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Mesmo abrindo o placar com Tolisso, o time se perdeu e acabou sofrendo quatro gols em um somatório de falhas coletivas e individuais
Ao entrar em campo hoje, o Lyon encarou o jogo como uma partida protocolar. A vitória, claro, era um instrumento que estava sempre à vista, mas pelo simples fato de enfrentar o vice-lanterna da competição, ter sido o único clube – ao lado do Metz – a realizar uma partida pela Ligue1 no meio de semana e ter um confronto de extrema importância no meio da semana que vem, tornou o jogo quase como uma partida-treino. Uma antítese. Do outro lado do campo, uma equipe quase desesperada para sair de uma situação que incomoda qualquer clube. E, mesmo com todos esses fatores, o OL entrava em campo como favorito.
O time de Bruno Génésio tinha alguns nomes poupados. Dois deles, com intensa sequência de jogos: Tousart e Lacazette. Ainda tinha Valbuena que também começava no banco de reservas. Dentre as ausências, a única importante era o titular Morel. Sendo assim, mesmo tendo Maciej Rybus a disposição, Génésio optou por improvisar o brasileiro Rafael na lateral esquerda. Já nas vagas herdadas pelos dois poupados, Ferri ganhou chances no meio e, na frente, quem atuava de centroavante era Fekir. Veja como ficou o time escalado:
Com muito mais problemas em mãos, Bernard Casoni tinha desfalques que poderiam complicar sua maneira de montar os 11 inicias. Conté, Bellugou, Mesloub e Philippoteaux não foram relacionados. Os três últimos são, frequentemente, escalados com o titular e isso diminuía ainda mais a qualidade do elenco. Ainda assim, o treinador contava com o retorno de três outras peças importantes, mas duas delas iniciavam no banco: Steven Moreira – que começou jogando, Cafú e Wakaso. Abaixo, é possível ver como ficou montado os Merlus, que ainda tinha o ex-Lyon, Mvuemba, começando entre os titulares:
No começo da partida, era clara a estratégia dos clubes no jogo. O Lyon queria dominar a partida – e tinha que fazer isso mesmo, mas a diferença é que quando subia muito, ou subia errado, dava espaços ao adversário que subia muito rápido explorando a velocidade do seus homens de frente. Ou seja: o Lorient jogaria no erro do OL e, caso não conseguisse matar o jogo logo, o Lyon poderia ter problemas.

O Lorient conseguiu chegar pela primeira vez só aos 27’ de jogo. Wesley Lautoa ganhou no meio de campo, girou pra cima de Gonalons e, a bola perdida acabou caindo nos pés de Aliadière, que de onde estava, mandou um chute colocado, visando o ângulo de Anthony Lopes. A bola cuidadosamente saiu por cima do gol, mas tinha destino se fosse poucos centímetros pra baixo.

O Lyon quase ampliou o marcador no lance seguinte. A jogada, que dessa vez surgiu pelo centro, acabou tendo foco pelo lado direito, quando Jallet tentou receber a bola, ela passou e chegou até Ferri. O volante foi até o fundo e cruzou rasteiro. Na área haviam dois jogadores do OL mas, quem chegou para completar e finalizar para o gol era Cornet. Contudo, em vez de mandar para as redes, ele acabou tirando a bola, como um legítimo defensor.

Na volta do intervalo, o Lyon queria liquidar o jogo, mas faltava qualidade e faltava também vontade. Poucos homens do OL pareciam realmente com fome de vencer e isso prejudicava a forma como as coisas iam andando. No intervalo, Casoni colocou Jeannot e Touré nos lugares de Aliadierè e Peybernes. As trocas e a apatia do OL, não à toa, provocaram no Lorient o ímpeto para conseguir a virada rapidamente. Moukandjo recebeu na esquerda, passou por Mammana, entrou na área e acabou perdendo a bola. Ainda assim, ela foi recuperada por Marveaux, que só empurrou para as redes. 2 a 1!

Naquele momento, o Lyon jogava no 4-2-4 sem a bola e um 4-1-3-2 com a bola. Era extremamente ofensivo e Génésio não parecia disposto a terminar o jogo com uma derrota. Com poucos minutos de Lacazette em campo, ele criou duas excelentes oportunidades. Na primeira, ele serviu Tolisso, na entrada da área, que finalizou em cima de Lecomte. Depois ele mesmo marcou de cabeça, mas estava em posição de impedimento na hora da cobrança de falta cruzada.

Com a vantagem larga no placar, Bernard Casoni trocou pela última vez. Colocou Wakaso no lugar de Lautoa. E ainda teve tempo para mais um gol dos visitantes. Dessa vez, com o psicológico nulo e por vacilo do goleiro Anthony Lopes. Ele foi sair jogando e ao fazer um passe curto, acabou entregando no pé de Moukandjo. O artilheiro dos Merlus não perdoou e só teve o trabalho de empurrar. 4 a 1, para incompreensão dos torcedores.

Agora o foco muda completamente para o Lyon. Seu próximo adversário é o Besiktas, na partida de ida pelas quartas de final da Liga Europa. Esse primeiro jogo é no Parc OL, na quinta-feira, às 16h05 do horário brasileiro. Até lá!
FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
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