sexta-feira, 31 de julho de 2020

PSG e Lyon não saem do zero e time parisiense levanta o troféu da Copa da Liga em decisão nos pênaltis

Filipe Frossard Papini
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Traoré errou a sexta cobrança e acabou com as esperanças do OL levantar um título na temporada





Finalmente, bola rolando para o Lyon de forma oficial. Desde março a equipe não disputava uma partida valendo algo e, agora, era a vez de disputar algo. E logo de cara, uma decisão valendo tudo para o clube. Com o encerramento precoce da Ligue 1, não restou muitas alternativas para o OL se classificar para competições internacionais, a não ser ganhar a Copa da Liga, competição ao qual tinha o PSG como adversário nessa grande decisão. O time de Paris, por sua vez, tinha ambições maiores. A Copa da Liga era “só mais uma” taça caseira. Com foco absoluto na tentativa de vencer a Liga dos Campeões, havia uma certa desconfiança do Paris não levar o jogo de hoje tão à sério quanto o Lyon.

Inclusive, para esse confronto, o único desfalque de Thomas Tuchel era o brilhante atacante Kylian Mbappé, que se lesionou na final da outra copa na semana passada. Kherer, que era ausência quase certa, começava no banco. Verratti e Gueye, sem totais condições de jogo ainda, não só foram relacionados como começaram jogando para já ganhar rodagem para semana que vem. Outra novidade era Kurzawa, improvisado na direta, já que Dagba não teve condições físicas. Veja como ficou:




Também com poucas novidades, o Lyon apresentou uma formação tática já prevista: com três zagueiros. A grande dúvida de Rudi Garcia ficava em torno do meio de campo. Com a saída de Tousart para o Hertha Berlim, quem jogaria? Thiago Mendes ou Caqueret? O segundo foi escolhido para fazer dupla com Bruno Guimarães na volância. Outra questão foi entre goleiros. Tatarusanu seria titular hoje, bem como foi durante toda a Copa da Liga. Mas sentiu dores nas costas e acabou dando espaço para o titular natural, Lopes. Veja como ficou desenhado o OL:




Quando finalmente a bola rolou no gramado do Stade de France, o PSG parecia querer tomar as rédeas do jogo, assim como gosta de fazer no futebol francês e como acontece naturalmente, por sua vantagem técnica sobre os demais times. Neymar, arisco, tentou logo no comecinho em dois chutes de fora da área. No primeiro, Lopes salvou sem muito esforço e no segundo, a bola tirou tinta da trave esquerda do goleiro português.

Não demorou muito para o OL responder ainda antes dos 15’ de bola rolando. Primeiro, com uma jogada de Cornet pelo lado esquerdo. O marfinense precisou tentar duas vezes até acertar o cruzamento e achar Memphis Depay no segundo pau, que acabou desperdiçando a chance e mandando por cima. Depois, um chute de fora da área de Aouar pouco assustou Navas, mas mostrava um Lyon de olho na parte ofensiva também.

Após a parada para hidratação, perto dos 20’ de jogo, a partida deu uma esfriada, de maneira literal, inclusive. O jogo começava a ficar muito embolado no meio de campo e, obviamente, começavam a se destacar jogadores como Caqueret e principalmente Marco Verratti. Tuchel tentava esticar Kurzawa e acioná-lo pela direita, mas não conseguia se infiltrar por ali. Da mesma forma que Cornet e Memphis Depay também tinham poucos espaços pelos lados, pela parte do Lyon.

Com o desenrolar do jogo, o que se previa foi acontecendo aos poucos. O PSG começou a tomar o controle do jogo, controlando a sua saída de bola e pressionando o Lyon no seu campo de defesa. Obviamente, sobra ao OL tentar se defender bem – e assim conseguia fazer – e esperar um erro na saída de bola do Paris para tentar emendar um contra-ataque. E isso não aconteceu durante toda a primeira etapa.

Ofensivamente, o PSG tinha somente em Neymar uma válvula de escape sóbria durante a primeira etapa. O brasileiro parecia jogar sozinho. Um lance em especial evidenciou isso. Ele conseguiu sair em disparada pela esquerda. Levou a melhor sobre Denayer, mas ao fazer o cruzamento, não conseguiu encontrar um jogador para completar para as redes e o lance foi desperdiçado.

O mais perto que o PSG conseguiu chegar do gol na primeira parte da partida foi com Gana Gueye, em um chute fortíssimo e incrível de fora da área. Ele achou espaço e mandou do meio da rua. Lopes, bem atento, conseguiu intervir, efetuando uma defesa plástica, buscando a bola no ângulo. Já perto do intervalo, os dois times conseguiram encaixar contragolpes, mas sem assustar qualquer um dos goleiros.

Para o segundo tempo, o jogo voltou um pouco menos desembolado, mas igualmente pegado. Neymar continuava querendo jogo com suas artimanhas, mas parecia totalmente isolado. O Lyon seguia tentando acionar Aouar e Memphis Depay, que também acabavam dependendo de seus lapsos individuais. O holandês, inclusive, quase abriu o placar no comecinho da etapa, mas a bola desviada tirou da direção certa.

Não demorou até Thomas Tuchel mexer no time. Agora, podendo fazer três trocas, resolveu efetuar duas de uma vez. Colocou Sarabia e Herrera no lugar de dois jogadores que não tiveram muitas aparições na partida. Assim, Icardi e Gueye encerravam suas participações na Copa da Liga. Taticamente, isso significava uma mudança importante no ataque parisiense, com três jogadores de velocidade flutuando e revezando como falsos noves.

Depois, novas alterações foram acontecendo com o jogo ainda no 0 a 0. Kherer entrou no lugar de Kurzawa pelo PSG, enquanto Rudi Garcia colocava Thiago Mendes para saída do amarelado Bruno Guimarães, para pouco tempo mexer mais quatro vezes. Toko Ekambi, Traoré, Andersen e Rafael entravam nos lugares de Memphis Depay, Dembélé, Marcelo e Dubois, respectivamente.

Parecia claro que a partida iria terminar sem gols e assim seguiu até o apito do tempo regulamentar. Os dois times, muito cansados, agora tinham uma prorrogação pela frente. Thiago Silva, amarelado, logo saiu e deu lugar para Paredes, lembrando que cada time ganhava mais uma mexida. Mas o cenário era imutável, com pequenas chances de lado a lado, mas muito pegado.

No segundo tempo da prorrogação, aqueles velocistas que antes tentavam algo, como Neymar, por exemplo, já apareciam esgotados. Jogadores sentindo lesões e os próprios atletas já exaustos, gastando o tempo para esperar os pênaltis. O Lyon quase fez aos 6’ do segundo tempo, mas Cornet desperdiçou debaixo da trave. No fim, Rafael ainda conseguiu ser expulso, quase marcando um pênalti no último minuto. Por centímetros. Mas a falta foi cobrada bem errada por Neymar, decretando por fim uma decisão por pênaltis.

Nas batidas, Andersen, Toko Ekambi, Caqueret, Thiago Mendes e Aouar marcaram as cinco cobranças. Pelo PSG, idem. Com Di María, Verratti, Paredes, Herrera e Neymar. Na sexta cobrança, Traoré acabou perdendo a cobrança em boa defesa de Kaylor Navas. Na sequência, Paredes só teve o trabalho e fazer e carimbar mais um título para o PSG na temporada. E oficialmente o Lyon está fora das competições internacionais, salve um utópico título da Liga dos Campeões.

Em meio ao caos do calendário maluco que virou o ano de 2020, o Lyon ainda não encerrou sua participação na temporada 19/20. Ainda tem a Champions League pelo caminho, na partida de volta contra a Juventus, que na verdade será em Portugal. O OL venceu por 1 a 0 e no próximo dia 7 terá a missão de segurar essa vantagem para avançar para as quartas de final. Até lá!

FOTOS: France Football | ol.fr | PSG.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:
(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

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