@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
OL dominou o primeiro tempo, mas ali mesmo sofreu o único gol da partida. No segundo, foi dominado por um PSG bem postado e não conseguiu reagir
Expectativa criada durante toda a semana. Finalmente chegava a hora do grande jogo da temporada no Campeonato Francês até aqui. Em campo, confronto entre os dois times que vem jogando melhor na competição até aqui. O Lyon, se vencesse, abria larga vantagem contra os concorrentes. Agora, se o PSG ganhasse a partida, alcançava o Lyon e o Marseille em número de pontos e assumia a ponta devido ao saldo de gols que já possuía antes mesmo da partida se iniciar. No Parc des Princes lotado, e com uma pressão esmagadora da torcida da casa, o duelo de hoje já tinha todos os elementos de uma certa decisão antecipada, mesmo valendo somente o título do primeiro turno.
E sob essa energia da sua torcida, Carlo Ancelotti novamente optou pelo 4-4-2 que vem dando certo nas últimas partidas do Paris-Saint Germain. Com a lesão do brasileiro Alex, Mamadou Sakho acabou acabou herdando a vaga na zaga. O quarteto ofensivo, de respeito, era formado por Lavezzi, Pastore e com Ménez e Ibrahimovic mais avançado. Dentre as estrelas parisienses, no banco de reservas ainda tinha o jovem e ainda promissor Marco Verratti. Além de Alex, já citado, Hoarau, Nenê e Bodmer, machucados, também não foram relacionados para o jogo. Confira abaixo como ficou a escalação:
Visitante da noite, o Lyon tinha vários desfalques: Gourcuff, Grenier, Briand e Lacazettes sequer viajaram. Réveillère era dúvida até momentos antes do jogo, mas acabou sendo titular. Umtiti, mesmo com o retorno de Monzón, se manteve entre os 11, jogando de lateral esquerdo. Atuando numa espécie de 4-1-4-1, alternando para o 4-2-3-1, Malbranque era peça chave do time. Ora fazia o trio de marcação na volância, ora saia para articular o meio. No ataque, Lisandro Lopéz voltava ao time titular. Abaixo, veja como ficou a equipe de Rémi Garde para o jogão de hoje:
Nos primeiros dez minutos de jogo, víamos uma partida bem estudada. Os dois times pouco agrediam e tentavam arranjar seus espaços para jogar. Nenhum lance de perigo, assim como nenhum outro time dominando as rédeas da partida. O interessante era ver o Lyon nada acuado com a responsabilidade da partida e por estar enfrentando uma equipe que, na teoria, era bem superior a sua.
Pouco depois, o PSG tentava mostrar suas garras. Aos 11’, Pastore trocou passes com Ibrahimovic. O argentinou recebeu, em seguida, já entrando na grande área. Na hora da finalização, Rémy Vercoutre saiu bem e mandou para escanteio. Era a primeira boa chance da partida.
Percebendo o ímpeto de ataque dos donos da casa e estrategicamente colocado do lado esquerdo do campo, Umtiti subia pouco e fazia as vezes de zagueiro, fechando com Lovren e Bisevac um trio defensivo. Sem a bola, Umtiti quase não ultrapassava a linha do meio de campo. Definitivamente Rémi Garde tinha precauções com aquele lado do campo, onde caia Lavezzi e Pastore, revezando pelos lados do campo.
Na segunda metade do primeiro tempo, foi o Lyon quem começou a ditar o ritmo da partida. Tocava melhor a bola e conseguia chegar bem até a defesa do Paris. As jogadas começavam principalmente do lado direito e pela parte central do campo. Com uma defesa bem composta, o OL não dava espaços ao adversário e tinha certa liberdade para tocar a bola um pouco mais a frente. Aos 27’, Fofana alçou bola em profundidade, Lisandro Lopéz, na área, bateu de perna esquerda, de primeira, e acertou a trave de Sirigu na chance mais clara de gol da primeira etapa.
Quando parecia que o primeiro tempo terminaria em um 0 a 0 aguerrido, pintou um gol. Lisandro Lopéz perdeu bola para Thiago Silva lá no campo de ataque. A bola passou por Jallet e Matuidi. O volante do PSG passou para Ibrahimovic, que cortou Umtiti e já viu o mesmo Matuidi entrando na área. O sueco alçou a bola e o volante completou de cabeça. Aberto o placar no Parc des Princes. PSG 1 a 0.
No segundo tempo, a partida tinha outro panorama. Sem a necessidade de buscar o seu gol, o Paris-Saint Germain jogava de forma mais leve, sem muitas preocupações. Por consequência, isso até ocasionava algumas displicências no setor ofensivo, mas nada muito substancial. Esse novo estilo de jogo do PSG também deixava espaços pro OL sair jogando com mais espaço, mas o nervosismo em campo impossibilitava uma melhor construção das jogadas. Em resumo, o Lyon errava passes demais e não conseguia se concentrar em buscar o empate.
Aos 20’ da etapa final, o PSG teve outra boa chance de gol. Em jogada de ataque, Javier Pastore recebeu bola, matou no peito e tirou o defensor da jogada. Na sequência da jogada, ele entrou na área e adiantou muito a bola, levando-a até quase a linha de fundo. Mesmo sem ângulo, ele bateu e forçou uma ótima defesa do goleiro Rémy Vercoutre, que mandou pra longe e tirou o perigo dali.
No desenrolar da etapa final, o PSG começava a ganhar o jogo no meio-campo. Isso impossibilitava inclusive a troca de passes na região intermediária do campo de ataque do Lyon. A superioridade e o favoritismo que todos pregavam para o Paris-Saint Germain vinha aparecendo agora. Sem recursos, o OL tentava jogadas individuais. Lisandro era o pior em campo. Gomis, Michel Bastos e Fofana tentavam de fora da área e só mandavam longe do gol. Malbranque, muito bem marcado por Matuidi, não aparecia no jogo. Enquanto isso, quando o PSG tinha a chance de atacar, fazia com muito mais qualidade. Aos 33’, Ibrahimovic começou jogada pela esquerda, colocou na área para Ménez, que ajeitou para Jallet. O lateral bateu forte, da entrada da área, e de primeira. A bola passou com muita força no canto direito do goleiro Vercoutre, que nem viu a bola.
No lance seguinte, o PSG trocou passes na entrada da área e Lavezzi recebeu, sem marcação, em direção ao gol. Na hora de finalizar, tentou colocar de cavadinha por cima de Vercoutre. O goleiro do Lyon saiu bem na bola e evitou aquele que seria o segundo gol da partida e mandou para escanteio. O PSG já era bem melhor no jogo e não deixava o Lyon jogar.
Perto do fim, Rémi Garde fez uma dupla alteração: retirou Malbranque e Gomis para as entradas de Mvuemba e Benzia. Faltando cinco minutos para o término de jogo, o Lyon se colocava mais avançado, jogando no 4-3-3. Ancelotti também mexia. Se recuava um pouco mais. Entrava Clément Chantôme no lugar de Jérémy Ménez e depois Sylvain Armand no lugar de Ezequiel Lavezzi.
As mudanças não surtiram nenhum efeito no andamento do jogo. Foram tardias demais. O OL pecou por não ter ousadia e ficou muito preso ao bom ritmo de jogo aplicado pelo PSG. Com o final do jogo. O Lyon perdia a liderança da Ligue1, mas se mantinha com a mesma pontuação do novo líder PSG e do Marseille, que vem logo em seguida.
Próximo adversário: Nice, no Gerland. Jogo válido pela 19ª rodada da Ligue. O duelo será no sábado, dia 22/12, às 17h. Até lá, se o mundo não tiver acabado ;)
GOL DA PARTIDA:
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