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Com o resultado, o Dijon subiu duas posições na tabela e entrou para a zona de play-offs do rebaixamento. Enquanto isso, o Lyon afunda no crise construída por sua própria direção.
Se a torcida queria sua cabeça, para o treinador, na muda por enquanto. Ele continua apostando em suas convicções e mandou a campo um time bem parecido com a aquele que enfrentou o mesmo Rennes. Mas, ainda assim, houve pequenas mudanças, como Rafael improvisado do lado esquerdo ao invés de Marçal. Outro que acabou ganhando chances como titular é Maxwel Cornet, assim como Martin Terrier. Eles entram pelas beiradas do ataque, deixando Traoré e Memphis Depay no banco de reservas, assim como Ndombele. O OL tinha apenas Tete e Mendy como desfalques neste jogo. Veja como ficou escalado:
No Dijon, o desespero era o tempero para o técnico Antoine Kombouaré tentar comandar seu time. E ele tinha desfalques consideráveis. Não viajaram para este jogo Rosier, Aguerd, Abeid, Sammaritano e Sliti. Com exceção de Sammaritano, todos eles estavam ausentes por algum tipo de lesão. Sendo assim, o treinador mandou seu time com um 4-3-3 e depositava todas as fichas em seu setor de ataque que, por mais que fosse lanterna da competição, tinha um trio formado por nomes importantes e com alto faro de gol: a trica Jeannot, Saïd e Tavarès não era para se desconsiderar e esse seria o maior problema que o OL enfrentaria no jogo. Confira abaixo como ficou:
Pensa num início de jogo fulminante, intenso, incrível e quase inimaginável. O começo deste jogo foi mais. Em seis minutos de bola rolando, três gols aconteceram no Groupama Stadium. E foi o Lyon quem começou abrindo o placar com menos de um minuto de bola rolando. A jogada começou nos pés de Lopes. Quando chegou lá na frente, o Dijon até recuperou, mas Haddadi saiu jogando errado e Maxwel Cornet apareceu na extrema direita para cruzar e fazer Terrier completar no primeiro pau: 1 a 0!
Imagina agora uma reação imediata? Pensou? Foi literalmente isso. A bola mal saiu para a retomada do jogo e o Dijon empatou literalmente na sequência. Uma ótima tabelinha entre Tavarès e Saïd permitiu que o segundo conseguisse dominar a bola dentro da área depois de escorada de bola de cabeça. Ele ficou de frente com Denayer. Só levou pro lado, achou um espaço para a finalização e mandou o foguete decretando o empate: 1 a 1, com dois minutos de jogo!
O banho de água fria já permitia ouvir algumas vaias no estádio pela chicotada quase que imediata e o placar igualado novamente. O que ninguém imaginava era que apenas quatro minutos depois de sofrer o empate, o Lyon tomaria mais um gol, isso com seis minutos de bola rolando. O mesmo Saïd apareceu tabelando novamente, desta vez com Jeannot. Ao receber de volta, arriscou um chute que não teria destino se a bola não desviasse em Marcelo antes de entrar: 2 a 1 e tome-lhe intensidade.
O mesmo Marcelo teria uma chance, tempo depois, de poder concertar o erro involuntário. Ele recebeu um ótimo cruzamento de Fekir em lance de escanteio e conseguiu acertar uma cabeçada fortíssima. O goleiro Rúnarsson apareceria com um reflexo absurdo, defendendo meio com o braço, meio com o rosto, evitando o problema. Rúnarsson também faria uma defesa similar em um lance em que Cornet conseguiu recuperar bola mal cortada de Haddadi e, em mais um lance de extremo reflexo, evitou o segundo gol do OL.
Enquanto o Lyon tentava não passar por mais um vexame em casa, o Dijon não assistia isso recuado, quieto ou inativo. Os lanterninhas da Ligue 1 tentavam mais. Foi Tavarès quem quase colocou o time com mais um gol de vantagem após receber um bom cruzamento rasteiro do lado direito. Ele se antecipou a zaga do OL e mandou um foguete de primeira. A bola passou por cima, mas com muito perigo. Lopes precisou dar uma bronca geral na zaga depois disso.
No final das contas, o primeiro tempo teve toda a intensidade possível nos primeiros seis minutos e depois caiu bastante de ritmo e também de qualidade. Um Lyon bastante desorganizado tentava buscar seu gol a qualquer custo, mas não sabia como chegar de fato à meta de Rúnarsson sem ser por bola parada ou cruzamento na área. Fekir e Aouar não funcionavam bem hoje e já há alguns jogos.
No segundo tempo, o Lyon voltou com uma postura mais organizada. Mas o Dijon já sabia a sua missão neste jogo: segurar o resultado construído a qualquer custo. Então virou aquela clássica simulação de ataque contra defesa. Mas só tentativas. O OL tentava atacar e o Dijon tentava defender, tamanha ineficiência técnica dos dois times. Ainda assim, o Dijon conseguia fazer sua parte, já o Lyon...
Aos 17’ do segundo tempo, o OL teve uma ótima oportunidade para empatar o jogo quando Léo Dubois fez ótimo cruzamento na área e Dembélé subiu mais que todo mundo. Na finalização de cabeça, Rúnarsson brilhou de novo, tirando com os pés e em outro momento de puro reflexo. Génésio já impaciente mexeu duas vezes. Colocou Ndombele e Memphis Depay nos lugares de Lucas Tousart e do mesmo Dembélé, que deixou o campo mancando. Mas a sorte não estava do lado do OL mesmo.
Enquanto o time se esforçava para tentar buscar o empate, a maré carregava o time para o outro lado. Aos 20’ de jogo, o OL sofreria seu terceiro gol no jogo, o segundo gol contra. Wesley Saïd apareceu novamente pelo lado direito. Ele não tinha muito o que fazer com a bola e decidiu forçar um passe rasteiro que não tinha qualquer destino. Mas a bola insistiu em tocar no calcanhar de Rafael no contrapé e enganou Lopes. Entrou caprichosamente para o gol: 3 a 1!
Dez minutos se passaram após o terceiro gol sofrido e o Lyon parecia atônito. A apatia pela derrota tomava conta e os jogadores tinham semblantes de assustados. Enquanto isso, o Dijon queria mais. Tavarès entrou na área e foi derrubado por Rafael aos 28’. Por sorte do OL, o VAR havia pegado um claro impedimento no mesmo lance, inviabilizando a marcação do pênalti que poderia decretar um suposto 4 a 1. Depois disso, Génésio mexia pela última vez, com Traoré no lugar de Terrier.
Já perto do fim do jogo o Lyon tentava atacar de qualquer forma. Já não havia tática, já não havia organização. Chutes desordenados de fora da área, muita pressa nos passes – e muitos deles desnecessariamente forçados – e uma chuva de bolas alçadas na área sem qualquer destino. A única esperança eram as cobranças de faltas que não foram aproveitadas por Fekir ou Memphis Depay. No fim Kombouaré fez trocas protocolares para ganhar tempo ainda.
Para completar o drama do OL, o time ficou com 10 em campo durante um bom tempo da parte final da partida. Jason Denayer sentiu dores na região do joelho e não conseguiu permanecer em campo. Com o Génésio já tinha mexido as três vezes, o jogador acabou indo para o vestiário sem substituição. No campo, nada mudava. O Lyon ainda foi dominado por sua própria torcida que vaiava o time e gritava “olé” no toque de bola do adversário.
Agora o time aguarda o Nantes. Vai enfrentar os Canários fora de casa, no dia 12, próxima sexta-feira. O jogo será válido pela 32ª rodada do Campeonato Francês e será às 15h45 do horário brasileiro. Até lá!
CAMPINHOS: L'Equipe
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