sábado, 24 de agosto de 2013

Reims bate o Lyon no Gerland em jogo prejudicado pela chuva

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Primeiro tempo foi de tempestade no estádio e quase não houve futebol normal. No segundo, OL perdeu várias oportunidades e deu chance para o adversário marcar em uma tentativa




Após sofrer uma dura derrota no meio da semana, dificultando demais a classificação para a próxima fase da Champions League, o Lyon tinha uma missão em casa, ainda, antes do jogo na Espanha pela partida de volta contra o Real Sociedad. O adversário deste sábado era o Reims, tradicionalíssimo clube francês, mas que retornou da Ligue2 há apenas duas temporadas. O Lyon poderia continuar na liderança, e manter sua invencibilidade na competição, em caso de vitória – ao lado do Marseille, que já havia vencido no sábado.  Já o Reims, iria a campo em busca da sua segunda vitória na competição.

Em casa, o OL vinha com algumas mudanças por total escolha do técnico Rémi Garde. Malbranque sequer foi pro jogo. Benzia e o craque do time, Clément Grenier, começavam a partida no banco de reservas. Isso mostrava que o técnico ainda acredita no jogo de volta da semana que vem e poupou alguns dos principais nomes do elenco... Ou então que os atletas poderiam ter sentido algum incomodo de lesão. Para seus lugares, Fofana voltou a ter chances no meio-campo (vinha sendo improvisado na zaga nos últimos jogos), Bahlouli teria sua oportunidade de começar entre os titulares, assim com o recém contratado Gaël Danic. Confira a formação abaixo, lembrando que Umtiti, suspenso, e Ghezzal, Dabo e Vercoutre não jogam por causa de lesão:




Pelo lado do Reims, o grande desfalque era o brasileiro Diego Rigonatto. Meia rápido e habilidoso, que cai pelas pontas e que aprontou com o Lyon na temporada passada. Na ocasião, ele acabou com o jogo praticamente sozinho. Além dele, o zagueiro Signorino e o centroavante recém chegado do Montpellier, Gaëtan Charbonnier, também não foram pro jogo. Jogando em uma espécie de 4-1-4-1, o Reims tinha como seu principal destaque o volante Krychowiak, que além de carregar piano, tem uma ótima saída para o jogo, e usa isso como arma para surpreender os adversários. Confira abaixo como ficou a formação do técnico Hubert Fournier:




A partida começava bem estudada pelos dois times. O Reims começava ligeiramente melhor, tentando furar a defesa do Lyon principalmente com tabelas pelos lados do campo. Entretanto, a falta de qualidade de seu elenco não permitia avanços mais contundentes ou com perigo. Enquanto isso, o Lyon se defendia e esperava a chance de ter um espaço em busca das jogadas de ataque. Assistindo a isso tudo, a torcida dos Gones, que não lotava ao estádio, cantava empolgada para empurrar o time em campo.


A ofensividade do Lyon foi diminuída logo aos 11’ de jogo, quando Gaël Danic sentiu uma lesão na coxa esquerda e pediu para ser substituído. Quando Rémi Garde poderia colocar Nabil Fekir, para fazer a mesma função do atleta lesionado, ele colocou Jordan Ferri: mais um volante. Fofana agora teria mais liberdade, mas ainda assim não fazia a função de Danic. OL atuava agora numa espécie de 4-3-2-1, com Fofana sendo uma espécie de 3º volante.

A primeira grande oportunidade de gol surgiu através de Féres Bahlouli. Ele cortou um passe cruzado do adversário, avançou em diagonal em direção a área e passou para Gourcuff arrematar, vindo da esquerda. Na hora de chutar, o camisa 8 pegou mascado e facilitou a defesa de Kossi Agassa que, mesmo assim, quase se complicou na hora de efetuar a defesa e evitar o perigo.


O Reims deu uma resposta quase que no lance seguinte. Pelo lado esquerdo, o israelense Atar não se deu conta do lateral Miguel Lopes, avançou até o limite da linha de fundo e caminhou em direção a área. No cruzamento, conseguiu achar Courtet. Na hora de finalizar, ele até conseguiu, mas foi interceptado pela zaga do OL que mandou a bola em desvio para a linha de fundo.

Na segunda metade do primeiro tempo, o ritmo do jogo caiu de maneira considerável. O que já era ruim ficou pior. A chuva aumentou de forma absurda e prejudicou demais o toque de bola. Praticamente não era possível mais fazer passes curtos. Os jogadores precisavam levantar a bola para efetuar qualquer toque. Os chutes de longa distância já eram mais efetuados, mas sem qualquer direção ao gol. Definitivamente, o jogo já não seguia um fluxo normal.


No intervalo, após secagem do gramado e trégua da chuva, a arbitragem demorou mais de 15 minutos além do tempo de intervalo para decidir se haveria, ou não, segundo tempo. Definido que teria jogo, a partida retomava no Gerland com muita água no piso ainda, mas já algo bem melhor do que aquilo que se via no término da primeira etapa, onde os jogadores simulavam futevôlei, quase.

No segundo tempo, o Lyon voltava melhor, adiantando suas linhas de marcação e em busca do primeiro gol. Logo antes dos 10’ iniciais, a melhor chance do time havia sido criada na partida. Miguel Lopes começou a jogada pela direita, a bola foi desviada pela zaga. Na sobra, Lacazette tinha a oportunidade de bater pro gol e preferiu fazer o corta luz e deixar limpa para Fofana, que chegou arrematando rasteiro e fraco, de fácil defesa para Agassa.


Posteriormente, o Reims já com Conte no lugar de Glombard, o Lyon criou mais uma boa chance de gol. Falta na entrada da área. Gourcuff cobrou com muita força e uma curva considerável. O goleiro Kossi Agassa estava no lance, mas quase teve dificuldades para defendê-la devido a chuva e a textura escorregadia da bola. O OL já era melhor na partida e criava mais chances do que na primeira etapa.

Aos 25’, a melhor chance de jogo foi criada! Pênalti para o Lyon! Gourcuff havia cobrado escanteio curto para Grenier – que havia acabado de entrar. Com uma boa visão de jogo, ele viu o deslocamento de Ferri entrando na área sem marcação. Ao perceber o perigo, Courtet chegou derrubando o volante do OL e o pênalti foi marcado pelo árbitro Ruddy Buquet. Na cobrança, Grenier, cobrou mal e mandou por cima do gol.


Com o Lyon um pouco abatido depois do pênalti perdido, o Reims queria buscar sua vantagem na partida. Fournier colocou De Préville em campo e tirou Eliran Atar. E o castigo ao OL veio quase depois da alteração. Odair Fortes, o cabo-verdiano do time visitante, forçou jogada individual pela esquerda e cruzou pra área. A bola sofreu um desvio no pé de Bisevac e acabou encobrindo o goleiro Anthony Lopes. Reims 1 a 0!

Após o gol, as duas equipes queimaram suas últimas alterações: o Reims colocou Devaux no lugar de Albaek. No OL, Bahlouli, que havia feito um ótimo primeiro tempo, foi quem deixou o campo. Yassine Benzia entrou em seu lugar. Lyon avançava um pouco mais sua linha de marcação enquanto o Reims se recuava mais taticamente. Faltando pouco mais de 10’ de jogo, uma busca pelo empate já estava de bom tamanho para o OL.


O time até conseguiu avançar um pouco mais. Com Benzia e Grenier o setor ofensivo ganhou mais mobilidade, mas ainda assim pecava nas finalizações. O time, definitivamente, precisa de um centroavante para colocar a bola pra dentro do gol. Enquanto isso, Gomis segue jogando no time B do clube, encostado pela diretoria. No final das contas, o Lyon não conseguiu o empate e o Reims saiu ultra satisfeito pela vitória que ninguém esperava, nem o próprio time visitante.

Agora o Lyon volta a suas forças – isso se ainda tiver – para o jogo de volta da Champions League. O adversário será a Real Sociedad novamente, na quarta-feira, às 15h45, horário de Brasília. Até lá!

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe


GOL DA PARTIDA:


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