon quem assustou primeiro. Aos 5’ da segunda etapa, Lacazette carregou a bola e chutou, quase na entrada da área. Na trajetória, a bola desviou no zagueiro e enganou o goleiro El-Kharroubi. Mas por sorte do Quevilly, a bola bateu no travessão e sobrou nos pés de Källström, que errou na continuidade do lance.

Com o domínio do jogo, o Lyon se acomodou dentro de campo. Começou a ser displicente nos passes e errava lances teoricamente fáceis. Não tinha mais o ímpeto de ataque que demonstrava no primeiro tempo. Dessa forma, o Quevilly, enfim, mostrou o que poderia fazer. Laup arrancou em extrema velocidade pela esquerda, deixando Réveillère comendo fumaça. Ao entrar na área, mandou uma bomba em direção ao gol. Lloris se esticou todo e encostou na bola antes dela explodir no travessão. Foi a primeira grande chance do Quevilly na partida inteira.

O Quevilly começava a gostar do jogo e o Lyon sofria um apagão. Aos 28’ do segundo tempo, Lloris tentou sair tocando e passou mal para Källström. O sueco, ao ver que perderia na corrida por Laup, desceu o sarrafo no velocista adversário. Hérve Piccirillo, árbitro do jogo, só marcou falta e deu um cartão amarelo. Era pra ser expulso. O juizão teve compaixão. Após o lance, aos 31, foi a vez de Régis Brouard fazer a sua segunda troca. Colocou Ouahbi em campo e retirou Diarra.

O jogo se encaminhava lentamente para o término. O Lyon já não atacava mais e se segurava no meio-campo para não permitir uma surpresa do Quevilly, que por sua vez tentava timidamente arrumar alguma coisa no ataque, mas com pouca eficácia.

Hervé Piccirillo havia indicado 3’ de acréscimo. Desespero na torcida do Lyon. Todos queriam que o jogo acabasse de uma vez. O grito de “é campeão” estava engasgado. O banco de reservas do Lyon já estava na beira do gramado só esperando o apito final. O Lyon, desde 2008 não comemorava um título. E o momento estava chegando...
... Quando o juiz apitou! Euforia no gramado do Stade de France! O LYON É CAMPEÃO DA COPA DA FRANÇA 2011/2012! O jejum estava quebrado. Finalmente o caneco poderá ser levantado. Em uma temporada que, teoricamente, era pra ser uma das piores dos últimos tempos, um título apareceu para colocar panos quentes na situação.
No momento de levantar o caneco, o capitão Cris, em um gesto humilde, convidou o capitão do Quevilly, Beaugrard, para subir no palanque junto com ele. O trofeu foi entregue em mãos pelo até então presidente Nicolás Sarkozy.
Comemorações a parte, a Ligue1 continua. Agora o Lyon enfrenta o Valenciennes, pela 35ª rodada do Campeonato Francês, no dia 02 de maio, quarta-feira, às 14h.
FOTOS: letelegramme.com / olweb.fr / L'Equipe / Le Parisien
GOL DO TÍTULO:
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