sábado, 6 de novembro de 2010

Novamente Lyon não joga bem e fica só no empate

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi

Com um golaço, brasileiro Michel Bastos salva time de derrota na 12ª rodada




Semana complicada para o Lyon. Primeiro, fez uma partida em Portugal, onde saiu perdendo contra o Benfica e não é mais invicto na Champions League. Depois, Jean II Makoun deu entrevista dizendo que pretende sair do Lyon. Isso sem falar no departamento médico que ainda continua deveras enxuto.

Para a partida de hoje, contra o Rennes, Puel novamente precisou improvisar, e dessa vez, em duas posições. Sem Kolodziejczak suspenso e com Cissokho machucado, novamente Källström assumiu a posição. No meio-campo, com as lesões de Gonalons e Toulalan, quem começava jogando pelo setor, era Pjanic. Veja o time inicial de Puel:




Pelo lado do Rennes, ao contrário do seu adversário, Antonetti não tinha muitos desfalques. Foi com força total. Os destaques do time, M’Vila e Dalmát, caiam pelos lados do campo, juntos com Kembo-Ekoko e Marveaux, respectivamente. Enquanto isso, Victor Hugo Montaño, destaque do Montpéllier na temporada passada, era o centro de referência no ataque. Abaixo, o time que começou a partida pelo Rennes.




Inicialmente, o Rennes já queria demonstrar serviço, e assim fez. Com 2’ de partida, Lloris já tinha efetuado duas defesas, salvando o time do OL de dois gols precoces. No entanto, aos 3’, o goleirão não teve como evitar. Källström tentou sair jogando e errou o passe. O rápido Montaño, aproveitou a chance, tocou para Kembo-Ekoko. Só nisso já se livrou-se dos dois zagueiros. Por fim só teve o trabalho de finalizar na saída de Lloris.

O Lyon, mesmo com a desvantagem no placar, não se sentiu acuado e precisava mostrar serviço. Logo após o gol sofrido, Gomis perdeu um gol cara-a-cara com Douchez. Boa defesa do goleiro do Rennes.

O jogo tomava proporções emocionantes. Jogadas lá e cá, velocidade era o ponto forte dos donos da casa, enquanto o Lyon chegava com mais cautela e abusava da técnica de Gourcuff, que quase sempre descobria alguma brecha para explorar.

Visivelmente deslocados, os dois jogadores improvisados do Lyon não conseguiam exercer seus trabalhos com êxito. Pjanic cometia faltas bobas, perdia com facilidade na velocidade e não tinha noção de espaço. Já Källström tinha imensas dificuldades em marcar as subidas de Kembo-Ekoko, acompanhadas dos avanços de M’Vila. Puel percebeu isso e trocou o sueco de posição com Michel Bastos. Agora o brasileiro atuava na lateral, enquanto seu parceiro voltava à meia esquerda.

Dessa vez, Puel acertou. O deslocamento de Källström permitiu mais mobilidade naquele setor. Bastos conseguia ir e voltar pelo gramado sem sentir muito o desgaste, enquanto Kim, sem a obrigação de marcar, concebia boas jogadas na frente. Nos acréscimos do primeiro tempo ainda conseguiu acertar a trave de Douchez. Parecia querer retribuir a falha do gol a todo custo.

O Rennes, já não mais afobado como no início, jogava com inteligência e esperava o erro do Lyon, que quase sempre vinha do meio-campo. Seu contra-ataque super rápido era a maneira mais fácil de chegar à meta adversária.

Já no segundo tempo, os times mantiveram a mesma postura. O Lyon procurava o gol de empate e o Rennes satisfeito com a vitória, mesmo com o placar curto. Também não houve alterações por ambas as partes.

Aos 53’, o Lyon chegaria ao empate. Em cobrança de falta, estavam na bola Pjanic e Michel Bastos. O brasileiro resolveu cobrar e mandou um foguete para o gol de Douchez. A bola fez três curvas antes de atingir os fundos da rede. Belo gol que fez lembra os áureos tempos em que Juninho Pernambucano era o responsável por este tipo de trabalho.

Dez minutos depois, aos 63’, Brahimi (que entrou no lugar de Kembo-Ekoko), perdeu um gol dentro da grande área. Mas os méritos foram todos de Hugo Lloris, que esbanjou reflexos e salvou aquele que seria o segundo gol do Rennes. No rebote, a bola quase entrou, mas antes de sair pela linha de fundo, Réveillère fez o trabalho de abafar o perigo.

Os donos da casa procuravam pressionar, agora pelo centro de campo. Era nítido a estratégia de Antonetti, uma vez que o problema na lateral lionêsa já tinha sido resolvida. Por outro lado, o OL tinha dificuldades para passar do meio-campo adversário. Raramente conseguia fazer a bola chegar até a defesa do Rennes.

Aos 80’, tentando solucionar os dois problemas do time, Puel fez uma dupla substituição. Primeiro entrou Lacazette no lugar de Briand, que sentiu uma lesão na região lombar. A intenção era dar mais movimentação ao ataque e tentar buscar mais o jogo para chegar ao ataque. Depois, entrou Toulalan no lugar do exausto Gourcuff. A ideia era fechar o meio-campo e auxiliar Jean Makou no combate. Nesse momento, dos três jogadores do Lyon, que já jogaram no Rennes (Källström, Gourcuff e Briand), apenas um estava em campo.

Por fim, a última tentativa do já desesperado Lyon, foi com Pjanic. O bósnio fez boa jogada e tabelou com Makoun. Na hora de arrematar, chutou com estilo e potência. A direção foi quase certeira, mas saiu pela linha de fundo, passando a direita do ângulo de Douchez.

Com o soar do apito final, os poucos torcedores do Lyon presentes no Stade de la Route de Lorient, novamente imploravam para Jean-Michel Aulas a cabeça do técnico Claude Puel, que pelo visto, ainda não deve cair.

Próximo jogo: Lyon x Nice. 13ª rodada da Ligue1. Domingo – 14/11/10, às 18h de Brasília.

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr


GOLS DE RENNES 1-1 LYON

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