sábado, 1 de agosto de 2015

Lyon entra em campo em modo churrasco e PSG é o campeão da Supercopa

Filipe Frossard Papini
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Time de Fournier conseguiu fazer uma única finalização durante toda a partida, aos 89’. PSG encarou como jogo treino e venceu com tranquilidade para se sagrar tricampeão consecutivo do torneio.




Mês de agosto chegou e a temporada já inicia-se junto a ele. PSG e Lyon, ainda em clima de férias, em Quebec, no Canadá, entraram em campo pela Supercopa da França. No estádio de Saputo, a torcida presente apoiava em maior número o time parisiense, muito em função da sua política de contratações e por carregar jogadores que fazem sucesso no entorno do planeta inteiro. No confronto, duas vertentes diferentes. Ambos os times realizaram cinco jogos na temporada. O PSG venceu quatro deles e empatou um, diante do Chelsea, e acabou perdendo nos pênaltis. Por outro lado, o Lyon venceu apenas um e perdeu quatro, sendo uma goleada por 6 a 0 diante do Arsenal.

Para reverter o quatro – e já sob pressão de dar resultados ao seu torcedor – Hubert Fournier alterou sua formação tática para o jogo. Armou o time no 4-3-3. Sem poder contar com Fekir (suspenso), Grenier (machucado por 4 meses) e N’Jie (lesionado no treino de ontem), Rachid Ghezzal seria o substituto ideal mas, de última hora, Benzia acabou sendo escalado e, de fato, o OL iria com três homens de grande poderio de fogo na linha de frente. No banco, surpresas como os jovens Lucas Mocio como goleiro reserva, Jérémy Morel, recém contratado e o jovem Zakarie Labidi. Abaixo, a formação do time:




Pelo PSG, também havia novidades. Kevin Trapp, ex-goleiro do Eintracht Frankfurt, começava como titular. No meio, com Thiago Motta não estando 100%, era possível que outra nova contratação ganhasse espaço: Benjamin Stambouli. Contudo, Blanc preferiu dar mais chance a Adrien Rabiot, que iniciava entre os 11. Em formação tática semelhante a do Lyon, o grande perigo do time parisiense concentrava-se também nos seus homens de frente, ao lado do brasileiro Lucas, os centroavantes Ibrahimovic e Cavani eram os nomes a se ficar de olho. Confira o time titular do PSG:




E este cuidado com Ibra e Cavani, que citamos, parecia não ser um incomodo para Hubert Fournier. Ao que parece, ele não preparou nenhuma marcação especial para a dupla e ela, antes mesmo dos primeiros 20’ de jogo, já havia mostrado ao que veio, para delírio máximo dos torcedores – a maioria turistas – no Canadá. O Lyon, mais uma vez, desleixado em em “ritmo churrasco” dava os mesmos espaços dado ao Arsenal na semana passada.


A primeiro gol do PSG apareceu em uma jogada de bola parada. Matuidi levantou bola na área e a defesa do OL espanou. No rebote, David Luiz que estava ali na muvuca para tentar empurrar de cabeça, acabou dominando, levando para o lado da área e, tudo de forma muito rápida, cruzando para Aurier completar de cabeça, já na pequena área. 1 a 0 no placar e defesa do OL já assustada.

Não demorou muito e o segundo gol também apareceu. Não havia nem tempo do Lyon reagir na partida e, em mais uma jogada criada pelo lado direito do Paris Saint-Germain, Ibrahimovic acabou recebendo em profundidade e, mesmo pressionado pelo defensor, conseguiu finalizar e forçar boa defesa de Anthony Lopes. No rebote, nem mesmo se houvessem dois goleiros ali, não seria possível defender a potente finalização de Cavani, que afundou as redes: 2 a 0!


Mesmo já em grande desvantagem no placar, o Lyon não conseguia esboçar quaisquer reações. Diante de uma apatia, o time via o PSG tocar a bola no seu campo de defesa, não agredia e só observava. Quando tinha a bola aos seus pés, encontrava uma enorme dificuldade para fazer uma ligação do seu meio de campo até os homens de frente. Com 30’ de jogo, o narrador do SporTV não havia citado os nomes de Lacazette, Beauvue e Benzia. O panorama era preocupante.

Por fim, o OL entrou para o vestiário no intervalo tendo somente uma chance de gol, criada por Yassine Benzia, quando recebeu na entrada da área – na região da meia lua – e arriscou dali mesmo. A bola foi desviada pela defesa e saiu por cima. Nada que chegasse perto de assustar Kevin Trapp que, definitivamente, vivia um dia sem trabalhos. E para o segundo tempo, Fournier não mexeu no time.


Na segunda etapa, nada mudou. O PSG comandava a partida. Com muita paciência e calma, o time de Paris controlava o jogo e, em vários momentos, acionava seus homens de frente e criava-se chances de gol. Algumas não muito claras, mas sempre incomodando, ao contrário do Lyon, que não se importava com a desvantagem no placar e se comportava como se estivesse ganhando.

Já percebendo a apatia imutável do Lyon, Laurent Blanc fez sua primeira alteração já visando poupar seus principais jogadores. Edinson Cavani deixou o campo aos 17’ do segundo tempo e deu espaço ao jovem de 18 anos Jean-Kévin Augustin. E não deu nem tempo pro menino encostar na bola que Maxime Gonalons chegou firme em Ibrahimovic e recebeu seu segundo amarelo, indo embora mais cedo.


Já sem poder esboçar muita reação, Fournier tentou mexer com as poucas opções que tinha no banco. Colocou Rachid Ghezzal no lugar de Yassine Benzia e poderia voltar a sua formação original, no 4-3-1-2. Mas de nada adiantava se, lá na frente, Beauvue e Lacazette praticamente não encostavam na bola e, no meio, a marcação estava frouxa, ainda mais depois da expulsão de Gonalons.

Por outro lado, Blanc promovia a presença de Benjamin Stambouli, recém contratado e tirava o já amarelado Marco Verratti. O PSG ganhava mais marcação no setor de meio campo e ainda promovia um maior resguardo a sua defesa. Se o Lyon já não conseguia chegar e nem incomodar, agora ficava ainda mais complicado a penetração. Como resposta, Fournier lançou Malbranque no lugar de Ferri, mas também não poderia ser a solução dos problemas.


Já perto do fim do jogo, a partida tomou contornos de pelada. O PSG já com o pé no freio não agredia e ficava somente valorizando a posse de bola sem qualquer proposito. Em contrapartida, a torcida no Stadium Saporo se queixava com vaias e tentava dar novos contornos a partida que virou só mais um jogo de pré-temporada, haja vista o desempenho e a vontade dos clubes.

Nos últimos minutos, Blanc sacou Lucas – que fez uma partida apagada – e colocou Jean-Christophe Bahebeck. O PSG ganhou novo fôlego na frente e até voltou a fazer algum barulho e incomodar Anto Lopes, mas não a ponto de fazer o torcedor canadense levantar de suas poltronas. A apatia em campo era quebrada só quando a “hola” aparecia nas arquibancadas e isso tornava-se mais interessante que a bola rolando.


A primeira finalização ao gol do PSG só surgiu aos 89’, em chute fraquíssimo de fora da área de Samuel Umtiti. Kevin Trapp defendeu com as mãos, mas poderia ter usado os pés. A partir daí teve invasão de torcedor e nada mais do que enrolação para o fim do jogo chegar. PSG sagrou-se campeão pela 5ª vez da competição e, hoje, conquistou o troféu pela 3ª vez consecutiva. E o Lyon só assistiu.

Já no fim de semana que vem, o Lyon faz sua estreia pela Ligue1 2015/2016. O primeiro adversário na competição será o Lorient, no Stade Gerland, às 16h do domingo, dia 09/08. Até lá!

FOTOS: psg.fr / L'Equipe / olweb.fr


OS GOLS DA PARTIDA:
GOL DE AURIER: 1-0



GOL DE CAVANI: 2-0


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