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No jogo mais decisivo do ano, Lacazette marcou um hat-trick e o zagueiro Yanga-M’Biwa marcou dois. Em partida espetacular, o adversário parecia um time amador
O jogo de hoje era esperado já há alguns meses. Pelo ritmo que Lyon e Monaco vinham emplacando ao longo do campeonato e já visando o calendário lá na frente, era sabido que uma “final antecipada” poderia acontecer na penúltima rodada. E chegou! No Parc OL lotado, duas equipes que lutavam por uma vaga direta na Liga dos Campeões dariam o seu melhor para não ter orçamento e sua pré-temporada desestabilizada para a próxima temporada. Entrando em campo com 62 pontos, as duas equipes empatavam nesse quesito, mas o Lyon levava uma vantagem de 12 gols no saldo, mais um fator que o colocava como favorito ao jogo, além, é claro, de jogar dentro de casa.Para tentar validar esse favoritismo, o treinador Bruno Génésio entrou com o time que vinha dando resultados em jogos recentes. A ausência de Tolisso abriu uma brecha no meio de campo e Sergi Darder acabou herdando a vaga do capitão da Seleção Francesa sub-21. Mathieu Valbuena, que foi dúvida durante toda a semana, estava relacionado e foi cortado do banco poucos minutos antes do jogo se iniciar. Nabil Fekir, ficava como uma possível ótima arma para o segundo tempo. A frente de peso do OL, que vem sendo sua maior munição no semestre, estava montada: Ghezzal, Cornet e Lacazette. Confira a escalação:
No outro lado do campo, o Monaco também tinha seus problemas com desfalques. O brasileiro Fabinho, que já tinha sua ausência certa em função de suspensão, não tinha como atuar. Assim como João Moutinho, que foi dúvida durante a semana e acabou descartado. O ex-capitão do Lyon, Jérémy Toulalan, que estava machucado recentemente, foi relacionado e começava jogando. Outro ex-OL também estava presente, Farès Bahlouli começava no banco do ASM. Se tratando de brasileiros, o Monaco tinha Wallace e Jemerson começando e Vagner Love como suplente. Jemerson, inclusive, jogava improvisado na lateral direita. Confira a formação do Monaco para enfrentar o Lyon:
O Parc OL estava tomado. Muita festa e tensão antes do jogo e o clima de final estava armado. O Lyon ainda aproveitou a situação importante e sua casa cheia para estrear o seu novo uniforme – que já postamos sobre ele aqui no blog – e, realmente, era maravilhoso. Definitivamente, o clima instaurado na cidade de Décines era daqueles que separavam os meninos dos homens.
O que ninguém esperava era um começo de jogo eletrizante por parte de um time somente: o Lyon. Sem muitas cerimônias, o placar foi aberto logo aos dois minutos de bola rolando. Lacazette ganhou no meio, trocou dois passes antes de disparar em direção ao gol. Ele viu Ghezzal passando na direita com velocidade, soltou pra ele que passou como quis por Raggi, entrou na área e finalizou rasteiro de direita. 1 a 0!
E bobo era quem achava que ficaria por isso mesmo. O Lyon aproveitou-se da apatia e do desespero do time adversário e não deixou de atacar. Com sete minutos de jogo, cinco após abrir o placar, Darder carregou a bola no meio, trabalhou com Ghezzal, fez uma triangulação, foi até a linha de fundo e cruzou pra área. Lá estava Lacazette para completar, com muita tranquilidade, e fazer o 2 a 0.
Quando o Monaco tentava esboçar o mínimo de reação, um desastre aconteceu para os planos do técnico Leonardo Jardim. Lacina Traoré, que havia acabado de ganhar um cartão amarelo por falta boba em cima de Yanga-M’Biwa, fez outra falta infantil, agora no goleiro Anthony Lopes e acabou recebendo o segundo amarelo com apenas 22’ de jogo. Era o OL na frente, com dois gols de vantagem e ainda um jogador a mais.
O jogo continuava e o Lyon seguia fazendo sua final enquanto o Monaco parecia estar brincando em um jogo-treino. Nesse ritmo, não poderia ser diferente, a sequência de gols continuava. Lyon teve um escanteio a seu favor e Ghezzal cobrou na área. Por lá estava Yanga-M’Biwa que nem precisou subir e, sem qualquer marcação, fez o terceiro gol. Era muita facilidade. Isso aos 34’ de jogo.
Só demorou um minuto para o quarto gol aparecer. Ferri pegou contra-ataque avançou, passou para Lacazette. Subasic evitou. No rebote, Lacazette dominou de novo, esperou a aproximação de Jallet que segurou na entrada da área, esperou Lacazette passar nas costas da zaga. Ele recebeu, só olhou para o goleiro e bateu de cavadinha para fazer o segundo dele na partida. 4 a 0!
Passando vergonha já, o Monaco se lançou pra frente e tentava qualquer tipo de reação, já que apresentava um futebol muito abaixo da média e deixava o Lyon fazer o que quisesse. Ali já era um tudo ou nada: ou diminuir o vexame, ou tomar mais gols e, na prática, o efeito seria o mesmo daquele que já acontecia. Foi aí que em cobrança de falta, aos 41’, Bernardo Silva colocou na área, Lopes rebateu mal e colocou na cabeça de Ricardo Carvalho para fazer pro ASM. 4 a 1.
Para o segundo tempo, Leonardo Jardim voltou com uma troca. Helder Costa ficou nos vestiários e o time já voltou com sua revelação, Thomas Lemar. Nem isso foi o suficiente para abafar o bom momento do Lyon. Não demorou muito para que o 5º gol aparecesse. E surgiu em uma jogada de cruzamento na área. Cornet disputou no primeiro pau com Subasic e, no rebote, o zagueirão Yanga-M’Biwa apareceu para completar e fazer o seu segundo gol no jogo.
Após o quinto gol, os times mexeram. O Monaco fez sua segunda troca, tirando Bernardo Silva e colocando o brasileiro Vagner Love. No Lyon, não demorou muito para as trocas acontecerem. Primeiro entrou o também brasileiro Rafael no lugar de Jallet. Depois foi a vez de Clément Grenier adentrar ao gramado para a saída de Jordan Ferri, que fez uma partida excepcional. Antes mesmo dos 30’ do segundo tempo, Fekir era a última mexida de Génésio, entrando no lugar de Cornet.
As alterações não surtiram efeito e o Lyon continuou pressionando bastante. Não era estranho de se imaginar que viria mais um gol, certo? Acertou se disse sim. Ele surgiu de novo dos pés de Alexandre Lacazette. Ele recebeu na área, dividiu com o goleiro Subasic e com muito esforço finalizou na trave e conseguiu tocar de novo, já caindo no chão. 6 a 1. Lacazette ultrapassa Sonny Anderson em gols pelo Lyon na Ligue1 e também estava cravada a maior goleada da história entre Lyon x Monaco. A última tinha sido um 5 a 1 em 1963.
Já quase acabando o jogo, Leonardo Jardim sacou Nabil Dirar e colocou o ex-Lyon Farès Bahlouli. Ainda assim, o Monaco não esboçava qualquer tipo de reação. Obviamente não havia como mudar o placar, mas o mínimo que os torcedores monegascos esperavam era um duelo minimamente equilibrado e com uma equipe que se desse ao respeito e não sofresse de forma tão banal assim.
No final das contas, não havia mais nada o que se fazer. O Lyon jogou para degolar o adversário do primeiro ao último minuto. Uma partida praticamente irretocável e desde quando assisto os jogos do clube, há dez anos, talvez tenha sido a partida mais impactante e impressionante que vi do clube. Digno de emoção a qualquer torcedor, e a festa nas arquibancadas resume tudo. Lyon na fase de grupos da Champions e campeão moral da Ligue1.
O Lyon se despede da temporada enfrentando o Reims, pela última rodada da Ligue 2015/16. O jogo será em Reims, no dia 14/05/16, próximo sábado, às 15h do horário de verão de Brasília. Até lá!
E a festa continua no Parc OL!! AHOU!!pic.twitter.com/Y39sgPpmcT— BrasiLyonnais! (@BrasiLyonnais) 7 de maio de 2016
FOTOS: olweb.fr / sport.fr
OS GOLS DA PARTIDA:
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