@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Com um primeiro tempo quase perfeito, Lyon pecou por não conseguir abrir gols de vantagem quando teve a oportunidade
Para encerrar a 18ª rodada da Ligue1, uma partida importante e com peso histórico enorme: o Choc des Olympiques: Olympique Lyonnais x Olympique de Marseille. Mas, em campo, um confronto de dois times que hoje em dia jogam mais pelo peso da camisa do que pela qualidade que teoricamente teriam que demonstrar. Evidentemente, o Marseille, hoje, tem mais elenco do que o Lyon, que força a barra com muitos jogadores jovens no seu plantel. De toda forma, o OM não vive uma fase boa, após sair do G4 francês e ser eliminado de maneira vexatória na fase de grupos da Champions League. No jogo de hoje, o OL buscava a sua quarta partida consecutiva sem perder, e somar, talvez, três pontos e emplacar a terceira vitória seguida. O OM só queria voltar ao G4 e aproveitar o tropeço do Nantes na rodada.
Em campo, o Lyon com força máxima, praticamente. Rémi Garde aproveita-se do elenco bem encaixado no 4-4-2 e segue adotando a mesma estratégia. Com o ataque sendo comandado por Lacazette e Gomis, o time ganha mais sustentabilidade no meio de campo, onde pode alternar dois articuladores e dois marcadores: Grenier, Gourcuff, Fofana e Gonalons. Na parte defensiva, o treinador manteve sua linha oficial: Miguel Lopes, Bisevac, Umtiti e Bedimo. A dúvida era com relação ao goleiro. Com o retorno da lesão, Anthony Lopes poderia brigar com Vercoutre pela posição oficial, mas parece que o goleiro veterano se deu melhor nessa disputa. Os desfalques do OL para a partida eram: Dabo, Briand e Ghezzal. Veja abaixo como ficou a formação titular do Lyon:
Com desfalques importantes em sua equipe, e com a recente demissão do técnico Elie Baup, José Anigo já tinha sua primeira pedreira pela frente: vencer o Lyon dentro do Stade Gerland. Sem poder contar com Mathieu Valbuena, André Ayew e Alexyis Romao, o time marselhês, ainda assim, vinha com um poderio ofensivo muito forte. Comandado por André-Pierre Gignac, o OM tinha, também, na sua frente, um trio formado por Jordan Ayew, Dimitry Payet e Florian Thauvin. Na marcação, os bons Cheyrou e Lemina. Na defesa, uma linha de quatro muito defensiva e experiente: Fanni, Diawara, N’Koulou e o jovem Mendy. Mandada passava a segurança na meta do Marseille. Abaixo, você pode conferir como José Anigo formou sua equipe para enfrentar o Lyon na noite deste domingo:
Com o Stade Gerland abarrotado de torcedores incentivando o time, o Lyon começou o clássico aplicando uma marcação muito forte, pressionando a saída de bola do Marseille e chegando com perigo na região intermediária do ataque. Sem pressa e qualquer medo, o OL tocava a bola com muita calma e destreza até achar o espaço necessário para penetrar e construir suas jogadas. Tudo muito bem articulado e bem feito, com rapidez, envolvendo todos os jogadores do meio pra frente.
Nos primeiros 10’, o OL já aplicava 61% de posse de bola e massacrava o Marseille em seu campo de defesa. Por pouco, o placar não foi aberto logo no começo da partida. Em jogada de toque de bola, Grenier foi inteligente e levantou bola na passagem de Lacazette, entre os defensores. O atacante do OL avançou e chegou bem até a meta adversária. No entanto, bem colocado, Mandanda fez ótima defesa e impediu a abertura do placar.
O gol parecia questão de tempo! E foi! Aos 17’, Gourcuff achou Fofana se deslocando pela direita. O volante avançou e cruzou. A bola foi muito forte e cortou toda a área adversária. Do outro lado, Gourcuff estava lá novamente. Ele prendeu, carregou e achou Lacazette sem marcação. Atacante do Lyon foi frio e esperou N’Koulou dar o bote para cortar o zagueiro. Nessa, ele levou Mandanda também, que já caído, não conseguiu parar a finalização de Lacazette. Lyon 1 a 0!
Após o gol, o Lyon deu uma pisada no freio. Já não imprimia o mesmo ritmo de antes. Mas, de toda forma, ainda assim era muito melhor do que o adversário marselhês, que pouco incomodava e quase não deu trabalho a Rémy Vercoutre na primeira metade da etapa inicial. O Lyon sabia ocupar muito bem os espaços dentro de campo e povoava melhor o meio de campo. Quebrava todas as estruturas ofensivas planejadas por José Anigo e, a todo instante, também desarmava a defesa do OM. A superioridade era vista a olho nu, até pelos mais leigos. Mas isso poderia ser perigoso se o OL não conseguisse o segundo gol enquanto podia.
Acuado, o Marseille tinha poucas opções de jogo. Com o meio-campo em desvantagem, o time de José Anigo começou a tentar explorar os lados do camo. Thauvin invertia com Payet entre o centro e o lado esquerdo enquanto Jordan Ayew ficava apagadíssimo pela direita. Os laterais tinham dificuldades para apoiar, uma vez que essa não era a qualidade deles. Na frente, Gignac estava absolutamente tomado pelos defensores do Lyon e quase não encostou na bola no primeiro tempo. Definitivamente, o Lyon era muito melhor nessa primeira etapa e pecou por não ter feito mais gols.
No final do primeiro tempo, os homens de frente do OM resolveram se agitar. A troca intensa de posições deu uma desequilibrada na marcação do Lyon. Aos 39’, o gol de empate não saiu por detalhe. Enquanto os visitantes tentavam tocar a bola, Gonalons cortou errado e entregou nos pés de Jordan Ayew. O ganês, meio afobado, bateu de primeira e meio sem jeito. A bola pegou um efeito diferente e quase encobriu Vercoutre, que fez uma defesa espetacular, afastando o perigo com muita classe.
Antes do fim do primeiro tempo, o que parecia estar estagnando o Lyon, finalmente foi libertado! O OL conseguiu chegar a seu segundo gol na partida através de uma jogada espetacular de Henri Bedimo. O lateral saiu do lado esquerdo do campo, e entrou em diagonal. Foi levando, carregou, e com um passe, conseguiu cortar toda a defesa do Olympique de Marseille. Na entrada da área, estava Gomis. O centroavante, na sua maior característica, não teve trabalho para empurrar para as redes! 2 a 0.
Mas o OM não estava morto. Conseguiu responder de maneira quase que imediata. Em jogada pelo lado esquerdo, quase que de forma desesperada, os marselheses tentavam atacar. Na bola perdida, Gignac conseguiu recuperá-la e avançou na intermediária. Dali mesmo, mandou um chute forte, sem muito efeito. Mas a bola quicou na frente de Rémy Vercoutre e enganou o goleiro do Lyon que, notadamente, falhou no lance. 2 a 1 e um jogaço no Stade de Gerland antes do apito do intervalo.
Antes mesmo dos primeiros 10’ da etapa final, o Lyon teve duas chances claras de gol. A primeira, foi criada em jogada individual de Alexandre Lacazette. O camisa 10 abriu espaço na entrada da área e quando foi necessário, mandou um potente chute de fora da área, rasteiro, e com efeito. A bola entraria certinho no canto, se não fosse a plástica defesa de Mandada. O goleiro do OM salvaria novamente, no minuto seguinte, quando Gomis recebeu na área e bateu. No rebote, Gourcuff chutou forte e N’Koulou tirou em cima da linha. A pressão do Lyon permanecia no segundo tempo.
O Lyon teria mais uma oportunidade aos 17’ do segundo tempo. Enquanto o Marseille tocava bola no seu campo de defesa, Gonalons foi esperto e roubou a bola. Na jogada arquitetada de maneira rápida, o volante achou Lacazette em disparada. O atacante do OL passou como quis por N’Koulou, na velocidade, e entrou na área. Na hora de finalizar, se precipitou e bateu forte, por cima do gol. Era a oportunidade de ampliar.
Enquanto José Anigo trocava Jordan Ayew por Giannelli Imbula – um atacante por um volante – Rémi Garde colocava Yassine Benzia em campo, no lugar de Bafé Gomis. A princípio, a ideia era reoxigenar o ataque e dar um pouco mais de velocidade, uma vez que o OM precisava sair pra buscar o jogo e vinha deixando muitos espaços em seu próprio campo de defesa e permitia a exploração do OL. Posteriormente, os dois times mexeriam de novo. Pelo OL, Jordan Ferri entrava no lugar de Yoann Gourcuff e no OM, Kassim Abdallah no lugar de Rod Fanni. Depois foi a vez de Khalifa substituir Payet no Marseille.
Quando parecia que o jogo estava nas mãos do Lyon, o castigo apareceu aos 33’ do segundo tempo. Falta para o Marseille no lado direito do campo. Um pouco melhor que um escanteio. Na barreira, Lacazette e Bedimo. Thauvin bateu cruzado. A bola bateu nos dois jogadores da barreira e enganou, duas vezes, o goleiro Rémy Vercoutre. Mesmo sem ângulo, a bola entrou e a pequena torcida do Marseille no Gerland comemorou muito. 2 a 2 no placar em um injusto empate.
Agora o Lyon volta suas forças para a Copa da Liga Francesa. O adversário será o Stade de Reims, na quarta-feira, dia 18/12, às 14h do horário de Brasília. Partida de mata-mata no Stade Gerland. Até logo mais!
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe
GOLS DA PARTIDA:
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coisa feia o lyon
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