Lyon e Marseille transformam o Stade de Gerland em um palco de 10 gols. Emoção foi o que não faltou nesse duelo impróprio para cardíacos.
Depois de uma semana recheada com a Champions League, onde Lyon e Marseille conseguiram atuações consideráveis, os times voltaram suas atenções para a Ligue1. Na tarde desse domingo, mais uma vez o Stade de Gerland seria a grande arena para um épico confronto entre gigantes franceses que procuram a cabeça da competição.
Jogando em casa, e mesmo com Boumsong já disponível, o técnico Claude Puel preferiu deixar Toulalan de titular. Gassama, que fez uma boa partida contra o Liverpool, começou jogando. Clerc e Réveillère ainda não se recuperaram de lesão. Veja o esquema tático:
Do outro lado do gramado, Deschamps escalou seu time com dois brasileiros, o zagueiro Vitorino Hilton e o matador Brandão, que jogou ao lado do artilheiro Niang. Mesmo atuando como visitante, o OM não poupou esforços para buscar o resultado, nota-se que o time iniciou a partida com um forte esquema ofensivo, e sem sua principal contratação da temporada, Lucho González:
Gerland lotado, muita empolgação da torcida, o OL se entusiasmou com a força vinda da arquibancada e logo no início da peleja deixou seu primeiro gol, marcado por Pjanic. O bósnio recebeu um lançamento na entrada da área e chutou com força. 3' de partida e já tinhamos um gol. O Marseille, logo em seguida, tentou empatar. Niang esbarrou na boa defesa de Lloris. Depois Cheyrou desperdiçou o rebote. Nesse momento, nos instantes iniciais, o jogo já começava a tomar forma.
Aos 10', ainda no início do jogo, o Marseille também marcou. Dessa vez, não deu para Lloris. Depois de cruzamento de escanteio, o zagueiro Diawara cabeceou no canto esquerdo. 1 a 1. O jogo mantinha um volume fora dos padrões. Muita correria e disposição dos jogadores.
E mantendo o bom nível técnico, não demorou para sair o desempate. O Lyon se colocou na frente do placar novamente. Quem marcou dessa vez foi o experiente Govou. Aos 13, ele fez boa jogada individual, levando a bola do meio-campo até as redes de Mandanda.
Após o segundo gol dos Gones, a partida deu uma caída, mas continuava esbanjando velocidade e com muitas oportunidades para cada lado. O próprio OL teve um gol, bem anulado, aos 19'. E o OM conseguiu chegar algumas vezes com perigo ao gol de Hugo Lloris.
Quando o primeiro tempo já parecia ter acabado, eis que surge Cheyrou. O ex-ponta do Auxerre chutou não muito forte, de fora da área, e o goleiro Lloris falhou bisonhamente, deixando o placar empatado novamente.
E quem previa um segundo tempo, com um jogo não tão emocionante como no primeiro, estava enganado. Quem mostrou isso foi o Marseille, através de Koné. Logo aos 2' de segundo tempo. O marfinense aproveitou um cruzamento e estufou a rede do OL. Boa jogada, baita finalização. Marseille na frente. 3 a 2.
Depois da virada, mesmo após a saída do machucado Koné e entrada de Valbuena, os Phocéens começaram a tomar gosto pela partida. O arqueiro do OL teve que trabalhar algumas vezes, outras vezes a bola passava rente a sua meta. Claro que o Lyon também incomodava, mas o momento era mesmo dos visitantes.
Aos 55', Ederson, que não estava muito bem na partida deu lugar a Bafetimbi Gomis. Dez minutos depois, mais um brasileiro em campo. Michel Bastos entrou para a saída de Källström. Enquanto Deschamps colocava Edouard Cissé, no lugar do autor do segundo gol, Cheyrou.
As substituições resultaram em muito mais velocidade e mais disposição em campo. Michel Bastos caiu pelo lado que mais sabe jogar, a ponta esquerda. Gomis acabou se tornando a referência na frente e criava boas chances.
Contudo, quando parecia que seria a chance do Lyon emplacar na partida, o Marseille conseguiu ampliar o marcador. O brasileiro Brandão cabeceou, sozinho, dentro da área. Dessa vez Lloris não teve culpa. Após o gol, Puel colocou o argentino Delgado, no lugar de Govou.
Antes mesmo de comemorar o gol, ou Delgado aquecer, o Lyon diminuiu. Lisandro recebeu um excepcional passe de Jean II Makoun e tocou sutil, tirando de Mandanda. Nesse momento o jogo estava 4 a 3 e faltava 10 minutos para o término do jogo.
Pressionando de forma absurda, um minuto após o gol, o Lyon conseguiu um pênalti. Ele surgiu após um cruzamento de escanteio e a bola rebateu na mão do defensor. Mais uma vez apareceu o argentino artilheiro. Licha cobrou no lado esquerdo, e Mandanda perdeu, mais uma vez, o duelo com o atacante lyones.
Desesperado, o Marseille tentava atacar de todas as formas e foi desgovernado para o ataque. A chance que conseguiu foi boa, mas não o suficiente para garantir o seu quinto gol. Quem não teve o mesmo azar foram os donos da casa. Incrivelmente, faltando um minuto para o fim de jogo, o OL conseguiu uma virada histórica. Fez o 5 a 4. Quem marcou foi o brasileiro Michel Bastos, depois de uma excelente troca de passes entre Pjanic, Lisandro e Gomis. O Gerland foi abaixo. Grande gol.
No entanto, nem tudo era festa. Acredite, o Marseille conseguiu empatar a partida novamente. Após bate-rebate na área dos Gones, Toulalan, mesmo sem querer, marcou contra seu próprio time.
Fantasticamente a partida se encerrou com 5 a 5 no placar. Algo sobrenatural e lindo de se ver. Um clássico que serve para calar os críticos da competição nacional francesa. Quem acha que na Ligue1 não tem emoção, hoje se sentiu envergonhado e com certeza pensará duas vezes na próxima oportunidade que tiver para esculhambar o francesão. Grande jogo. Show na torcida, show em campo, show de futebol.
Próximo jogo: Grenoble x Lyon, válido pela 14ª rodada da Ligue1. Dia 21/11, sábado às 16h.
Jogando em casa, e mesmo com Boumsong já disponível, o técnico Claude Puel preferiu deixar Toulalan de titular. Gassama, que fez uma boa partida contra o Liverpool, começou jogando. Clerc e Réveillère ainda não se recuperaram de lesão. Veja o esquema tático:
Do outro lado do gramado, Deschamps escalou seu time com dois brasileiros, o zagueiro Vitorino Hilton e o matador Brandão, que jogou ao lado do artilheiro Niang. Mesmo atuando como visitante, o OM não poupou esforços para buscar o resultado, nota-se que o time iniciou a partida com um forte esquema ofensivo, e sem sua principal contratação da temporada, Lucho González:
Gerland lotado, muita empolgação da torcida, o OL se entusiasmou com a força vinda da arquibancada e logo no início da peleja deixou seu primeiro gol, marcado por Pjanic. O bósnio recebeu um lançamento na entrada da área e chutou com força. 3' de partida e já tinhamos um gol. O Marseille, logo em seguida, tentou empatar. Niang esbarrou na boa defesa de Lloris. Depois Cheyrou desperdiçou o rebote. Nesse momento, nos instantes iniciais, o jogo já começava a tomar forma.
Aos 10', ainda no início do jogo, o Marseille também marcou. Dessa vez, não deu para Lloris. Depois de cruzamento de escanteio, o zagueiro Diawara cabeceou no canto esquerdo. 1 a 1. O jogo mantinha um volume fora dos padrões. Muita correria e disposição dos jogadores.
E mantendo o bom nível técnico, não demorou para sair o desempate. O Lyon se colocou na frente do placar novamente. Quem marcou dessa vez foi o experiente Govou. Aos 13, ele fez boa jogada individual, levando a bola do meio-campo até as redes de Mandanda.
Após o segundo gol dos Gones, a partida deu uma caída, mas continuava esbanjando velocidade e com muitas oportunidades para cada lado. O próprio OL teve um gol, bem anulado, aos 19'. E o OM conseguiu chegar algumas vezes com perigo ao gol de Hugo Lloris.
Quando o primeiro tempo já parecia ter acabado, eis que surge Cheyrou. O ex-ponta do Auxerre chutou não muito forte, de fora da área, e o goleiro Lloris falhou bisonhamente, deixando o placar empatado novamente.
E quem previa um segundo tempo, com um jogo não tão emocionante como no primeiro, estava enganado. Quem mostrou isso foi o Marseille, através de Koné. Logo aos 2' de segundo tempo. O marfinense aproveitou um cruzamento e estufou a rede do OL. Boa jogada, baita finalização. Marseille na frente. 3 a 2.
Depois da virada, mesmo após a saída do machucado Koné e entrada de Valbuena, os Phocéens começaram a tomar gosto pela partida. O arqueiro do OL teve que trabalhar algumas vezes, outras vezes a bola passava rente a sua meta. Claro que o Lyon também incomodava, mas o momento era mesmo dos visitantes.
Aos 55', Ederson, que não estava muito bem na partida deu lugar a Bafetimbi Gomis. Dez minutos depois, mais um brasileiro em campo. Michel Bastos entrou para a saída de Källström. Enquanto Deschamps colocava Edouard Cissé, no lugar do autor do segundo gol, Cheyrou.
As substituições resultaram em muito mais velocidade e mais disposição em campo. Michel Bastos caiu pelo lado que mais sabe jogar, a ponta esquerda. Gomis acabou se tornando a referência na frente e criava boas chances.
Contudo, quando parecia que seria a chance do Lyon emplacar na partida, o Marseille conseguiu ampliar o marcador. O brasileiro Brandão cabeceou, sozinho, dentro da área. Dessa vez Lloris não teve culpa. Após o gol, Puel colocou o argentino Delgado, no lugar de Govou.
Antes mesmo de comemorar o gol, ou Delgado aquecer, o Lyon diminuiu. Lisandro recebeu um excepcional passe de Jean II Makoun e tocou sutil, tirando de Mandanda. Nesse momento o jogo estava 4 a 3 e faltava 10 minutos para o término do jogo.
Pressionando de forma absurda, um minuto após o gol, o Lyon conseguiu um pênalti. Ele surgiu após um cruzamento de escanteio e a bola rebateu na mão do defensor. Mais uma vez apareceu o argentino artilheiro. Licha cobrou no lado esquerdo, e Mandanda perdeu, mais uma vez, o duelo com o atacante lyones.
Desesperado, o Marseille tentava atacar de todas as formas e foi desgovernado para o ataque. A chance que conseguiu foi boa, mas não o suficiente para garantir o seu quinto gol. Quem não teve o mesmo azar foram os donos da casa. Incrivelmente, faltando um minuto para o fim de jogo, o OL conseguiu uma virada histórica. Fez o 5 a 4. Quem marcou foi o brasileiro Michel Bastos, depois de uma excelente troca de passes entre Pjanic, Lisandro e Gomis. O Gerland foi abaixo. Grande gol.
No entanto, nem tudo era festa. Acredite, o Marseille conseguiu empatar a partida novamente. Após bate-rebate na área dos Gones, Toulalan, mesmo sem querer, marcou contra seu próprio time.
Fantasticamente a partida se encerrou com 5 a 5 no placar. Algo sobrenatural e lindo de se ver. Um clássico que serve para calar os críticos da competição nacional francesa. Quem acha que na Ligue1 não tem emoção, hoje se sentiu envergonhado e com certeza pensará duas vezes na próxima oportunidade que tiver para esculhambar o francesão. Grande jogo. Show na torcida, show em campo, show de futebol.
Próximo jogo: Grenoble x Lyon, válido pela 14ª rodada da Ligue1. Dia 21/11, sábado às 16h.
FOTOS: L'Equipe / Olweb.fr / Football.fr / Aujourdhui.fr / Yahoo.fr / Sports.fr
Só digo uma coisa, aquele pessoal que entra nos estádios depois dos 60 jogados porque é na faixa, ficou feliz por demais por ver mais futebol do que ele esperava pelo "preço" que pagou xD
ResponderExcluirFalar o que desse jogo? Sensacional...
ResponderExcluirE ninguem tem movitos pra criticar o Campeonato Frances, que vem evoluindo a cada ano.
Só falta as outras equipes alcançarem o Lyon.
Bela postagem.
Abraços, Didi!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFala Filipe um grande jogo, uma parrtida que dificilmente se repetira, parabéns as duas equipes.
ResponderExcluirAbraços
Wakashimazu - Com certeza cara. Todo mundo que assistiu não acreditou nos últimos 10 min.
ResponderExcluirWilson Hebert - O Bordeaux se tornou o time a ser batido. Ele é o líder e é o atual campeão.
Carlos Sena - Obrigado por comentar. Volte sempre
melhor jogo da L1 dos 20 ultimos anos !!
ResponderExcluirpedro
Felipe,entrevista com a jornalista Dimara Oliveira no nosso blog, dando sequencia ao nosso quadro, das mulheres no futebol. Desde já agradecemos. Ainda não chegamos na Renata...rsrs
ResponderExcluirJogaço como poucos
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