domingo, 20 de outubro de 2013

Lyon joga mal, sai perdendo, mas com um a menos busca empate no finalzinho

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Já são 11 jogos e somente uma vitória. Situação fica cada vez mais alarmante




Duas tradicionais equipes do futebol francês em uma situação delicada. Estando na 14ª e 15ª posição, Lyon e Bordeaux, respetivamente, entraram em campo para tentar dar uma respirada e, quem sabe, sair da situação chata na competição. Com a pausa de uma semana, devido a data FIFA, os dois times tiveram tempo de sobra para eliminar qualquer eventual problema técnico que havia. Foi-se o tempo para corrigir os erros. A hora de provar a qualidade dos times já chegava. Ainda mais por se tratar de duas equipes que ainda brigam por alguma coisa na Liga Europa. O Bordeaux em situação mais complicada e o Lyon ainda com muitas chances de fazer algo.

Em campo, Rémi Garde tinha diversos desfalques e precisou rebolar para conseguir montar uma equipe competitiva. Por sorte, ele podia contar com os retornos de Mouhamadou Dabo e Milan Bisevac. Por outro lado, sem Gonalons e Bakary Koné, os problemas permaneciam. Para sanar essa situação, o jovem Naby Sarr começava como titular pela primeira vez na temporada. O zagueiro, recentemente, foi campeão pela Seleção Francesa sub-20, jogando ao lado de Samuel Umtiti (outro desfalque do OL para o jogo). Outro jovem que ganhava mais uma chance era Mehdi Zeffane. O garoto, que não mostrou serviço nas primeiras chances que recebeu, hoje, tinha mais uma oportunidade. Abaixo, veja como ficou escalado os Gones para o jogo de hoje:




O time de Francis Gillot também tinha lá seus desfalques mas, obviamente, não chegava nem perto dos problemas do rival da noite. Poundjé, Henrique, Biyogo-Poko e Maurice-Belay eram as ausências confirmadas no escreve bordelhês. Mesmo assim – e jogando fora de casa – o treinador do GdB optou por uma escalação mais ofensiva, também no 4-2-3-1 (apesar da imagem logo abaixo não representar essa formação). Com um elenco também recheado de muitos garotos, o Bordeaux tinha nos nomes de Obraniak e do brasileiro Jussiê a esperança de chamar a responsabilidade e criar as situações de gol para o time visitante. Confira abaixo a formação escolhida por Francis Gillot:




Nos primeiros 20’ de jogo, as duas equipes se estudavam muito. Poucas oportunidades foram criadas, mas o jogo era de igual para a igual. Da mesma forma em que os Girondinos conseguiam chegar até o gol de Anthony Lopes, o Lyon também tinha recursos para ir até a meta defendida por Cédric Carrasso. Ligeiramente superior, o Lyon tinha apoio intenso de seus torcedores que, mesmo na má fase do clube, apoiava incessantemente dentro do Stade Gerland.


Na segunda metade do primeiro tempo, o Lyon começou a gostar um pouco mais do jogo. Tinha mais domínio e era mais presente, mas com pouca efetividade. Faltava um algo mais para os Gones aparecer com perigo em direção ao gol adversário. E nesse meio tempo, o Bordeaux não estava morto. Volta e meia descia pro ataque com ligeiro perigo e pressionava muito a saída de bola dos jogadores de defesa do OL. Contudo, certamente, o primeiro tempo não tinha muitas qualidades. Muitas faltas e impedimentos eram marcados, o que prejudicava o andamento da partida.

Aos 35’, de jogo, o Bordeaux criou a chance de maior perigo da partida. Sertic cobrou o escanteio pelo lado esquerdo do ataque Girondino. Ele não mirou pra área. Bateu fechadinho, com a bola fazendo uma curva de fora pra dentro. A cobrança surpreendeu todo mundo, inclusive o goleiro Anthony Lopes, que quase ficou batido no lance. A bola bateu na trave e saiu. Na resposta, o Lyon arrumou um contra-ataque. Benzia roubou a bola do defensor e avançou. Gomis passou, mas ele preferiu prosseguir. Na hora de chutar, colocou muita força e mandou por cima.


Para a segunda etapa, notava-se as duas equipes mais dispostas a abrir o placar. Mas o problema grave dos dois times continuava: a falta de efetividade. Chegavam até o ataque, mas ali, parecia a que a bola queimava no pé dos atletas. Não conseguiam ter a calma e paciência necessárias para concluir as jogadas. Não é à toa que as principais oportunidades acabaram aparecendo através de bolas paradas. Era a única forma em que as equipes encontravam para incomodar o adversário.

Desde o início da partida, se tinha alguma coisa no jogo que merecia elogios era o sistema defensivo do Lyon, composto por Lopes, Zeffane, Bisevac, Sarr e Dabo. Vinham bem até o início do segundo tempo. Na primeira falha do sistema, saiu o primeiro gol da partida. Em jogada de ataque do Bordeaux, com o time tocando bola na beirada da área do Lyon, a bola sobrou para Henri Saivet. Ele levanou a cabeça e achou Obraniank atrás de todos os defensores do OL. A bola passou por todo mundo e, sem marcação, o polonês só teve o trabalho de empurrar. 1 a 0 e falha de Dabo no lance.


Mesmo com o gol sofrido, o Lyon não desistia da partida. Sofreu o tento e começou a correr atrás do empate. Conseguiu chegar bem, incomodava e Lacazette era o homem de frente mais eficaz do time do OL. Mas a disposição exagerada e a falta de cabeça, fizeram com que o melhor atacante do Lyon na partida fosse para o chuveiro mais cedo. Ainda aos 21’ da etapa final, o jovem jogador fez uma falta de ataque. Como já tinha o amarelo, recebeu o segundo e foi embora mais cedo... Para desespero de Rémi Garde e do próprio atleta.

Pra tentar dar mais mobilidade e oxigênio ao ataque do Lyon, o treinador do time fez duas alterações após a expulsão de Lacazette. Entrou Briand e Fekir nos lugares de Benzia e Malbranque. Taticamente, o Lyon seguraria seus laterais, deixaria Fofana mais preso, e deixaria os homens de frente bem livres para tentar puxar uma jogada de velocidade ou um possível contragolpe.


Por fim, faltando um pouco mais de 10’ para o fim do jogo, Rémi Garde queimou sua última alteração colocando Alassane Pléa no lugar do vaiado Bafé Gomis. Definitivamente, o Lyon queria aproveitar qualquer brecha para explorar a velocidade. Abriu mão de seu centroavante para um jogador com mais mobilidade. Por outro lado, não tinha quase nenhuma experiência com os homens de frente, com exceção de Briand... que não vale por muita coisa.

No finalzinho da partida, com o Bordeaux já achando que a vitória estava consolidada, o Lyon, aos trancos e barrancos, conseguiu buscar o empate. Na base do abafa e da pressão descoordenada, o time de Rémi Garde conseguiu marcar um gol. Nabil Fekir recebeu a bola dentro da pequena área e já quase caindo, bateu a ponto de Carrasso se esticar todo para defender. No rebote, ele, Jimmy Briand, só teve o trabalho de empurrar para as redes. 1 a 1 e, ao menos um ponto na carteira.


Após o gol, o Bordeaux até tentou buscar o segundo gol, mas foi ineficaz. E não havia mais tempo para isso. No pacote geral, o empate foi ruim para os dois times. Mas, por ter um jogador a menos desde o começo do segundo tempo, o Lyon pode considerar o resultado como algo positivo, até certo ponto. Mas, obviamente, não se pode comemorar nada. O time segue sendo apático e não consegue jogar bem desde muito tempo. Ainda há muitas coisas a serem ajustadas.

Próximo adversário: quinta-feira, 24/10, às 17h de Brasília, o Lyon enfrenta o Rijeka, da Croácia, pela terceira rodada da fase de grupos da Liga Europa. Até lá!

FOTOS:  olweb.fr / Sports.fr


GOLS DA PARTIDA:



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