Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais
Sem suas principais estrelas, OL chegou a abrir 2 a 0, mas teve um expulso ainda no primeiro tempo que prejudicou o andamento do jogo. Ainda assim, o time conseguiu segurar e garantir a vitória
O Lyon entrou em campo na tarde deste sábado para fazer seu 14º jogo pela Ligue 1 desta temporada. O adversário era o Nice. Os Gones jogando em casa tinham a missão de vencer para poder escalar a tabela, podendo, na melhor das hipóteses, subir até nove posições na tabela. Os visitantes, vivendo situação bem parecida, também tinham o mesmo objetivo, uma vez que somente um ponto os separavam na classificação, sendo o 14º e 13º, respectivamente.
Para tentar consumar o ato e voltar às vitórias depois de tropeçar diante do Marseille, Rudi Garcia tinha dois grandes problemas de departamento médico. Aouar e Memphis Depay – agora definitivamente escolhido como o novo capitão do time – eram ausências já anunciadas. Dois nomes que são motores do time. Tatarusanu, goleiro reserva, também sentiu e foi substituído no banco por Racioppi. Sendo assim, o treinador precisou fazer um esquema diferente na parte ofensiva. Reine-Adélaïde assumiu o centro de comando no meio. Terrier e Traoré foram escolhidos para jogar nas pontas e servir Dembélé. Veja como ficou:
Do outro lado do campo, o campeão mundial Patrick Vieira também tinha exatamente dois problemas em seu time. Dois jovens de extremo potencial não estavam na lista da viagem. O lateral Youssef Atal estava suspenso, e Alexis Claude-Maurice se recupera de uma lesão na região da panturrilha. Mesmo com esses desfalques, o time do Nice que foi a campo tinha nomes importantes que o OL precisava se precaver, como o meia Lees-Melou, o volante Cyprien e os técnicos Ounas e Dolberg. Na imagem abaixo é possível ver a escalação inicial do time de Vieira:
Com bola rolando, o jogo começava quente. Torcida organizada do Lyon, chamada de Lyon 1950 fazendo aniversário com uma festa bonita nas arquibancadas e até homenagem na camisa oficial do OL. Isso foi o suficiente para ativar a faísca de intensidade nos primeiros minutos. O Nice quase abriu o placar nos primeiros segundos. O OL também teve tempo de dar seu troco pouco tempo depois. Mas a torcida seria agraciada com o placar aberto um pouco depois.
Aos 10’, Jeff Reine-Adélaïde, que era a lufada de técnica que restou no time com as ausências de Aouar e Memphis Depay, decidiu resolver. Ele partiu da ponta esquerda fazendo boa jogada e tabelando com quem vinha pelo meio. A jogada não saiu como se pretendia, mas ainda assim sobrou para ele na entrada da área. Ele só teve o trabalho de cortar Dante do raio de ação e bater no cantinho: 1 a 0!
Mesmos com os desfalques importantes no seu setor ofensivo, o Lyon tinha bons momentos lá na frente. Terrier funcionava até certo ponto, assim como Traoré. Mas Jeff Reine-Adélaïde realmente chamou o protagonismo para si e conseguia resolver boa parte das ações no setor. Ainda faltava mais ímpeto de finalização, mas de todo modo, o OL não se apresentava de forma ressentida, muito pelo contrário. Um bom sinal para o torcedor que acompanhava.
O bom momento do OL na partida foi premiado aos 27’, quando N’Soki acabou errando um passe no meio de campo e praticamente entregou um contra-ataque mortal para o adversário. Terrier recuperou e rapidamente acionou Dembélé que partiu em velocidade. Mesmo não sendo sua característica, conseguiu chegar mais rápido que Hérelle na bola e foi derrubado na área. Pênalti que ele mesmo cobrou e converteu: 2 a 0!
Quando tudo parecia bem resolvido, o Lyon fez aquilo que mais gosta de fazer: se complicar! Em lance sem muito perigo, Fernando Marçal disputou bola com Boudaoui e acabou acertando um chute no rosto do volante adversário. Foi expulso na hora. E com um a menos na defesa, Rudi Garcia mexeu imediatamente, colocando Koné no lugar daquele que vinha sendo o melhor da partida, Reine-Adélaïde, arrancando vaias do torcedor pela troca.
Por fim, o OL conseguiu cozinhar o jogo até o intervalo sem muitos perigos, com exceção do primeiro lance do Nice com um jogador a mais em campo. N’Soki aproveitou a cobrança de falta e conseguiu ficar frente a frente com Lopes. O goleiro português foi melhor no lance e evitou aquele que poderia ser o gol da reação do time visitante. De fato, o OL deu um pouco de sorte por uma ineficiência técnica do Nice na primeira metade.
Na volta do intervalo, o Lyon passou por maus bocados. Claro que Patrick Vieira mudou muita coisa no vestiário. Trocou Hérelle por Sarr, por exemplo e, tendo um jogador a mais e estando atrás no placar, só havia uma tática: partir pra cima. E foi exatamente isso que o Nice tentou emplacar logo no comecinho. Chegou, inclusive, a fazer um gol com Dolberg, aproveitando uma batida de roupa de Lopes, que foi bem anulado pela arbitragem e corroborado pelo VAR.
Enquanto isso, o OL tentava uma das poucas ações agressivas no segundo tempo, com Traoré quase acertando um chute perigoso ao gol, se não fosse as costas de Dembélé aparecendo no meio do caminho. A resposta dos visitantes veio em uma cobrança de escanteio curto que depois virou cruzamento. Dante apareceu sozinho e mandou pra fora, tirando tinta da trave de Lopes que já não estava mais na bola.
Aos 16’ de jogo, Patrick Vieira mexia pela segunda vez, colocando Myziane Maolida, na tentativa de estabelecer a lei do ex. Aos 25’ após uma boa jogada de Traoré, seguida de uma bronca de Rudi Garcia, o treinador resolveu mexer imediatamente, também fazendo sua segunda troca, com Cornet no lugar do jogador de Burkina Faso. Mesmo com um a menos, neste momento, o OL conseguia equilibrar um pouco as ações do jogo, apesar da pressão sofrida.
A medida em que o cronometro caminhava para a parte final do jogo, o Nice perdia cada vez mais o senso de calma e não conseguia nem mesmo manter a bola aos pés. Muito desorganizado e sem muita qualidade em suas tentativas, o Lyon começava a criar um cenário até mais brando do que aquele que se desenhava para o segundo tempo. Duas linhas de quatro e Dembélé sobrando na frente foi simples tática que conseguia segurar o adversário.
Segurar até certo ponto. Bastou uma jogada bem trabalhada para o Nice conseguir diminuir. Pelo lado direito Boudaoui achou Burner aparecendo sozinho na lateral. Ele foi até o fundo e cruzou para Dolberg se antecipar a Andersen e fazer o 2 a 1 aos 33’ do segundo tempo. Depois do gol, os dois times mexeram. Rafael e Lusamba foram a campo por Lyon e Nice, respectivamente. Saíram Terrier e Boudaoui. E o Nice crescia.
Tudo parecia se encaminhar para um final emocionante, com pressão do OGCN. Mas Patrick Burner acabou vendo o segundo amarelo e deixou o jogo com 10 para cada lado. Nem mesmo os cinco minutos de acréscimos do árbitro Amaury Delerue foram os suficientes para mudar o cenário do jogo. Não dá para dizer que o Nice não tentou. Mas faltou perna e qualidade para tentarem arrancar pontos no fim.
As máquinas da Ligue 1 agora param para que o Lyon volte suas atenções para a 5ª rodada do Grupo G da UEFA Champions League. Uma vitória simples na Rússia, diante do Zenit, já o garante nas oitavas de final da competição. A partida está marcada para às 15h do horário de Brasília da próxima quarta-feira (27). Até lá!
CAMPINHOS: L'Equipe
OS GOLS DO JOGO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário