sábado, 20 de abril de 2019

Lyon vence com a força de sua torcida e projeta espantar a crise interna

Filipe Frossard Papini
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OL teve até oportunidade para golear o Angers. Falta de sorte do ataque e competência do goleiro Butelle fizeram a diferença para o placar ser de apenas 2 a 1




O jogo de hoje significava muito para o Lyon, não por ser uma decisão ou algo do tipo, mas era simplesmente para espantar a zica e a crise que já está instaurada dentro do clube. Com o técnico Bruno Génésio já anunciando que não fica para a próxima temporada, os ânimos não são dos melhores no vestiário, tendo o clube, inclusive, somando três jogos sem conseguir acumular pontos. Uma situação bastante complicada, haja vista que o time precisa e quer se classificar para a próxima Liga dos Campeões de forma direta e ainda sonha com a segunda colocação, hoje ocupada pelo Lille. Semdo assim, a alternativa para o OL na partida era somente uma: vencer!

Jogando com a força de sua torcida que já não lotava mais o Groupama Stadium por causa da má fase, o Lyon vinha com mudanças bem importantes no time. A começar pela formação que não era mais o 4-3-3 e passou a ser a 4-2-3-1 novamente. Sem poder contar com Mendy e Marçal, era certo que Génésio improvisaria na esquerda. A opção mais usada era Rafael improvisado, mas ele não apareceu nem mesmo no banco. Dubois ocupou a posição. No meio, Tousart também ficava no banco, deixando Ndombele e Aouar no setor. Mas as mudanças mais significativas foram no ataque. Traoré e Dembélé sacados. Cornet, Terrier e Memphis Depay (este de centroavante) acompanhavam a frente de ataque ao lado do capitão Fekir. Veja como:




O Angers, sob a tutela de Stéphane Moulin, já não tem qualquer pretensão nesta temporada. Não vai se classificar para nada e nem mesmo vai lutar pelo rebaixamento. Faz um final de ano esportivo protocolar, mas obviamente vencer o OL é quase uma meta pessoal para os jogadores. O treinador, no entanto, tinha problemas importantes para resolver no departamento médico. Sem o volante N’Doye, o centroavante López e seu principal jogador, o atacante Bahoken, o time não entrava, definitivamente, com força máxima hoje. Depositava suas fichas nos bons Tait e Reine-Adélaïde. Olha como ficou a formação:




Diferentemente do que alguns esperavam, o Lyon tinha o apoio do seu torcedor e não vaias, como foram vistas diante do Dijon. Isso foi bastante importante para das um gás inicial ao time, que precisava disso. O primeiro gol quase saiu duas vezes pela qualidade de Leo Dubois, hoje na esquerda. Em dois belos cruzamentos ele criou oportunidades bem claras de gol nos primeiros instantes de jogo.

Mas quis o destino que o placar não fosse aberto pelos pés de Dubois, mas sim de Aouar. Em um lance despretensioso, ele recuperou bola no campo de defesa e dali mesmo esticou um longo passe para Memphis Depay. O holandês saiu de trás da linha de impedimento no duelo contra Pavlovic, ganhou dele na velocidade e entrou na área. Butelle tentou fechar o ângulo, mas o centroavante de hoje do OL abriu o placar com uma finalização simples: 1 a 0!

Depois do gol, o Lyon continuou com força máxima. E a torcida não parava de cantar por um segundo. Isso incentivava demais o time, que continuava a pressionar. Minutos depois do placar aberto, Memphis Depay quase ampliou, marcando o segundo dele. A bola saiu com cuidado pra fora, em chute da entrada da área. Depois foi a vez de Terrier. Ele recebeu um passe de Fekir que foi desviado pela zaga. O desvio o pegou de surpresa e pressionado pelo goleiro, acabou desperdiçando a oportunidade.

O Angers parecia abatido em campo. Essa lógica de não ter mais nada em disputa poderia estar complicando o incentivo dos jogadores em campo. Para se ter noção, o time de Stéphane Moulin só conseguiu chegar com perigo a primeira vez aos 29’ de bola rolando e foi em lance de bola parada. Mateo Pavlovic apareceu no cruzamento e conseguiu desviar sutilmente, forçando boa defesa de Lopes, que conseguiu mandar o perigo para escanteio.

O jogo, realmente, parecia não valer nada para o Angers e tudo para o Lyon. Víamos um claro jogo de ataque contra defesa, onde um time queria muito a vitória e o outro fazia pouco caso. Com muita facilidade, o Lyon conseguiu chegar ao seu segundo gol. Uma bela jogada que começou com Fekir, passou por Aouar que descobriu um belíssimo passe para Terrier chegar fazendo o facão em diagonal. O atacante só teve o trabalho de correr em direção ao gol e marcar: 2 a 0!

O primeiro tempo se resumiu a uma forte pressão do Lyon e um ataque muito eficiente, com ótimas chances criadas e poucos sustos lá atrás. De fato, o Angers realmente só conseguiu chegar uma vez com perigo. No restante de toda a primeira etapa, praticamente viu o OL jogar dentro do seu campo de defesa, assistindo muitas vezes inerte a força dos Gones que hoje, pareciam querer jogar como time grande.

Na segunda etapa, nada havia mudado. O Lyon voltou já quase marcando, depois que Kenny Tete recebeu bola na entrada da área e arriscou dali mesmo. O chute fez com que a bola quicasse antes de chegar em Butelle e quase enganou o goleiro. Moulin, percebendo que dificilmente o panorama mudaria por natureza, mexeu rápido. Colocou Kanga no lugar de Capelle na sua primeira troca.

A mudança não surtiu qualquer efeito positivo, muito pelo contrário. Se antes o Lyon jogava só depois do meio de campo, agora parecia querer jogar na entrada da área do adversário. Em menos de cinco minutos, o OL criou chances incríveis, ora com Terrier, depois com Memphis Depay e ora com Cornet. Todas elas foram bem evitadas pelo goleiro Butelle, que já aparecia como destaque do jogo pelo lado dos visitantes.

Mesmo com Fulgini, voltando de lesão, entrando em campo, o camisa 10 não mudou o panorama de jogo. A saída de Mangani deixou o meio ainda mais aberto e não víamos mais disputa naquele setor. Ou a bola estava no ataque do Lyon, ou estava no ataque do Angers. Sem congestionar o meio de campo, o jogo ficou bem aberto e novas oportunidades começaram a aparecer. Inclusive, o Angers mesmo se mostrava mais ofensivo, mas ainda sem perigo.

Aos 30’ do segundo tempo, depois de ter um gol mal anulado de Martin Terrier, o OL mexeu pela primeira vez. Bruno Génésio tirou o próprio Terrier para a entrada de Bertrand Traoéré. Stéphane Moulin também trocava, este pela última vez, colocando El Melali no lugar de Pajot. Terrier já havia sentido dores minutos antes do apito do intervalo e o treinador deve ter preferido poupá-lo do restante do jogo.

Antes de Tousart entrar no lugar de Fekir na segunda troca do OL, o Angers teve mais duas oportunidades de fazer o seu de honra. A primeira com Pavlovic, recebendo cruzamento de escanteio e completando de cabeça em ótima defesa de Lopes. Depois, quase na sequência, Kanga desperdiçou. No entanto, não contavam com a sorte quando o OL saiu jogando errado aos 89’. Time da casa entregou nos pés do ataque alvinegro – que hoje jogavam de amarelo – e Tousart, ao tentar cortar, mandou para as próprias redes: 2 a 1!

Depois do gol, Génésio mexeu pela última vez, colocando Dembélé no lugar de Memphis Depay. A ordem era segurar a vitória ou fazer mais gols, claro. Os quatro minutos de acréscimos assombrava, uma vez que o gol sofrido causava perigo para um eventual empate. O Angers até chegou até uma cobrança de escanteio a seu favor, mas não foi o suficiente para projetar mais um gol. Placar final: 2 a 1!

O Lyon volta aos gramados na sexta-feira, novamente. Vai enfrentar o Bordeaux pela 34ª rodada do Campeonato Francês. O duelo será no dia 26 de abril, domingo, às 15h45 do horário de Brasília. A partida será no Estádio Matmut Atlantique. Até lá!

FOTOS: France Football | ol.fr | Reprodução/Twitter/@OptaJean | SoFoot | Sport365 | Le Parisien | L'Equipe
CAMPINHOS: L'Equipe


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