sábado, 28 de janeiro de 2017

Memphis Depay estreia como titular, mas Lyon perde em casa

Filipe Frossard Papini
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A “Lei do Ex” atuou por duas vezes com Benzia e OL acaba se distanciando mais ainda no pelotão da frente do Campeonato Francês




O Lyon entrava em campo neste sábado em boa fase e em pazes com a torcida. A derrota para o Caen, na 20ª rodada, não deixou o ânimo recair sobre o grupo e o resultado expressivo diante do Marseille no último domingo fez reascender a chama de que o time ainda pode ir bem nesta temporada. Memphis Depay estreou entrando no segundo tempo e, na partida de hoje, começava entre os titulares, mesmo após o retorno de Rachid Ghezzal da Copa Africana de Nações. O dia era importante para o Lyon e também para o LOSC. Enquanto um persiste em tentar chegar nos três primeiros, o outro não quer saber de zona de rebaixamento.

Bruno Génésio não ousou para a partida. Adotou o 4-2-3-1 e escalou o que tinha de melhor. Na zaga, Diakhaby ainda ausente e N’Koulou na CAN, a opção que restava era somente uma: Mammana e Yanga-M’Biwa, que foram bem contra o OM. Ainda sem fechar com um lateral no mercado, Morel continuava firme na esquerda. Do meio pra frente, que era a maior dor de cabeça do treinador devido às ótimas opções que dispõe, ele não fez mágica. Escalou aqueles que, realmente, tem feito por merecer. Abaixo, é possível ver como ficou montada a formação para o OL no jogo:




Para o técnico Patrick Collot, as coisas já não eram tão boas quanto para o Lyon. Sem Mavuba, Kouamé, Ryan Mendes, Rony Lopes e Junior Tallo, o treinador, de fato, não tinha um elenco dos mais qualificados em mãos à disposição. O time escalado talvez seja um dos mais modesto dos Dogues na década e isso anda preocupando muito os torcedores.  Na 13ª colocação e com apenas dois pontos da zona de rebaixamento, a luzinha amarela já pisca na cidade de Lille e todas as atenções (e cobrança) recaem ao treinador que, querendo ou não, possui poucos recursos. Destaque para Yassine Benzia, antiga promessa da base do Lyon que até hoje não vingou até hoje. Confira a escalação:




Com uma formação bem ofensiva, o Lyon tinha a obrigação de propor o jogo, ainda mais que o LOSC jogava com uma formação com cinco defensores. Mas, exatamente por isso, ficava complicado para o OL fazer o que mais tem qualidade na frente: a troca rápida de passes. Por isso, as duas primeiras oportunidades do jogo só apareceram de bolas paradas. Valbuena cobrou direto duas faltas cruzadas que assustaram Enyeama.

O Lyon até conseguia imprimir uma posse de bola considerável. No começo do jogo, chegou a ficar com 75% dela. Mas isso não era convertido em um massacre. Eram simplesmente toques na bola, não muito rápidos, esperando uma brecha se abrir na defesa adversária. E isso não acontecia. O jogo tomava um ritmo lento e dependia exclusivamente da individualidade dos craques do time para um lance de perigo acontecer.

Aos 25’, o OL conseguiu criar a primeira chance de gol sem ser de bola parada. Fekir carregou a bola do meio de campo e foi avançando. Para quebrar a defesa lotada dos adversários, trocou passe rápido com Lacazette, que devolveu de calcanhar. Já entrando na área e apertado por defensores, ele tentou colocar no canto, mas não conseguiu tirar do goleiro. Bateu em cima de Eneyama que defendeu em dois tempos.

Como resposta, o Lille atacou logo em seguida. A jogada, que começou em um chutão de Enyeama, acabou terminando em uma lambança do sistema defensivo do OL e caindo nos pés de Benzia. O ex-jogador do Lyon finalizou na primeira e Lopes defendeu com os pés. Na sequência, Benzia pegou a bola de novo e, dessa vez, preferiu a assistência com Bauthéac, que recebeu debaixo da trave e mandou por cima do gol, desperdiçando a melhor oportunidade do jogo até aquele momento.

A estratégia do Lille no jogo era bem clara: se postar de forma bem defensiva e aproveitar as poucas chances de espaço para avançar no terreno ofensivo e tentar alguma coisa. O objetivo era não tomar gol e se fizesse um, a situação ficaria bem confortável. E foi isso que aconteceu. Aos 37’ de jogo, Benzia recebeu na entrada da área e, sem marcação, bateu fraco. Mas a bola desviou em Yanga-M’Biwa e deslocou totalmente Anthony Lopes. 1 a 0!

O primeiro tempo se resumiu em um jogo ataque x defesa onde a defesa conseguiu ser muito mais efetiva. Lille se defendeu bem e quando chegou, fez um gol e quase marcou outro. Enquanto o Lyon parecia querer resolver tudo na individualidade de Fekir, Lacazette, Memphis e Valbuena, que não conseguiam se entender no coletivo. No papel, Génésio tinha uma boa escalação. Mas o primeiro tempo mostrou que precisava mais.

Para o segundo tempo, o cenário do jogo parecia não querer mudar. Era a mesma história. O OL com praticamente quatro jogadores no ataque tentando qualquer coisa, enquanto o Lille estacionava o ônibus. Patrick Collot, logo no comecinho da segunda etapa, ainda perdeu um de seus principais defensores. Marko Basa sentiu alguma lesão e precisou deixar o campo, dando lugar a Stoppila Sunzu.

A primeira boa oportunidade do segundo tempo surgiu nos pés do brasileiro Rafael. Aos 11’, ele chegou bem pelo lado direito do campo e fez o cruzamento bem fechado. Na área, quem aparecia fechando era Tolisso. Mas ele parecia não estar esperando que a bola passasse por Eneyeama... e passou! Sem tentar no lance ou esticar a perna, a bola acabou passando por todos, sem a finalização.

Aos 21’, Bruno Génésio fez duas trocas. Colocou Cornet e Darder para as saídas de Memphis e Fekir. Naquele momento, o OL abandonava o 4-2-3-1 e entrava no 4-3-3. Valbuena iria para a esquerda e Cornet faria a direita. No centro, Darder ficava organizando. O resultado foi quase imediato. O Lyon criou sua melhor chance no jogo. Rafael criou jogada pela direita, cruzou e a zaga desviou. Valbuena recebeu sozinho. Ele e o gol. Não tinha mais nada na frente. Mas ele mandou por cima.

Quando o OL parecia querer crescer no jogo, mais uma vez, a “Lei do Ex” apareceu no Parc OL. Por outra infelicidade de Valbuena, ele acabou derrubando Corchia no limite da grande área. Pra muitos, a falta foi fora da área. Mas a arbitragem marcou dentro e apontou para a marca do pênalti. Na cobrança, o mesmo Benzia – autor do primeiro gol – bateu no ângulo e não deu chances para Lopes. 2 a 0.

O LOSC já havia feito sua segunda alteração, colocando Terrier no lugar de Bauthéac. Depois do segundo gol, Génésio também mexeu e queimou sua última troca. Colocou Ghezzal no lugar de Gonalons, que repassou a faixa para Tolisso. A troca surtiu efeito imediato. Lacazette partiu em arrancada e só parou quando Soumaoro o derrubou na grande área. Outro pênalti marcado, desta vez para o OL. O próprio Lacazette cobrou, deslocou Enyeama e marcou: 2 a 1!

Collot colocou Bissouma após o gol e os Dogues faziam cera. O OL crescia no jogo e fazia de tudo para buscar o empate. Os cinco minutos de acréscimos botavam fogo no jogo e nem com uma ótima jogada de Lacazette, dentro da área, e com um chute cruzado rasgando a trave, o gol não apareceu. O resultado não foi alterado no placar ficou por isso mesmo. Derrota em casa em um péssimo dia para os Gones.

Na próxima terça-feira (31), o Lyon já volta aos campos. O jogo é válido pelos 16 avos da Copa da França e a partida – de jogo único – será contra o Marseille, no Velodrome, às 18h do horário de verão brasileiro. Até lá!

FOTOS: Sports.fr / L'Equipe / olweb.fr / Sport.fr


OS GOLS DA PARTIDA:



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