quinta-feira, 31 de março de 2011

Michel Bastos quer voltar à Seleção: 'Esqueçam o que aconteceu na Copa'

Filipe Frossard Papini


O jogador, que se recupera de lesão, fala sobre a desclassificação na Copa do Mundo e diz que não sabe o que deu errado com o time de Dunga


Oito vitórias, um empate e uma derrota. Aproveitamento incontestável, certo? Errado. Este é o desempenho de Michel Bastos pela Seleção Brasileira, inclusive como titular na Copa de Mundo de 2010. No entanto, após a era Dunga, o jogador de 27 anos não foi mais convocado e não esconde a vontade de voltar a jogar com a camisa amarela, fato que não acontece desde a eliminação para a Holanda, nas quartas de final.

Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, enquanto se recupera de um lesão no menisco lateral, no Centro de Reabilitação do Atlético-PR, ele comentou sobre as atuações pelo Brasil e ainda revelou que jogou em uma posição no time de Dunga na qual não jogava há cinco anos. Michel Bastos também falou sobre jogar na França, a campanha de seu atual time, o Lyon-FRA, e os boatos sobre uma possível saída no fim do ano.
O tratamento do jogador dura até o dia 20 de abril, quando volta para a França.

Depois do Atlético-PR e antes do Lyon, você defendeu o Lille, da França. Como foi a sua passagem por lá? Você achou boa ou preferia ter ido para um time maior na época?

Na época, o Lille foi muito importante na minha vida, até porque, quando eu cheguei lá, ele estava disputando a Champions League. Eu estava também com uma contusão de menisco, a mesma que tenho hoje. O clube acabou me contratando machucado. Durante três anos, era considerado o melhor jogador no país. Tive a oportunidade de ir para o Lyon. Então, muita gente falou, especulou o por que eu saí daqui (Atlético-PR) e fui para o Lille, que não era muito conhecido. Hoje eu falo que foi uma das melhores coisas que fiz. A minha ida para lá me ajudou muito.

Depois, você foi para o Lyon, que foi heptacampeão. O time acabou caindo de rendimento. Na atual temporada, está em quarto no Francês. A que se deve essa queda?

Você ganhar sete anos seguidos, não sei se vai ter outro clube no mundo que vai fazer a mesma coisa. Você não pode sempre ganhar. Este ano, tiveram boas contratações. No papel, a equipe do Lyon é a melhor, disparada. Mas o negócio é dentro de campo. A gente começou a temporada de forma que a gente não esperava, com um ritmo meio baixo. Acabou subindo de produção, mas fica difícil até porque o Lille, que está em primeiro, desde o começo está em alta. A gente depende de uma queda deles. A temporada em si não é da forma que a gente esperava, mas tem muita coisa positiva.

Quanto tempo você vai ficar de fora? E como é desfalcar o Lyon nessa reta final do Campeonato Francês?

Até o final do mês de abril, eu estou voltando para a França para jogar já. É difícil. Até porque esse período de final de temporada é importante para o clube, é importante para mim. Então, ficar cinco semanas fora numa reta final de campeonato, num momento em que o clube precisa de mim é complicado, mas faz parte do trabalho. Eu tenho que voltar forte, porque eles precisam de mim e vão faltar ainda cinco jogos lá.

Teu nome foi cogitado como um possível reforço do Manhester United e outros grandes da Europa. Você pensa em sair do Lyon e ir para um time maior, da Inglaterra, Itália ou Espanha?

Graças a Deus, eu estou contente de saber que grandes clubes têm a vontade de contar com o meu futebol. Você vendo que clubes grandes como Manchester United, Juventus, Inter de Milão têm a vontade de contar com você é bastante importante. Hoje eu tenho dois anos de contrato ainda. Então, quer dizer, a gente sempre tem a intenção de progredir, de jogar em grandes clubes. Pelo momento, a gente vê que o Lyon não tem a intenção de deixar a gente ir embora. Mas eles sabem que, se for uma coisa muito boa para mim e para o clube, tenho certeza que eles não vão fechar a porta. A princípio, a gente está vendo que tem a oportunidade de talvez sair no final do ano, mas não tem nada certo ainda.

Como você avalia a tua passagem pela Seleção?

Foi boa. Até porque, em dez jogos como titular, só uma derrota. Lógico que, na Copa do Mundo, todo mundo falou que eu poderia ousar mais, que eu fiquei muito na defesa. Eu acho que, querendo ou não, eu fiz a minha parte. Você chegar numa Copa do Mundo jogando numa posição que há mais de cinco anos não jogava não é nada fácil. Críticas sempre vão ter dentro do futebol. Eu fiquei satisfeito com meu rendimento na Seleção. Quando você chega à Seleção Brasileira, sempre quer mais. E eu quero mais. Vou trabalhar para que um dia eu possa voltar.

Se isso acontecer, vai ser como meia ou lateral?

Usar a camisa da Seleção Brasileira, a gente usa jogando em qualquer posição. Mas eu gostaria de voltar jogando na minha posição, que é no meio-campo.

Por que o Brasil não ganhou a Copa? Você acha que o grupo era fraco?

Hoje em dia, todo mundo quer respostas, quer saber por que, mas é o futebol. A gente estava numa competição em que, com o mínimo de erro, você pode deixar tudo escapar - e foi o que aconteceu. Acho que, se a gente tivesse ganhado a Copa do Mundo, com certeza o grupo era forte, o grupo era isso, era aquilo.
Como não ganhou, todo mundo quer saber por que, onde era o erro. A resposta hoje eu não tenho. O grupo era forte, era unido pra caramba. São coisas do futebol. Não era para ser e acabou que a gente perdeu aquele jogo, que nos penalizou pela boa Copa do Mundo que a gente vinha fazendo.

E numa última mensagem, o que você diria para os torcedores brasileiros?

Que esqueçam o que aconteceu na Copa do Mundo. Acho que o povo brasileiro, como eu e como todo mundo, ficou triste por aquilo. Hoje, a Seleção está com novas caras, com outros jogadores de qualidade. Acho que a Seleção tem um futuro muito grande com jogadores que tem aí. A mensagem que eu mando é que, se um dia eu voltar, podem ter certeza eu vou tentar dar alegria que todo mundo quer da Seleção Brasileira.


Michel Bastos: 'Se o Atlético-PR abrir as portas, voltaria com o maior prazer'

Michel Bastos está em alta na Europa. Titular do Lyon-FRA, ele foi cogitado como possível reforço de outros gigantes, como Manchester United-ING, Juventus-ITA e Inter de Milão-ITA. A volta para um clube brasileiro hoje está descartada. Para o futuro, porém, um time sai em vantagem numa disputa pelo jogador: o Atlético-PR.

O lateral-esquerdo de origem, que migrou para o meio-campo há mais de cinco anos, se recupera de lesão no menisco lateral, no CeCaP (Centro de Reabilitação do Atlético Paranaense). O atleta de 27 anos teve duas passagens pelo Rubro-Negro. Na primeira, em 2003, foram 14 jogos. Depois, em 2006, mais 11 partidas. No total, foram dez vitórias, cinco empates e dez derrotas.
- É um clube pelo qual tive duas passagens e não tive a oportunidade de talvez render da forma que eu gostaria.

Na época, o jogador teria se envolvido em uma confusão com Mário Celso Petraglia, então presidente do clube. O motivo seria a dificuldade na negociação com o Lille-FRA, time para o qual Michel Bastos foi em 2006. O lateral-meia, que tem contrato com o Lyon por mais dois anos, não deu um prazo para voltar a atuar no Brasil. Confira a segunda parte da entrevista exclusiva que o jogador concedeu ao Globoesporte.com, na terça-feira:

Como é voltar para o Atlético, para fazer tratamento, depois de sair brigado com o presidente da época?

Independente do que aconteceu quando saí, de algumas discussões, eu sempre falei que o Atlético foi muito importante na minha vida, até porque os problemas difíceis que passei, na minha primeira passagem em 2001 e 2002 e depois em 2005, sempre tiveram comigo. Poder estar aqui de novo, usufruindo da estrutura que o clube tem, é importante.

Você pretende voltar para o Atlético? Se fosse para voltar para um time do Brasil, daqui a alguns anos, seria o Atlético, ou talvez Figueirense, Grêmio ou outro?

A gente tem a intenção de voltar. Com certeza eu gostaria muito de voltar ao Atlético, até porque é um grande clube. É um clube pelo qual tive duas passagens e não tive a oportunidade de talvez render da forma que eu gostaria. Desde que eu cheguei aqui para fazer tratamento, eu falei que, se um dia eu tivesse uma oportunidade, voltaria, até porque hoje eu vivo em Curitiba, minha esposa é daqui. Então, se o Atlético, daqui um tempo, abrir as portas para eu voltar, eu voltaria com o maior prazer.

FONTE: Globoesporte.com
FOTOS: Globoesporte.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Lyon encabeça lista de jogadores mais bem pagos

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Hoje foi divulgada uma lista na imprensa francesa que apresenta os 20 maiores salários do campeonato francês. Lyon e Marseille apresentam uma disparidade sobre os demais. Dentre os 20 times da competição apenas quatro deles possuem jogadores na lista.

O Lyon é o time que possui mais atletas dentre os 20 mais bem pagos. São oito no total. Em seguida, o Marseille aparece com sete. O time da capital francesa, PSG, segue em terceiro com 4 jogadores. Com apenas 1, o Bordeaux fecha a lista.

Quatro brasileiros, Cris, Ederson e Michel Bastos, do Lyon, estão presentes na listagem. Fora eles, apenas Nenê, do PSG, é o único brasileiro que integra a lista e que não atua no time do OL. Confira o TOP 20 abaixo, com os salários anuais de cada jogador:

1. Gabriel Heinze (Marseille): 4,5M de euros
2. Yoann Gourcuff (Lyon): 4,4M de euros
3. Lucho Gonzalez (Marseille): 4,3M de euros
4. Cris (Lyon): 4,3M de euros
5. Lisandro Lopez (Lyon): 4,1M de euros
6. André-Pierre Gignac (Marseille): 3,8M de euros
7. Kim Källström (Lyon): 3,7M de euros
8. Bafetimbi Gomis (Lyon): 3,5M de euros
9. Michel Bastos (Lyon): 3,4M de euros
10. Ludovic Giuly (PSG): 3,2M de euros
11. Claude Makelele (PSG): 3,1M de euros
12. Nenê (PSG): 3M de euros
13. Loic Rémy (Marseille): 3M de euros
14. Jérémy Toulalan (Lyon): 3M de euros
15. Stéphane M'Bia (Marseille): 2,9M de euros
16. Mathieu Valbuena (Marseille): 2,9M de euros
17. Guillaume Hoarau (PSG): 2,8M de euros
18. Alou Diarra (Bordeaux): 2,8M de euros
19. Ederson (Lyon): 2,8M de euros
20. Steve Mandanda (Marseille): 2,8M de euros

sábado, 19 de março de 2011

Um castigo não merecido

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Lyon joga bonito, quase vence, mas não contava com a falha de Lloris. Um empate amargo que beneficia o líder isolado Lille




Ressaqueado e abatido, agora o Lyon só tinha uma meta nessa temporada: a Ligue1. Não poderia mais tropeçar, uma vez que o Lille segue implacável. Hoje, fora de casa, derrotou o Brest e segue com certa distância na ponta. Os Dogues assistiriam Lyon x Rennes de camarote. Um mordendo o outro. O confronto entre o 2º colocado e o 3º. Os rubro-negros veem de uma derrota para o Marseille, em casa, e assim como o OL, também estão amargurados pela derrota.

Quem assistiu ao jogo de quarta-feira certamente percebeu que o Lyon precisava de algumas mexidas. Puel barrou o capitão Cris e deu oportunidade a Pape Diakhaté. Delgado, que sente um desconforto na coxa, e Källström, resfriado, não começaram entre os titulares. O argentino sequer foi relacionado. Pjanic e Gomis dessa vez começaram jogando. OL vinha pra frente. Dois meias de armação, dois pontas e um centroavante. Veja o time:




O time de Antonetti tinha um desfalque importante: Yacine Brahimi. O meia, lesionado, não viajou para Lyon. O Rennes perdia seu vice-artilheiro na temporada, e em um dos jogos mais importantes. Mas por outro lado, poderia contar com Montaño, o principal jogador do time e artilheiro, além de Yann M’Vila, recém convocado por Blanc para compor a seleção principal da França. Veja a formação inicial dos visitantes:




Nos primeiros 15’, o Lyon era ligeiramente melhor. Tinha muito mais posse de bola do que seu adversário, 62%. Contudo, mesmo com esse domínio de terreno, não chegava a incomodar o Rennes. Teve uma boa oportunidade com Gomis, mas o atacante foi desarmado na entrada da área e sequer chegou a finalizar.

O Lyon era mais calmo. Fazia valer sua vantagem por jogar em casa. Com sua tranquilidade tentava sair jogando, mas tinha dificuldades. O Rennes marcava bem a saída de bola. Pjanic até se esoforçava a buscava o jogo no campo de defesa, mas ainda assim, o melhor para se jogar era pelos lados do campo. Réveillère e Cissokho eram as válvulas de escape.

O SRFC tinha uma postura bem defensiva. Não tinha muitos recursos, a não ser esperar o erro do OL. Por outro lado, o time de Puel tinha que ser certeiro para achar seu espaço. Lisandro e Gomis se movimentavam bastante. Bafé, sempre pelo centro, puxava a marcação, enquanto a argentino tentava abrir espaços. No setor ofensivo, essa era a jogada que vinha dando certo para tentar ultrapassar o forte setor defensivo do Rennes.

Só aos 30’, que os visitantes deram uma acordada e finalmente tiveram tempo para tocar a bola. O primeiro lance de ataque foi um escanteio, cobrado por Leroy, que não soube aproveitar a oportunidade e a desperdiçou. Enquanto o Rennes tinha a posse de bola, o Lyon pressionava e diminuía o espaço.

Jogando da mesma forma que expliquei acima, o Lyon abriu o placar, aos 36’. Toulalan veio carregando a bola do meio-campo, em velocidade. Gomis passou rápido, na entrada da área. Na corrida, perdeu espaço, mas olhou pra trás e achou Lisandro entrando na área. O argentino chutou forte, e a bola bateu no pé do próprio Gomis, desviando a atenção do goleiro Douchez. Lyon 1 a 0.

Antes do intervalo, dois lances lamentáveis. Primeiro, Pjanic em disputa de bola, entra de forma maldosa e acerta a perna de Montaño. O atacante do Rennes precisou de atendimento médico, enquanto o bósnio recebia cartão amarelo. Em seguida, já com Montaño em campo, ele ganhou uma dividida de Toulalan, e quando o volante do Lyon ainda estava no chão, ele fez questão de pisar nas costas do camisa 28 do OL. Dessa vez, não houve punição do árbitro Anthony Gautier.

No segundo tempo, as equipes voltaram as mesmas. A primeira chance de gol, foi do Lyon. Aos 49’, Cissokho ganhou de Leroy na velocidade, pela esquerda. Avançou até a linha de fundo e cruzou rasteiro pra área. Gomis chegou a encostar, tentando uma finalização de letra. O toque só raspou na bola e não foi o suficiente pra desviar ao gol, e saiu pela linha de fundo. Aos 51’, foi a fez de Pjanic cruzar pra área e achar Lovren. Dessa vez o zagueiro estava sozinho e, ainda assim, conseguiu finalizar pra fora, de cabeça.

O esquema de jogo do Lyon era muito óbvio e muito bem efetuado. Com a pelota aos pés, todos os jogadores tocavam e faziam o Rennes dançar em campo. Os Gones tinham muita facilidade para deixar o toque de bola macio e calmo. Aos poucos, um buraco era feito na defesa adversária e por ali surgia o ataque do OL. Sem as bolas nos pés, o Lyon todo voltava para marcar e não permita o avanço do Rennes até depois do meio-campo. Os atacantes pressionavam a saída e não deixava espaço pra bola ser tocada. Exatamente por isso havia uma diferença considerável na porcentagem de posse de bola. Para os visitantes reverterem o quadro, precisariam ser cirúrgicos em suas poucas oportunidades. Foi exatamente isso que Mourinho fez no meio de semana e conseguiu abrir a porteira do goleiro Lloris.

Como o Rennes não tem Mourinho e tem Frédéric Antonetti, o time não soube se comportar da melhor maneira em campo. Obviamente seria utopia cobrar um futebol de Real Madrid no elenco do Rennes. Mas senso de responsabilidade era o mínimo que se esperava. Estou me referindo a Montaño, o principal jogador dos visitantes. Após perder uma bola para Lovren, que entrou limpo, não titubeou e acertou um pontapé no zagueiro lionês. Dessa vez Gaultier o mandou pra rua e amarelou o zagueiro do OL.

Mesmo com um a menos, o Rennes até tentou atacar. Aos 70’, com Verhoek no lugar de Camara, já tinha diminuído a posse de bola do Lyon de 63% para 55%. Conseguiu avançar ao campo adversário tocando com mais calma. Mas era ineficiente para finalizar. Não tinha qualidade para penetrar na zaga, mas tentava. Em vão. Em vão, até os 87’.

O Lyon mostrou, demonstrou e convenceu que tem elenco pra brigar sim pelo título. A primeira vista, a eliminação na Champions League não abateu os jogadores e nem a torcida, que cantarolou do início ao fim do jogo. Uma postura exemplar em campo. Jogou como pouco se viu e foi certeiro. Fez um gol e jogou com domínio, impondo-se em campo. Mesmo depois de Källström e Pied entrar nos lugares de Gourcuff e Briand, o OL mantinha a postura. O Rennes não parecia ser um time que ostentava, até então, a vice-liderança da competição. Quem assistiu ao jogo e desconhecia a atual situação de ambos na tabela, certamente arriscaria ser um jogo entre líder e lanterna, tamanha a discrepância.

Mas o futebol não é uma receita de bolo. Quando disse que o ataque do Rennes foi em vão até os 87’, queria dizer que, acreditem, ali aconteceu um empate. Os rubro-negros se lançaram o ataque na tentativa desesperada de gol. Bola alçada na área, o ataque escorou. Lloris, mal posicionado, caiu de maneira desastrosa e deixou a bola passar ao outro lado. Théophile-Catherine chegou completando. Isso porque Danzé também estava pronto pra arrematar. Silêncio no Gerland. Ninguém poderia acreditar, nem mesmo o próprio autor do gol, que comemorava de maneira eufórica.

Puel, lançando sua última carta, apostou em Lacazette nos últimos minutos. Tarde demais. Não havia mais tempo para reação. No soar do apito final, os jogadores do Rennes permaneciam no gramado, comemorando como se fosse um título. Em contraponto àquele cenário, desolados, os jogadores do Lyon, um a um, desciam ao vestiário com um semblante murcho. Parecia que o Real Madrid novamente tinha-os eliminados da Champions League. Quem ganha com isso tudo? O Lille, que assistiu com certa distância e provavelmente comemorou mais do que os próprios jogadores do Rennes. Abaixo, você vê como terminou a 28ª rodada da Ligue1, sem os jogos de domingo.

Próximo adversário: O Nice, fora de casa, pela 29ª rodada do francês. O jogo será no dia 02 de Abril, às 16h. O OL vai ter uma semana de descanso e reflexão. Tempo necessário para concertar o que está errado.




FOTOS: FranceFootball / olweb.fr / Ligue1.com


MELHORES MOMENTOS (1º TEMPO):



MELHORES MOMENTOS (2º TEMPO):

sexta-feira, 18 de março de 2011

[LIGUE1 – 10/11] 28ª Rodada - Lyon x Rennes

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

Com a vitória, por 2 a 1, sobre o Vallenciennes, o Lille chegou ao seu terceiro jogo sem derrota e, agora, quer se distanciar ainda mais dos rivais. Atualmente, o clube ocupa a primeira colocação, com 52 pontos, três a mais que o Rennes. O Brest, por sua vez, está na modesta 12ª colocação, com 35 pontos, após perder para o Saint-Etienne (2 a 0).

Ao que tudo indica, ao final desta rodada, o Lille terá apenas um perseguidor. Isso porque, o Rennes, vice-líder, irá encarar o Lyon, terceiro colocado, com 48 pontos. Se na última rodada, o Rennes perdeu para o Olympique de Marselha (2 a 0), o Lyon garantiu os três pontos diante do Sochaux (2 a 0).

FONTE: FanaticosPorFutebol



LYON:

GOLEIROS: Hugo LLORIS e Rémy VERCOUTRE;
LATERAIS: Thimothée KOLODZIEJCZAK, Aly CISSOKHO e Anthony RÉVEILLÈRE;
ZAGUEIROS: Dejan LOVREN, CRIS e Pape DIAKHATÉ;
VOLANTES: Maxime GONALONS e Jérémy TOULALAN;
MEIAS: Kim KÄLLSTRÖM, Yoann GOURCUFF e Miralem PJANIC;
ATACANTES: Bafétimbi GOMIS, Jérémy PIED, Alexandre LACAZETTE, LISANDRO Lopéz e Jimmy BRIAND;
TÉCNICO: Claude PUEL;
DESFALQUES: EDERSON Honorato, Michel BASTOS e César DELGADO



RENNES:

GOLEIROS: Nicolas DOUCHEZ e Johann CARRASSO;
LATERAIS: John BOYE, Romain DANZÉ e Kévin THÉOPHILE-CATHERINE;
ZAGUEIROS: Samuel SOUPRAYEN, Jean-Armel KANA-BIYIK e Kader MANGANE;
VOLANTES: Yann M'VILA, Alexander TETTEY e Fabien LEMOINE;
MEIAS: Jérôme LEROY, Stéphane DALMAT, Georges MANDJECK e Tongo DOUMBIA;
ATACANTES: Víctor MONTAÑO, John VERHOEK e Abdoul CAMARA;
TÉCNICO: Frédéric ANTONETTI;
DESFALQUES: Jirès KEMBO EKOKO, Razak BOUKARI e Yacine BRAHIMI

quarta-feira, 16 de março de 2011

Depois de sete anos, o Real Madrid volta às quartas de finais da UCL

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


O brasileiro Marcelo, nome do jogo, foi decisivo na quebra do tabu




Santiago Bernabeu é palco de um dos mais aguardados jogos da Liga dos Campeões. O confronto entre Real Madrid e Lyon já toma contornos de clássico. Isso se deve ao tabu que o Lyon vem sustentando, de jamais ter sido derrotado pelo time espanhol. A sina do time de Mourinho é de não conseguir avançar pelas oitavas de finais desde 2003/04. Hoje, jogando em casa, o panorama poderia mudar. Seria a dupla de portugueses – José Mourinho e Cristiano Ronaldo – os principais responsáveis pela giro na mesa do embate?

Mesmo com a dúvida que pairou durante toda a semana, Mou entrou em campo com Cristiano Ronaldo. Benzema, em grande fase, deixou o recém contratado Adebayor no banco. Marcelo não deu espaço para Arbeloa começar dentre os titulares. Veja a escalação do time espanhol:




Claude Puel, depois de não poder contar com Cris e Cissokho durante os últimos jogos da Ligue1, agora tinha os dois no seu time titular. A maior novidade gira em torno de Bafétimbi Gomis. Dessa vez ele não começou jogando e deu espaço para Briand. Delgado substituiu Michel Bastos – suspenso e lesionado. O time do Lyon começou assim:




Com a bola rolando, os três primeiros minutos foram assustadores para os torcedores do Lyon. Primeiro, Cristiano Ronaldo desperdiçou boa oportunidade em cobrança de falta. Depois, Marcelo arrancou bem, passou para Özil, que ganhou em velocidade de Cris, mas parou em Lloris. No rebate, a defesa lionesa espantou o perigo.

Ao contrário do que Jean Michel-Aulas afirmou no meio da semana, o Real Madrid não jogava com uma postura defensiva. Muito pelo contrário, o time da casa fazia valer sua vantagem e ditava o ritmo de jogo. O OL, por sua vez, buscava o erro do adversário para penetrar na defesa deles.

Nos primeiros 20’, o Lyon se mostrava mais cauteloso, porém um pouco nervoso. Tentava, mas não apresentava perigo algum. O lado esquerdo, com Cissokho e Delgado era o mais acionado, e consequentemente era o lugar onde mais havia espaço para o Madrid jogar. A primeira chance verdadeira de gol, surgiu aos 21’, quando o mesmo Cissokho apareceu bem pela esquerda, cruzou pro centro da área e achou Delgado. O argentino parou, olhou e chutou no canto esquerdo de Casillas, que se esticou para mandar ao escanteio.

Com o Lyon entendendo o estilo de jogo de Mourinho, começava a ter mais posse de bola e dominar o espaço em campo. O Madrid era quem, agora, buscava os contra-golpes. Em um deles, Özil achou Cristiano Ronaldo na esquerda, que levou a defesa do OL e chutou com muita força. Lloris evitou com destreza.

Aos 36’, o placar seria aberto. Marcelo recebeu de Xabi Alonso e saiu em disparada. Tabelou com Cristiano Ronaldo, limpou Cris e Lovren e bateu na saída de Lloris. O goleiro do Lyon ainda encostou na bola mas ela morreu no canto direito da meta. Real Madrid em vantagem no Bernabeu.

Aos 41', Marcelo, avança pela ponta esquerda e acha Benzema no centro da área. Ele arremata mal, mas força uma grande defesa de Lloris. Em seguida, Benzema em posição de impedimento marca aquele que seria o segundo gol do Real. Mas o lance foi bem anulado pelo árbitro. Lyon sentia a necessidade de buscar o jogo e avançava um pouco afoito demais. Gourcuff já tinha sido amarelado e o grupo errava passes fáceis.

Na volta do intervalo, o Lyon já começou com uma troca. Jimmy Briand foi trocado por Bafétimbi Gomis. Agora Lisandro atuava mais aberto e Bafé era o responsável por jogar de centroavante.

A princípio, a troca, somada ao desespero por fazer um gol, não fizeram bem ao Lyon. O Real Madrid tinha espaço para jogar e fazia isso bem. Toulalan e Källström atuavam bem no meio-campo, ao contrário do seus companheiros defesa. Cris e Lovren notavelmente batendo cabeças não coneguiam se impor frente ao rápido estilo de jogo dos espanhóis. Mas a pior nota do time francês ficava por conta de Gourcuff, que fazia um jogo muito ruim. Errou tudo que tentava e não ajudava na frente.

Com 22’ do segundo tempo, o segundo gol do Real estava mais próximo do que o empate do Lyon. E foi assim que aconteceu. Réveillère saiu jogando errado. Marcelo recuperou, achou Özil passando em velocidade. No lance Lovren errou a passada e Cris parou no lance. Benzema, que não é bobo, avançou e tocou na saída de Lloris. Real Madrid 2 a 0.

No lance seguinte, em jogada de Di María e Özil, Benzema quase marca o terceiro. Não fez por pouco. Sendo assim, Puel trocou Gourcuff, que fez sua pior atuação com a camisa do Lyon, e colocou Jérémy Pied. Pouco tempo depois, Cristiano Ronaldo – que apesar de machucado, jogou bem –, para a entrada de Emmanuel Adebayor.

Aos 30’, o caixão foi fechado. O Real Madrid fazia o seu terceiro gol. Em chutão da defesa espanhola, Toulalan falha, a bola sobra pra Özil, que desvia de cabeça e acha Di María passando em profundidade. Na entrada da área, saiu de frente com Lloris, e tirou o arqueiro do OL com uma cavadinha. Show dos galáticos!

Aos 35’, Chelito era substituído por Pjanic e aos 38’, Benzema deixou o gramado do Bernabeu sob aplausos e deu lugar a Lass Diarra. O jogo já estava definido. O Lyon, mesmo se fizesse dois gols ainda não tinha condições de se classificar. E jogando da forma como atuava, era impossível causar perigos ao Casillas.

Definitivamente Mourinho soube encaixar um estilo de jogo que não permitia os avanços dos Gones. Ele expôs todos os defeitos do Lyon de maneira aberta para quem quisesse ver e criticar. A zaga beirou o nível lamentável, assim como o setor ofensivo. Foi um massacre. Os poucos que se salvaram foram: Lloris, Cissokho, Toulalan, Källström e Lisandro. Os demais foram apáticos e não pareciam estar em Campo para jogar uma partida decisiva de Champions League.

Pelo lado do Real, a cada partida Benzema vem se firmando. Começa a ganhar moral com a torcida e com Mou. Özil e Di María só não fizeram mágica pois Toulalan estave bem e errou em apenas um lance, que foi crucial. Finalmente terminava o tabu. José Mourinho já pode se levantar e ser aplaudido pelos torcedores merengues. Méritos totais. O Real foi melhor nos dois jogos e mereceu sair com a classificação.

E por fim, agora não há mais argumentos que sustente Claude Puel no cargo. As chances dele deixar o boné no fim da temporada ficam cada vez mais claras.

Veja o resumo do jogo pela ótica do amigo Pedro Spiacci, no blog Quatro Tiempos, clicando aqui

Próximo adversário: Atenções voltadas para a Ligue1. Agora o OL só participa desta competição. A briga vai ser com um adversário direto que também luta pela ponta, o Rennes. O jogo vai ser no Gerland, às 17h do sábado (19/03/11).

FOTOS: AS.com / L'Equipe / olweb.fr


Real Madrid 1-0 - MARCELO



Real Madrid 2-0 - BENZEMA



Real Madrid 3-0 - DI MARÍA

Fred recorda Lyon invicto contra Real Madrid: ‘Melhor equipe que participei

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Antes de chegar no Fluminense, atacante era peça importante no time francês, quando, em quatro jogos, espanhóis perderam dois e empataram outros dois





A partida desta quarta-feira entre Real Madrid e Lyon, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, vem acompanhada de uma certa rivalidade. Nas temporadas 2005/2006 e 2006/2007, as equipes se enfrentaram quatro vezes pela fase de grupos da Liga. O Lyon venceu dois jogos (os disputados em casa) e empatou os dois que aconteceram no estádio Santiago Bernabeu, em Madri. Naquele time liderado por Juninho Pernambucano, o atacante Fred, hoje no Fluminense, era parte importante jogando ao lado do norueguês Jhon Carew. A passagem pelo clube francês foi tão especial, que Fred considera o time da temporada 2006/2007 o melhor grupo que participou em sua carreira. O GLOBOESPORTE.COM transmite o confronto entre Real Madrid x Lyon, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira, ao vivo, a partir de 16h20m.

- Eu lembro daquele ano com muito carinho porque foi uma das melhores equipes que eu já joguei, fora seleção. Em clubes foi a melhor equipe já formada que eu participei – disse Fred.

Em quatro jogos nas temporadas 2005/2006 e 2006/2007, o Lyon, que nunca havia enfrentado o Real Madrid na Liga dos Campeões, não tomou conhecimento do gigante espanhol. A primeira partida, na temporada 2005/2006, disputada na França, terminou com o placar de 3 a 0. Carew, Juninho Pernambucano e Wiltord fizeram os gols. Na mesma temporada, na Espanha, o placar foi 1 a 1. Carew, num belo toque de calcanhar marcou um golaço para os franceses. Na temporada seguinte, nova vitória em Lyon, 2 a 0, com um golaço de Fred e outro do portugês Tiago. Na Espanha , depois de abrir 2 a 0, o time francês cedeu o empate.

- O Juninho (Pernambucano) lançou antes do meio-campo para mim, eu ganhei na corrida do Canavarro e do Sergio Ramos, se eu não me engano, e o Casillas saiu, eu dei um toque por cima, de cobertura. Foi um gol muito bonito, muito especial pela grandeza do Real Madrid e pela rivalidade que já ahavia se criado – relembrou Fred.

Somados aos dois jogos da temporada 2009/2010, pelas oitavas de final (1 a 0 Lyon, na França e 1 a 1 na Espanha) e ao primeiro da atual temporada (1 a 1 em Lyon), o time francês segue sem nunca ter perdido para o Real Madrid na Liga dos Campeões. Parte do início da hegemonia, Fred

- Na Europa se fala muito: toda vez o Real Madrid esbarra no Lyon, não consegue vencer. Por outro lado, a gente tinha essa motivação de jogar contra uma grande equipe. A gente sempre gostou de jogar contra o Real Madrid, principalmente fora de casa, no Bernabeu. A equipe do Real Madrid dava muito espaço, eles jogavam sempre para frente – afirmou o ex-atacante do Lyon.

Apesar da torcida para o Lyon na partida desta quarta-feira, Fred sabe que a situação é favorável ao Real Madrid, que conseguiu um empate na França, na primeira partida.

- Acho que o Real Madrid é favorito. Pela situação toda esse ano, mas não tem como subestimar o Lyon. O Lyon sempre surpreende, principalmente contra o Real Madrid. Eu vou torcer pelo Lyon, até porque tenho vários amigos lá – finalizou o craque.

FOTO e FONTE: Globoesporte.com

terça-feira, 15 de março de 2011

[UCL – 10/11] Oitavas de Finais - Real Madrid x Lyon

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi em parceria com QuatroTiempos


FOTO: olweb.fr / RealMadrid.com

Desde que o sorteio da Champions foi realizado, e colocou frente a frente Real Madrid e Lyon no mesmo caminho, o discurso em Chamartín não é outro senão passar das oitavas de finais. Desde 2004-05 sem avançar de fase na principal competição europeia, os aficionados merengues têm em José Mourinho a confiança que faltava para enfim passar para as quartas após um bom tempo. O Lyon, por sua vez, chega embalado pelo ótimo retrospecto ante os merengues: em sete confrontos, foram três vitórias e quatro empates, além da eliminação na Champions da temporada passada.

Avançará de fase o Real Madrid de José Mourinho, que chegou a encantar o mundo durante três meses, ou o Lyon, verdadeira pedra no sapato dos merengues? Dessa vez, contaremos com a ótima colaboração do blog Quatro Tiempos. Confira a prévia de Lyon x Real Madrid e depois, nos dois endereços, o resumo do embate.


A temporada até aqui
Lyon: O discurso do treinador Claude Puel, no início da temporada, era de que a Ligue1 seria prioridade e a Liga dos Campeões apenas uma consequência. Definitivamente o técnico gostaria de voltar a ganhar a competição nacional e deixou o torneio internacional de segundo plano. Com esse pensamento, o Lyon não começou fazendo uma boa temporada. Parecia desligado. Tropeçou contra times considerados pequenos, do porte de Caen, Valenciennes e Arles-Avignon. Gourcuff chegou a peso de ouro e não resolveu o problema de armação do time. Na zaga, o mesmo imbróglio. Diakhaté se apresentou com pompa para assumir a titularidade e foi muito irregular nas chances que teve. Na janela de inverno não contratou ninguém e perdeu o volante Makoun. Mas com o passar do tempo, finalmente Puel acertou o time e com Bafé Gomis assumindo a titularidade no lugar de Briand, o OL ganhava um centro-avante e um estilo de jogo mais inteligente e arrumado. Atualmente, o próprio Gomis é o artilheiro do time na competição e finalmente o Lyon vai se encontrando na competição. Nos últimos dois jogos marcou sete gols, não sofreu nenhum e Lisandro, agora novidade, se sobressaiu. Terminou a 27 ª rodada na terceira colocação, com apenas quatro pontos de diferença do líder Lille. Na Liga dos Campeões teve um grupo conturbado e passou em 2º, ficando atrás do Schalke 04. A única atuação convincente do time na competição internacional, foi uma vitória por 2 a 0 contra os portugueses do Benfica, em casa.

Real Madrid: Invictos durante três meses na temporada, o Real Madrid vinha liderando a Liga Espanhola e passando por cima de seus adversários na Champions (com vitórias convincentes ante Milan e Ajax), mas voltou a sucumbir no superclássico contra o Barcelona, principal ponto de mudança na postura da equipe. A partir daí, a relação entre Mourinho e Valdano, dirigente do time, passou a se azedar por um único motivo: a contratação de mais um centroavante. Sem Higuaín por seis meses (que operou o joelho), Valdano defendia a tese de que Benzema poderia ser mais utilizado para mostrar serviço, enquanto que Mou passou a não confiar mais no francês, que vinha recebendo muitas chances, mas não conseguia aproveitá-las. Durante janeiro, Kaká retornou, mas o brasileiro ainda não está 100% fisicamente, portanto Mourinho decretou que só utilizará o camisa oito, quando ele estiver com totais condições, e Adebayor acabou contratado. Nesse mês, o futebol do Real Madrid caiu muito de produção, graças ao cansaço decorrente da maratona de jogos. Na Liga Espanhola, a diferença entre Barcelona e Real Madrid diminuiu para cinco pontos após os blaugranas tropeçarem ante o Sporting Gijón. Na Copa del Rey, o Real Madrid volta à final após nove temporadas longe dela e terá um duro desafio: enfrentará o arquirrival Barcelona, no Mestalla.


Pontos Fortes
Lyon: A maior arma do OL é definitivamente o ataque. Com destaque especial a Michel Bastos e Lisandro Lopéz que fecham com meio-campo com Gourcuff no tradicional 4-2-3-1. Diferentemente da primeira partida, agora Lisandro Lopéz volta ao time, que por sua vez perde Michel Bastos. As funções do brasileiro devem ser assumidas por César Delgado ou Jimmy Briand. Puel deve decidir entre os dois, com Jérémy Pied correndo por fora. A forma de jogar do ataque do OL é bem tradicional: Sempre são incursões pelas pontas, e quando chega à linha de fundo, a bola sempre procura Gomis, que faz sua função de pivô e escora pra Gourcuff ou Toulalan chegarem do meio. A partir daí, a bola sempre é passada para o outro lado do campo, com o winger pronto para arrematar. A jogada ensaiada vem funcionando já não é de hoje.

Real Madrid: O meio-campo. Na linha de três da meiuca, Di Maria, Özil e Cristiano Ronaldo deram conta do recado durante o primeiro semestre, com um futebol rápido, inteligente e coletivo. Com o retorno de Kaká, tem sido frequente as rotações de Mourinho nessa parte da equipe, mas o técnico de Setubal parece ter achado a maneira certa de escalar o meio. Dessa vez, não vai ser possível que Mourinho repita essa fórmula no jogo. Kaká está indisponível. No entanto, a ênfase no conjunto é algo bastante prezado por Mourinho, que trabalhou para construir uma mentalidade coletiva e de sacrifício por pontos sempre valiosos. O resultado se verifica em campo: os jogadores parecem cada vez mais determinados a buscar resultados, deixando de lado as situações adversas e a apatia que permeava o time de anos atrás.


Pontos Fracos
Lyon: O principal problema do Lyon está vigente há algum tempo. Desde a saída do zagueiro Squillaci, o brasileiro Cris não possui alguém de confiança para atuar ao seu lado. Alguns jogadores já apareceram por ali e nenhum se firmou. Até os volantes Toulalan e Gonalons já jogaram improvisados e também não deram conta do recado. No meio da última temporada, o jovem croata, Dejan Lovren, chegou do Dinamo Zagreb com pompa de ser a solução do problema. Nos seus primeiros percebeu-se que o discurso estava equivocado. O zagueiro falhou diversas vezes e se mostrou imaturo. O presidente Jean-Michel Aulas precisou correr contra o tempo para contratar Pape Diakhaté, para a atual temporada. O jogador estava no Dinamo de Kiev, se apresentou para tentar resolver o problema, e também foi um fiasco. Atualmente, Lovren é o titular, mas já não é tão estabanado como de outrora, entretanto, certamente é um espaço que o Real pode explorar. Outra ponto fraco dos Gones é a volância. Toulalan certamente é um ótimo jogador, mas atua praticamente sozinho. Källström, que deveria o auxiliar, é um elemento surpresa que sobe muito, tanto pelo centro, quanto pelo lado esquerdo. Quando o adversário chega em contra-ataque, apenas Toulalan fica como cão de guarda e em algumas ocasiões a situação fica complicada por ali.

Real Madrid: Numa equipe com tantas qualidades e repleta de grandes valores é difícil detectar um ponto fraco. Mas até aqui, as laterais ainda preocupam. Ainda que o futebol de Marcelo tenha evoluido bastante, o brasileiro ainda carece na marcação. Sergio Ramos vive uma temporada de altos e baixos e não consegue mostrar a segurança de duas/três temporadas atrás. Outro fato que tem prejudicado a equipe é a inconsistência de suas atuações em 2011. Capaz de aplicar goleadas históricas - como fez nos 8 a 0 contra o Levante, na Liga - os blancos também são donos de tropeços contra equipes da zona de rebaixamento - como no empate contra o Almería, na Andaluzia.


Expectativas
Lyon: A única mudança no time, em relação à temporada passada, é o nome de Yoann Gourcuff no meio campo, no lugar de Miralem Pjanic. Certamente é um ganho que o Real Madrid ainda não conhece e pode ser o diferencial. No entanto, a ausência de Michel Bastos pode complicar o estilo de jogo do Lyon. Independente do jogador que entrar na vaga dele, a qualidade do ataque dos Gones não será a mesma. A postura que o OL tem em campo na Ligue1 é totalmente diferente daquela da Liga dos Campões. No torneio internacional, o grupo de Puel tem muito mais vontade, raça e disposição do que nos jogos nacionais. Lisandro é o principal condutor dessa garra. É sinônimo de energia. Não sabemos o que passa pela cabeça de Claude Puel, mas é provável que o treinador busque uma jogo pra frente. Precisa marcar um gol. Parece óbvio, entretanto não deve ser tão fácil como das outras vezes. E pra finalizar, a torcida do Lyon terá novamente a oportunidade de ver Karim Benzema jogando contra o seu time formador.

Real Madrid: Diferentemente da temporada passada, onde gastou além das contas, o mercado do Real Madrid foi cirúrgico, mas trouxe jogadores que soube fixar seu lugar no time titular (à exceção de Canales e Pedro Leon). A principal contratação não joga, mas deu jeito no time. José Mourinho já chegou mudando a equipe e estruturou o Real Madrid num 4-2-3-1, com uma defesa bem sólida que as anteriores, formada por Ricardo Carvalho e Pepe, e uma linha de três extremamente ofensiva no meio-campo, formada por Özil, Di Maria e Cristiano Ronaldo. Cair novamente nas oitavas de finais da LC definitivamente não está nos planos da equipe de Madrid. Mourinho leva tão a sério a partida, que chegou a treinar a equipe secretamente para provavelmente esconder alguma surpresa em torno da dúvida: “Cristiano Ronaldo joga, ou não?”. O certo é que o português treinou normalmente, mas Mourinho trata a situação com cautela, pois vai escalar o luso se ele estiver 100%. O otimismo é grande, mas os jogadores dão mostras que o duelo será bastante parelho.



LYON:

GOLEIROS: Hugo LLORIS e Rémy VERCOUTRE;
LATERAIS: Lamine GASSAMA, Aly CISSOKHO, Thimothée KOLODZIEJCZAK e Anthony RÉVEILLÈRE;
ZAGUEIROS: Pape DIAKHATÉ, CRIS e Dejan LOVREN;
VOLANTES: Jérémy TOULALAN e Maxime GONALONS;
MEIAS: Kim KÄLLSTRÖM, Yoann GOURCUFF, Clément GRENIER, e Miralem PJANIC;
ATACANTES: Bafétimbi GOMIS, César DELGADO, LISANDRO Lopez, Jérémy PIED, Alexandre LACAZETTE e Jimmy BRIAND;
TÉCNICO: Claude PUEL;
DESFALQUES: Honorato EDERSON e Michel BASTOS



REAL MADRID:

GOLEIROS: Iker CASILLAS, Antonio ADÁN e Jerzy DUDEK;
LATERAIS: MARCELO, Sérgio RAMOS e Álvaro ARBELOA;
ZAGUEIROS: PEPE, Ricardo CARVALHO, Ezequiel GARAY e Raúl ALBIOL;
VOLANTES: Lassana DIARRA, Xabi ALONSO e Sami KHEDIRA;
MEIAS: Ángel DI MARÍA, Mesut ÖZIL, JUAN CARLOS, Esteban GRANERO e Sergio CANALES;
ATACANTES: Cristiano RONALDO, Karim BENZEMA e Emmanuel ADEBAYOR;
TÉCNICO: José MOURINHO;
DESFALQUES: Pedro LEON, KAKÁ, Gonzalo HÍGUAIN e Fernando GAGO

Com lesão no joelho, lateral Michel Bastos será operado no Brasil

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

O lateral-esquerdo Michel Bastos, do Lyon, viajará ao Brasil para passar por uma cirurgia no joelho esquerdo. O jogador da Seleção na última Copa do Mundo sofreu uma ruptura do menisco externo durante a partida com o Sochaux, sábado, pelo Campeonato Francês.

Michel Bastos não entraria em campo na quarta contra o Real Madrid, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, pois está suspenso. Para o técnico Claude Puel, a contusão do brasileiro se trata de um "contratempo" para a equipe francesa, mas disse que confia que irá contar com o jogador para o final de temporada.

- Michel sofreu um pinçamento meniscal há algum tempo e isso o incomoda. Preferimos tomar uma decisão rapidamente com o objetivo de recuperá-lo para as últimas partidas da temporada - disse Puel.

FONTE: Globoesporte.com

sábado, 12 de março de 2011

Lyon faz o feijão com arroz e ganha tranquilo

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Mesmo com desfalques, o OL não teve dificuldades para ganhar do Sochaux fora de casa. Destaque para o coletivo do time de Puel, fez o simples e ganhou com autoridade.




Stade Auguste Bonal, 27ª rodada da Ligue1. O time da casa, Sochaux, recebe o Lyon. Ambos os times necessitam da vitória. O OL quer alcançar a liderança, e precisa dos três pontos para não ficar atrás na corrida. Já o FCSM tem condições de lutar por uma vaga na Liga Europa e até mesmo Liga dos Campeões. Abriu a rodada em 8º colocado e tem potencial para chegar.

O time de Francis Gillot entrou em campo com alguns desfalques: Bréchet, Mikari, Brown, Butin e Anin estavam indisponíveis. A responsabilidade pela criação de gols ficava por conta do atacante Maïga e do arisco Boudebouz. Veja o time que começou a partida:




Claude Puel também entrou na 27ª rodada com desfalques consideráveis. Cris, Ederson, Cissokho e Gourcuff não estavam aptos para jogar. A chance foi dada novamente a Diakhaté e Pjanic. Na lateral-esquerda, Kolodziejczak tinha mais uma oportunidade de mostrar potencial. Abaixo, a escalação do Lyon:




Aos 7’, a primeira chance real de gol na partida. Lyon em contra-ataque puxado por Michel Bastos. Ele carregou a bola até a ponta esquerda do campo, esperou Lisandro passar, tocou e o argentino, com um toque sutil, encaixou no canto esquerdo de Cros. A bola passou muito perto, mas foi pela linha de fundo.

O Sochaux tinha sua personalidade. Sabia atacar, mas insistia em atuar pelo lado direito do campo, tentando forçar o erro do jovem Kolodziejczak, que atuava pela lateral-esquerda do Lyon. O OL era mais técnico, sabia o que fazer com a bola e tinha mais recursos em campo. Jogava com mais cautela nesse início de primeiro tempo. Aos 12’, já tinha chegado três vezes com perigo ao gol de Cros.

Aos 22’, o que parecia já estar previsto, aconteceu. Lisandro abriu o placar para o Lyon. A jogada surgiu em um toque de bola consciente no meio de campo. A bola chegou até Gomis, que prendeu, segurou, e esperou o argentino passar em profundidade. Assim que recebeu a bola, Licha saiu frente-a-frente com o goleiro e não perdoou. Tocou no canto esquerdo de Cros e saiu para o abraço. Lyon 1 a 0.

A primeira chegada do Sochaux, só aconteceu aos 27’, com Modibo Maïga. O atacante não ocasionou perigo. Apenas recebeu um cruzamento, e na entrada da área finalizou de cabeça. Sem qualquer tipo de dano à meta de Lloris.

Na segunda metade do primeiro tempo, o Sochaux deu uma acordada, avançou sua marcação a partiu pra cima. O Lyon, nesse momento, só jogava na base dos contra-ataques e ainda assim demonstrava ter mais qualidade de jogo. Boudebouz era a principal arma dos donos da casa e o único acima da média no Sochaux. Pelo OL, Kolodziejczak, apesar do nervosíssimo, fazia uma partida correta na marcação e mediana no apoio.

Após o intervalo, os times voltaram o mesmo. O Sochaux já tinha feito uma alteração aos 42’. Josse saiu aparentemente sentindo uma lesão, e para o seu lugar, entrou Bakambu. No Lyon, nada de mudanças.

A postura do Sochaux começou diferente no segundo tempo. Nos 15 primeiros minutos, pressão total do time de Gillot. Chegaram com perigo nesse tempo mais que em todo primeiro tempo. O Lyon tentava arrancadas com seus velocistas. Aos 52’, Michel Bastos saiu em disparada e recebeu falta do já amarelado Maïga. O árbitro Jean-Charles Cailleux se omitiu e hesitou em mostrar o segundo cartão ao atacante adversário, para desespero de Puel, no banco do Lyon.

E seguida a pressão dos donos da casa. Aos 60’, um lance de cruzamento na área do Lyon. Lloris saiu mal do gol e permitiu a cabeçada de Perquis. A bola estava para entrar no gol dos Gones, quando a defesa tirou em cima da linha e não permitiu o tento. A bola ainda rebateu no travessão, antes de aliviar o perigo.

Precisando da mais volume de jogo ao seu time, Puel fez uma alteração arriscada. Colocou Jérémy Pied no lugar de Lisandro Lopéz, o autor do primeiro gol. O argentino saiu com cara de poucos amigos e com uma feição quase resmungando. Mas a troca fez efeito. Dois minutos depois, aos 64’, Pjanic puxou contra-ataque, tabelou com Pied, que segurou bem e viu o mesmo Pjanic passando. O bósnio recebeu e marcou o segundo gol do OL no jogo.

Após o gol, os donos da casa, mesmo estando melhor em campo, precisavam mexer, até mesmo para tentar buscar o resultado em casa. Poujol substituiu o brasileiro Carlão, que até vinha jogando bem. Sochaux precisava buscar seu jogo e acertar o último passe, pois já conseguia penetrar na defesa, mas tinha dificuldade em finalizar.

Aos 77’, o Lyon fez duas alterações: Pjanic e Toulalan (amarelado) saíram para a entrada de Maxime Gonalons e Clement Grenier. Tecnicamente nada se altera na formação e no estilo de jogo. Posteriormente, a câmera da TV mostrou Toulalan no banco de reservas sentindo uma lesão no braço direito, fazendo compressa de gelo no local.

Após as trocas, o Lyon conseguiu equilibrar o jogo novamente. Isso deve-se muito em função da disposição do Sochaux também. O time já não tinha mais a mesma vontade do inicio da etapa final e demonstrava falta de garra para manter a mesma pegada e vigor que aparecia logo mais cedo.

Faltando três minutos para terminar o confronto, Gomis teve uma oportunidade de ouro para fechar com goleada. Ele tentou encobrir o goleiro Cros, mas a bola insistiu em não entrar. Passou a centímetros da meta. Mas vale ressaltar a bela jogada de Pied pelo lado direito. Entrou bem no jogo. Aos 89’, mais uma chance de Gomis. Agora dentro da pequena área ele teve a oportunidade de marcar. Dessa vez, foi o goleiro Cros quem evitou, fazendo uma bela defesa, se esticando todo para salvar o terceiro gol.

Por fim, até parecia que o Lyon poderia ampliar o marcador, mas não havia mais tempo. No último lance do jogo, Bastos quase fez, mas errou o chute em uma oportunidade fenomenal. Bom resultado do OL fora de casa.

Próximo adversário: Real Madrid! O tão esperado jogo de volta, no Santiago Bernabéu. Liga dos campeões, na quarta-feira (16/03/10). Às 16h45, horário de Brasília.




FOTOS: olweb.fr / L'Equipe / Ligue1.com


GOLS DA PARTIDA:

sexta-feira, 11 de março de 2011

[LIGUE1 – 10/11] 27ª Rodada - Sochaux x Lyon

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

Pela abertura da 27ª rodada do Campeonato Francês, o Olympique de Marseille derrotou por 2 a 0 o Rennes, nesta sexta-feira, fora de casa. Com o resultado, o OM subiu para 48 pontos e está atrás do próprio Rennes e do Lille, que ainda entra em campo neste fim de semana.

Confira os jogos da 27ª rodada do Campeonato Francês:

Sexta-feira:
Rennes 0x2 Olympique de Marseille

Sábado:
Arles-Avignon x Lorient
Lens x Toulouse
Nancy x Caen
Nice x Auxerre
Saint-Etienne x Brest
Sochaux x Lyon

Domingo:
Bordeaux x Monaco
Lille x Valenciennes
Paris Saint-Germain x Montpellier

FONTE: FanaticosPorFutebol



LYON:

GOLEIROS: Hugo LLORIS e Rémy VERCOUTRE;
LATERAIS: Lamine GASSAMA, Thimothée KOLODZIEJCZAK e Anthony RÉVEILLÈRE;
ZAGUEIROS: Dejan LOVREN e Pape DIAKHATÉ;
VOLANTES: Maxime GONALONS e Jérémy TOULALAN;
MEIAS: Kim KÄLLSTRÖM, Michel BASTOS, Clément GRENIER e Miralem PJANIC;
ATACANTES: Bafétimbi GOMIS, Jérémy PIED, Alexandre LACAZETTE, César DELGADO, LISANDRO Lopéz e Jimmy BRIAND;
TÉCNICO: Claude PUEL;
DESFALQUES: EDERSON Honorato, Aly CISSOKHO, Yoann GOURCUFF e CRIS



SOCHAUX:

GOLEIROS: Teddy RICHERT e Matthieu DREYER;
LATERAIS: Boukary DRAMÉ, David SAUGET e Maxime JOSSE;
ZAGUEIROS: Jacques FATY, Damien PERQUIS e Mathieu PEYBERNES;
VOLANTES: CARLÃO e Loïc POUJOL;
MEIAS: Ryad BOUDEBOUZ, Marvin MARTIN, Geoffrey TULASNE e Nicolas MAURICE-BELAY;
ATACANTES: Modibo MAÏGA e Cédric BAKAMBU;
TÉCNICO: Francis GILLOT;
DESFALQUES: Jérémie BRÉCHET, Yassin MIKARI, Ideye BROWN, Edouard BUTIN e Kévin ANIN

terça-feira, 8 de março de 2011

Toulalan renova contrato com o Lyon até 2015

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


FOTO: olweb.fr

O volante Jeremy Toulalan acertou nesta segunda-feira a renovação do seu contrato com o Lyon. O antigo vínculo do jogador com o clube francês se encerraria no mês de junho. Com a prorrogação, no entanto, ele deve permanecer na equipe até 2015.

Recentemente, o atleta francês chegou a declarar que gostaria de encerrar a carreira no clube. Ele chegou ao Lyon em 2006, vindo do Nantes, e já conquistou dois títulos nacionais.

Toulalan voltou a se destacar nesta temporada, após ir mal na Copa do Mundo e ter sido suspenso da seleção por uma partida pela Federação Francesa. Ele esteve envolvido na greve dos jogadores, que se recusaram a participar de um treinamento durante a competição.

O técnico do Lyon, Claude Puel, afirmou que o volante "voltou a atuar em um nível muito bom, o que é obviamente bom para o time". Toulalan foi o quarto jogador a renovar seu contrato com o clube nesta temporada, depois que Remy Vercoutre, Jeremy Pied e Anthony Reveillere fizeram o mesmo.

FONTE: Estadão.com.br

domingo, 6 de março de 2011

Espetáculo de mão cheia

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Lyon aplica uma sonora goleada no lanterna com direito a hat-trick de Lisandro




Após arrancar um ponto do líder Lille, o Lyon agora em casa, teria a chance de garantir seus três prontos frente ao lanterna Arles-Avignon. A vitória seria importante para os dois times, uma vez que um precisa escapar do rebaixamento e o outro necessita alcançar os líderes. A partida, além de tudo, é um marco para a carreira de Anthony Réveillère. O lateral completa 500 jogos como profissional, somando suas passagens pelo Valência, seleção francesa e Rennes.

O Lyon, vinha com um time mudado. A começar pelo retorno de Lisandro Lopéz, depois de uma lesão na coxa. Por outro lado, Cris estava indisponível, no departamento médico. Ederson ainda retomando a forma física, não foi reintegrado. Puel também optou por começar sem Källström, Gomis e Michel Bastos entre os titulares. Veja o time:




Os visitantes vieram ao Gerland com alguns desfalques: Kermorgant, Germaby, Merville, Baldé e dois dos principais jogadores, Diawara e Dja Djédjé, não estavam disponíveis para o confronto. O time, que já não tem um potencial admirável, perdia ainda mais sua qualidade, forçando o treinador Hadžibegić usar toda sua maestria para tirar leite de pedra. Abaixo, a formação inicial do Arles:




Nos primeiros minutos de bola rolando, percebia-se um Lyon melhor em campo. Os Gones conseguiam ter o controle do jogo e apertavam o campo do Arles ao ponto de jogar inteiramente na parte posterior do gramado. Notavelmente, o controle era do Lyon, e os visitantes pareciam assustados.

Com 13’, de jogo, o OL abriu o placar. Jimmy Briand recebeu bola dentro da grande área adversária, caminhou pela direita e achou Licha entrando pelo meio. O argentino, que fazia seu jogo de volta, se antecipou a zaga e arrematou de primeira. Facilmente o time de Puel abria o placar.

Três minutos depois, o Lyonnais voltava ao marcador, dessa vez com Pjanic. A jogada começou nos pés de Briand, na intermediária da área. Ele tocou para Lisandro, que de primeira, tabelou com Pjanic, que já adentrava a área adversária. Cara a cara com o goleiro, ele ainda o tirou da jogada com um falso drible e tocou com categoria. Dois a zero, com extrema tranquilidade.

Tentando se reorganizar em campo, o time de Hadžibegić tentava avançar, até mesmo com certa cautela. Chegaram a primeira vez aos 26’, tocando a bola e em velocidade. Da intermediária, o meia N’Diaye arrematou com extrema potência e o chute explodiu no travessão de Lloris, que já estava batido no lance. Aos 33’, foi a vez de Meriem chutar com perigo a meta do goleiro do OL.

As duas chances que o Arles teve, foram as duas únicas vezes que os visitantes chegaram perto da área do Lyon no primeiro tempo. Em nenhum momento eles chegaram a adentrá-la. Definitivamente o time de Puel foi mais organizado e melhor em campo. Delgado, Briand, Pjanic, Gourcuff e Lisandro eram os mais acionados no jogo e foram os responsáveis pelo bom primeiro tempo que fizeram o time do OL.




No segundo tempo, os times voltaram sem substituições. Mas Yoann Gourcuff voltou a sentir uma pancada que tinha recebido ainda na primeira parte, e pediu para ser trocado, logo aos 3’, da etapa final. No seu lugar, entrou Bafé Gomis.

No primeiro lance de Gomis com a bola, ele disputou a pé de ferro com a zaga, ganhou, tocou para Delgado na ponta direita do ataque dos Gones. O argentino mandou para o seu compatriota na área, e Licha completou. Era o terceiro tento do Lyon na partida. A superioridade era mantida.

Aos 9’, quando o Arles tentava armar sua primeira jogada de ataque no segundo tempo, o Lyon conseguiu roubar a bola, e armar um contra-ataque fulminante. Gomis, ainda no meio-campo, recebeu a bola em velocidade, avançou todo o gramado do adversário, chegou até área e rolou para Lisandro, chegando na segunda trave. Mais uma vez o argentino só completou. Era o hat-trick! Lyon ia dando uma sapatada no lanterna.

Engana-se quem pensou que o time de Puel iria cadenciar o jogo. Nada disso! Dois minutos após marcar o quarto gol, o OL chegaria duas vezes. Na primeira, Pjanic desperdiçaria uma oportunidade de ouro e finalizaria na trave. Na segunda, um repeteco do quarto gol. Dessa vez, puxado por Briand, mas a bola não chegou a alcançar Lisandro. Após o sufoco implementado, Hadžibegić fez duas trocas: Sairam Ben-Idir e Abenzoar, para as entradas de
Piocelle e Ayasse. O resultado não seria muito satisfatório, uma vez que, no lance seguinte, Gomis teria um gol anulado pela arbitragem.

Aos 67’, foi a vez de Lisandro Lopéz deixar o gramado. Extremamente aplaudido e pela torcida, que também entoava o seu nome em coro. Para o seu lugar, entrava o volante Maxime Gonalons. Posteriormente, aos 75’, foi a vez de Bastos entrar no lugar do “Chelito” Delgado. Puel queimava sua regra três.

Com as saídas de Licha e Chelito, o Lyon perdia em velocidade na frente. Gomis, fazendo o centro-avante pesava nos contra-ataques, apesar de puxar a marcação. Michel Bastos é veloz, mas prende muito a bola. Resultado disso, até mesmo pela puxada no freio de mão, é que o OL não tinha mais o mesmo poder de antes. Mas ainda assim, dominava a partida com maestria.

O jogo terminou com essa superioridade tremenda. No apagar das luzes, Michel Bastos ainda fechou o caixão. Na saída de escanteio, ele recebeu aquele passe curto, se dirigiu a entrada da área, e chutou com força. Parecia fácil. Cinco a zero! Praticamente uma simulação de ataque contra defesa, parecendo um jogo treino. Alerta máximo para os torcedores do Arles, que provavelmente irão se contentar com a Ligue2 novamente. Por outro lado, o Lyon volta a briga e vai assistir de camarote o duelo entre LOSC e Marseille. Tudo embolado ainda e muita água pra rolar.

Próximo adversário: Sochaux no Stade Auguste Bonal. Jogo válido pela 27ª rodada da Ligue1. Sábado, dia 12/03/11, às 16h de Brasília.


FOTOS: olweb.fr / L'Equipe / Ligue1.com


GOLS DA PARTIDA: