sábado, 2 de novembro de 2019

Com gol de Memphis Depay no último lance, Lyon vira diante do Toulouse em um 3 a 2 eletrizante

Filipe Frossard Papini
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OL não jogou bem, mas conseguiu mais uma vitória importante. Rudi Garcia soma três jogos seguidos sem perder na Ligue 1



Dois times na beirada do desespero. Talvez possamos resumir assim a situação de Toulouse e Lyon, que se enfrentaram na tarde deste sábado – noite na França – pela 12ª rodada do Campeonato Francês. As duas equipes, apesar de entrarem em campo com uma certa distância na tabela, apensar de apenas um ponto os separarem, vivem situações parecidas na temporada. Ambos começaram a temporada com um técnico e, antes mesmo da 10ª rodada, se viram reféns de um futebol pouco produtivo e optaram por trocar o projeto e recomeçar com novos treinadores. O OL escolheu Rudi Garcia, enquanto o Toulouse foi com Antoine Kombouaré. Com o nítido flerte à zona de rebaixamento, obviamente, os dois times queriam a vitória acima de tudo.

O plantel da casa estava em baixa, muitos desfalques para o novo treinador. Ao todo, sete jogadores não puderam aparece na listagem oficial por questões médicas e/ou físicas. Bafodé Diakité, Anthony Rouault, Gen Shoji, Agustín Rongel, Ibrahim Sangaré, Amine Adli, Wesley Saïd, fora Corentin Jean, que se recupera de um logo período fora dos gramados e ainda pega condicionamento físico no time B. Com as ausências, complicou muito para Kombouaré montar seu sistema defensivo. Optou pelo 4-4-2 e para não ter que colocar o jovem Moussa Diarra, improvisou um lateral no miolo de zaga. Veja como ficou:




Já o também recém chegado Rudi Garcia não tinha tantos problemas assim, vindos do departamento médico. As únicas peças que não puderam viajar eram Fernando Marçal e Martin Terrier, dois jogadores que não são considerados titulares e que já estão a ponto de retornarem ao time, se recuperando de lesões musculares. A grande novidade, no entanto, foi a presença de Dubois, que tinha um incômodo importante no joelho e mesmo assim se recuperou a tempo. Traoré, que foi sacado do time na última partida, nas palavras do treinador, foi o melhor nos treinamentos ao longo da semana e voltou a ser relacionado, mas começou no banco. Desta vez, Rayan Cherki, a promessa de 16 anos não foi chamado. Caqueret, também do time B, apareceu no banco. Veja a escalação inicial:




Nem o problema que o árbitro teve logo no primeiro minuto de jogo, onde precisou ir ao vestiário trocar alguma aparelhagem provavelmente da comunicação do VAR, permitiu que o Lyon não incomodasse no comecinho. O time visitante começou assustando, primeiro com um ataque em velocidade de Memphis Depay que foi parado com falta. Depois, aos cinco minutos, foi Thiago Mendes quem arriscou de fora da área e a bola só não entrou no cantinho pois fez a curva pra fora.

A resposta do TFC veio logo em seguida, aos oito minutos de bola rolando. O time conseguiu um escanteio e a bola aérea incomodou com perigo o gol de Lopes. O goleiro português precisou se esticar todo para buscar no pé da trave uma boa cabeçada de Koulouris. Mas a bola só foi entrar mesmo aos 14’ de jogo, quando Yaya Sanogo apareceu entre os dois zagueiros do Lyon e completou um bom cruzamento de Amian. Lopes, no contrapé, não teve como defender. Placar aberto: 1 a 0!

O gol mexeu com o Lyon, mas de forma negativa. Aquele mesmo problema de sempre de confiança e pouca calma com a bola aos pés. Por sorte, o OL tinha um jogador que vem fazendo a diferença nos últimos jogos: Memphis Depay. Ele começou a jogada, tabelou com Jeff Reine-Adélaïde, que girou pra cima do defensor e devolveu ao holandês em uma assistência belíssima para o camisa 11 completar com uma finalização no cantinho: 1 a 1 aos 25’ de jogo.

O empate logo equilibrou as ações em campo novamente. Preocupava, uma vez que o Lyon parecia tenso na partida e errando muitos passes. O gol retomou o ânimo do time que, mesmo ainda sendo permissivo a ataques rápidos do Toulouse, voltava a impor seu jogo de posse de bola. Especialmente nesta partida, o OL atacava mais pelo meio e menos pelas beiradas, uma diferença evidente do estilo de jogo de Garcia com o 4-4-2 escolhido.

Enquanto o time tentava se adaptar ao novo estilo de jogo, achando um espaço aqui e outro acolá, o Toulouse parecia mais aguerrido e mais organizado lá na frente. Gradel e Koulouris, um de cada lado, toda hora incomodavam muito. E Yaya Sanogo fazia muito bem o papel de centroavante sem a bola, puxando a marcação. A defesa do OL se mostrava um pouco bagunçada e perdida em busca desse trio que chegava com o apoio dos laterais a todo instante.

Antes mesmo dos 40’ da primeira etapa, o Lyon teve um ótimo contra-ataque para virar o jogo. Aouar descolou um passe mágico para Dembélé sair em profundidade pelo lado esquerdo. Só havia um defensor pela frente. Ele conseguiu pedalar, se livrar do marcador, mas bateu de canhota e mandou pra longe o chute, já dentro da área. No finzinho, o TFC tentou algumas ocasiões, mas sem assustar Lopes.

No segundo tempo, demorou um pouquinho mais do que dez minutos para o Toulouse voltar a ficar na frente do marcador. E foi um lance um tanto quanto bizarro. Em bola alçada na área do OL, Lopes saiu dividindo no alto com Koulouris e Denayer. Mas acabou trombando no zagueiro e a bola, que acabou resvalando no goleiro, entrou caprichosamente para o gol, contabilizando como gol contra. O VAR analisou para ver se houve falta e nada foi marcado, acertadamente: 2 a 1!

Imediatamente, Rudi Garcia mexeu no time. Tirou o volante Tousart e colocou Bertrand Traoré para preencher mais o ataque. O primeiro volante do time passava a ser Thiago Mendes e a equipe partia, então, para o 4-3-3. A troca refletiu melhora na hora, talvez por sorte, talvez por competência. Em bate rebate na entrada da área, enquanto o OL tentava chegar por dentro, Dembélé venceu a marcação e bateu girando, no cantinho: 2 a 2 aos 22’ do segundo tempo.

Antes de sofrer o gol de empate, o Toulouse tinha feito uma troca no seu ataque. Sanogo, que vinha bem no jogo, foi substituído por Leya Iseka. O jogador, que é irmão do atacante Michy Batshuayi, acabou dando mais velocidade nas saídas do time da casa. Uma válvula de escape interessante pelo lado da marcação de Youssouf Koné. Após o 2 a 2, o Toulouse começou a usar muito o artifício de tentar pegar a defesa desprevenida em busca do 3º.

E por falar em velocidade, o Lyon também decidiu apostar nisso. Reine-Adélaïde, que fez uma das melhores partidas dele com a camisa do OL, foi substituído por Cornet. Mas o time precisava mais do que velocidade para chegar ao ataque. Memphis Depay e Dembélé eram os motores que conduziam o ataque e pareciam jogar sozinhos, em um bom entrosamento, mas que sentia falta de outros jogadores de qualidade no apoio.

Aos 38’ do segundo tempo, Kombouaré mexia pela segunda vez, em uma troca protocolar, colocando Makengo no lugar de Dossevi. Ganhava um pouco mais de marcação e perdia ofensividade. Naquela ocasião, parecia que o time estava contente com o empate, mesmo jogando em casa. Enquanto isso, o Lyon pressionava, mas sem veemência. Só posse de bola e pouca agressividade, na base do desespero.

Enquanto o Lyon tentava, tentava e tentava. Inclusive com alguns lances de real perigo, com Memphis Depay, Dembélé e até Denayer, Rudi Garcia queimava sua última alteração tirando Aouar para colocar o brasileiro Jean Lucas. O ex-santista, mais uma vez, entrava no finalzinho e sem tempo o suficiente para provar seu futebol. Mas existia um jogador com brilho em campo hoje. E o nome dele é Memphis. Memphis Depay. O holandês conseguiu aparecer como um foguete do lado esquerdo e finalizou no cantinho, no último lance do jogo. Virada importantíssima: 3 a 2, para desespero dos jogadores e dos torcedores locais.

O Lyon volta aos gramados já no meio de semana. Na terça-feira (5), enfrenta novamente o Benfica, pela Liga dos Campeões. Desta vez, o jogo é em casa e o OL buscará a vitória para tentar retomar o topo do Grupo G, que já avança para a sua quarta rodada. A partida está marcada para às 17h do horário de Brasília. Até lá!

FOTOS: ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


MELHORES MOMENTOS:
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